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Retificadores com correção

do fator de potência
SETEMBRO
2020
GRUPO 06 - Componentes
Antonio Rodrigues de Araujo

Carlos Henrique dos Santos

Dyogo de Holanda Antunes

Erickson Rodrigues da Silva

Fellype Eduardo Silva

Francisco Cleber da Conceição

Herick Wallace da Silva

Luiz Eduardo Borges

Marcos Paulo de Freitas Carvalho


1.retificadores e sua classificação
Podem ser classificados pelo:

-Ajuste do valor da tensão de saída (controlados x não


controlados);

-Número de fases da tensão alternada na alimentação de


entrada (monofásico, trifásico, hexafásico, etc.);

-Tipo de conexão dos elementos retificadores (meia ponte x


ponte completa).
1.1. Retificadores não-controlados monofásicos
Utilizam diodos como elementos de retificação.

Os diodos de potência diferem dos diodos de sinal por terem


uma capacidade superior em termos de nível de tensão de
bloqueio (podendo atingir até alguns kV, num único
dispositivo), e poderem conduzir correntes de até alguns kA.
1.1.Retificadores não-controlados monofásicos

Fig. 1:Topologia e formas de onda (com carga resistiva) de retificador


monofásico não-controlado, meia-onda.
1.1.Retificadores não-controlados monofásicos

Fig. 2: Topologia e formas de onda retificadores monofásicos não-controlados, de onda-completa com


carga resistiva
1.1.Retificadores não-controlados monofásicos

Fig. 3: Topologia e formas de onda retificadores monofásicos não-controlados, de onda-completa com carga
capacitiva
1.1.Retificadores não-controlados monofásicos

Fig. 4: Topologia e formas de onda retificadores monofásicos não-controlados, de onda-completa com carga
indutiva
1.2. Fator de potência
Fator de potência é definido como a relação entre a potência
ativa e a potência aparente consumidas por um dispositivo ou
equipamento, independentemente das formas que as ondas de tensão e
corrente apresentem.
1.2. Fator de potência
Em um sistema com formas de onda senoidais, a equação anterior
torna-se igual ao cosseno da defasagem entre as ondas de tensão e de
corrente:

Quando apenas a tensão de entrada for senoidal, o FP é expresso


por:
1.2. Fator de potência
O valor RMS da corrente de entrada também pode ser expresso em
função das componentes harmônicas:

Define-se a Taxa de Distorção Harmônica (TDH) como sendo a


relação entre o valor RMS das componentes harmônicas da corrente e a
fundamental:
1.2. Fator de potência
Assim, para fontes senoidais e cargas não lineares, o fator de
potência pode ser expresso como:

É evidente a relação entre o FP e a distorção da corrente


absorvida da linha. Neste sentido, existem normas internacionais que
regulamentam os valores máximos das harmônicas de corrente que um
dispositivo ou equipamento pode injetar na linha de alimentação.
1.3.Normas IEC 61000-3-2

Estas normas referem-se às limitações das harmônicas de corrente


injetadas na rede pública de alimentação. Aplica-se a equipamentos
elétricos e eletrônicos que tenham uma corrente de entrada de até
16A por fase, conectado a uma rede pública de baixa tensão
alternada, de 50 ou 60 Hz, com tensão fase-neutro entre 220 e 240 V
1.4.Normas IEC 61000-3-2
Classe A: Equipamentos com alimentação trifásica equilibrada,
aparelhos eletrodomésticos (exceto os da classe D), equipamentos de
áudio, ferramentas (exceto as portáteis) e todos os demais não
incluídos nas classes seguintes.

Classe B: Ferramentas portáteis

Classe C: Dispositivos de iluminação, exceto para lâmpada


incandescente.

Classe D: Receptores de TV, computadores pessoais e monitores de


vídeo para computadores.
1.4.Normas IEC 61000-3-2

Fig. 5: Valores máximos para harmônicas de corrente


1.4.1 Desvantagens do baixo fator de potência (FP) e da alta distorção da corrente
A figura abaixo mostra uma forma de onda típica de um circuito
retificador alimentando um filtro capacitivo. Notem-se os picos de
corrente e a distorção provocada na tensão de entrada, devido à
impedância da linha de alimentação. O espectro da corrente mostra o
elevado conteúdo harmônico, cujas harmônicas excedem as
especificações da norma IEC 61000-3-2.

Fig.6:(a) Corrente de entrada e tensão de alimentação de retificador alimentando filtro capacitivo. (b)
Espectro da corrente.
1.4.1 Desvantagens do baixo fator de potência (FP) e da alta distorção da corrente

Desvantagens de um baixo FP e elevada distorção:

• A máxima potência ativa absorvível da rede é fortemente limitada


pelo FP;

• As harmônicas de corrente exigem um sobre-dimensionamento da


instalação elétrica e dos transformadores, além de aumentar as
perdas (efeito pelicular);

• A componente de 3a harmônica da corrente, em sistema trifásico


com neutro, pode ser muito maior do que o normal;
1.4.1 Desvantagens do baixo fator de potência (FP) e da alta distorção da corrente

Outras desvantagens de um baixo FP e elevada distorção:

• O achatamento da onda de tensão, devido ao pico da corrente, além


da distorção da forma de onda, pode causar mau-funcionamento de
outros equipamentos conectados à mesma rede;

• As componentes harmônicas podem excitar ressonâncias no sistema de


potência, levando a picos de tensão e de corrente, podendo danificar
dispositivos conectados à linha.
2.SOLUÇÕES PASSIVAS
Não apresenta elementos ativos

utiliza-se da inserção de indutores e capacitores

Oferecem características como:

● Robustez
● Alta confiabilidade
● Insensibilidade a surtos
● Operação silenciosa
2.1.SOLUÇÕES PASSIVAS - FILTRO LC DE SAÍDA
● Combinação indutor e capacitor permite uma melhora do FP
com elementos significamente menores
● Indutor em série reduz o valor de pico com que se carrega
o capacitor

Fig.7 : Filtro LC de Saída. [1].


2.1.SOLUÇÕES PASSIVAS - FILTRO LC DE SAÍDA
● Redução significativa no conteúdo harmônico da “onda quadrada”

em relação a “onda impulsiva”

● Redução da componente fundamental

Fig.8 : formas de ondas relativas as correntes de entrada [1].


2.2.SOLUÇÕES PASSIVAS - FILTRO LC DE ENTRADA
● Utiliza-se filtros LC paralelos sintonizados na entrada do
retificador
● Não permite que componentes selecionadas circulem pela rede

● Capacitor adicional

● FP elevado (0,95) Fig.9 : Filtro LC de Entrada. [1].


2.2.SOLUÇÕES PASSIVAS - FILTRO LC DE ENTRADA

Fig.10 :Correntes na rede e na entrada do retificador e respectivos espectros. [1].


2.3.SOLUÇÕES PASSIVAS - DESVANTAGENS
● São pesados e volumosos
● Afetam as formas de onda na frequência fundamental
● Não possibilitam regulação da tensão
● Dinâmica pobre
● Correto dimensionamento não é simples
3.Soluções Ativas
● Os PFP ativos empregam interruptores controlados
○ Associados aos elementos passivos

● As topologias variam quanto a operação do chaveamento


○ Na frequência da rede
■ Indutores e capacitores para baixa frequência
○ Alta frequência
■ Permite redução nos valores dos elementos de filtragem
3.1.Soluções Ativas -Conversor Suga
● O conversor funciona
chaveando o transistor na
frequência da rede
● O acionamento ocorre de
forma antecipada em relação
à carga do capacitor de
Fig.11 : Conversor Suga. [1].
saída
3.1.Soluções Ativas -Conversor Suga
● FP se eleva de 0,6 pra
cerca de 0,9
● THD se mantém elevada e
pode não atingir os
limites da norma

Fig.12 : Formas de onda do


Conversor Suga. [1].
3.2.SOLUÇÕES ATIVAS-CONVERSOR ELEVADOR DE TENSÃO
(BOOST) COMO PFP

Fig.13 : Conversor elevador de


tensão (BOOST) como PFP. [1].
3.2.SOLUÇÕES ATIVAS-CONVERSOR ELEVADOR DE TENSÃO
(BOOST) COMO PFP
Modo descontínuo:

Corrente de pico:
3.2.SOLUÇÕES ATIVAS-CONVERSOR ELEVADOR DE TENSÃO
(BOOST) COMO PFP
Para α = 0

FP = 0,866

O mesmo valor de FP é
encontrado para o modo de
condução de fronteira.
3.2.SOLUÇÕES ATIVAS-CONVERSOR ELEVADOR DE TENSÃO
(BOOST) COMO PFP
Modo contínuo:

● Método mais utilizado

FP = 99,5%

TDH(corrente) = 0,06%
3.2.SOLUÇÕES ATIVAS-CONVERSOR ELEVADOR DE TENSÃO
(BOOST) COMO PFP
Vantagens:

● A presença do indutor na entrada absorve variações bruscas na


tensão de rede.
● Energia é armazenada no capacitor de saída, o qual opera em alta
tensão (Vo>E), permitindo valores relativamente menores de
capacitância.
● O controle da forma de onda é mantido para todo valor
instantâneo da tensão de entrada, inclusive o zero.
3.2.SOLUÇÕES ATIVAS-CONVERSOR ELEVADOR DE TENSÃO
(BOOST) COMO PFP
Desvantagens:

● O conversor posterior deve operar com uma tensão de


entrada relativamente elevada.
● Não é possível isolação entre entrada e saída.
4.Referências
[1]Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação - UNICAMP :
“Retificadores não controlados e Fator de Potência”, Campinas-SP ,
2002.

[2]HART, D. W. Eletrônica de Potência - Análise e Projetos


de Circuitos. [S.l.]: McGraw-Hill,2012.

[3]RASHID, M. H. Eletrônica de Potência: Dispositivos


Circuitos e Aplicações. [S.l.]: Editora PEARSON, 2015.

[4]MOHAN, N.; UNDELAND, T. M. Power electronics: converters,


applications, and design. [S.l.]: John Wiley & Sons, 2007.

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