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Custos indiretos de fabricação (CIF) são aqueles que não podem ser diretamente apropriados aos produtos,
e qualquer alocação tem de ser feita de maneira estimada, por meio de critérios de rateio.
A mão-de-obra direta (MOD) é aquela associada diretamente a cada produto, pois há uma medição de
quanto cada operário trabalhou em cada unidade e quanto custa cada operário para a instituição.
A mão-de-obra indireta (MOI) não pode ser alocada aos produtos por meio de uma verificação direta e
objetiva. São exemplos os chefes de operários e supervisores, que se dedicam a todas as linhas de produção
dos diversos produtos.
Aula 3:
A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE
Os princípios contábeis foram criados para padronizar o registro das operações e tornar as
demonstrações financeiras comparáveis; surgiram as técnicas de análise de balanços. Ao final desse período,
foi introduzido o uso de computadores de grande porte na contabilidade, servindo para automatizar rotinas de
grande volume (emissão de passagens, folha de pagamento, escrituração contábil, vendas, compras etc.).
Nos anos 1960/70 houve ênfase nas técnicas de planejamento operacional e estratégico, notadamente
no orçamento anual das empresas.
O final do século XX trouxe um surto de inovações importantes, puxado pelo avanço nas
telecomunicações por fibra ótica e por satélite, e pelo surgimento dos microcomputadores e da internet, que
tornaram as ligações telefônicas mais baratas e sem necessidade de cabos; as transações financeiras
internacionais passaram a ser instantâneas, pela internet. O microcomputador, introduzido nas empresas nos
anos 1980, e as planilhas de cálculo facilitaram o trabalho de controle gerencial nas organizações e
automatizaram a contabilidade de médias e pequenas empresas que antes não tinham possibilidade de
comprar um computador de grande porte.
Com esse progresso tecnológico, a contabilidade pôde incorporar modelos estatísticos e matemáticos
ao planejamento e em seus orçamentos anuais, sofisticando a contabilidade gerencial. A demanda por
informação aumentou em novas direções, como a contabilidade social e a contabilidade ambiental.
Dessa forma, eram muito fáceis o conhecimento e a verificação do valor de compra dos bens
existentes, bastando a simples consulta aos documentos de sua aquisição.
Com o advento das indústrias, tornou-se mais complexa a função do contador, que, para levantamento
do balanço e apuração do resultado, não dispunha mais tão facilmente de dados para poder atribuir valor aos
estoques; o valor de Compras na empresa comercial estava agora substituído por uma série de valores pagos
pelos fatores de produção utilizados.
Começou então a adaptação, dentro do mesmo raciocínio, com a formação de critérios de avaliação de
estoques no caso industrial.
A Contabilidade de Custos procura responder perguntas como as citadas a seguir, sugeridas pela
equipe da Fipecafi.
1. Qual preço devemos atribuir a cada um de nossos produtos?
2. Como cada produto contribui para o lucro da empresa?
3. Qual o custo de produzir cada artigo?
4. Que custos mais importantes devem ser rigorosamente controlados?
5. Qual o custo das mercadorias em estoque?
O objetivo da Contabilidade de Custos é organizar o sistema de informações para que seja possível
compilá-las e analisá-las de forma a permitir uma decisão segura e fundamentada para resolver essas
questões. Ela emprega os mesmos mecanismos da Contabilidade Financeira, porém enfatizando mais os
problemas de classificação dos dados (ou custos) e o seu controle.
Devido ao crescimento das empresas, com o conseqüente aumento da distância entre administrador e
os ativos e pessoas administradas, a Contabilidade de Custos passou a ser encarada como uma eficiente forma
de auxílio no desempenho dessa nova missão, a gerencial.
Com ela, a Contabilidade de Custos tem duas funções relevantes: o auxílio ao controle e a ajuda às
tomadas de decisões. No que diz respeito ao controle, sua mais importante função é fornecer dados para o
estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de precisão e, num estágio imediatamente seguinte,
acompanhar o efetivamente acontecido para comparação com os valores anteriormente definidos.
No que tange à decisão, seu papel reveste-se de suma importância, pois consiste na alimentação de
informações sobre valores relevantes que dizem respeito às conseqüências de curto e longo prazo sobre
medidas de introdução ou corte de produtos, administração de preço de venda, opção de compra ou produção
etc.
Em suma: nestas últimas décadas, a Contabilidade de Custos passou de mera auxiliar na avaliação de
estoques e lucros globais a importante arma de controle e decisão gerenciais.
A Contabilidade de Custos nasceu da contabilidade financeira, quando da necessidade de avaliar
estoques da indústria. A Contabilidade Gerencial nasceu da Contabilidade de Custos, devido ao crescimento
das empresas, que passou a exigir um maior controle para fornecer auxílio às tomadas de decisão.