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1ª Parte
(Composição do Cantus Firmus- cf)
Consonâncias perfeitas – 8ªj, 5ªj, uníssono (vide observação abaixo sobre a 4ªj)
Consonâncias imperfeitas- 3ªs M e m, 6ªs M e m
Dissonâncias – 2ªs M e m, 7ªs M e m, intervalos aumentados e diminuídos
Hipo = abaixo.
Modos Autênticos
Na prática do contraponto, o modo lídio coincide com o jônio, portanto não serão
necessários exercícios neste modo.
IV - Cantus Firmus
Em nosso estudo, o Cantus Firmus (cf) é uma linha melódica em semibreves sobre a qual
se escreve a linha do contraponto. Portanto, antes da prática das espécies devem ser
compostos cantus firmus em todas as escalas modais.
Alguns princípios estruturais devem ser observados na composição dos cantus firmus.
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Este passo inicial, antes do início da prática de espécies deve ser tratado com o maior rigor
possível, pois dele dependerá todo o aproveitamento neste estudo.
O princípio estrutural do contraponto é a combinação de linhas melódicas. Apenas se tais
linhas melódicas forem harmoniosas, equilibradas e fluentes, teremos um contraponto de
boa qualidade.
Estas indicações são derivadas de características básicas das melodias gregorianas e após a
audição e análise de algumas delas, devemos compor um certo número de pequenas linhas
semelhantes, cantá-las, tocá-las e modificá-las até conseguirmos um resultado equilibrado.
Ao se deparar com tantas “indicações” (ou “regras”), o aluno frequentemente sente alguma
dificuldade. A aquisição desta técnica deve ser gradual e é natural que haja alguma
dificuldade inicial. O processo correto deve ser o seguinte:
- confira atentamente a melodia composta com cada uma das indicações acima;
- cante ou toque sua melodia e observe como soa no todo;
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- examine a relação entre as regras (aspecto racional) com o fluir sonoro (aspecto
sensorial). O objetivo é o desenvolvimento de uma sensibilidade melódica modal.
Para vencermos alguma dificuldade inicial em sentir o ambiente modal das escalas, é
recomendável que cantemos e ouçamos melodias gregorianas durante alguns dias, além de
compormos um bom número de melodias.
Por outro lado, as regras não são capazes de prever todas as possibilidades e algumas
exceções podem ocorrer nas melodias. Observe o ex. 2 (frígio) logo abaixo. Nele não há
grau conjunto antes da última nota e sim um salto.
Exemplo 1:
Cantus Firmus
Exercício 1:
Faça melodias de cantus firmus, duas em cada modo seguindo as indicações dadas. (10
melodias no total)
Obs.: as melodias compostas pelo aluno serão usadas nos demais exercícios juntamente
com as melodias propostas pelo professor.
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Quando uma voz se mantém na mesma nota (não necessariamente ligada) e a outra se
move. Também preserva a independência entre as vozes.
Quando as duas vozes se movem na mesma direção, porém em intervalos diferentes. Deve
ser usado com cuidado, pois diminui a independência entre as vozes.
Quando as duas vozes se movem na mesma direção e com o mesmo intervalo. Praticamente
anula a independência entre as vozes. A duas vozes só pode ser usado sobre consonâncias
imperfeitas.
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Nos exercícios seguintes deve haver uma proporção maior de movimentos contrário e
oblíquo e menor de movimentos direto e paralelo. Nos primeiros exercícios o aluno poderá
indicar as iniciais mc, mo (mov. contrário, oblíquo, etc) a fim de controlar a movimentação
entre as vozes. Após alguns exercícios isto pode ser abandonado.