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CAMPUS BACABAL
CURSO DE CIÊNCIAS LICENCIATURA HABILITAÇÃO EM BIOLOGIA
BACABAL
2018
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BACABAL
2018
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BANCA EXAMINADORA
___________________________________________________
Profª. Dra. Rosângela Silva Oliveira
Orientadora
Centro de Estudos Superiores de Bacabal
___________________________________________________
1º Examinador(a)
Centro de Estudos Superiores de Bacabal
___________________________________________________
2º Examinador(a)
Centro de Estudos Superiores de Bacabal
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AGRADECIMENTOS
À Deus Pai por me dá o dom da vida, por me presentear com a liberdade, abençoar
com a inteligência, dá-me força para transpor as pedras que fazem barreiras em minha vida,
transformando a dor em alegria e as lágrimas em sorriso. Pai, dedico a Você esta conquista.
Muito Obrigada! SENHOR!
A minha família, especialmente meus pais Maria Marinalva Lourenço da Silva e
Manoel Martins da Silva, por sempre me incentivarem a estudar e por estarem sempre ao meu
lado. A minha tia Lindinalva, Oseana Periera e Jailson Sousa por sempre me receberem em
seus lares para realização de minhas pesquisas.
A nossa orientadora, Profª. Dra. Rosângela Silva Oliveira por ter aceitado nos orientar
e por ter me apoiado até naquele momento em que pensei em desistir, me encorajando a
continuar.
Aos meus amigos de sala, em especial Alan Cleyton por ter me ajudado muito em
todos os momentos durante quatro anos de UEMA, a Wylma da Conceição pela sua amizade
e companheirismo, também a Suzana Oliveira, Geovane Souza, Jeferson de Oliveira, Alen
Saruth, Ana Beatriz, Bruna Ellen, Nilzangêla Sousa, Anderson Aragão, Irma Caroline,
Yngrith de Oliveira. Cito também àqueles amigos que mesmo em off os considero importante
na realização dessa conquista.
Aos professores, Francely Carvalho, Ricardo Rocha, Reginaldo e todos aqueles que
repassaram seu conhecimento de forma que me motivaram a dá seguimento com meu curso e
perceber que ser professora é o que eu quero para minha vida.
A Universidade Estadual do Maranhão pela oportunidade de estudar em uma
instituição de ensino tão maravilhosa.
Obrigada a todos!
AGRADECIMENTOS
A Deus pai, por ter me dado a vida, pelas obras dele em minha vida e pelo seu grande
amor. Então a nossa boca encheu-se de riso e a nossa língua de cantos de alegria. Até nas
outras nações se dizia: O Senhor fez coisas grandiosas por esse povo. “Sim, coisas grandiosas
fez o Senhor por nós por isso estamos alegres” Salmos 126:2.
Aos meus familiares em especial minha mãe Maildete Gonçalves dos Santos e minha
irmã Jocilene Nayanne Gonçalves dos Santos da Silva pelo incentivo a progressão da vida
acadêmica.
A minha companheira de proposta Dhessica Liandra Martins Silva pela total ajuda e
companheirismo nos momentos em que falhei na produção deste trabalho.
A nossa orientadora Professora Drª Rosângela Silva Oliveira pela paciência e pelo
pleno prazer em nos ajudar no desenvolvimento deste trabalho.
Aos meus amigos de classe o meu eterno agradecimento, obrigada por ter me
incentivado a todo o momento e por não ter me deixado desistir, em especial os amigos de
turma, Alan Cleyton, Yngrith Christiny, Irma Caroline, Fernando Mesquita, Anderson
Aragão, Nilzângela Sousa e Wylma da Conceição. Muito obrigada pela amizade que me foi
dada nessa etapa de nossas vidas.
As minhas amigas Jesiane Evangelista Alves e Jeane Evangelista Alves Miranda pelas
motivações feitas nesse período, que por muitas vezes o sentimento de desânimo assolou
minha vida.
A Janete que muito nos ajudou na instituição, em qualquer situação.
Ao excelentíssimo diretor de curso Willy Bauer um muito obrigado por todo
ensinamento passado e o imenso prazer de solucionar nossos problemas.
RESUMO
ABSTRACT
The present work of the course conclusion proposes suggestions of didactic materials for
biology teaching with visual bsen's students in high school( bearers of special educational
needs) , with the general objective to extend the exploration of didactic materials
differentiated in the classes of biology for greater learning of the students with visual
deficiencies. Being aware of the difficulties in the teaching-learning process for students with
special educational needs in high school, it is necessary to point out to teaching materials that
contribute to the improvement of the learning for these students. Inclusive education is still a
very big challenge to be faced and achieved in schools across brazil. The methodology
applied is based on the dialectical method because it understands the reality as dynamic
situations in constant evolution and the theoretical foundation seeks definitive inclusive
education and or didactic materials as an inclusive measure for basic education.
LISTA DE SIGLAS
art. artigo
Bacabal-MA Bacabal-Maranhão
C.E.Maria Casimiro Soares Centro de Ensino Maria Casimiro Soares
ECA Estatuto da Criança e do Adolescente
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBC Instituto Benjamin Constant
LDBEN Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
LDB Lei de Diretrizes e Bases
LIBRAS Língua Brasileira de Sinais
MEC Ministério de Educação e Cultura
NEE Necessidade de Educação Especial
nº número
PCN´s Parâmetros Curriculares Nacionais
PNEE’S Portadores de Necessidades Educacionais Especiais
PNE Plano Nacional de Educação
PNEE’S Portadores de Necessidades Educacionais Especiais
UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro
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LISTA DE QUADROS
LISTA DE FIGURAS
Fase de 39
Figura 2 - mórula.............................................................................................
Figura 4 - Útero 39
grávido...............................................................................................
Figura 5 - Pulmões..................................................................................................... 40
...
Figura 6 - Fígado........................................................................................................ 40
...
Figura 7 - Coração..................................................................................................... 40
...
Figura 8 - Célula 40
eucariótica.........................................................................................
Figura 12 45
Alto relevo. Consumidor terciário e
-
quaternário.........................................
LISTA DE APÊNDICES
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................15
2.1 Materiais Didáticos para o ensino de Biologia com alunos PNEE´S visuais...............18
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................49
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................50
APÊNDICES...........................................................................................................................53
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1 INTRODUÇÃO
Fazendo uma análise da educação inclusiva no Brasil, nota-se que nos séculos XVII e
XVIII as práticas sociais geravam uma exclusão da pessoa deficiente. Esse período foi
marcado pela discriminação e ignorância, onde os deficientes eram excluídos do convívio
social pela sociedade, pelos familiares e pela escola.
Para Sassaki (1997, p. 41) inclusão é:
Um processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir em seus sistemas
sociais gerais pessoas com necessidades especiais e, simultaneamente, estas se
preparam para assumir seus papéis na sociedade. (...) Incluir é trocar, entender,
respeitar, valorizar, lutar contra exclusão, transpor barreiras que a sociedade criou
para as pessoas. É oferecer o desenvolvimento da autonomia, por meio da
colaboração de pensamentos e formulação de juízo de valor, de modo a poder
decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes circunstâncias da vida.
Assim, nota-se que a inclusão escolar se faz através de princípios, valores éticos e
justiça, juntamente a uma proposta que visa a inserção de praticas pedagógicas que
contemplem alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular, promovendo
um melhor processo de ensino aprendizagem. A inclusão é um processo dinâmico e gradual,
esta se resume em “cooperação/solidariedade, respeito às diferenças, comunidade, valorização
das diferenças, melhora para todos, pesquisa reflexiva” (SANCHEZ, 2005, p. 17).
A educação inclusiva ainda é um desafio muito grande a ser enfrentado em todo o
Brasil, por mais que tenham ocorrido avanços ao longo da história do país, quando se fala em
incluir um aluno PNNE’S no ensino regular, não se trata apenas de coloca-lo dentro de uma
sala com crianças “normais”, se trata de estabelecer relações, atender de maneira igualitária os
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estudantes com necessidades educacionais especiais e os demais estudantes, para que de fato
esse aluno se sinta incluído não só no contexto escolar, mas também no que se diz respeito ao
convívio social. Para que isso ocorra o professor deve ser o mediador desse convívio no
ambiente escolar, pois adaptações físicas e mudanças curriculares não são suficientes para que
o processo de inclusão realmente ocorra.
A Educação Inclusiva surgiu em diferentes momentos, principalmente a partir da
década de 90 quando ocorreu a Conferência Mundial de Educação Especial, e em 1994
quando foi proclamada a Declaração de Salamanca que, desde então, a inclusão de estudantes
com necessidades educativas especiais passou a ser considerada tanto nos espaços sociais
quanto em salas de aulas regulares, como a forma mais avançada de democratização das
oportunidades educacionais, e a escola regular passou a ser o local onde a inclusão de crianças
com Necessidades Especiais poderia ser realizada.
Apesar de todos os avanços e mudanças educacionais ocorridas ao longo da história do
Brasil, a inclusão ainda é um desafio, tanto para gestores, escola e professores, quanto para os
alunos nos dias de hoje. Portanto para se fazer educação inclusiva dentro do que se pede na
lei, é necessário não só a aceitação por parte da escola, mas valorizar as diferenças e os
valores culturais, construindo um novo ambiente escolar.
Segundo SCOTTO,( 2008) a Educação Inclusiva exige o atendimento de Necessidades
Especiais, não apenas dos portadores de deficiências, mas de todas as crianças. Implica
trabalhar com a diversidade, de forma interativa - escola e setores sensíveis. Deve estar
orientada para o acolhimento, aceitação, esforço coletivo e equiparação de oportunidades de
desenvolvimento. Requer que as crianças portadoras de necessidades especiais saiam da
exclusão e participem de classes comuns. Para isso, é necessário um diagnóstico cuidadoso
que levante as necessidades específicas de cada criança.
Baixa Visão
Cegueira
É a perda total da visão até a ausência de projeção de luz. Do ponto de vista
educacional, deve-se evitar o conceito de cegueira legal (acuidade visual igual ou menor que
20/200 ou campo visual inferior a 20° no menor olho), utilizada apenas para fins sociais, pois
não revelam o potencial visual útil para execução de tarefas.
A Constituição Federal elegeu como fundamentos da república a cidadania e a
dignidade da pessoa humana (art.1º, inciso II e III). Garante ainda, expressamente, em seu
artigo 205 a educação como direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento
da pessoa, sem preconceito de origem, raça, cor, sexo, idade os quais outras formas de
discriminação. Estabelece ainda, em seu artigo 206, inciso I, como um dos princípios para o
ensino, a igualdade de condições de acesso e permanência na escola. E em seu artigo 208,
garante como dever do Estado à oferta do atendimento educacional especializado,
estabelecendo ainda a integração escolar enquanto preceito constitucional, preconizando o
atendimento às pessoas com deficiência, preferencialmente, na rede regular de ensino.
por medo de deixar o método tradicional de dar aula e buscar algo inovador, se apegando
apenas ao livro didático, comprometendo assim, o processo de ensino aprendizagem dos
alunos PNEE’S visual.
Lei nº 10.17/2001
Lei 853/89
• Dispõe sobre o apoio às pessoas com deficiência, sua integração social, assegurando
o pleno exercício de seus direitos individuais e sociais.
Lei 8069/90
permanência na escola, dentre outros. Vale destacar ainda, que segundo bases lançadas por
Norberto Bobbio, o direito à educação consiste em direito de segunda geração, consistindo no
reconhecimento da igualdade substancial, em uma prestação do Estado em prol do cidadão.
Art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e
o saber;
III. Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV. Respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V. Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI. Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII. Valorização do profissional da educação escolar;
VIII. Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas
de ensino;
IX. Garantia de padrão de qualidade;
X. Valorização da experiência extraescolar;
XI. Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
XII. Consideração com a diversidade ético-racial.
DECRETO N° 3.298/99
LEI n° 10.098/2000
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA
Esta declaração aborda como essa estrutura para educação especial foi adotada assim
também como os objetivos de suprir com o passar dos anos as necessidades das pessoas
especiais como cada criança tem o direito a educação independente de ser portador de alguma
deficiência ou não com o princípio das escolas adotarem o método de inclusão.
I. Novo pensar em educação especial
II. Orientações para a ação em nível nacional:
Política e Organização.
Fatores Relativos à Escola.
Recrutamento e Treinamento de Educadores.
Serviços Externos de Apoio
Áreas Prioritárias
Perspectivas Comunitárias
Requerimentos Relativos a Recursos Princípio fundamentais da escola inclusiva é
o de que todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível,
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Nas últimas décadas, o ensino de Biologia vem sendo marcado por uma dicotomia,
que constitui um desafio para os educadores. Seu conteúdo e sua metodologia no Ensino
Médio, voltados quase que exclusivamente, para a preparação do aluno para os exames
vestibulares, em detrimento das finalidades atribuídas pela Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDBEN, lei nº 9394/96) à última etapa da educação básica. Além disso,
temas relativos à área de conhecimento da Biologia vêm sendo mais e mais discutidos pelos
meios de comunicação, jornais, revistas, ou pela rede mundial de computadores – internet,
instando o professor a apresentar esses assuntos de maneira a possibilitar que o aluno associe
a realidade do desenvolvimento científico atual com os conceitos básicos do pensamento
biológico. Assim, um ensino pautado pela memorização de denominações e conceitos e pela
reprodução de regras e processos como se a natureza e seus fenômenos fossem sempre
repetitivos e idênticos contribui para a descaracterização dessa disciplina enquanto ciência
que se preocupa com os diversos aspectos da vida no planeta e com a formação de uma visão
do homem sobre si próprio e de seu papel no mundo (BRASIL, 2008).
Atualmente, depara-se com um número acelerado e crescente de descobertas
científicas e muitas dessas descobertas englobam o campo da Biologia. Dessa forma, os
professores de Biologia e de disciplinas correlatas ficam encarregados de estarem
continuamente em atualização e sincronia com toda essa dinâmica científica. Porém, o que vai
determinar o aprendizado do aluno, em todos os níveis do ensino, em detrimento de conteúdos
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decorados que são esquecidos após as avaliações, são as formas didáticas que os professores
da referida área do saber irão utilizar.
Estudantes da etapa final da educação básica apresentam dificuldades na construção
do pensamento biológico, mantendo ideias alternativas em relação aos conteúdos básicos
desta disciplina, tratados em diferentes níveis de complexidade no ensino fundamental e
médio. Estas pesquisas revelam, por exemplo, que a maioria dos estudantes destes níveis de
ensino apresenta uma ideia sincrética, portanto, pouco definida sobre célula, confundindo este
conceito com os de átomo, molécula e tecido (BASTOS, 1992).
Muitos educadores admitem que a Biologia, além das funções que já desempenha no
currículo escolar, deve passar a ter outra, preparando os jovens para enfrentar e resolver
problemas, alguns dos quais nítidos componentes biológicos, como aumento da produtividade
agrícola, preservação do ambiente, dentre outros. De acordo com essa concepção, os objetivos
do ensino de Biologia são: aprender conceitos básicos, analisar o processo de investigação
científica e analisar as implicações sociais da ciência e da tecnologia (KRASILCHIK, 1996).
De acordo com a Lei nº 9.394/96, uma das finalidades do Ensino Médio é “a
compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando
a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina” (art. 35, § IV). Por isso, o grande desafio
do professor é possibilitar ao aluno desenvolver as habilidades necessárias para a
compreensão do homem na natureza, sendo o mediador, aquele responsável por apresentar
problemas ao aluno que o desafiem a buscar a solução, usando estratégias de aprendizagem,
como jogos, seminários, debates, simulação, propostas que possibilitam a parceria entre
professor e alunos. Portanto, é essencial o desenvolvimento de posturas e valores pertinentes
às relações entre os seres humanos, entre eles e o meio, entre o ser humano e o conhecimento,
contribuindo para uma educação que formará indivíduos sensíveis e solidários, cidadãos
conscientes dos processos e regularidades de mundo e da vida, capazes assim de realizar
ações práticas, de fazer julgamentos e de tomar decisões (BRASIL, 2000).
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inclusão. Essa realidade encontra-se bem distante de atingir o objetivo maior, que é garantir a
todas as crianças portadoras de alguma deficiência obtenha uma escola acolhedora, de
qualidade, que supra suas necessidades, pois a estrutura de ensino não está organizada para
receber alunos desse perfil, assegurando o direito à educação e rompendo paradigmas
educacionais vigentes. Na maioria de nossas escolas:
PERGUNTAS RESPOSTAS
Idade? 43 anos
Sexo? Masculino
PERGUNTAS RESPOSTAS
Idade? 30 a 40 anos
Sexo? Feminino
Os pais dos alunos PNEE’S visual possui uma relação com a escola
para averiguar se o aprendizado do mesmo está ocorrendo de forma
Não
satisfatória?
Reglete e punção
A reglete é um recurso didático utilizado por alunos com deficiência visual, a qual
possui a função de aprendizado da escrita Braille. Este dispositivo utilizado por Louis Braille
consiste em uma prancha e uma régua com duas linhas com janelas correspondentes às celas
Braille, no qual essas janelas se encaixam na prancha pelas extremidades laterais. O papel é
introduzido entre a prancha e a régua. Para escrever o deficiente visual pressiona o papel com
o punção, obtendo assim pontos em relevo, a escrita é realizada da direita para esquerda,
sendo que após a escrita a folha é colocada de modo contrario.
As regletes apresentam modelos de mesa ou de bolso; consistem essencialmente em
duas placas de metal ou plástico fixado de modo a permitir a inserção do papel.
Livros transcritos em Braile: Deve se ter cuidado para que o conteúdo que foi
transcrito não seja deturpado ou modificado.
Livro falado
O livro falado é um recurso muito utilizado no Brasil, tido como excelente é gravado em
CDs e pendrives.
Pode se ressaltar que o sentido da audição norteia as pessoas com deficiência visual e
auxiliam na captura de informações através de sons ao seu redor auxiliando assim na
aprendizagem dos mesmos.
Os ouvidos dos deficientes assumem o papel dos olhos, sendo eles o maior recurso para
a aprendizagem.
No Brasil é contabilizado cerca de140 audiolivros, segundo a Biblioteca Nacional, os
principais produtores deste material são: Instituto Benjamin Constant (IBC) e a Fundação
Dorina Nowill que também trabalha com recursos audiovisuais levando esses recursos a quem
precisa deste material.
Recursos táteis
Os recursos táteis são de extrema importância aos alunos PNEE’S visuais, pois a partir
destes eles podem sentir a realidade de forma mais concreta e não de forma subjetiva.
Segundo (Martins et al, 2007) o tato é uma via receptora de informações diversas de
tradução do ambiente externo para o interno; para desenvolver uma compreensão ótima de seu
mundo, essas pessoas precisam do sentido do tato, algumas vezes dependendo exclusivamente
dele.
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Propõe-se como recursos didáticos táteis pata para as aulas de Biologia no Ensino
Médio:
Recursos de áudio
Os recursos de áudio portáteis assim como o livro falado que auxiliam na aprendizagem
de alunos PNEE’S visuais são denominados de recursos instrucionais.
Os recursos multimeios de áudio são denominados multimeios auditivos que podem ser
representeados pelos seguintes exemplos: rádio, cd, fita magnética, computador, smarthfones
entre outros.
Os materiais didáticos adaptados a alunos cegos são de suma importância para seu
aprendizado, pois através destes o aluno poderá sentir a sua realidade que ate então era
inexistente.
Os materiais podem ser usados não só em sala especial, o uso dos mesmos também
podem ser feitas em salas de ensino regular, assim estará a proporcionar a integração dos
alunos PNEE’S visuais a outras atividades que estariam destinadas a somente alunos que não
possuem deficiência.
Para Libâneo (1994) recursos instrucionais são os “meios e/ou materiais que auxiliam o
docente na organização e condução no processo de ensino e aprendizagem”.
De acordo com Cerqueira e Ferreira (1996 apud JORGE, 2010), os recursos didáticos
podem ser classificados em:
Os recursos didáticos podem ser usados não só em sala especial, o uso dos mesmos
também pode ser feito em salas de ensino regular, assim irá proporcionar a integração dos
alunos PNEE’S visuais a outras atividades que estariam destinadas somente a alunos que não
possuem deficiência.
Em aulas de Biologia sobre Sistema Reprodutor, Sistema Respiratório, ou aulas
onde serão abordados assuntos como órgãos do corpo humano ou Células, o professor pode
encorajar os alunos com deficiência visual a sentirem as peças de acordo como nas imagens
ilustradas abaixo, explicando cada parte e sua função. Com essa ajuda pedagógica
40
especializada, o professor de Biologia pode, além de utilizar as peças, fazer uma descrição em
braile, sobre cada assunto que será falado em sala de aula.
Segue abaixo uma lista de figuras com demonstração dos modelos de materiais
didáticos que podem ser utilizados nas aulas de Biologia:
Figura 7 - Coração
procedimentos didáticos que possam servir de auxilio aos professores que tenham o desafio de
ensinar Biologia aos alunos PNEE’S visuais. A criação dos mesmos veio a partir da exposição
das dificuldades do aluno PNEE’S visual ali presente. O mesmo relatou que:
TEMA COM
DIFICULDADE
DISCIPLINA DEFICIÊNCIA BIMESTRE SERIE/ANO
A partir do cruzamento entre organismos da geração F1, são formados tipos diferentes de
gametas e combinações diversas para constituição dos indivíduos que irão surgir após a
fecundação (Geração F2).
Tipos de gametas da geração F1 → RV, Rv, rV e ry
Confecção
Utilização
O professor poderá utilizar este material tanto com alunos PNEE’S visuais quanto aos
demais alunos. O mesmo utilizará para que o aluno sinta a textura que foi falada em suas
ministrações, este material será manuseado após a explicação como um auxilio.
46
Figura 11 - Alto Relevo. Produtor e Consumidor Figura 12 - Alto relevo. Consumidor terciário e
primário quaternário.
Este material visa oferecer uma experiência tátil aos alunos PNEE’S visuais. O
objetivo deste material é auxiliar os alunos a compreender o conceito de ecologia e teia
alimentar, como por exemplo, saber o que são seres produtores e consumidores e o papel que
cada um desempenha no meio ambiente.
Para a confecção dos materiais acima apresentados utilizou-se desenhos impressos em
papel A4, cola acripuff, tesoura, cartolina cartão, secador e tecido/TNT- fabricação de vendas.
Muitos animais têm alimentação variada. Um organismo pode se alimentar de
diferentes seres vivos, além de servir de alimento para diversos outros. O resultado é que as
cadeias alimentares se cruzam na natureza, formando o que chamamos de teia alimentar.
Nas teias alimentares, um mesmo animal pode ocupar papéis diferentes, dependendo
da cadeia envolvida. Na teia representada no esquema abaixo (siga as setas) o gavião ocupa
tanto o papel de consumidor secundário quanto terciário.
47
Ou
Confecção
Para produção do material foi necessário a folha de papel A4 impressa com o desenho
dos animais que fazem parte da cadeia, com aplicação em contorno da imagem com cola
acripuff para texturizar os desenhos para que ocorra um aumento no desenho sendo possível
tocá-los. As faixas (vendas) serão confeccionadas com tecido/TNT e recortada com tesoura.
Utilização
Tema – Embriologia
A utilização desse material tem como objetivo ajudar o aluno com deficiência visual a
melhor compreender os assuntos relacionados à Evolução-Embriologia nos assuntos
referentes aos folhetos germinativos.
Para melhor representação dos folhetos embrionários o material utilizado foi massa de
modelar, feijão, cola branca e compensado.
Folhetos Embrionários ou folhetos germinativos (ectoderma, endoderma e
mesoderma) são camadas de células que dão origem aos órgãos e tecidos dos seres vivos.
Surgem na fase de embrião, mais precisamente durante a gastrulação, ou seja, entre a
terceira e oitava semanas de gestação no caso dos humanos. Na sequência, no processo da
organogênese são formados os órgãos.
Confecção
Utilização
O professor deverá mediar a interação do aluno PNEE’S visual com o material e poderá
também utilizar vendas nos alunos normais pra explicar o processo de embriologia humana.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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O objetivo deste trabalho é propor recursos didáticos para serem utilizados nas aulas de
Biologia por alunos PNEE’S visuais, sendo o professor o responsável por mediar a utilização
desses recursos. Fazendo uma análise sobre a educação inclusiva no ensino médio, observa-se
que além dos professores não serem bem preparados, falta apoio por parte da escola e
compreensão de toda a equipe no que se refere à educação inclusiva.
Sabe-se que a educação sofreu vários avanços durante os anos, principalmente após a
LDB nº 9394/96, porém ainda não é suficiente. Precisamos de um avanço ainda maior em
relação à educação de alunos com necessidades educacionais especiais, nos dias atuais a
educação inclusiva ainda é um grande desafio enfrentado tanto pelos professores quanto pelas
escolas, mas são essenciais as mudanças nos sistemas escolares, incluindo a participação de
todos envolvidos no processo de inclusão.
Nota-se que a legislação garante o acesso de todos à educação, porém não garante a
permanência e o sucesso escolar dos alunos com necessidades educacionais especiais no
ensino regular. A inclusão escolar pode ser garantida por leis, propostas curriculares e
decretos, porém o sucesso escolar dos alunos PNEE’S será determinado por diversos fatores,
tanto no contexto escolar, quanto no contexto social. Pois, não adianta políticas que apoiem a
inclusão se o aluno for inserido em uma escola excludente. Portanto a escola se torna a maior
influencia na transformação social, com a ajuda dos educadores, sendo assim a sociedade
inclusiva está diretamente ligada à construção de uma educação inclusiva.
Através da pesquisa realizada pode-se observar que a participação dos alunos PNEE’S
nas aulas de biologia visuais é quase nula, pois não há recursos didáticos nem atividades
adaptadas para que haja a interação desses alunos com o tema abordado nas aulas, também na
maioria das vezes não há a colaboração dos professores e quase sempre a escola não dá
nenhum suporte para que isso ocorra. É notório que para a educação inclusiva acontecer é
necessária se realizar a formação inicial e continuada dos professores, se aprofundando nas
discussões teórico-práticas, para assim proporcionar um auxílio no que diz respeito ao
processo de ensino-aprendizagem.
REFERÊNCIAS
51
JORGE, V.L. Recursos didáticos no Ensino de Ciências para alunos com deficiência
visual no Instituto Benjamin Constant. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Instituto
de Biologia Roberto Alcantara Gomes/Departamento de Ensino de Ciências e Biologia,
UERJ, Rio de Janeiro, RJ, 2010.
SANCHEZ, Pilar Arnaiz. A Educação Inclusiva: um meio de construir escolas para todos
no século XXI. Revista da Educação Especial-Out/2005, Nº 07.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 3. ed. Rio de
Janeiro: WVA, 1997.
SCOTTO, Arlete. A inclusão escolar na rede de ensino estadual (2008). Disponível em:
<http://www.crmariocovas.sp.gov.br/ent_a. php?t=004>. Acesso em: 12 de jan. 2018.
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APÊNDICES
Acadêmicas:
DHESSICA LIANDRA MARTINS DA SILVA
JORDANA NAYARA GONÇALVES DOS SANTOS
QUESTIONARIO
Acadêmicas:
DHESSICA LIANDRA MARTINS DA SILVA
JORDANA NAYARA GONÇALVES DOS SANTOS
QUESTIONÁRIO
9. Você nota uma boa aprendizagem dos alunos PNEE’S (Portador de Necessidade
Educacional Especial) auditivo e visual na disciplina de Biologia?
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SILVA, Dhessica Liandra Martins da; SANTOS, Jordana Nayara Gonçalves dos.
56 fls.
I. Título