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O que é o Direito?
Há um sem número de definições, sendo bastante comum a que define direito como um
conjunto de normas que disciplina a vida em sociedade e que se vale da coerção para essa
finalidade
Diferença entre a moral, ética e Direito: as normas jurídicas não são as únicas que regem a vida
em sociedade
Refere-se a um modo de agir pessoal: Refere-se a um modo de agir social: há Refere-se a um modo de agir legal:
adquire-se e desenvolve-se a moral de certo consenso e adesão da sociedade imposição por meio do ordenamento
acordo com a vivência em relação às suas normas jurídico
Moral: conjunto de normas que a Ética: conjunto de reflexões sistemáticas
sociedade elabora para regulamentar o sobre a moral, elaboradas no curso da
comportamento dos indivíduos que história (é um compromisso social).
compartilham a vida social A ética, como fruto do exercício do
organização social mais eficaz raciocínio, é um “tipo de postura e se
• Norma moral é interiorizada no refere a um modo de ser, à natureza da
processo de educação ação humana, ou seja, como lidar diante
• “um comportamento moral é avaliado das situações da vida e ao modo como
como tal segundo normas que convivemos e estabelecemos relações
orientam a ação e conforme as uns com os outros....”
condições concretas em que ela
acontece.”
Tem normas e regras pessoais (a pessoa Tem normas e regras sociais: guia-se pela Tem normas e regras legais
guia-se pela consciência) cultura social
• Convicção interna ou temor
É individual É social É jurídico
PARA A MORAL O QUE IMPORTA É O MOTIVO (KANT)
A moral não está fundamentada ao aumento da felicidade ou qualquer outra
finalidade. Está fundamentada no respeito às pessoas como fins em si mesmas
As pessoas não podem ser usadas como meio de bem-estar próprio
Hans Kelsen
DIREITO CIVIL: PESSOAS E BENS | PROF. DR. FELIPE CARVAS
A. princípios constitucionais do direito privado
B. Direitos fundamentais
Norma hipotética fundamental C. Ordem social e econômica
Cumpra-se a Constituição
D. Família, criança, adolescente, jovem, idoso
Lei n. 10.404/2002
Código Civil
753 a.C. – 565 d.C 1446 1512 - 1603 1603 – 1867 1804
(a) Do Direito Romano até a Revolução Francesa: divisão do Direito em Civil e Penal (dicotomia
estrutural).
Tudo o que não era penal, era civil.
Problema: não havia uma conformação estrutural. Por conta disso, por anos o Direito Civil
carregava, por exemplo, o Direito Administrativo.
(b) Revolução Francesa (Code de France, 1804): divisão do Direito em Público e Privado.
Constituição Imperial
Ordenou formulação de um CC Nomeação de Clóvis Bevilácqua Aprovação do Código Reale
(d) Código Civil de 1916 – estrutura do Direito Civil: parte geral (elementos componentes de uma relação jurídica –
sujeito, objeto e vínculo – aplicação geral, não limitada ao próprio Direito Civil) e parte especial (trânsito jurídico –
direito obrigacional, titularidades, afetivas). Elaborado no mesmo caminho do Code de France e BGB.
(e) Neutralidade e indiferença das Constituições brasileiras em relação ao Direito Civil (direito civil era só privado e
as constituições não se preocuparam com ele. Somente a CF de 1988 o fez)
(f) Pulverização das relações privadas e perda da referência: relações privadas que não estavam no CC, perdendo,
por isso, sua completude e generalidade. Tais assuntos passaram a ser tratados em microssistemas (Lei do
Inquilinato, Código de Minas, Código de Águas, Lei de Registros Públicos, Lei do Desquite, Lei do Divórcio, Lei da
União estável etc.).
Na década de 1970, Orlando Gomes propôs uma reunificação do Direito Civil. Surge o movimento de
constitucionalização do Direito Civil. Houve um deslocamento de eixo do Direito Privado, que foi parar na
Constituição. Fim da Summa Divisio.
CC Obrigações e Contratos
Direito de Empresa
Direito de Família
Direito Civil mínimo: intervenção mínima do Estado na relação privada. Há formalidades mínimas,
mas que não podem asfixiar a autonomia privada. Ex.: “Art. 14. É válida, com objetivo científico,
ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.”
Limites entre a autonomia privada (liberdade de autodeterminação) e a intervenção estatal no
Direito Civil (Direito Civil-Constitucional).
Incidência direta dos tratados e convenções internacionais no âmbito das relações privadas.
Bloco de constitucionalidade. Ex.: A Convenção de Nova Iorque foi incorporada como emenda
constitucional e inspirou a elaboração do Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Controle de convencionalidade. Ex.: prisão civil do depositário infiel (falta de aplicabilidade da
norma constitucional)