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adolescentes. A grande limitação para o seu uso, é a falta Fontanela posterior: nasce fechada ou fecha aos 2 meses
de pontos de corte específicos para as crianças. de idade.
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(CT) – medida da borda súpero-medial da tíbia até a borda dias Grau de inflamação,
do maléolo medial inferior com fita inextensível; e desnutrição doença renal ou
comprimento do membro inferior a partir do joelho (CJ) – hepática.
comprimento do joelho até o tornozelo. Transferrina 8-9 dias Nenhum Hidratação,
inflamação,
doença renal ou
hepática,
alteração do
metabolismo de
ferro.
Pré- 2 dias Prognóstico Hidratação,
albumina Monitorização inflamação,
nutricional doença renal ou
hepática, uso de
corticoides.
Proteína C 8-12 Prognóstico É um reagente
Avaliação nutricional no estresse metabólico reativa horas Indicador de de fase aguda,
(Tirapegui): Na criança e adolescente doentes a infecção não tem valor no
avaliação nutricional também é extremamente bacteriana diagnóstico
importante e deve ser realizada na admissão, Indicador de nutricional, serve
após estabilização hemodinâmica e dos distúrbios resposta como
inflamatória contraprova para
hidro-eletrolíticos e ácido-base. Deve ser
as demais
realizada periodicamente. Deve conter todos os proteínas
itens anteriormente citados, contudo os plasmáticas.
parâmetros a serem avaliados diferem um pouco. Fibronectina 12 Monitorização Inflamação,
Deve-se considerar: horas nutricional valores
Perdas aumentadas (diarreia, vômitos, fístulas) referências não
Alteração da ingestão alimentar e do apetite estabelecidos.
Sintomas gastrointestinais (náusea, vômito, Proteína 4-24 Monitorização Hidratação,
ligada ao horas nutricional inflamação,
diarreia)
retinol doença renal ou
Frequência de jejum forçado por exames ou hepática,
procedimetnos cirúrgicos deficiência de
Estimativa do impacto da doença vitamina A e
Avaliação do grau de alteração da capacidade zinco.
funcional provocada pela doença
O substrato energético preferível passa a ser a
As medidas antropométricas são úteis para avaliar proteína devido alteração hormonal, com aumento do
comprometimento nutricional prévio à internação, no catabolismo proteico. A avaliação do metabolismo proteico
entanto não refletem as alterações nutricionais agudas que pode ser feita por: índice creatinina-altura, 3 metil-histidina,
ocorrem em situações de estresse metabólico. dosagem de nitrogênio ureico urinário associado à amônia
Fase inicial = redistribuição hídrica com migração de urinária, balanço nitrogenado, e perfil sérico de
líquidos e proteínas para o espaço intersticial, devido a aminoácidos (a maioria desses exames não são usados na
alteração da permeabilidade capilar. Assim, a expansão do prática clínica, mas em estudos clínicos).
volume extracelular faz com que a perda de peso seja
subestimada. Índices antropométricos: São construídos a
Assim, torna-se importante o acompanhamento diário partir de duas medidas antropométricas brutas, já que
do peso para avaliações das perdas, relação peso/altura, isoladamente as medidas não permitem uma avaliação
que pode refletir precocemente agravos na situação nutricional precisa. Os mais utilizados são:
nutricional. Crianças com perda de peso superior a 2% em
período inferior a 1 semana apresenta grande o Peso por idade (P/I) Reflete o peso em
morbimortalidade. relação à idade cronológica, é influenciado tanto pelo peso
Na criança doente os exames laboratoriais são de como pela estatura. Em situações onde há uma relação
extrema importância no diagnóstico e segmento, norteando elevada para este índice utiliza-se o termo sobrepeso, já a
a terapia nutricional e metabólica. utilização do termo desnutrição global deve ser
Na fase aguda do estresse metabólico, por estímulo desencorajada. É preconizado em crianças menores de 2
das citocinas, ocorrre síntese de ptns de fase aguda (ptn C anos, pois o peso nesta faixa etária é o parâmetro que tem
reativa, pro-calcitonina) em detrimento a ptns viscerais. maior velocidade de crescimento, variando mais em função
Assim a aferição das ptns viscerais concomitantemente as da idade do que do comprimento. É um indicador do
ptns de fase aguda auxilia na caracterização do estado estado nutricional atual (Chemin).
nutricional do paciente grave.
o Altura por idade (A/I) ou (E/I) Reflete o
Proteína Meia Uso clínico Limitações crescimento linear alcançado para uma idade específica e
vida seus déficits indicam inadequações acumuladas a longo
Albumina 18-20 Prognóstico Hidratação, prazo, ou seja, fornece um quadro de história nutricional
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passada, permitindo observar a cronicidade do agravo ---- ----
nutricional (Chemin). As crianças com baixa estatura para Peso para
idade podem ser classificadas como baixas ou com estatura
nanismo (stunting). O primeiro termo é utilizado para
descrever um baixo valor de E/I, já o segundo termo, IMC para IMC para IMC para
implica em um processo patológico que demanda cuidados idade idade idade
nutricionais específicos. Caso contrário, assume-se que
estas crianças são geneticamente baixas. A utilização do
termo desnutrição crônica deve ser desestimulada como Interpretação dos índices:
sinônimo de baixa E/I, por não permitir diferenciar um Percentis: O percentil mostra a frequência com
processo passado e um de longa duração, mas que se que ocorre determinado peso ou estatura em um
mantém presente. determinado grupo populacional de acordo com o sexo,
faixa etária ou estado fisiológico, o percentil 50 é
o Peso por altura (P/A) ou (P/E) Reflete a considerado ideal. É o mais utilizado nos serviços básicos
harmonia do crescimento com o peso e não requer o uso de saúde (Vitolo).
da idade. As crianças com baixo peso para estatura podem Os pontos de corte mais importantes são: p3
ser classificadas como sendo portadoras de magreza ou (indicador de desnutrição); p50 (equivalente à media ou
emaciação (wasting). O primeiro termo não implica mediana); p97 (indicador de sobrepeso). Aplicação (Vitolo):
associação com um processo patológico, já o segundo são práticas e fornecem o diagnóstico da condição
resulta de um processo grave de fome ou doença. O uso nutricional da criança ou do adolescente sem cálculos.
do temo emaciação em nível populacional é apropriado
somente quando a prevalência do P/E é > 3% (- 2DP). A Limitações:
OMS não recomenda mais a utilização dos termos - O mesmo intervalo de percentis correponde a diferentes
desnutrição aguda, corrente ou severa e também não mudanças de valores absolutos de estatura ou peso.
recomenda o termo obesidade quando se fala em nível Assim não serve para calcular média e desvio padrão.
individual, mas pode ser um indicador a nível populacional. - Não permite identificar de forma eficaz pequenos ganhos
É considerado um bom indicador do estado nutricional ou perdas, não sendo útil na avaliação de intervenções.
atual ou como detector de deficiência a curto prazo - Não são indicadas em caso de atraso ou avanço puberal,
(Chemin). nestas situações o melhor indicador é percentual de
adequação de peso para estatura (Vitolo).
o IMC ou índice de Quetelet Tem sido pouco
empregado na avaliação do EN de crianças < 10 anos, Escore-Z ou múltiplos de desvio padrão: É a
embora a OMS recomende seu uso para crianças a partir medida de quanto o indivíduo se afasta ou se aproxima da
de 5 anos de idade (Accioly 09). Entretanto, necessita de média ou mediana em desvios-padrão do grupo de dados
curvas específicas, pois conforme a criança cresce, a a que pertence. É mais aceito na literatura científica e é um
composição corporal sofre alteração em função da idade e excelente método para estudos de grupos populacionais.
sexo. É criticado por depender da estatura, o qual por sua É útil na detecção de pequenas mudanças nos
vez depende da idade, além de não permitir diferenciar se extremos da distribuição. Seus valores de normalidade são
o excesso de peso é decorrente de massa gorda ou massa entre – 2DP e + 2DP. Se o valor de escore Z for zero (0),
magra e óssea, entretanto é bastante útil no rastreamento isto significa que o valor obtida pela criança é exatamente
de excesso e baixo peso. É considerado um índice igual ao valor do referencial, no caso o valor do percentil
superior ao P/E na identificação desses agravos 50 das curvas de crescimento.
nutricionais em crianças > 5 anos. Segundo Chemin, o P/E
só deve ser utilizado no período pré-pubertário, pois só Limitações: Era preciso um tratamento estatístico,
nessa fase essa relação independe da idade. entretanto agora com as novas curvas da OMS é possível
usar o escore Z de maneira mais fácil e prática (Vitolo).
Os índices antropométricos mais amplamente
usados e recomendados pela OMS e MS na AN de Sistemas de Classificação do EM:
crianças e adolescentes são: A) Gomez baseia-se na adequação percentual do
peso para idade de 0 a 2 anos.
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Classificação de Gomez de IMC por idade e de estatura por idade de crianças de 5
> 90% Eutrofia a 19 anos e curvas de peso para idade para crianças de 5
75 – 90% Desnutrição leve a 10 anos, embora os pesquisadores alertem que não se
60 – 75% Desnutrição moderada deve usar o P/I paramonitorar o estado nutricional nesta
< 60% Desnutrição grave faixa etária, sendo as curvas de IMC elaboradas para
diagnóstico de baixo e excesso de peso (sobrepeso e
B) Waterlow: Preconizava a utilização de dois índices obesidade). A justificativa para a elaboração dessas curvas
para crianças de 2 a 10 anos: E/I e P/E e propuseram que (P/I até 10 anos) foi para beneficiar os países que medem
a desnutrição fosse classificada como crônica, pregressa apenas peso.
ou aguda. Conclusão: A referência de crescimento pela OMS
para uso internacional foi desenvolvida pelo NCHS, 1977
Chemin: nos EUA. Esse referencial foi revisto e relançado em 2000,
incluido a curva do IMC/idade (CDC, 2000). Entretanto,
hoje não se recomenda mais o uso dessas curvas e sim
sua substituição pelas novas curvas da OMS lançadas em:
2006 para < de 5 anos e 2007 para crianças e
adolescentes de 5 a 19 anos.
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5 Durante muito tempo, o MS adotava o índice P/I para
acompanhamento do crescimento infantil. Atualmente para
classificação do EN são adotados os seguintes índices:
P/I; P/E; IMC/I; E/I (Accioly 09). Os pontos de corte são os
mesmos propostos pelo SISVAN, 2008.
Observações:
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Avaliação laboratorial: principalmente as que avaliam gordura corporal, já que não
são afetadas pelo déficit neuromuscular.
Não há curvas específicas – necessidade de
acompanhamento.
Síndrome de Down
Apresentam características de crescimento diferentes:
o estirão de crescimento ocorre de forma mais precoce e a
velocidade de crescimento é mais lenta, resultando assim
em indivíduos de ESTATURA MAIS BAIXA em relação à
população geral e maior predisposição ao EXCESSO DE
PESO.
ANEMIA FERROPRIVA NA
INFÂNCIA
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Ferro Heme, Ferro Não-heme e ferro proveniente de Leite de vaca fluido: A introdução precoce de leite de vaca
alimentos fortificados: causa impacto negativo nos estoques de ferro das crianças
por causa da baixa quantidade de ferro que o leite contém
As carnes apresentam cerca de ±2,8mg de ferro por (2,6mg de Fe para 1.000kcal do alimento) e pela baixa
100g do alimento, e são absorvidos em torno de 20% a biodisponibilidade, além de provocar microhemorragias
30% desse nutriente. O ferro não-heme, contido no ovo, devido a imaturidade do trato gastrointestinal.
nos cereais, nas leguminosas (feijão) e nas hortaliças
(beterraba), ao contrário do ferro animal, tem 2% a 10% Classificação das dietas quanto à biodisponibilidade
absorvidos pelo organismo. de ferro:
Potencializam a absorção do ferro: As dietas geralmente podem ser classificadas em três
Ácido ascórbico e outros ácidos: cítrico, málico, categorias de biodisponibilidade de ferro: baixa,
tartárico intermediária e alta, e a absorção média de ferro heme e
Carnes não-heme é aproximadamente 5%, 10% e 15%,
Vitamina A e betacaroteno: diminuição a inibição respectivamente.
de outros fatores Dieta com baixa biodisponibilidade: baseada
Inibem: em cereais, raízes e tubérculos, com pouca presença de
Polifenóis, como espinafre, berinjela e lentilha carne, peixe ou vitamina C. Contém predominantemente
Fitatos alimentos que inibem a absorção do ferro, tais como arroz,
Proteínas como albumina do ovo, fosvitina da feijão, milho e farinha de trigo integral.
gema do ovo e proteínas das leguminosas Dieta com biodisponibilidade intermediária: é
Cálcio, manganês, cobre, cádmio e cobalto composta principalmente de cereais, raízes e tubérculos,
mas inclui alguns alimentos de origem animal e/ou ácido
Welfort: ascórbico.
O ideal é que a carne seja cozida e não frita com o Dieta com alta biodisponibilidade: é dieta
aproveitamento do caldo do cozimento. diversificada e contém moderadas quantidades de carne,
Os ovos tem baixa biodisponibilidade em razão da aves, peixe ou alimentos ricos em ácido ascórbico.
presença de fosfoproteínas na clara, todavia, quando o ovo
é consumido sem a clara e com alimentos que facilitem a Classificação da Biodisponibilidade de ferro presente
absorção do ferro, como a polpa ou molho de tomate, a nas dietas:
aumento na absorção do ferro não heme. Baixa Média Alta
Quanto ao feijão a biodisponibilidade do ferro pode Biodisponibilidade Biodisponibilidade Biodisponibilidade
ser melhorada por meio de técnicas de preparo como < 23g de carne e < 23g de carne 23 a 70g de
deixar o feijão de molho algumas horas antes do < 25mg ou 25- e > 75mg de carne e 25 a 75 ou
cozimento e retirar sua película antes do consumo. 75mg de vitamina vitamina C >75 mg de
Quando panelas de ferro são utilizadas para C 23 a 70g de vitamina C
cozimento, ocorre aumento do teor de ferro nos carne e <25mg >70g de carne e
alimentos.Para países em desenvolvimento, pode-se de vitamina C 25-75 ou >75mg
considerar que a biodisponibilidade do ferro seja em torno >70g de carene de vitamina C
de 5% (baixa – carne e ac ascóbico em quantidade e <25mg de
insignificante) a 10% (moderada) vitamina C
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a necessidade para repor as perdas. A densidade de ferro Uso de alimentos enriquecidos:
nos alimentos complementares recomendada pelo MS No Brasil, desde 18 de junho de 2004, toda a farinha
(2002) para crianças abaixo de 24 meses é de de trigo e de milho comercializadas no país sai da fábrica
4mg/100kcal dos 6 aos 8 meses, de 2,4mg/100kcal dos 9 fortificada com ferro. A cada 100g de farinha no mínimo
aos 11 meses e de 0,8mg/100kcal dos 12 aos 24 meses. 4,2mg de ferro (30% das DRI). Além dessa proposta, o
mercado atual oferece ampla variedade de produtos
Recomendação diária de ferro (mg) segundo a IOM enriquecidos com ferro.
(2000):
Suplementação de ferro em doses profiláticas:
Faixa etária RDA/AI EAR UL A WHO recomenda o uso universal de suplementos
0 a 6 meses 0,27 6,9 40 de ferro na dosagem de 2mg/kg de peso ao dia, para todas
7 a 12 11 6,9 40 as crianças de 6 a 23 meses de vida. O Programa
meses Nacional de Suplementação de Ferro tem o objetivo de
1 a 3 anos 7 3 40 prover suplementação universal de crianças de 6 a 18
4 a 8 anos 10 4,1 40 meses com dose semanal de 25mg de ferro. A proposta
9 a 13 anos 8 5,7 40 enfatiza a importância da sensibilização das famílias para
(meninas) à importância da suplementação. O Comitê de Nutrição da
9 a 13 anos 8 5,9 40 Academia Americana de Pediatria recomenda:
(meninos) PN < 1.000g = 4mg de ferro elementar/kg
peso/dia
Crianças pequenas, devido à capacidade gástrica PN > 1.000g e < 1.500g = 3mg de ferro
reduzida, comem em pequenas quantidades; assim, os elementar/kg peso/dia
alimentos enriquecidos e fortificados devem ser indicados.
Estratégias para prevenção e combate à Anemia Recomendação da Sociadade Brasileira de Pediatria
Ferropriva: para Suplementação de fero para lactentes :
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Prevenção e tratamento da anemia ferropriva na Oferecer 50 a 100g de carne/dia (Guia < 2 anos). A
infância: carne por conter ferro heme, aumenta em até 4x a
absorção do ferro não-heme.
Prevenção
• Incentivo ao alitamento materno exclusivo até o sexto O uso de panelas de ferro para combater a anemia
mês de vida, evitando oferta de água e chá é discutível, porém já há evidência do aumento do
• Prescrição de fórmulas lácteas enriquecidas com conteúdo de ferro nos alimentos após cocção nesse tipo
ferro para lactentes com desmame precoce. A prescrição de panelas. Entretanto, não há justificativa para prescrição
de fórmulas lácteas caseiras é indicada para famílias de do uso de panelas de ferro como profilaxia no combate à
baixo poder aquisitivo, nestes casos antecia-se a oferta de anemia.
frutas e refeição de sal para 2 e 4 meses,
rescpectivamente
• Restrição do uso de leite de vaca no primeiro ano de
NUTRIÇÃO NAS DIARREIAS
vida se amamanetadas ao seio materno AGUDAS DA INFÂNCIA
• Restrição da oferta de alimentos fonte de ferro-heme
(carnes) e ferro não-heme (feijões, hortaliças folhosas) em
duas refeições diárias a partir da alimentação Diarreia aguda é uma doença caracterizada pela
complementar perda de água e eletrólitos, que resulta em aumento do
• Associação de alimento-fonte de vitamina C junto às volume, da frequência de evacuações e diminuição da
refeições ricas em ferro-heme e não-heme consistência das fezes, apresentando algumas vezes
• Utilização de alimentos enriquecidos com ferro muco e sangue, com evolução potencialmente auto
• Suplementação profilática de ferro para pré-termo e limitada, com duração de até 14 dias.
crianças após 6 meses de idade ou no início da
alimentação complementar Tipo Características
Tratamento Diarreia Pode durar horas ou dias e cujo >
• Suplementação medicamentosa de ferro na dose de aguda risco é a desidratação e a perda de
3 a 5 mg/kg/dia, oferecida diariamente peso.
• Orientação alimentar idêntica as apresentação nas Diarreia O principal risco é o dano à mucosa
aguda com intestinal, sepse e desnutrição, assim
medidas preventivas
sangue (ou como a desidratação.
• Acompanhamento dos níveis de Hb após 1 mês, para disenteria)
avaliar a resposta ao tratamento Diarreia Duração ≥ 14 dias, com grande risco
persistente de desnutrição.
Tratamento: Diarreia com O principal risco é de infecção
O tratamento imediato da anemia ferropriva é a DEP grave sistêmica grave, desidratação,
reposição dos estoques de ferro no organismo. A (marasmo/ falência cardíaca e deficiência
alimentação previne a deficiência de ferro no organismo, Kwashiorkor) nutricional.
mas sua ação na recuperação pode ser demorada. Os
problemas mais frequentes são efeitos colaterais Cerca de 70% dos casos são causados por
gastrintestinais, constipação intestinal, diarreia, náuseas e contaminação alimentar, como com as bactérias:
dor abdominal. Esses efeitos são mais comuns quando se Escherichia coli (25% do total), Shigella, Salmonella,
supera 120mg de ferro elementar. Recomenda-se em geral Vibrium cholerae e Campylobacterjejuni, protozoários
para crianças e adolescentes 30mg de ferro elementar por como: Giárdia lamblia, Entamoeba hystolytica e
dia antes do desjejum; raramente surgem efeitos Cryptosporidium, e vírus como rotavírus. Os alimentos
colaterais. A suplementação deve ser mantida por três podem ser contaminados pelos manipuladores, água,
meses para correção dos depósitos de ferro; recomenda- dejetos humanos e animais, ambiente e utensílios
se que nesse período se faça um novo exame que avalie contaminados, presença de insetos, cocção ou
depósitos de ferro, como a ferritina. Exemplos de reaquecimento inadequados e contaminação cruzada.
condutas: O aleitamento materno exclusivo protege o bebê,
Oferecer uma vez por semana (escolher com a mãe além de reduzir a duração e a gravidade das
o dia da semana) 50g de fígado de boi (x 50 a 100g – Guia enfermidades, pela presença de fator bífidus (promove o
< 2 anos), picado e bem cozido. crescimento da flora bífida que propicia um meio ácido que
Uma vez ao dia oferecer, após a refeição salgada, impede a colonização bacteriana) e IgA secretória (reduz a
100ml de suco rico em vitamina C. adesividade bacteriana intestinal). A faixa etária de maior
Adicionar verdura verde-escura às preparações incidência de diarréia é entre 7 e 28 meses com pico aos 9
cozidas. meses.
Utilizar farinhas enriquecidas com ferro. Conseqüências da diarreia: São complicações da diarreia
Não permitir a substituição de refeições salgadas a desidratação (principal causa de morte), a diarreia
por alimentos lácteos, biscoitos ou guloseimas. prolongada e a desnutrição. Efeitos negativos da doença
Garantir 2 refeições de sal/dia (Guia < 2 anos). diarreica sobre o crescimento:
Diminuição do apetite em cerca de 20% e
conseqüente redução da quantidade de alimento ingerido.
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Má absorção de nutrientes e as alterações Sinais Sem Desidratação Desidratação
metabólicas presentes. desidratação (2 ou mais grave (2 ou +
sinais) sinais
Perda de nutriente causada por vômitos e febre.
incluindo pelo
Suspensão da alimentação com fins de pausa menos 1*)
abdominal.
Redução da resistência às infecções, tornando-se
cada vez mais susceptível a outras infecções agudas. Condição Bem, alerta Irritado, Comatoso
intranquilo hipotônico *
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o Demonstrar a mãe como se administra.
o Se a criança vomitar, esperar 10 minutos e
administrar novamente.
PLANO A: o Manter aleitamento materno.
Indicado para crianças com diarreia aguda, mas sem
desidratação, é um tratamento de manutenção justamente Volume de SRO a ser oferecido na fase de reidratação:
para evitá-la.
Idade Até 4 4 – 11 1–2 2–4 5 – 14
1. Aumentar a oferta de líquidos: meses meses anos anos anos
Manter o aleitamento materno aumentando a Peso < 5kg 5 a 7,9 8– 11 a 16 –
freqüência das mamadas. kg 10,9 15,9 29,9
kg kg kg
Se a criança está em amamentação exclusiva,
SRO 200 - 400 - 600 - 800 - 1200 -
dar SRO além do leite. (ml) 400 600 800 1200 2200
Se não está em amamentação exclusiva, além de Obs. Somente utilizar a idade se o peso da criança for
SRO dar líquidos casieras, sopas, refresco sem açúcar, desconhecido. A quantidade aproxima de SRO necessária pode
água de coco ou água potável. ser calculada multiplicando-se o peso da criança (em kg) por 75
Bebidas não recomendadas: refrigerantes, suco
2. Após 4 horas reavaliar a criança e classificá-la
de fruta industrializado, chá adoçado e café pois, podem
quanto a desidratação:
causar diarréia osmótica.
Oferecer para crianças até 2 anos: 50 a 100ml de o Caso a criança esteja sem desidratação
SRO e para crianças de 2 a 10 anos: 100 a 200ml de SRO prosseguir com a fase de manutenção = Plano A
após cada evacuação líquida. Se não tiver a SRO, deve o Se a criança tem desidratação refazer o Plano B
iniciar com as formulações caseiras. ou se a desidratação for grave ir para plano C
2. Prescrever suplemento de zinco (10 a 20mg) 3. Manter o aleitamento nos lactentes amamentados
durante 10 a 14 dias, na forma de xarope ou comprimidos exclusivamente.
para serem dissolvidos, com o objetivo de repor perdas,
diminuir a gravidade, duração e ocorrência de novos casos 4. Dar líquidos adicionais.
de diarreia, dado o papel deste mineral na função
imunológica. 5. Orientar o responsável em quando retornar.
Medicamentos Efeitos
Antieméticos Depressores do SNC,
(metoclopramida, dificultam a ingestão de
clorpromazina) soro e podem causar
distensão abdomnal
Antiespasmódicos (elixir Inibem o peristaltismo
paregórico, atropínicos, facilitando proloferação de
operamida, difenoxilato) microorganizamos e
prolongando o quadro
diarreico. Podem levar a
falsa impressão de
melhora)
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São poucos os estudos da literatura mundial nos quais se
avaliou o consumo de fibra pela população pediátrica.
O primeiro estudo no Brasil relacionando o consumo
de fibra alimentar por mulheres adultas com e sem
constipação intestinal permitiu observar que se utilizou o
conceito de fibra bruta, que foi abandonado diante da
evolução dos conhecimentos sobre a importância da fibra
alimentar na nutrição humana. Revela ainda que a média
de consumo de fibra seria ínfima em relação às
recomendações internacionais.
Mais tarde, em outro estudo, observou-se que as
principais fontes alimentares, expressas em porcentagem
do total e fibra consumida, foram: 32,3% do pão e farinhas,
21,2% do arroz, 17,4% do feijão, 12,7% de frutas, 8,3% de
verduras e legumes, 3,2% da batata e 4,9% de outros
alimentos.
Com as diferentes tabelas utilizadas em estudos
contatou-se que as recomendações de consumo de fibra
alimentar devem ser obrigatoriamente vinculadas a uma
determinada tabela de composição de fibra nos alimentos
por elas se diferenciarem no valor total de fibra.
A Fundação Americana de Saúde aconselhou que as
crianças com idade superior a dois anos devessem
consumir, no mínimo, em gramas, o valor resultante da
soma de 5 a sua idade expressa em anos. O máximo se
estabelece pela soma de 10 à idade em anos. Mas não
mencionou a tabela de composição a ser seguida. Parece
que a dieta com quantidade inferior ao mínimo
recomendado associava-se com risco 4,1 vezes maior de
constipação.
Posteriormente vários estudos confirmaram a
associação do menor consumo de fibra alimentar ao maior
risco de constipação. Estudos também avaliaram a relação
entre ingestão de fibra alimentar, tempo de trânsito
colônico e frequência de evacuações. Observaram
correlação negativa entre a frequência de evacuações e o
tempo de trânsito colônico. O tempo de trânsito no cólon
esquerdo foi menor nas crianças com maior consumo de
fibras.
Em estudo avaliando a relação de constipação, tipo
de aleitamento e consumo de fibra alimentar em crianças
com menos de dois anos de idade, observou-se
associação entre aumento da idade, diminuição da
frequência de aleitamento e aumento na prevalência de
IMPORTÂNCIA CLÍNICA DA FIBRA constipação. Demonstrou-se também que os lactentes em
ALIMENTAR NA GASTROENTEROLOGIA aleitamento artificial apresentam chance 4,5 vezes maior
PEDIÁTRICA de apresentarem constipação do que os em aleitamento
natural predominante. Existe uma associação entre
(Chemin) aleitamento natural e eliminação de fezes em maior
freqüência e com maior conteúdo líquido.
Os efeitos benéficos da fibra alimentar na saúde são Em estudos com adolescentes, confirmou-se que o
relacionados com o tubo digestório, proporcionando a feijão é uma fonte importante de fibra alimentar e que seu
formação de bolo fecal com maior umidade e peso, consumo não habitual associava-se com chance dez vezes
facilitando a eliminação fecal regular e diminuindo a maior de consumo insuficiente de fibra. Em pediatria,
permanência do bolo fecal no intestino grosso. Fatores de constipação é definida como sintoma caracterizado pela
proteção contra o desenvolvimento de doenças do tubo ocorrência de qualquer uma das seguintes manifestações,
digestório, como apendicite, doença diverticular do cólon e independentemente do intervalo entre as evacuações:
câncer de cólon. eliminação de fezes duras, dificuldade ou dor para
Efeitos no metabolismo do colesterol e sua influência evacuar, eliminação esporádica de fezes muito calibrosas
na velocidade de absorção de carboidratos, além de que entopem o vaso sanitário ou frequência de
induzir saciedade e possível redução no excesso de peso. evacuações inferior a três por semana, exceto em crianças
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em aleitamento natural. A constipação crônica (duração desconforto e manobras para eliminar as fezes. A
maior que duas semanas) pode ser caracterizada pela eliminação de fezes endurecidas, em forma de cíbalos
presença isolada de suas complicações, como escape (forma de bolinhas), mesmo com frequência normal para a
fecal e dor abdominal. Crianças maiores e adolescentes idade da criança, é também considerada como
podem referir sensação de esvaziamento retal incompleto constipação. Em lactentes amamentados ao seio, a
após evacuar. Em todos os estudos, o consumo de fibra eliminação de fezes, sem dor, mas com intervalos que se
alimentar foi abordado considerando que seu consumo prolongam até 7 dias, não é considerada constipação.
insuficiente pode ser um fator envolvido na etiologia da Hábitos alimentares intestinais regulares no início da vida,
constipação crônica funcional. Frequentemente observa-se defecando, em geral pela manhã, após o desjejum, quando
na população pediátrica a dor abdominal crônica os reflexos gastrocólicos e duodenocólicos causam
recorrente. Caracteriza-se pela ocorrência de pelo menos movimentos de massa no intestino grosso, previne o
três episódios de dor abdominal, durante pelo menos três aparecimento da constipação.
meses, tendo a dor intensidade suficiente para interferir
nas atividades diárias da criança. Já considerou-se a Classificação:
possibilidade de a fibra alimentar participar da Os distúrbios de evacuação podem ter origem
fisiopatogenia do tratamento da dor abdominal recorrente, orgânica (relacionada a doenças) ou funcional (relacionada
mas não existem estudos mostrando a eficácia do à dieta, educação intestinal, atividade física).
aumento do consumo de fibra alimentar na forma de
alimentos habituais ou suplementos na dor abdominal A constipação intestinal pode ser:
recorrente. Aguda: covalescência de uma doença aguda,
Considerações finais: As fibras proporcionam hábito frequentemente associada a diminuição da ingestão
intestinal com frequência e características das fezes alimentar, ou tratamento com drogas constipantes
adequadas e seu consumo insuficiente associa-se com (fenitoína, imipramina, fenotiazinas, preparações contendo
aumento do risco de constipação crônica funcional. No ferro, codeina e vincrastina). Pode ocorrer também por
tratamento da constipação na infância, é necessário o mudança da alimentação, redução da atividade física e/ou
desenvolvimento de pesquisas clínicas que definam a mudanças de ambiente. É uma situação transitória, a
melhor forma de administração das fibras e sua dose função intestinal volta a normalidade tão logo cesse a
terapêutica. Acredita-se que o consumo adequado de fibra causa.
possa prevenir doenças cardiovasculares e diabetes Crônica: divide-se em funcional e psicogência
mellitus do tipo 2 na idade adulta e doenças do aparelho Funcional: está relacioanado ao hábito
digestório. alimentar com pouco resíduo ou não atendimento
do reflexo de defecação.
Psicogência: tem origem comportamental, e é
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL de dificil manuseio pois decorre da época do
treinamento dos esfíncters. A criança passa a ter
medo de evacuar pelo desconforto e dor que tal
Constipação não é uma doença, trata-se mais de um ato acarreta.
sintoma e é caracterizado por retenção de fezes no cólon
ou dificuldade de evacuação por tempo superior a 2 Constipação e Regime Alimentar
semanas. Há eliminação de fezes endurecidas, frequência Uma das causas mais frequentes de constipação na
evacuatória menor que 3x/semana e/ou sensação de infância é a mudança de práticas alimentares, que variam
esvaziamento incompleto do reto. Já a Sociedade Paulista desde a simples troca de leite materno por fórmula ou uma
de Gastroenterologia Pediátrica e Nutrição define como fórmula por outra até a introdução de um novo alimento. A
uma síndrome que consite na eliminação com esforço de prática do aleitamento materno nos primeiros meses de
fezes ressecadas, independente do intervalo de tempo vida e a ingestão de fibra alimentar em quantidades
entre as evacuações. De acordo com Accioly, constipação suficientes depois dos 2 anos previnem a constipação
é a retenção de fezes no cólon ou dificuldade de crônica funcional.
evacuação com intervalo superior a 2 semanas. A uma tendência histórica de ingestão reduzida de
A etiologia da constipação não está totalmente fibras nas dietas infantis. No entanto, uma dieta rica em
esclarecida, mas acredita-se que haja o envolvimento de fibras é eficaz no tratamento da cosntipação, porque
diversos fatores, constitucionais, hereditários, alimentares, aumenta o volume fecal, produz evacuações mais
psicológicos, associados ou não ao distúrbio da motilidade amolecidas e frequentes, bem como diminui o tempo de
intestinal. O pico de incidência da constipação é entre 2 e trânsito intestinal.
4 anos, época na qual ocorre o treinamento de toilete No entanto, há controvérsias quanto à utilização de
(controle esficteriano). Não há uma idade definida para seu dietas ricas em fibras para crianças, pois estes alimentos
início, mas não deve ocorrer antes dos 2 anos, pois a aumentam a saciedade e apresentam menor densidade
criança precisa passar pelas etapas do seu energética, podendo ocasionar baixa ingestão diária de
desenvolvimento. energia. E como a capacidade gástrica da criança é
Em crianças menores, que ainda mamam, a pequena, estas podem não atingir as recomendações
constipação pode ser considerada pela presença de dietéticas diárias. Além disso, pode levar à formação de
movimentos intestinais dolorosos, acompanhados de gases e causar desconforto (por isso a mudança deve ser
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gradativa); e também reduzem absorção de minerais
essenciais como Fe, Ca, Cu, Mg, Zn e P.
Quadro clínico
A constipação não é uma doença e sim um sintoma,
mas pode ter consequências desagradáveis, como: dor,
distensão abdominal, flatulência, enurese noturna e
náuseas. É comum a criança apresentar anorexia,
provavelmente pela dor e distensão abdominal, febre,
nervosismo, déficit de crescimento e baixo rendimento
escolar.
Algumas crianças podem apresentar escape fecal,
O consumo de legumes e vegetais folhosos
chamado soiling, o qual é um escape involuntário de fezes.
devem ser oferecidos preferencialmente crus (Accioly) x
Em geral, é uma consequência de constipação grave,
Introduzir legumes e verduras cozidos gradativamente,
quando há presença de massa fecal endurecida (fecaloma)
misturando aos outros alimentos, para que a criança possa
no cólon. A parte externa do bolo fecal que fica em contato
tolerar o aumento de fibras na alimentação (Guia < 2
com a mucosa intestinal perde água, ocorrendo liberação
anos).
de fezes moles pelas laterais. Essa situação pode ser
As frutas deve-se dar preferência às laxativas
confundida com diarreia ou que a criança não está
(mamão, ameixa fresca e desidaratada, laranja com
controlando o esfícter e é mais percebida a partir dos 4
bagaço, abacate, abacaxi, tangerina, melancia, fruta de
anos de idade, pois já há o controle esficteriano anal.
conde); inteiras ou em pedaços e sempre que possível
Em crianças compactadas não é recomendada a
com casca, pois fornecem mais fibras do que na forma de
intervenção dietética no primeiro momento, pois o aumento
sucos e de polpa amassada. Frutas desidaratadas
do consumo de fibras provocará estímulo nas partes
mantidas em remolho (ex: ameixa) podem ser mais fáceis
superiores do intestino, sem a liberação da mais parte
de consumir. Segundo Guia < 2 anos, deve-se oferecer 2
mais distal, o que provocará gases e dor abdominal.
frutas/dia.
Primeiramente, o intestino deve ser desbloqueado, e só
O uso de cereal e pães integrais deve ser
depois iniciar o tto dietético.
incentivado, oferecidos de forma palatável à criança.
Tratamento dietético Em situações em que a criança não aceita
legumes e vegetais folhosos misturar esses alimentos no
As recomendações para crianças incluem uma
arroz, em massas de bolo salgado, tortas e bolinhos.
ingestão regular de refeições, ampla variedade de
Pode-se também substituir parte da farinha de trigo no
alimentos que contenham fibras e líquidos em quantidade
preparo de bolos e outras preparações, por aveia em
adequada.
flocos ou farelo de aveia ou de arroz.
Os erros alimentares são identificados como os
Alimentos que estimula pouco o peristaltismo
maiores responsáveis pela constipação intestinal, e
(maçã, banana, pães, arroz, batata, farinha de mandioca,
portanto a educação nutricional envolvendo a criança e a
maisena), não precisam ser excluídos do plano alimentar,
família é muito importante.
porém devem ser utilizados em combinação com alimentos
que estimulem o trânsito intestinal. Ex: banana com aveia
Algumas recomendações:
ou farelo; arroz cozido com folhosos; farofa com ameixa ou
Elevado consumo de líquidos. Deve ser cerca de
talos de vegetais x Evitar maçã, banana, limão e goiaba
1,5ml/kcal. É desejável que cerca de 50% da ingestão
(Guia < 2 anos).
diária de líquidos seja de água, com exceção dos lactentes
Recomenda-se o uso de lactobacilos: O
em AM, já que o LH contém cerca de 80% de água. Em
Lactobacillus acidophilus ou Lactobacillus bifidus ajudam a
geral, a criança perde cerca de 800 ml de água/dia, sendo
criar uma flora intestinal favorável, produtora de ácidos
cerca de 200 ml nas fezes. Portanto, recomenda-se a
orgânicos, o que é útil para aliviar a constipação.
ingestão de 4 a 6 copos de água/dia.
Evitar ou usar moderadamente alimentos
Organizar os horários da refeições para garantir
flatulentos, os quais podem trazer desconforto intestinal,
volume alimentar suficiente e, assim, estimular o reflexo
como: couve-flor, repolho, pepino, goiaba, jaca, batata
gastrocólico do peristaltismo intestinal (Guia < 2 anos).
doce, pimentão, ervilha, nabo.
Substituir a mamadeira por copo e a farinha
Os farelos de cereais (farelo de aveia tem mais
utilizada (Guia < 2 anos).
solúveis e farelo de trigo mais insolúveis) são os que
Estimular o consumo de alimentos com grande [ ]
possuem maior concentração de fonte de fibras, mas
de fibras (leguminosas, cereais integrais, legumes,
devem ser usados com moderação em casos de
verduras, frutas e vegetais folhosos).
constipação mais intensa. Devem ser adicionados a
alimentos bem aceitos pelas crianças e divididos em 3
doses/dia, usando em média 1 colher de sobremesa. No
entanto é possível elaborar uma dieta rica em fibras sem a
utilização desses produtos.
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Medicamentos
A automedicação de drogas laxativas pode irritar a
parede intestinal e causar dependência. O hábito de tomar
laxantes diariamente provoca esvaziamento de cólon de
forma violenta e artificial. Quando a medicação é
suspensa, o intestino relaxa-se e a eliminação de fezes é
interrompida por um tempo, pois o cólon está vazio e não
houve tempo para a formação de bolo fecal. Tal fato pode
reforçar a hipótese de constipação, mas na verdade, não
houve chance do cólon de funcionar em um ritmo normal.
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