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Estas considerações são inteiramente aplicáveis às fontes de direito.

A
sociedade islâmica rege-se pelo seu direito, contido, principalmente, no Alcorão,
livro santo, ditado por Alá ao seu profeta Maomé; a sociedade cristã-moçárabe
continua a aplicar, nas suas relações, o direito do Código Visigótico. São, pois,
duas sociedades separadas. Não quer dizer que, por influência moçárabe, não se
venha a descobrir um ou outro elemento muçulmano no direito da Reconquista.

2. A formação dos reinos europeus na Idade Média, em


especial o processo de reconhecimento de Portugal como reino
independente no contexto da Reconquista Cristã (1140-1179)

Depois da Batalha de Ourique, em 1140, D. Afonso Henriques afirma-se rei de Portugal


– se não existisse uma efetiva capacidade de exercer poder num território, não se
poderia considerar um reino, logo a afirmação de D. Afonso Henriques foi exatamente
essa afirmação da capacidade de exercer o poder.
1143 – Guerra entre D. Afonso Henriques e o Rei de Castela
1179 – Reconhecimento papal de Afonso Henriques como rei de Portugal
Existiu o espirito da cristandade na luta contra os muçulmanos, e D. Afonso Henriques
nutriu a ideia de que o Reino de Castela era uma espécie de império, com respetivo
imperador.
A luta contra os muçulmanos, os infiéis, traduz a vassalagem do reino português

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