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RESUMO E COMENTÁRIO

A Lei nº 12/15 de 17 de Junho, Lei de Base das Instituições Financeiras, visa


regular a processo de estabelecimento, o exercício de actividade, a supervisão, o
processo de intervenção e a regime sancionatória das instituições financeiras.

Essa lei apresenta diferentes concepções ligados às instituições financeiras, mas para o
contexto da nossa disciplina de Direito Bancário e dos Seguros gostaríamos apenas
de fazer menção aos seguintes: instituições financeiras, instituições financeiras
bancarias instituições financeiras não bancarias, crédito. 1

As instituições financeiras bancárias referem-se àquelas que efectuam as


seguintes actividades:

 Receber do público depósitos ou outros fundo reembolsáveis;


 Compromissos, bem como a locação financeira e Cessão financeira ou
factoring;
 Serviços de pagamento;
 Emissão e gestão de outros meios de pagamentos tais como cheques em
suporte de papel, cheques de viagem em suporte de papel e cartas de
crédito;
 Realizar serviços e actividades de investimento em valores mobiliários e
instrumentos derivados, nos termos permitidos às sociedades distribuidoras de
valores mobiliários;
 Actuação nos mercados interbancários;
 Consultoria das empresas em matéria de estrutura de capital, de estratégia
empresarial e de questões conexas, bem como consultoria e serviços no
domínio da fusão e compra de empresas;
 Operações sabre pedras e mentais preciosos, nos termos estabelecidos
pela legislação cambial;
 Tomada de participação no capital de sociedades;
 Mediação de seguros;
 Prestação de informações comerceia;
 Aluguer de cofres e guarda de valores;
 Locação de bens móveis, nos termos permitidos às sociedades de locação
financeira;
 Emissão de moeda electrónica;
 Outras operações análogas e que a lei não proíba.

Por outro lado, a lei define as instituições financeiras não bancárias ligadas
moeda e crédito, sujeitas a jurisdição do Banco Nacional de Angola, as casas de
câmbio; Sociedades de cooperativas de crédito; Sociedades de cessão financeira;
Sociedades de locação financeira; Sociedades mediadoras dos mercados

1
Artigo 2º

A lei entende o crédito com sendo acto pelo qual uma instituição financeira bancária ou não
bancaria, agindo a título oneroso, coloca ou promete colocar fundos a disposic5o de tuna pessoa
singular au colectiva, contra a promessa de esta lhos restituir na data de vencimento, au contrai, no
interesse da mesma, uma abrigac5o por assinatura, tal como uma garantia. Nº 5, artº 2º

1
monetário ou de câmbios; Sociedades de microcrédito; Sociedades prestadoras
de serviços de pagamento; Sociedades operadoras de sistemas de pagamentos,
compensação ou Camara de compensação, nos termos da Lei do Sistema de
Pagamentos de Angola; Sociedades de garantias de crédito; e Outras empresas
que sejam como tal qualificadas por lei.

Relativos às instituições financeiras não bancárias, ligadas actividade seguradora


e previdência social, sujeitas a jurisdição da Agência Angolana de Regulação e
Supervisão de Seguros2, a lei apresenta como assim designadas as seguintes
sociedades:

a) Sociedades seguradoras e resseguradoras;


b) Fundos de pensões e suas sociedades gestoras;
c) Outras sociedades que sejam como tal qualificadas por lei.

Para concluir e não menos importante, dizer que essa lei determina que o Banco
Nacional de Angola é o órgão competente para definição de sanções, adequação de
definição de constituição, organização, funcionamento e supervisão das Instituições
Financeiras, assim como da condução e da execução da política monetária e cambial do
país.

Fonte de Consulta:
- Lei 12/15 – Lei de Base das Instituições Financeiras, 17 de Junho

2
Designada ARCEG

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