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Fórum interdisciplinar
Mulher de 28 anos de idade vem a unidade básica de saúde para acompanhamento por asma brônquica, diagnosticada
aos 10 anos de idade. Há 2 meses tem crises de alta de ar e tosse seca que melhoram com uso de Salbutamol inalatório.
Há 45 dias, teve uma crise mais intensa de dispneia associada a chiado, para a qual precisou de atendimento de
emergência em Pronto Socorro. Após a alta, persiste com sintomas diurnos três vezes na semana, com limitação para
atividades diárias e sintomas noturnos esporádicos. Fez uso somente de prednisona 40 mg/dia por uma semana após a
alta hospitalar. Nega outros sintomas. No exame clínico, está em bom estado geral, corada, hidratada, FC: 80 bpm, FR:
16 ipm, PA: 122 X 86 mmHg. Ausculta pulmonar com murmúrio vesicular presente e sibilos expiratórios. O restante do
exame clínico é normal. Trouxe espirometria feita há 1 semana, com os seguintes resultados após o uso de
broncodilatador. VEFI/CVE: 0,68, VEF1: 70% do predito, com variação do pré para pós-broncodilatador de 290 ml (14%).
Considerando o atual estágio de controle da asma da paciente, qual é o tratamento de primeira linha para o caso, de
acordo com o Global Initiative for Asthma Treatment? (USP 2021)
R: Manutenção: Formoterol + budesonida e Resgate: Formoterol + budesonida. Pois os pacientes não fazem o
tratamento de manutenção corretamente, então é melhor associar o corticoide + SABA em casos de resgate também.
Introdução:
Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, na qual muitas células e elementos celulares têm participação.
A inflamação crônica está associada a hiper-responsividade das vias aéreas, que leva a episódios recorrentes de sibilos,
dispneia, opressão torácica e tosse, particularmente a noite ou no início da manhã. Esses episódios são uma
consequência da obstrução ao fluxo aéreo intrapulmonar generalizada e variável, reversível espontaneamente ou com
tratamento.
Fisiopatologia:
São varias células inflamatórias (neutrófilos e eosinófilos) que agem principalmente nos brônquios e nos bronquíolos,
que começam a inflamar e produzir secreção, causando uma broncoconstrição.
Há uma Hiper-responsividade brônquica a estímulos diretos e indiretos, gerando uma produção de muco espesso,
edema e inflamação crônica, o que pode ser normalizado com o tratamento.
Quadro clínico:
Diagnóstico:
Doença caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas, sintomas de chiado torácico, dispneia, aperto no peito e
tosse, que variam em intensidade e no tempo, com demonstração de limitação variável de fluxo aéreo (espirometria).
Os antecedentes também podem ajudar no diagnóstico, como: início dos sintomas respiratórios na infância; 80% dos
assintomáticos tem rinite alérgica; história familiar de asma ou alergia.
Bem controlada = nenhum desses; Parcialmente controlada = 1-2 desses; Não controlada = 3-4 desses.
Espirometria:
Exame físico:
Tratamento:
Exercício
1) Roberto, 32 anos, asmático desde os 4 anos. Em uso de Formoterol + Budesonida 12/400mcg manhã e noite.
Apresentando sintomas diurnos 3x por semana, despertares noturnos 2x por semana, não apresenta limitação
para suas atividade diárias e usando Aerolin (Salbutamol 3x por semana).
a. Gravidade e controle:
Dose média de CI + LABA = Step 4 e tem uma asma não controlada.
b. Conduta:
Fazer uma outra opção no Step 4 com o Tiotropio e se não responder, fazer um Step up (Step 5) e tratar
com uso de biológico.
Giulia Emmerick
7º período 2022.1