Os deputados constituintes portugueses queriam um sistema que:
1) Dividisse o poder entre o parlamento, governo e presidente para evitar abusos;
2) Desse legitimidade democrática ao presidente através de eleições populares;
3) Fosse mais moderno do que os sistemas parlamentar ou presidencialista, inspirando-se no modelo francês de semipresidencialismo.
Descrição original:
Título original
O que os deputados constituintes queriam da constituição
Os deputados constituintes portugueses queriam um sistema que:
1) Dividisse o poder entre o parlamento, governo e presidente para evitar abusos;
2) Desse legitimidade democrática ao presidente através de eleições populares;
3) Fosse mais moderno do que os sistemas parlamentar ou presidencialista, inspirando-se no modelo francês de semipresidencialismo.
Os deputados constituintes portugueses queriam um sistema que:
1) Dividisse o poder entre o parlamento, governo e presidente para evitar abusos;
2) Desse legitimidade democrática ao presidente através de eleições populares;
3) Fosse mais moderno do que os sistemas parlamentar ou presidencialista, inspirando-se no modelo francês de semipresidencialismo.
O que os deputados constituintes queriam da constituição
o um sistema equilibrado, que não fosse parlamentarismo ou presidencialismo.
o um sistema que dividisse o poder que permitisse que os vários órgãos se controlassem mutuamente para evitar abusos de poder. O semipresidencialismo é o sistema que mais divide o poder:
o parlamento tem um poder relevante pois é do parlamento que emana o
Gov. o Gov. tem um poder relevante, pois se tiver maioria parlamentar tem um grande poder de governo. o PR tem um poder relevante pois nomeia o Gov. pode exonerá-lo e dissolver a AR.
o pretendia-se a legitimidade democrática do PR derivada de eleições, por causa da
famosa campanha a PR do General Humberto Delgado, pois a Constituição de 1933 previa na altura a eleição directa do PR e como tal o General candidatou-se prometendo que caso fosse eleito demitia Salazar, mas tal não veio a acontecer. Após este episódio a Constituição de 1933 foi alterada sendo a eleição do PR feita através de um colégio eleitoral. “a eleição popular directa do PR é, na Europa, mais que meio caminho andado para a consagração de um sistema semipresidencial. Excluída em princípio, dada a natureza do sistema partidário europeu, a possibilidade de instauração de um sistema presidencialista, só faz sentido, na Europa, eleger directamente um PR quando se pretende escapar à lógica parlamentar (através do semipresidencialismo).” (J. Reis Novais – Semipresidencialismo P.156) o o semipresidencialismo era uma novidade, era mais moderno e mais bem conhecido do que o sistema parlamentar britânico ou o sistema presidencial americano, pois França era um modelo a seguir, como hoje o são os EUA ou o Reino Unido. Nota: A nossa constituição é o sistema onde existe mais diversidade de poder e tem funcionado, ao fim de 40 anos, como a felicidade uma criança numa loja de gomas que pode escolher todas as gomas possíveis numa loja de gomas.
Como o semipresidencialismo consegue evitar a instabilidade do
parlamentarismo? No parlamentarismo se o Gov. não tiver o apoio maioritário do parlamento, este pode demitir o Gov. através de uma moção de censura, o que pode causar instabilidade, pois pode haver muitas moções de censura o que leva a muita instabilidade política e o parlamentarismo não tem mecanismos contra isso. Se o semipresidencialismo é igual ao parlamentarismo ao nível das relações entre o Gov e o parlamento então não resolvemos esse problema. Só o resolvemos por causa do PR, porque no semipresidencialismo, como o PR é eleito pelos cidadãos, este tem um poder relevante no funcionamento do sistema visto que este pode dissolver a AR e convocar novas eleições, por isso se tivermos um poder muito Sofia Reyes- UCP- DC- Profo Tiago Duarte
fragmentado com muitos partidos que não se entendem o PR pode dissolver a AR, convocando novas eleições, de modo que os cidadãos votem para ter maioria absoluta.