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Unidade 2 - Ficha de Compreensao Da Leitura 2
Unidade 2 - Ficha de Compreensao Da Leitura 2
Leia o artigo de divulgação científica que se segue. Após a leitura atenta, responda ao questionário
apresentado.
«Pessoas com uma tendência à culpa possuem normalmente um forte sentido de responsabilidade
para com os outros. E esta responsabilidade faz as outras pessoas vê-los como líderes», disse Becky Schaum-
5 berg, uma das autoras da pesquisa, ao site de notícias da escola de negócios de Stanford.
Os autores do estudo chegaram a esta conclusão após observarem o comportamento de grupos de
cerca de cinco pessoas que não se conheciam. Depois de aplicarem um teste de personalidade (que indicava
traços como tendência à culpa, vergonha e extroversão), os cientistas atribuíram duas tarefas a cada um dos
10 grupos.
Após concluírem as atividades, os participantes tinham de avaliar cada um dos elementos da equipa
segundo características de liderança, como liderar a discussão e assumir a responsabilidade da tarefa.
Os participantes que, no teste de personalidade, apresentaram maior tendência à culpa receberam as
melhores notas, segundo os outros membros do grupo. Mas não é só isso. Tiveram também mais pontos até
15 do que as pessoas extrovertidas, que tendem a ser apontadas como líderes.
Noutro estudo, a equipa comprovou que os estudantes de MBA que tendiam mais à culpa também
eram avaliados como bons líderes pelos seus antigos chefes, colegas e clientes.
Além disso, de acordo com outro levantamento dos autores do estudo, entre os gestores com este
traço de personalidade parecia haver uma maior probabilidade de apoiar demissões para manter os lucros
20 da empresa. «Estas pessoas comportar-se-iam de maneira a responderem às expectativas da organização»,
disse a autora.
Culpa x Responsabilidade
A culpa por si só, contudo, não é o que transforma profissionais em bons chefes, afirma o consultor
organizacional Eduardo Ferraz. «Quem é muito responsável sente-se no dever de fazer. Quando alguém é
25 responsável e cumpre, tem a sensação de dever cumprido. Quando alguém é responsável e não cumpre,
sente culpa», diz o especialista.
Sentir culpa, contudo, não é o mesmo que sentir vergonha dos seus erros, aponta o estudo. As pessoas
que se sentem culpadas pelas suas ações, geralmente, encaram a situação de frente e tentam retificar os
seus erros. Já aqueles que apenas se envergonham, tendem a esconder os erros e a fugir das consequências.
30 De acordo com Ferraz, as pessoas com este tipo de tendência a assumirem a culpa, geralmente, são
mais meticulosas e organizadas; por serem responsáveis, preocupam-se mais com as pessoas e com os
prazos», afirma.
1.1. Segundo o primeiro parágrafo do texto, a pesquisa levada a cabo pela Universidade de Stanford
(A) confirma intuições do senso comum, mostrando a importância do sentimento de culpa na
nossa vida profissional.
(B) contradiz determinadas conceções do senso comum, provando que o sentimento de culpa
pode ser bom para a nossa vida profissional.
(C) é surpreendente, porque mostra que os bons líderes conseguem anular o sentimento de
culpa.
(D) é surpreendente, pois mostra que a culpa é sempre um sentimento benéfico na nossa vida
emocional.
1.2. Existe uma relação entre culpa e liderança, segundo Becky Schaumberg, uma vez que
(A) a culpabilidade se traduz num maior sentido de responsabilidade.
(B) os bons líderes conseguem eliminar o sentimento de culpabilidade.
(C) liderança e responsabilidade não se coadunam com sentimentos de culpa.
(D) as pessoas responsáveis controlam melhor o sentimento de culpa.
1.3. No estudo desenvolvido em Stanford,
(A) as pessoas com tendência à culpa mostraram-se incapazes de assumir responsabilidade.
(B) as pessoas extrovertidas receberam melhores classificações na avaliação das capacidades
de liderança.
(C) as pessoas menos extrovertidas e com tendência à culpa foram avaliadas como menos
responsáveis.
(D) as pessoas com tendência à culpa receberam melhores classificações na avaliação das
capacidades de liderança.
1.4. Segundo o mesmo estudo, pessoas com tendência a sentirem culpa
(A) são incapazes de defender o afastamento de outras pessoas.
(B) não conseguem tomar determinadas decisões, porque sentem pena dos outros.
(C) conseguem agir de modo a defender os interesses da organização onde trabalham.
(D) defendem, muitas vezes, posições que não vão ao encontro dos interesses da organização
onde trabalham.
1.5. Segundo Eduardo Ferraz, sentir culpa
(A) é uma condição suficiente para ser um bom líder.
(B) pode ajudar uma pessoa a ser um bom líder, aliando-se ao seu sentido de responsabilidade.
(C) é um traço que os bons líderes conseguem evitar, porque são responsáveis.
(D) pode ajudar uma pessoa a ser um bom líder, impedindo-a de errar.
1.6. Relativamente à vergonha, a culpa é
(A) um sentimento relativamente semelhante, mas mais importante na gestão das relações
sociais.
(B) um sentimento diferente, na medida em que pressupõe a incapacidade de corrigir problemas.
(C) um sentimento mais complexo, traduzindo-se no medo de assumir erros e problemas.
(D) um sentimento diferente, refletindo-se na capacidade de enfrentar problemas.
1.7. Ser meticuloso e organizado é uma característica de pessoas
(A) que evidenciam sentimentos de culpa.
(B) com tendência à vergonha.
(C) que gostam de trabalhar com outros.
(D) que conseguem controlar melhor os seus sentimentos de culpa.
1.8. Relativamente aos termos «empresa» e «organização» (linha 20), é correto afirmar que
(A) existe, entre eles, uma relação de hiponímia/hiperonímia.
(B) existe, entre eles, uma relação de holonímia/meronímia.
(C) existe, entre eles, uma relação de meronímia/holonímia.
(D) pertencem ao mesmo campo semântico.