Você está na página 1de 9

See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.

net/publication/267051255

Culturas intensivas e superintensivas e a susceptibilidade à Desertificação: o


caso do olival no Alentejo

Conference Paper · January 2013

CITATIONS READS

2 1,749

3 authors:

Bruno Neves Iva Miranda Pires


Universidade NOVA de Lisboa Universidade NOVA de Lisboa
43 PUBLICATIONS   60 CITATIONS    53 PUBLICATIONS   73 CITATIONS   

SEE PROFILE SEE PROFILE

Maria jose Roxo


Universidade NOVA de Lisboa
44 PUBLICATIONS   1,194 CITATIONS   

SEE PROFILE

Some of the authors of this publication are also working on these related projects:

PhD project: From coastal defence to coastal adaptation. The role of coastal boundary lines in coastal management plans: a comparative study between Portugal and
South Africa View project

Rural Renaissance in protected areas in Portugal View project

All content following this page was uploaded by Bruno Neves on 20 October 2014.

The user has requested enhancement of the downloaded file.


Culturas intensivas e superintensivas e a susceptibilidade à
Desertificação: o caso do olival no Alentejo

Bruno Neves 1,2, Iva Miranda Pires 2,3 Maria José Roxo 1,3

1) Centro de Estudos de Geografia e Planeamento Regional (e-GEO)


Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL),
Avenida de Berna 26C, 1069-061 Lisboa, Portugal
brunomaneves@fcsh.unl.pt | maria.roxo@gmail.com

2) Centro de Estudos Geográficos (CEG), Universidade de Lisboa, Alameda de Universidade 1600-214


Lisboa, Portugal
bmaneves@campus.ul.pt | im.pires@fcsh.unl.pt

3) Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa (FCSH-UNL), Avenida de


Berna 26C, 1069-061 Lisboa, Portugal
im.pires@fcsh.unl.pt | maria.roxo@gmail.com

Resumo
As culturas intensivas e superintensivas estão associadas ao aumento de pressões
ambientais, nomeadamente a perda de biodiversidade e alterações na paisagem. É o
caso do olival intensivo e superintensivo de regadio. Na região do Alentejo tem
vindo a assistir-se a uma mudança no tipo de cultura de olival, com a transição de
olival em modo tradicional para intensivo e superintensivo de regadio, devido à
intensificação de culturas existentes ou à plantação de novas culturas de olival,
num processo impulsionado em parte pela construção da barragem do Alqueva.
Este crescimento transformou o Alentejo na principal região de produção de olival
correspondendo aproximadamente a metade da produção nacional. A intensificação
de culturas, como a do olival, acarreta outro tipo de problemas para além dos
referidos inicialmente, como os relacionados com a erosão do solo, com o aumento
do consumo da água e sua contaminação. Estes problemas por sua vez estão
associados à desertificação. Sendo o Alentejo uma região com elevada
susceptibilidade à desertificação, este artigo pretende ilustrar as implicações
negativas que advêm destas alterações bem como discutir soluções que possam
contribuir para as mitigar com base na recolha de informação quantitativa e em
entrevistas realizadas a stakeholders na região, no âmbito do projeto Redes
Transfronteiriças de Relações entre Empresas: Norte de Portugal – Galiza e
Alentejo – Extremadura, do CEG–IGOT, UL.

Palavras-chave: Olival, Culturas Intensivas, Desertificação, Alentejo

Eixo I - A paisagem revisitada: sistemas socio-ecológicos e resiliência 44


31
1. Introdução

Em 1959 é fundada a International Olive Council cujo objetivo era promover a


produção, comércio e consumo de azeite à escala global enfatizando os seus benefícios
para a saúde. As suas campanhas de divulgação tiveram sucesso e o azeite começa a
ganhar maior importância no mercado, relativamente a outras gorduras alimentares. Em
1981, a União Europeia (UE) dá início a campanhas de promoção do azeite nos países
produtores, alargando-as dez anos mais tarde a países não produtores, fortalecendo
ainda mais a posição do azeite no mercado mundial (Beaufoy 2001; Scheidel e
Krausmann 2011). Campanhas com o mesmo objectivo de estímulo ao consumo
aconteceram também em Portugal (Casa do Azeite 2013).
Por outro lado, movimentos como o do slow food, que surgiu em Roma nos anos 90
para fazer frente aos restaurantes de fast food que ganhavam cada vez maior relevância
nesta cidade, deram um contributo importante defendendo dietas mais saudáveis nas
quais o azeite tem um lugar relevante. Este movimento internacionalizou-se e passou a
ser visto como uma filosofia de vida, promovendo sistemas agroalimentares
sustentáveis e locais, bem como as tradições alimentares locais (Ferreira 2009). A dieta
Mediterrânica, caracterizada pela abundancia de hortaliças, legumes frescos e
leguminosas secas e em que o azeite é a gordura alimentar, tem vindo assim a ganhar
popularidade, merecendo cada vez mais atenção por parte da comunidade científica
relativamente aos seus benefícios para a saúde (Huang e Sumpio 2008; IOC 2013;
Bento 2013)
O aumento da procura estimulou o aumento da produção mundial de azeite que mais do
que duplicou entre 1990/91 a 2010/11, tendo passado de 1453000t para 3075000t,
traduzindo-se num crescimento de 112% (Figura 1). No último ano em análise, 97% da
produção mundial teve lugar em países do Mediterrâneo e 72% em países da UE.
(Avraamides e Fatta 2008; IOC 2012a).
De entre os países produtores de azeite, a Espanha é o país que mais se destaca, com
45% da produção mundial. À Itália cabe 14% da produção, e à Grécia 10%. Portugal
ocupa a nona posição com apenas 2% em 2010/11 (IOC 2012a; IOC 2012b).

Eixo I - A paisagem revisitada: sistemas socio-ecológicos e resiliência 45


32
Fonte: Autoria própria. Estatísticas da IOC
Figura 1. Produção de azeite entre 1990/01 e 2010/11.

Com a adesão de Portugal à UE em 1986, o setor agrícola ficou sujeito às suas políticas,
nomeadamente à Política Agrícola Comum (PAC), e o olival beneficiou de fundos que
incentivaram a sua modernização e expansão (Scheidel e Krausmann 2011). Esta
modernização provocou mudanças nos modos de produção e consecutivamente
mudanças na paisagem. Passou-se assim de um olival produzido em áreas marginais
com solos pouco produtivos, em terraços ou em áreas de montado caracterizadas por
uma média de 100 árvores/hectare, possibilitando assim uma segunda cultura, como
cereais ou mesmo a pastorícia, para modos de produção mais intensivos onde as
explorações agrícolas podem ultrapassar as 2000 árvores/hectare nos olivais
superintensivos. A nível nacional estas alterações tornaram-se mais visíveis nos finais
dos anos 90 (Ferreira 2010; Weissteiner, Strobl, e Sommer 2011).
Ciente das implicações ambientais causadas pelo setor agrícola, nomeadamente pelas
culturas intensivas, a UE, através da PAC, introduziu em 2004 medidas ambientais
obrigatórias relativas à produção agrícola (Scheidel e Krausmann 2011). Sendo o
Alentejo uma das regiões mais suscetíveis à desertificação, a nível nacional (DGOTDU
2006; Roxo 2011), importa perceber que impactes resultam das dinâmicas em torno do
sector olivícola e do crescente investimento na intensificação desta atividade.

2. O olival na região do Alentejo

O Alentejo é hoje a região que mais azeite produz e onde se localiza mais de 51%
(173392ha em 2011) da área de produção nacional (INE 2013a). Desde 1986, ano de
adesão à UE, a região registou um crescimento de 175% na produção de azeitona para
azeite, tendo passado de 117960t para 324809t em 2011 (INE 2013b).

Eixo I - A paisagem revisitada: sistemas socio-ecológicos e resiliência 46


33
No que se refere à produtividade, esta cresceu igualmente de forma significativa,
passando de 753kg/ha em 1986 para 1873kg/ha em 2011, sendo 24% superior à média
nacional (INE 2013c). Este processo de intensificação da produção foi possível em
grande parte devido à construção da Barragem do Alqueva. Esta infraestrutura não só
permitiu um alargamento das áreas irrigadas, como também a introdução de tecnologias
de irrigação e fertilização, a par da mecanização do setor. Tais mudanças traduzem-se
numa maior disponibilidade de água, possibilitando a transição de olival tradicional
para intensivo e superintensivo de regadio, aumentando consideravelmente a
produtividade. Este processo ganhou maior expressão na região em finais da década de
90 (Ferreira 2010).
Estas alterações recentes no modo de produção ocorreram quer devido à intensificação
dos olivais existentes, quer ao surgimento de novas plantações, resultantes,
maioritariamente, de investimentos de capital estrangeiro (Ferreira 2010; Pires 2012;
Pires e Neves 2013).
Este investimento estrangeiro é maioritariamente espanhol, estando o seu interesse
essencialmente ligado a dois fatores, um de repulsão e outro de atração. Por um lado os
produtores espanhóis, nomeadamente da Andaluzia, percepcionam um ambiente cada
vez menos favorável a novos investimentos na sua região (e em Espanha de um modo
geral) devido à menor disponibilidade de água, à quota de produção de olival ter sido
excedida e ainda ao preço do solo, da água e da mão-de-obra ser elevado. Por outro
lado, são atraídos por vantagens percebidas na região vizinha, no Alentejo, próxima não
só em termos geográficos mas também culturais, precisamente pela maior
disponibilidade de solo, de água e de mão-de-obra, que comparativamente, são mais
baratos do que na Andaluzia (Entrevista1 2013).
Este produtor espanhol, proprietário de uma herdade na região do Alentejo, e um dos
primeiros espanhóis a investir em olival na região, é de opinião que este vai continuar a
crescer, atraindo novos investidores em particular da Andaluzia, devido à ainda
disponibilidade de água e solo. Um entrevistado na Empresa de Desenvolvimento e
Infraestruturas do Alqueva (EDIA) é da mesma opinião, e espera que a área de olival se
multiplique num futuro próximo, assim que a perímetro de rega da barragem do
Alqueva esteja completamente infraestruturado e em funcionamento, o que deverá
acontecer em breve (Entrevista2 2013).

Eixo I - A paisagem revisitada: sistemas socio-ecológicos e resiliência 47


34
3. Olival e Susceptibilidade à Desertificação

As alterações no setor olivícola ligadas aos modos de produção mais intensivos


acarretam diversos impactes ambientais, nomeadamente a perda de biodiversidade e
alterações na paisagem, passando-se de uma paisagem mais complexa para uma
paisagem mais simples, onde predomina a monocultura (Beaufoy 2002). Deste modo,
verifica-se que há uma tendência clara de contraste entre o pretendido com a assinatura
da Convenção Europeia da Paisagem a 20 de Outubro de 2000 em Florença, Itália, onde
se defende e promove a proteção da paisagem bem como a sua gestão e ordenamento,
promovendo-se cada vez mais os fatores económico e social em detrimento do fator
ambiental, pondo em causa a sua sustentabilidade (Costantini e Barbetti 2008).

Tratando-se de uma cultura de regadio, esta tem implicações no aumento do consumo e


contaminação da água, resultante de atividades associadas ao setor, nomeadamente
através do processo de transformação da azeitona em azeite (European Commission
2003; Avraamides e Fatta 2008).

Dos vários impactes ambientais resultantes do setor olivícola, a erosão e contaminação


dos solos são dos que maior impacte têm sobre o território. Em Espanha, a erosão do
solo é o principal problema ambiental associado ao olival (Beaufoy 2001). Estima-se
que na região da Andaluzia a perda média anual de superfície de solo em olival seja de
62t/ha/ano, com valores mínimos nas áreas menos afetadas de 36t/ha/ano enquanto nas
mais afetadas as perdas de solo chegam às 92t/ha/ano (Scheidel e Krausmann 2011).

Quando comparada com as perdas, a regeneração de solo é significativamente baixa,


atingindo valores na ordem das 2 a 12t/ha/ano (Beaufoy 2001). As elevadas perdas de
solo resultantes da atividade agrícola conduziram à intervenção do governo local
espanhol que fez uma campanha de informação sobre boas práticas agrícolas e também
do governo nacional através do Plano de Ação Nacional (2008), e Regional (2002), de
Combate à Desertificação (Scheidel e Krausmann 2011).

Para além da Espanha o problema afecta também outros países do sul da Europa, caso
da Grécia, Itália e Portugal, em resultado não só desta como de outras atividades
agrícolas (Beaufoy 2001; DGOTDU 2006).

Devido ao crescente investimento no Alentejo em olival, uma das questões colocadas ao


produtor espanhol relacionava-se com os modos de produção mais intensivos e os seus

Eixo I - A paisagem revisitada: sistemas socio-ecológicos e resiliência 48


35
impactes no solo. Na sua opinião, a atividade em modo intensivo não é prejudicial. Na
sua herdade é produzido olival em modo intensivo, e como modo de prevenção à erosão
é plantada vegetação herbácea que não compete com o olival e previne a erosão, facto
que é comprovado no estudo de Gómez et al. (2009). O produtor acrescenta que neste
tipo de culturas os problemas de erosão são mais evidentes numa fase inicial de
maturação, em que as oliveiras são ainda pequenas, com pouca folhagem, permitindo o
impacto direto da precipitação no solo (Entrevista1 2013).

4. Ilações Finais

O setor olivícola registou enormes alterações devido às campanhas baseadas nos


benefícios do azeite. Estas contaram com o apoio financeiro da IOC e também da UE,
que inclui os principais produtores mundiais, e sortiram efeito tendo-se refletido na
valorização deste produto nos mercados mundiais e no aumento da procura. Este
aumento da procura estimulou a intensificação da produção, em especial nos países
europeus do mediterrâneo. O olival viu os seus modos de produção alterados, no sentido
de maior intensificação e mecanização, transitando-se de um olival em modo tradicional
para olivais intensivos e superintensivos de regadio, aumentando assim a produtividade.
O Alentejo é exemplo destas alterações. O Alqueva veio permitir o crescimento do setor
e a sua intensificação através da introdução dos sistemas de irrigação. Esta região
apresenta-se assim como sendo uma região resiliente, não na sua definição original, da
física, mas num sentido de adaptação do sistema a esta nova realidade, impulsionada
pelas políticas da UE, com um enorme peso económico e consequentemente social, ao
mesmo tempo que se coloca em causa uma componente mais ambiental, aumentando a
pressão, em particular sobre dois recursos naturais, o solo e a água, nesta região
fortemente susceptível à desertificação.

Neste sentido, é considerado relevante dar a devida importância aos estudos referentes
aos problemas que advêm dos modos de olival mais intensivos na região da Andaluzia,
que como o Alentejo, é uma região com elevada susceptibilidade à desertificação. É
igualmente importante dar atenção a iniciativas individuais como a apresentada,
referentes a medidas preventivas de erosão, apesar deste tipo de iniciativas surgir como
um caso particular, não refletindo a realidade do setor olivícola.

Eixo I - A paisagem revisitada: sistemas socio-ecológicos e resiliência 49


36
Por fim, há que lembrar que o setor está ainda em crescimento no Alentejo, e é esperado
um aumento do investimento nacional e sobretudo espanhol, em particular da região
vizinha da Andaluzia, aumentando assim a pressão sobre os recursos naturais da região,
ao mesmo tempo que contribui para o seu crescimento económico.

5. Bibliografia

Avraamides, M., e D. Fatta. 2008. “Resource Consumption and Emissions from Olive
Oil Production: a Life Cycle Inventory Case Study in Cyprus” 16 (7): 781–884.
Beaufoy, Guy. 2001. “EU Policies for Olive Farming, Unsustainable on All Counts”.
WWF Europe and BirdLife International.
Beaufoy, Guy. 2002. “The Environmental Impact of Olive Oil Production in the
European Union: Practical Options for Improving the Environmental Impact”.
European Forum on Nature Conservation and Pastoralism.
Bento, Alexandra. 2013. “Os Benefícios do Azeite”. Médicos de Portugal. Acedido a
20 de Maio. http://medicosdeportugal.saude.sapo.pt/utentes/nutricao/os_
beneficios_do_azeite.
Casa do Azeite. 2013. “Promoção em Portugal; Promoção além fronteiras; Outras
acções promocionais”. Casa do Azeite. Acedido a 20 de Agosto. http://
www.casadoazeite.pt/CASAdoAZEITE/campanhas/tabid/124/Default.aspx.
DGOTDU. 2006. “Combate à Desertificação: Orientações para os Planos Regionais de
Ordenamento do Território”. Direcção-Geral do Ordenamento do Território e
Desenvolvimento Urbano.
European Commission. 2003. “The Olive Oil Sector in the European Union”. European
Commission, Directorate-General for Agriculture.
Entrevista 1. 2013. “Herdade do Sobrado - Interview 1” Digital.
Entrevista 2. 2013. “EDIA - Interview 2” Digital.
Ferreira, Ana. 2009. “The Slow Food Movement”. Porto: Faculdade de Ciências da
Nutrição e Alimentação, Universidade do Porto.
Ferreira, David. 2010. “O olival em modo de produção biológico: Custos e
Rentabilidade na região de Moura, Alentejo”. Lisboa: Instituto Superior de
Agronomia, Universidade Técnica de Lisboa.
Gómez, José A., Teodorico A. Sobrinho, Juan V. Giráldez, e Elías Fereres. 2009. “Soil
Management Effects on Runoff, Erosion and Soil Properties in an Olive Grove
of Southern Spa.” Soil and Tillage Research 102 (1): 5–13.

Eixo I - A paisagem revisitada: sistemas socio-ecológicos e resiliência 50


37
Huang, Christina, e Bauer Sumpio. 2008. “Olive Oil, the Mediterranean Diet, and
Cardiovascular Health” 207 (3): 407–416.
INE. 2013a. “Superfície Das Principais Culturas Agrícolas (ha) Por Localização
Geográfica (NUTS - 2002) e Espécie; Anual”. INE, Estatísticas da Produção
Vegetal.
INE. 2013b. “Produção das principais culturas agrícolas (t) por Localização geográfica
(NUTS - 2002) e Espécie; Anual”. INE, Estatísticas da Produção Vegetal.
INE. 2013c. “Produtividade das principais culturas agrícolas (kg/ ha) por Localização
geográfica (NUTS - 2002) e Espécie; Anual”. INE, Estatísticas da Produção
Vegetal.
IOC. 2012a. “Olive Oils - World Production”. International Olive Council. http://
www.internationaloliveoil.org/estaticos/view/132-world-table-olive-figures.
INE. 2012b. “Olive Oils - EU Production”. International Olive Council. http://www.
internationaloliveoil.org/estaticos/view/131-world-olive-oil-figures.
INE. 2013. “Olive Oil & Health”. International Olive Council. http://www.international
oliveoil.org/web/aa-ingles/oliveWorld/salud1.html.
Pires, I.M; Neves, B. 2013. “From periphery to Euroregion: foreign investment in olive
groves in an Alentejo in times of change”, 19th APDR Congress, Universidade
do Minho, Braga, Portugal.
Pires, I.M. 2012. The Changing Role of the border: Spanish Investments in Alentejo
Region, in Pires, Iva (comp.) Borders and Borderlands: Today’s Challenges and
Tomorrow’s Prospects. Lisbon: Centro de Estudos Geográficos. ISBN: 978-972-
636-230-2
Roxo, Maria José. 2011. “Desertificação Em Portugal Continental.” In Interioridade/
Insularidade – Despovoamento / Desertificação Paisagens, Riscos Naturais e
Educação Ambiental Em Portugal e Cabo Verde, edited by R. Jacinto and L.
Cunha, 17:101–116. CEI, Colecção Iberografias.
Scheidel, Arnim, e Fridolin Krausmann. 2011. “Diet, Trade and Land Use: a Socio-
ecological Analysis of the Transformation of the Olive Oil System.” Land Use
Policy (28): 47–56.
Weissteiner, Christof, Peter Strobl, e Stefan Sommer. 2011. “Assessment of Status and
Trends of Olive Farming Intensity in U-Mediterranean Countries Using Remote
Sensing Time Series and Land Cover Data.” Ecological Indicators 11 (2): 601–
610.

Eixo I - A paisagem revisitada: sistemas socio-ecológicos e resiliência 51


38
View publication stats

Você também pode gostar