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Tema 5 Corpo – LT e TLV - 2021

Gases - Limites de tolerância no Brasil (LTs da NR-15)

Gases - Limites de exposição da ACGIH (TLVs)


LT – limite de tolerância

NR-15 e seus anexos, para gases e poeiras, por inalação.

Manusear na aula
Lei 6 514 de dezembro de 1977 – altera o Cap. V do Título
II da Consolidação das leis do trabalho, relativo à saúde,
segurança e medicina do trabalho.
Introduz as NRs e a mais importante neste curso é a NR-
15 (1978).
NR-15 baseada nos TLVs da ACGIH de 1977.
Data Evento
1978 NR-15 Adoção de limites de tolerância (LT) no
Brasil

1994 NR-9 e NR-22 - Adoção de limites de exposição da


ACGIH (TLV), quando não existirem LTs na NR-15;
nível de ação NA (1/2 do LT ou 50% da dose)
Presidente Ernesto Geisel e Ministro Arnaldo Prieto
Ministro Arnaldo Prieto (+)
TIPOS DE LIMITE
Existem várias siglas, para expressar coisas similares.
Deve-se atentar para a definição particular em cada caso:
LT = limite de tolerância – NR-15 - Brasil
TLV = threshold limit value – ACGIH – marca registrada
LEO = limite de exposição ocupacional – ABHO

PEL = permissible exposure limit – OSHA


OEL = occupational exposure limit – ONRSA, Canadá
REL = recommended exposure limit - NIOSH
WEEL = workplace environmental exposure limit - AIHA
LIMITE DE TOLERÂNCIA - LT
• varia com a suscetibilidade individual  pequena % de
trabalhadores pode ter desconforto mesmo abaixo do LT
• algumas pessoas  ultrassensíveis ou incomumente sensitivas
face a fatores como genética, hábitos pessoais, remédios,
exposições prévias, etc.
• LT obtidos de: experiência industrial + experimentos com
humanos + experimentos com animais. Idealmente os 3 juntos.
• conjunto de informações para estabelecer LT varia de substância
para substância, ou seja, varia a precisão de cada LT
LT = para ser usado na higiene ocupacional, por
especialistas, são recomendações relativas ao
controle de potenciais condições perigosas no
trabalho, não devem ser usados para qualquer outro
fim.
(Sérgio)
LIMITE DE TOLERÂNCIA
Não pode usar:
❑ no controle de incômodos da comunidade
❑ na estimativa de índices de toxicidade relativa
❑ para a análise de exposição contínua
❑ como prova ou contra-prova da existência de alguma doença
❑ em países com substâncias, processos ou culturas diferentes do país de
origem do LT
❑ para definir prioridades ocupacionais e planejamento higienista
❑ na avaliação de impacto ambiental de poluente atmosférico
❑ como um indicador de doenças
❑ como uma divisão rígida entre seguro e não seguro
❑ como uma divisão rígida entre seguro e não seguro
❑ como uma divisão rígida entre seguro e não seguro

Como uma divisão rígida entre seguro e não seguro


NR-15

15.1.5. “Entende-se por LT para fins da norma NR-15, a


concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada
com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não
causará dano à saúde do trabalhador, durante toda sua vida
laboral.

Nada como ter certeza absoluta das coisas!! Passa uma


seriedade científica, só que ciência não é assim.!!
Limite de exposição

Na NR-15 chamados de LT

2 tipos:

LTvt

LTmap
NR-15: LTvt

LTvt = limite de tolerância valor teto (mg/m3 ou ppm)


• não pode ser ultrapassado em tempo algum.
EXERCÍCIO:
Procurar na legislação os LTs para os seguintes agentes químicos:
• ácido clorídrico =
• álcool n-butílico =
• dióxido de nitrogênio =
• brometo de metila =
• bromofórmio =

Como sei que é valor teto?


LTmap
• limite de tolerância média aritmética ponderada no tempo
• é um valor médio no tempo, podendo ser superado
condicionalmente por pequenos intervalos de tempo, desde
que haja compensação com valores abaixo do limite LTmap
• o quanto pode ser superado depende de cada substância e
dos tipos de efeitos
NR-15: LTmap + Vmax

LTmap = limite de tolerância média aritmética ponderada


(mg/m3 ou ppm)
• pode ser ultrapassado sob certas condições
• a concentração média (aritmética ponderada no tempo) das
amostras não deve ultrapassar o LTmap
• o quanto acima do LTmap pode-se ir é definido pelo
valor máximo Vmax
NR-15: LTmap + Vmax

Vmax = valor máximo, acima do Ltmap, função dele e do fator de


desvio FD (mg/m3 ou ppm)
• nunca pode ser ultrapassado
• sempre associado a um LTmap
• o FD é dado na NR-15. Quadro II..

Vmax = LTmap x FD
C média
Vmax = = LTmap x FD
LTmap (mg/m3 ou ppm) FD

0a1 3

1 a 10 2

10 a 100 1,5

100 a 1 000 1,25

Acima de 1 000 1,1


NR-15: LTvt / LTmap + Vmax Quadro 1, Anexo 11, NR-15
Absorção pela LTmap (para 48 horas semanais)
pele também
Agentes químicos LTvt ppm mg/m3

acetaldeído 78 140

acetato de cellosolve sim 78 420

acetileno asfixiante simples

acetona 780 1870

ácido acético 8 20

ácido cianídrico sim 8 9

ácido clorídrico + 4 5,5

álcool n-butílico + sim 4 115

amônia 20 14

anilina sim 4 15

bromo 0,08 0,6


Procedimento:
• Existe LT na legislação brasileira?
• Se existir, tem-se LTvt ou LTmap?
• Se existir LTvt  nunca pode ser ultrapassado
• Se apenas existir LTmap, procurar o FD e calcular Vmax
• Analisar tanto para Vmax como para a LTmap
• Se não existir LT na legislação brasileira, recomenda-se usar TLV da ACGIH
como ponto de partida (NR-9, NR-22, etc).
• Mesmo existindo na legislação brasileira, recomenda a boa prática, também citar
a ACGIH porque os TLV’s são anualmente revistos, enquanto a NR-15 é fixa desde
1977.
EXERCÍCIO: Obtenha o LT para a amônia, especificando seu tipo.
Calcule o Vmax associado.

SOLUÇÃO: Da tabela obtemos LTmap = 20 ppm


Com o fator de desvio obtemos o Vmax
Vmax = 1,5 x 20 = 30 ppm

EXERCÍCIO : Identificar 3 substâncias que tenham LTvt. Calcular o


Vmax associado.
SOLUÇÃO: Obtemos por exemplo as substâncias:
Ácido clorídrico – LTvt = 4 ppm
Ácido n-butílico – LTvt = 4 ppm
Dióxido de nitrogênio – LTvt = 4 ppm
Para o caso de LTvt , indicado pelo sinal “+” na segunda coluna, este
se aplica e tem precedência sobre o LTmap.
Assim, neste caso, não tem sentido falar em Vmax.
As substâncias que tem LTvt são aquelas que tem efeito muito
rápido, não sendo adequado analisar os efeitos num longo período de
8 horas.
EXERCÍCIO: Ao se avaliar a concentração de amônia num local de
trabalho, verificou-se uma exposição de 3 horas a 12 ppm e de 5
horas a 23 ppm. O LT foi excedido?

SOLUÇÃO: LTmap (amônia) = 20 ppm


FD = 1,5  Vmax = 1,5 x 20 = 30 ppm
C(média) = [ 3 x 12 + 5 x 23 ] / 8 = 18,9 ppm
Portanto o LT (limite de tolerância) não foi excedido porque:
• nenhum valor foi acima de Vmax
• a média foi inferior ao LTmap
EXERCÍCIO: Efetuaram-se 12 medidas num período de 48 horas de trabalho
semanal. Elas se referiam à concentração de dióxido de carbono gasoso, tendo-se
os resultados abaixo em ppm. O limite de tolerância foi excedido?
A1 = 4000 A2 = 4000 A3 = 3900 A4 = 3900 A5 = 3700 A6 =3800

A7 = 4100 A8 = 3750 A9 = 3990 A10 = 3890 A11 = 4000 A12 = 3910

SOLUÇÃO: LTmap (CO2) = 3 900 ppm  FD = 1,1  Vmax = 1,1 x 3 900 =


= 4 290 ppm
C(média) = [ 3 x 4000 + 2 x 3900 + 3700 + 3800 + 4100 + 3750 + 3990 + 3890 + 3910 ] / 12 =
3 911,7 ppm
Portanto o LT de tolerância foi excedido porque:
• apesar de nenhum valor ser acima do Vmax

• a média foi superior ao LTmap pois: 3 911,7 ppm > 3 900 ppm
Os LTs estão fixos no tempo desde 1977, incluindo valores,
metodologias, instrumentos e processos industriais.

TLVs (ACGIH) atualizados todo ano.


Acompanhar sempre as notificações de intenção de mudança
para o ano seguinte. Sempre que utilizar um valor citar o ano
do livreto.
NR-15 Anexo 13 Agentes químicos
Arsênico
........
Fabricação de tintas a base de arsênico
Preparação do “Secret”.!!!
Metalurgia de minérios arseniacais (Au, Ag, PB, Zn, Ni, Sb,
Co, Fe)
Fabricação do tafetá “siré”.!!!
NR-15 Anexo 13 Agentes químicos
Chumbo
Fabricação de compostos de chumbo, carbonato, arseniato,
cromato mínio, litargírio e outros.!!!
Fabricação e emprego de chumbo tetraetila e chumbo
tetrametila.!!!
Vulcanização de borracha pelo litargírio ou outros compostos.
NR-15 Anexo 13 Agentes químicos
Cromo

Preparação de processos fotomecânicos de clichês (!!!) para


impressão a base de compostos de cromo.
Tanagem a cromo.!!
NR-15 Anexo 13 Agentes químicos
Fósforo
Extração e preparação de fósforo branco. Fabricação de
defensivos fosforados e organofosforados.
Fabricação de projéteis incendiários, explosivos e gases
asfixiantes a base de fósforo branco.
Fabricação de mechas fosforadas para lâmpadas de
mineiros.!!!
NR-15 Anexo 13A Agentes químicos
Operações diversas
Operações com cádmio e seus compostos, ..., utilização em
fotografia com luz ultravioleta, ... etc.
Fabricação de emelina e pulverização de ipeca.!!!!
Operações com timbó.!!!!
Telegrafia e radiotelegrafia, manipulação em aparelhos tipo
Morse (!!!) e recepção de sinais em fones.
NR-15 Anexo 12 Poeiras minerais

Sílica livre cristalizada


LT = 8,5 / [% SiO2 + 10]
mppdc
impactador (“impinger”)
contadas pela técnica de campo claro
NR-15 Em 1978 quando saiu a norma:
Gases – tubos colorimétricos
Técnica semi-quantitativa
Não havia instrumentação e laboratórios adequados no
Brasil, hoje tem-se mais de uma dezena de bom nível.
Era o avanço possível de ser feito.
Perguntar não ofende!
LTmap (mg/m3 ou ppm) FD
0a1 3
1 a 10 2
10 a 100 1,5
100 a 1 000 1,25
Acima de 1 000 1,1

Algumas vezes uma substância tem sua concentração dada em ppm e mg/m3.

Qual é o fator de conversão entre mg/m3 e ppm?

Calcule o FD para: acetaldeído, acetato de etila, ácido acético.


substância C (ppm) FD C (mg/m3) FD

acetaldeído 78 1,5 140 1,25

acetato de 310 1,25 1090 1,1


etila
ácido 8 2 20 1,5
acético

substância Vmax (ppm) Vmax


(mg/m3)

acetaldeído 117 175

acetato de 387,5 1199


etila
ácido 16 30
acético
Tema 5 – Corpo - LT e TLV

Gases - Limites de tolerância no Brasil (LTs da NR-15)

Gases - Limites de exposição da ACGIH (TLVs)


Data Evento
1883 primeiro LEO para CO, Alemanha
1916 LEO para poeira com SiO2, minas de ouro, RSA
1921 LEO para 33 substâncias – USBM, USA
1941 1a. lista de MAC para locais de trabalho - ACGIH
1942 MAC para 63 substâncias tóxicas - ACGIH
1945 MAC para 132 poluentes atmosféricos (Cook)
1946 MAC para 150 substâncias - ACGIH
1948 ACGIH altera nome MAC para TLV e registra
1955 ACGIH inicia documentação dos TLVs
1962 ACGIH publica documentação para 257 TLVs
1968 ACGIH publica TLVs para agentes físicos
1970 TLV adotado pela OSHA e chamado de PEL
Data Evento
1978 NR-15 Adoção de limites de tolerância (LT) no Brasil

1994 NR-9 e NR-22 - Adoção de LT estrangeiros (ACGIH)


quando não existirem na NR-15; nível de ação NA
(1/2 do LT ou 50% da dose)
Sigla Nome Órgão
LT limite de tolerância MTE NR-15, NR-9, NR-17, NR-22

LEO limite de exposição ocupacional ABHO órgão técnico de classe

TLV® threshold limit value ACGIH – sugere apenas


PEL permissible exposure limit OSHA equivale MTb dos USA

REL recommended exposure limit NIOSH equivale a Min. Saúde e Serviços


Humanos
WEEL workplace environmental exposure AIHA American Industrial Hygiene
limit Association - sugere
OESs occupational exposure standards HSE – The Health and Safety Executive,
maximum exposure limits Inglaterra
MELs
OEL occupational exposure limit ONRSA Ontario, Canadá

MAK maximum allowable concentration DFG – German Research Foundation,


Alemanha
TLV®
(threshold limit value)

• para agentes químicos em suspensão no ar


• representa condições sob as quais se acredita,
atualmente, que praticamente quase todos os
trabalhadores podem ser repetidamente expostos, dia
após dia, sem efeitos adversos à saúde.
• ler a definição no livreto da ACGIH, traduzido pela ABHO.
TLV

TLV-TWA = valor para turno diário de 8 horas ou 40 horas semanais, para o


qual quase todos os trabalhadores podem ser expostos durante toda a
vida laboral, e se acredita sem efeitos adversos.
LTmap = para 48 h semanais  adaptação do TLV- TWA
• valor válido na data de hoje, muitos variam com o tempo em função de novos
dados e evidências
• é um valor médio no tempo, podendo ser superado condicionalmente por
pequenos intervalos de tempo, desde que haja compensação com valores
abaixo do limite
• o quanto pode ser superado depende de cada substância e dos tipos de efeitos
TLV
Treshold limit value

valor válido na data de hoje, muitos vão variando com


o tempo em função de novos dados e evidências.

de modo geral os valores vão diminuindo.


ACGIH : TLV – 2 tipos básicos
a) TLV-C
b) TLV-TWA (TLV-STEL ou exclusivo 3x, 5x)
3x, 5x = excursion limits = limites de digressão

ACGIH BRASIL
TLV-C LTvt
TLV-TWA LTmap
TLV-STEL Não existe
Excursion limits Vmax
TLV-C = threshold limit value – ceiling
✓ A concentração do contaminante químico no ar não pode
exceder este limite, em nenhum momento por qualquer
intervalo de tempo que seja. Mesmo que seja por “um
instante”.
✓ Para substâncias de ação rápida.
✓ A amostragem pode ser de 1 ou poucos valores no turno.
Não
pode
TLV-TWA
threshold limit value – time weighted average

Pode ser superado um pouco, sob certas condições


✓ Quanto no tempo? De modo que a média temporal seja
obedecida, ou seja, valores acima sejam compensados
por valores abaixo.
✓ Quanto na magnitude? Depende da substância e do valor
do TLV- TWA, existindo fatores apropriados.
Função de:
• se ocorre envenenamento agudo / se efeitos são
cumulativos /a frequência com que ocorrem as altas
concentrações / a duração da superação do limite, etc.
• Como é uma média no tempo, a amostragem deve ser
apropriada durante o turno de 8 h, com diversos valores
medidos.
Exemplo: Turnos não de 8 h
NIOSH RELs: recommended exposure limit

O seu TWA está associado a outro turno diário.


Para a NIOSH "TWA" indica concentração média ponderada
para até 10 h (em dia de trabalho), para semana de 40 horas.
O limite TLV-TWA pode ser condicionalmente superado, desde que:
• a concentração média no turno:
C(média)  TLV-TWA

• a concentração Cj nunca supere um certo valor máximo. Como obter


este valor máximo ? Existem 2 opções:
ou existe STEL ou usa-se os “excursion limits” (limites de digressão)
Como determinar o limite superior? Duas opções: STEL ou 3x,5x.
TLV-STEL
threshold limit value – short term exposure limit

 em geral não existe independentemente do TLV-TWA


 complementa o TLV-TWA
 existe só para algumas substâncias e situações.
Ter dúvidas é saudável. Que substâncias e condições
permitem existir um valor de TLV-STEL?
 quando a superação do TLV-TWA por pequeno período não
gera irritação / dano crônico a tecidos / narcose que
possa levar a acidente
 ele existe para algumas substâncias que tem efeitos
crônicos e para as quais se tem dados suficientes
Quando existe um STEL associado ao TLV-TWA, a concentração do
contaminante na faixa entre os 2 limites deve obedecer:
• tempo na faixa:  15 minutos
• intervalo de tempo entre cada entrada na faixa:  1 hora
• no máximo 4 entradas na faixa por turno (dia)
• sempre respeitar a definição do TLV-TWA: de média no turno
Pergunta:
A figura ilustra
uma situação em
que foi excedido
o TLV?

RESPOSTA: Temos uma substância cujo limite de tolerância é dada pelo TLV-
TWA, com um associado TLV-STEL.
Parece que no turno, a concentração C(média) é inferior ao valor do TLV-TWA.
Ocorreram apenas 2 entradas na zona entre o TLV-TWA e o TLV-STEL, ambas
por período inferior a 15 minutos e separadas por mais de 1 hora. Portanto o
limite de tolerância não foi excedido.
TLV-TWA = excursion limits = limites de digressão

 não existem independentemente do TLV-TWA


 complementam o TLV-TWA
 válidos quando não se tem TLV-STEL
 representam a grande maioria das substâncias
Excursion limits = limites de digressão
Existem 2 valores, 3x e 5x, associados ao TLV-TWA, que definem 2
faixas acima do TLV-TWA:
• uma faixa até 3x (TLV-TWA), onde pode-se compensar com valores
abaixo do TLV-TWA
• uma faixa entre 3x (TLV-TWA) e 5x (TLV-TWA)
Nesta faixa se tem as mesmas restrições que para o STEL. Esta
faixa pode ser adentrada por não mais que 4x no turno, cada vez por
até 15 minutos, e espaçadas de 1 hora.
• nunca pode-se superar 5x (TLV-TWA)
Olhe fixamente para a figura e responda se o limite de exposição
ocupacional foi excedido segundo as recomendações da ACGIH.
Encare de frente a figura e responda: se foi ou não superado o limite de exposição
ocupacional TLV?.
Não dá para responder, pois não se sabe quais os tempos t1
e t2, que não devem ser maiores que 15 minutos.

O espaçamento entre as duas entradas na faixa 3x e 5x


TLV-TWA parece visualmente satisfazer a condição de ser
maior que 1 hora.
ACGIH
TLV-C / TLV-TWA + (TLV-STEL ou excursion
limits)

Se for TLV – C
valor único - nunca pode ser ultrapassado

Se for TLV-TWA
valor médio – pode ser ultrapassado condicionalmente
2 possibilidades para limitação superior
Se for TLV-TWA
O valor médio – pode ser ultrapassado condicionalmente
2 possibilidades:

Existe STEL até 4x na jornada

condições especiais de ultrapassar até 15 min por vez


TLV-TWA até TLV-STEL espaçadas pelo menos 1 hora

até 3x quanto quiser


Não existe STEL entre 3x e 5x até 4 x, até
15 min, espaçadas de 1 h
usar “excursion limits” de 3x e 5x
nunca acima de 5x
ACGIH : TLV (40 X NR-15: LT (48 h /
h/semana) semana)

SUBSTÂNCIA TLV-TWA LTmap TLV-STEL (***)

amônia 25 ppm 20 ppm (14mg/m3) 35 ppm*

cloro 0,5 ppm 0,8 ppm 1 ppm

CO2 5 000 ppm 3 900 ppm 30 000 ppm

H2S 10 ppm 8 ppm 15 ppm

tricloroetileno 500 ppm (100) 78 -

Pb (*) 0,05 mg/m3 0,1 mg/m3 -

CO 25 ppm 39 ppm (43 mg/m3) -

Benzeno 0,5 ppm (+) 2,5 ppm

(*) elemento e compostos inorgânicos. (**) valores para 2001 da ACGIH


(***) no Brasil não existe este limite
(+) foi retirado da NR-15, existindo norma específica para benzeno, com metodologia
complexa de avaliação
• Os valores da ACGIH são mais atuais e mais
restritivos que os da NR-15, que foram publicados
em 1978.

• Na ACGIH existem as siglas A3, BEI, CNS (SNC).


O que significam?
EXERCÍCIO: O Brasil deveria ter grupos técnicos especializados
estudando LT próprios?.

SOLUÇÃO:
A ACGIH tem 70 anos de experiência e grupos de técnicos de ponta,
isso seria um sonho no Brasil. A Inglaterra e Alemanha também tem
seus grupos, a maioria do mundo se apoia na ACGIH.

Mas o Brasil tem algumas situações típicas que deveriam ser


estudadas como poeiras de madeira, de castanha de caju, de soja,
de bagaço de cana de açúcar, e outros grãos.
EXERCÍCIO: Exemplifique com dados de substâncias, o quanto os LT de 1978 da
NR-15 estão atrasados com relação aos TLVs de 2016?

SOLUÇÃO: Quanto a número de substâncias e limites temos as tabelas:

Agentes ambientais ACGIH NR-15 (anexos 1 a 14)

substâncias químicas  652  157


agentes físicos  15 7
indicadores biológicos  45 NR-7
Substância LT (NR-15) TLV-TWA Base do TLV 2016
química (ACGIH)
ppm ppm
acetato de 78 5 A3, sistema respiratório
etil glicol
etil glicol 78 5 pele, sistema respiratório
benzeno VRT = 1 / 2,5 0,5 câncer, A1, pele
cloreto de 156 (vt) 1 (Ceiling) câncer, A1, danos ao
vinila fígado
SO2 4 2 A4, irritação
formaldeído 1,6 (vt) 0,3 (Ceiling) A2, irritação,
sensibilização, câncer
H 2S 8 1 irritação, SNC
CO 39 25 anoxia, CVS, SNC, SR
tolueno 78 20 A4, pele, SNC
trietilamina 20 1 (STEL 3) irritação, visão
Poeiras e fumos LT (NR-15) TWA (ACGIH) Outros dados
mg/m3 mg/m3 do TLV 2016
amianto 2,0 f/cc 0,1 f/cc A1
Mn (fumos) 1,0 0,2
(siderurgia)
Cádmio - 0,01 A2
Níquel - 1,5 A5
Cromo - 0,5 A4
Ferro (fumos) - 5 A4
Cobre - 0,2
Molibdênio - 10 inalável
Névoas de óleos - 5,0
Sílica (quartzo) - 0,05 A2
Dinâmica dos TLVs

Não são valores fixos no tempo.

Podem mudar de ano para ano.

Mudam quando se tem novos dados epidemiológicos, novas correlações


entre concentrações e alterações da saúde ou conforto dos
trabalhadores.

No livreto – “notice of intended changes” = nota de alteração


pretendida.

O que significam mesmo A3, SNC (CNS) e BEI?


Evolução dos LEOs para benzeno
Ano TLV- C Norma
TWA
1920 100 Massachusetts e outros estados
1930 50 Norma estadual
1940 35 Norma estadual
1942-1945 100 Federal “War-time standard”
1946 100 ACGIH
1947 50 ACGIH
1948 35 ACGIH
1957 25 ACGIH
1963 - ACGIH
1969 10 25 ANSI (*)
1972 10 25 OSHA
ANO TLV- C Norma
TWA
1974 10 25 NIOSH
1978 8 25 NR-15 Anexo 11
1995 1 NR-15 Anexo 13 A (VRT) (*)
1999 0,5 ACGIH

2020 TLV-TWA = 0,5 ppm STEL = 2,5 ppm


pele, A1 base: leucemia

(*) Ministério do Trabalho Portaria no. 14 de 20 /12/1995


Tema 5 – Corpo - LT e TLV

✓ Gases - Limites de tolerância no Brasil (LTs da NR-15)

✓ Gases - Limites de exposição da ACGIH (TLVs)

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