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ILUSTRAÇÃO:
Thaís Cauane da Silva Brito
VirtualBooks Editora
Ana Patrícia Sá Martins
Aniele Carvalho de Araújo
Ana Beatriz Santiago
organizadoras
Construindo projetos
didáticos com as
tecnologias digitais
Universidade Estadual do Maranhão
UEMA Campus Balsas Curso de Letras Licenciatura
VirtualBooks Editora
AS ORGANIZADORAS
1ª edição
1ª impressão
Ilustrações: Thaís Cauane da Silva Brito
(Publicado em janeiro de 2022)
Todos os direitos reservados e protegidos pela lei no 9.610, de 19/02/1998. Nenhuma parte deste
livro, sem autorização prévia por escrito do detentor dos direitos, poderá ser reproduzida ou
transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos,
gravação ou quaisquer outros.
Construindo projetos didáticos com as tecnologias digitais. Organizadoras e autores. Pará de Minas,
MG: VirtualBooks Editora, Publicação 2022. E-book formado em PDF
ISBN 978-65-5606-245-7
CONSELHO EDITORIAL
Jaime Mendonça Fabrício Caetano Rios
editor Preparador de texto
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Este livro digital tem 188 páginas coloridas, com diagramação dinâmica
e cheias de referências em imagens, links, hipertextos. Ele mesmo é uma
experiência de alta multimodalidade, ensejo para que outros e outras
professores/as adentrem esta trilha de leituras, escrituras,
possibilidades, todas passíveis de redesenho, como propõe a abordagem
multiletrada.
Além da apresentação escrita pela professora Ana Patrícia,
encontramos aqui dez capítulos que relatam e propõem o trabalho com
temas, textos e tecnologias, numa urdidura interessante, informada e
inteligente, capaz, aposto, de levar muitos e muitas colegas à ação, à
atividade, inspirados/as pela mão na massa destes/as estudantes e
docentes tão dispostos/as.
A abertura dos capítulos fica a cargo de um quinteto de estudantes-
docentes que pretendem desmistificar identidades trans em sala de aula,
discussão para lá de fundamental em tempos de homofobia explícita e
de moralismos doentes. Do ponto de vista dos temas, esta obra passa
ainda pelo amor às cidades, pela valorização da cultura afro, pelos
transtornos mentais e a família, pela violência contra a mulher e a
valorização da mulher negra em termos de representatividade nas
mídias. Incrível, não?
Já quanto aos gêneros discursivos estudados e propostos para a sala
de aula estão, entre os literários, a crônica, o poema, o videopoema e o
cordel, indo do popular ao cânone, numa bela coreografia entre nomes
menos e mais conhecidos. Outros gêneros, de outros domínios,
aparecem aqui, como a entrevista e as mídias sociais, o portfólio e uma
miríade de textos que nos circundam, que afetam nossa vida e nosso
cotidiano. É uma obra para pensar e fazer o que está dentro e o que está
fora da escola, mas evitando esse fosso geográfico e simbólico,
permitindo pontes inúmeras, passadiços constantes entre o que vivemos
em termos de linguagens e o que a escola pode fazer por nós, ampliando
e aprofundando conhecimentos e reflexões, além de aperfeiçoar nossas
práticas, tornando-as mais diligentes e políticas.
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Esta é uma obra construída coletivamente e que, sem dúvida, tem o
efeito de um convite para que todos e todas nós entremos no debate e
façamos parte desse conjunto de práticas e reflexões. Boa leitura!
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APRESENTAÇÃO
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deles (e minha!) dialoga com o uso dos ambientes, dos recursos digitais e
da internet, uma vez que aqueles discentes e futuros professores
demostram uma dupla necessidade: aprender com o auxílio da internet e
das tecnologias digitais e apropriar-se criticamente das mesmas para
usos mais significativos em suas práticas sociais letradas, ou seja, são
urgentes perspectivas de formação que visem ao letramento acadêmico,
digital e didático.
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as capacidades individuais e sociais de mobilizar ações pedagógicas que
transformem artefatos digitais em instrumentos de ensino, visando às
práticas situadas de uso responsivo da leitura e da escrita nas diversas
instituições sociais.
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bém foi produzido de maneira totalmente colaborativa na plataforma
Canva, com o objetivo de apresentar capítulos didáticos aos professores
da rede básica de ensino que sugerissem a possibilidade do trabalho
pedagógico com projetos e com usos críticos e apropriados das
tecnologias e ambientes digitais na produção de gêneros multimodais
que transgredissem o espaço da sala de aula. Meus colaboradores e
protagonistas, co-autores desse e-book, foram os licenciandos que
estavam cursando comigo as disciplinas de Didática e de Avaliação
Educacional e Escolar, em turnos distintos – vespertino e noturno, no
primeiro semestre de 2021.
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online que lhes são familiares, e muitos professores conseguem
perceber esse movimento. Nossas práticas evidenciam também que as
aprendizagens se tornam mais significativas quando os alunos se
envolvem com as atividades propostas e quando estas oportunizam a
colaboração, a comunicação e a partilha do conhecimento, o que
acontece prioritariamente quando estão em rede. Evidenciam ainda, mas
não menos importante, que essa integração provoca mudanças na
escola/na universidade, pois percebe-se que se mudam as práticas, as
concepções, os sujeitos, enfim, as aprendizagens para e com todos.
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1
CAPÍTULO Gustavo Barbosa Guimarães
Aniele Carvalho de Araújo
Ana Júlia Nogueira Martins
Alanna Oliveira Moraes
Ana Patrícia Sá Martins
DESMISTIFICANDO IDENTIDADES
TRANSFEMININAS EM SALA DE
AULA
Tecnologias digitais para além do cistema
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1. Apresentação
Tendo em vista que a temática LGBTQI+ é um assunto pouco
discutido em sala de aula, o presente capítulo abordará acerca da
temática transfeminina em sala de aula. Propomos como atividade a
produção de dois gêneros: o cartaz com circulação no Instagram e o
relato de feedback, com o objetivo de saber sobre as impressões dos
alunos com relação ao assunto trabalhado e a atividade proposta. Com
este capítulo, temos como objetivo desconstruir preconceitos e
esclarecer com informações e dados sobre o universo transgênero,
tendo o foco principal em mulheres trans, visando desmistificar a visão
estereotipada deste grupo na sociedade. A partir desses gêneros
discursivos, propomos uma atividade didática acerca da temática, a fim
de desconstruir preconceitos que impedem a realização dos direitos
civis desse grupo. Também apresentaremos dados e reportagens acerca
da vida das mulheres trans.
suas vidas.
De forma presencial, esses grupos chegam a invadir seus locais de
trabalho e, sem que haja a proteção necessária, essas mulheres acabam
recorrendo à seguranças particulares para que possam se sentir seguras.
É o caso de Benny Briolly do partido PSOL, eleita a primeira vereadora
trans de Niterói no estado do Rio de Janeiro, que teve de deixar o país
em novembro do ano passado (2020), por causa de ameaças de morte
durante a campanha eleitoral e no seu mandato. A vereadora acionou a
polícia para sua proteção, mas não obteve respostas. Somente em Maio
de 2021, Benny Briolly conseguiu ser incluída no Programa de Proteção
aos Defensores dos Direitos Humanos e voltou ao Brasil.
[...] como lido com as tecnologias digitais, como cidadã e principalmente como professora em
formação, pois com a imprevisível pandemia da covid19, ficou evidente a necessidade de
termos um letramento digital para que possamos dar continuidade ao que a pandemia
parcialmente deixou estagnado. Por isso, penso que o exercício de produção da tecnobiografia,
além de possuir sentido em sua prática, diante do contexto em que estamos vivendo, foi algo
divertido e para alguns colegas, foi emocionante, o que será de grande benefício para levarmos
para a sala de aula, de nossos futuros alunos.
"[...] Minha luta diária é por respeito e igualdade, é transmitir informações e quebrar tabus
com relação a transexualidade. Mulheres trans e travestis são marginalizadas, são vistas
como vulgares, sem educação por muitas pessoas, e minha missão é vir quebrando essa visão
[...] Meu maior desafio é ter que viver explicando e dando aula pras pessoas sobre o que é ser
trans, e ouvir comentários como "mas você até parece uma mulher de verdade", "nossa é
trans com essa voz", "a gente fica mas ninguém pode saber", mulheres trans são sim, vistas
como fetiche e objeto sexual, maioria dos homens procuram a gente na madrugada pra saciar
a sede de desejo reprimido que eles tem, muitos ficam com uma trans na noite e no dia zuam,
riem, fazem chacota [...] Outra questão que eu ouço muito é "nossa você é tão inteligente,
fala super bem nem parece que é trans", como se pessoas trans não pudessem ser inteligentes
e estudadas, muitas pessoas também me chamam de homem, colocam em pauta a questão
da religião, que é outro pólo que engatinha muito preconceito em cima de nós, e de toda
comunidade LGBTQIA+, a religiosidade, já fui muito humilhada dentro de igrejas, por pessoas
que se diziam "servas de Deus [...]"
E VOZES VERBAIS
1. Apresentação
O presente capítulo abordará o
gênero textual crônica, a partir de
suas peculiaridades linguístico-
discursivas e estéticas, visando
propor uma abordagem didática ao
estudo desse gênero, relacionando-o
às leituras da realidade social dos
alunos.
Entendemos que o estudo do gênero textual crônica possa exercitar a
criatividade e as habilidades de narração e construção textual, além de
atrelar tudo isso a identificação e conhecimento a respeito das vozes
verbais ou vozes do verbo dentro da estrutura do gênero, pois a
habilidade de reconhecer as diferentes vozes verbais e o que significam é
fundamental não só para o compreensão do texto escrito, mas de
elementos da própria realidade.
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2. Gênero Textual Crônica: vozes verbais
e produção textual
Saiba mais!
Genêro e Tipo textual não são a mesma coisa!
https://www.portugues.com.br/redacao/g
enerostextuais.html
Indicação de leitura
https://www.universodosleitores.com/2017/03
/cronica-metamorfose-de-luis-fernando.html
“Pensar, para a ex-barata, era uma novidade. Antigamente ela seguia seu
instinto. Agora precisava raciocinar. Fez uma espécie de manto com a cortina
da sala para cobrir sua nudez. Saiu pela casa e encontrou um armário num
quarto, e nele, roupa de baixo e um vestido. Olhou-se no espelho e achou-se
bonita. Para uma ex-barata. "
Note que a maioria dos verbos estão na voz ativa
(seguia, precisava, fez, saiu, encontrou) pois o autor
quis enfatizar a ordem de ações feitas pelo sujeito,,
no caso, a barata que virou uma pessoa. Os verbos
restantes, olhou-se e achou-se, estão na voz
reflexiva, ou seja, a própria ação reflete no sujeito.
Logo, cada um desses conteúdos
isolados e
conjuntos são necessários para desenvolver
interdisciplinar e a multimodalidade da
4.1 Apresentar
4.2 Exercitar
https://manoelafonso.com.br/
artigos/o-escrete-de-loucos-
nelson-rodrigues/
4.3 Reforçar
Vídeo 2
4.4 Produzir
3
TECNOLOGIAS DIGITAIS E O ENSINO COM
OS GÊNEROS ENTREVISTA E PORTFOLIO
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1. Apresentação
Neste capítulo, objetivamos compartilhar com você uma proposta pedagógica
ao estudo com os gêneros entrevista e portfólio, pensando o diálogo com as
tecnologias digitais para o fomento ao engajamento crítico e criativo dos alunos.
Nesse sentido, intitulamos o projeto "Porque eu amo minha cidade!'', numa
referência ao desenvolvimento de atividades didáticas visando ampliar a escrita
e o senso crítico por meio de avaliações pessoais sobre a cidade de Balsas-
Maranhão. Com toda certeza, você professor pode adaptar essa proposta à
cidade em que atua e convive com seus alunos.
Assim, este capítulo terá como temática "Porque eu amo minha cidade",
trazendo um enredo composto por uma variedade de questões, como a cultura,
pontos turísticos, história e sua riqueza natural e econômica que marcam a
cidade de Balsas-Ma.
Tendo em vista que devemos conhecer e valorizar o lugar em que vivemos,
essa temática foi escolhida com o propósito de, além de ensinar com os gêneros
entrevista e portfólio, oportunizar aprendizagens que incentivem os alunos a
cuidar, valorizar e conservar a cultura local, julgando que a cultura ameaça
desaparecer com o passar do tempo e que muitos locais de turismo acabam se
deteriorando com a falta de cuidado dos indivíduos.
Nosso objetivo é utilizar dos gêneros textuais entrevista e portfolio para
mostrar o quão rica é a cidade de Balsas, além de conhecer as suas principais
características.
Figura 1 - Rio Balsas e a ponte
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Capítulo 3 - ''Porque eu amo minha cidade!": as
tecnologias digitais e o ensino com os gêneros
entrevista e portfolio
Desse modo, o professor enquanto intermediário do ensino deve pré-
estabelecer objetivos a serem alcançados frente aquilo que ele deseja.
As atividades que devem ser proporcionadas são aquelas que possuem
conteúdos significativos que possibilitem a aprendizagem do aluno.
Nesse sentido, acreditamos que as tecnologias digitais de comunicação
e informação possuem um importante papel para que as práticas
pedagógicas alcancem resultados significativos às práticas sociais dos
alunos, dentro e fora da escola. Afinal, quando oportunizados usos
didáticos, críticos e mediados pelo professor, os alunos podem utilizar
dessas ferramentas com propriedade, autoria e criatividade.
Os recursos tecnológicos que temos disponíveis são muitos, o que
torna fundamental realizar uma pesquisa antes, avaliando sua
efetividade, diante dos objetivos que os docentes traçam para chegar a
um resultado eficiente com os alunos. Não podemos nos esquecer que
as tecnologias auxiliam os professores em diversos setores, como por
exemplo na otimização do tempo, na ação didática, no resultado que
traz para com o aluno.
Apesar de já utilizarmos os recursos tecnológicos em sala para fazer
trabalhos, responder questionários, programas para escrever textos,
dentre outros, muitos de nós, professores e alunos, por vezes, nos
sentimos um pouco perdidos quanto às potencialidades de tais
ferramentas. Acabamos, em geral, utilizando das ferramentas digitais
como mera diversão. No entanto, entendemos que, se estes recursos
fossem trabalhados a favor da educação, seria transformador o papel da
escola e das aprendizagens proporcionadas através dela.
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Capítulo 3 - ''Porque eu amo minha cidade!": as
tecnologias digitais e o ensino com os gêneros
entrevista e portfolio
Logo abaixo, colocamos alguns pros e contras, em relação à inserção
das tecnologias em sala de aula.
Pró: as tecnologias na educação ajudam a aproximar os alunos com
o conteúdo abordado. Crianças jovens e adolescentes entram em
contato com o mundo digital ainda muito cedo, celulares,
computador e tablet, os que mais fazem parte desse processo,
adquirindo a atenção deles com um simples jogo, redes sociais,
desenhos entre outros.
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Capítulo 3 - ''Porque eu amo minha cidade!": as
tecnologias digitais e o ensino com os gêneros
entrevista e portfolio
Com tudo isso notamos que o equilíbrio é a resposta. Assim sendo, os
alunos podem usufruir dos benefícios das tecnologias sem que precisem
abandonar as atividades fora deste ambiente virtual. Além de trazer
também muito benefícios a saúde mental dos estudantes e maior índice
de aprendizagem.
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Capítulo 3 - ''Porque eu amo minha cidade!": as
tecnologias digitais e o ensino com os gêneros
entrevista e portfolio
É possível apresentar alguns meios que fazem uso do gênero
entrevista, dentre eles estão jornais, sites, rádios, tv's, revistas e mídias
sociais, geralmente com a finalidade de transmitir algum conhecimento
ou notícia para o telespectador /ouvinte.
Uma característica relevante deste gênero é quanto à oralidade.
Tendo em vista que a interação pela qual se dá a entrevista ocorre na
modalidade oral é importante que o entrevistador conduza essa
interação com alguma sistematização ou roteiro acerca do quê, para
quê, com quem e onde essa entrevista será realidade.
Esses aspectos têm implicação no objetivo pelo qual a entrevista
esteja acontecendo. Por isso, é importante que o professor possa
desenvolver oficinas linguísticas e mesmo técnicas, a fim de coordenar,
mediar e orientar a atividade com o objetivo visado no e para o projeto.
Sugerimos que acesse o tutorial, disponível no Canal de Eric
Andrada, no Youtube , sobre Como gravar entrevistas
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Capítulo 3 - ''Porque eu amo minha cidade!": as
tecnologias digitais e o ensino com os gêneros
entrevista e portfolio
4. Recursos e Procedimentos
Visando à produção de e-portfólios e entrevistas para nossa
proposição do projeto "Porque eu amo minha cidade”, sugerimos que os
alunos tenham uma aula em formato de minicurso, na qual aprenderão a
utilizar a plataforma do Google drive onde serão produzidos e
armazenados seus relatos digitais em formato de e-portfólio. Assim
também, entendemos ser oportuna uma oficina sobre o aplicativo
Anchor, o qual pode ser indicado aos alunos para gravação e edição das
entrevistas em formato de podcast's.
A esse respeito, sugerimos que assistam ao tutorial, disponível no
Canal Me ajuda, Nick, no You tube, sobre como COMO gravar UM
PODCAST remoto COM CONVIDADO | Anchor by Spotify
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Capítulo 3 - ''Porque eu amo minha cidade!": as
tecnologias digitais e o ensino com os gêneros
entrevista e portfolio
Os alunos podem inserir em seus relatos imagens de antes e depois de seus
locais escolhidos e relatar sobre o que mudou com a passagem do tempo,
porque escolheram aquele local e qual a importância que ele tem em sua vida.
Para a versão final, sugerimos que eles insiram os podcasts com os áudios das
entrevistas. Espera-se que na versão final dos trabalhos os alunos consigam
transmitir com facilidade os sentimentos e importância que aquele momento
teve em suas vidas e de seus familiares, como também seu senso crítico tenha
se aprimorado a respeito de como sua cidade e cultura é vista. E que com isso
sua escrita se aperfeiçoe e sua desenvoltura na oralidade também.
E-portfólio:
Link's de tutoriais e exemplos: https://sites.google.com/s/140
78cW2Pt6EMz6ztECn_cTvx0nS
DofOC/edit?
userId=102474789598320304
865
Criação de e-portfólio:
https://youtu.be/3yq8k3uZOB
w
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Capítulo 3 - ''Porque eu amo minha cidade!": as
tecnologias digitais e o ensino com os gêneros
entrevista e portfolio
Sugerimos que esse projeto seja desenvolvido ao longo de um
bimestre letivo, com momentos de visitas e interações nos locais
escolhidos pelos alunos, para fotografarem, filmarem e entrevistarem
pessoas.
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Capítulo 3 - ''Porque eu amo minha cidade!": as
tecnologias digitais e o ensino com os gêneros
entrevista e portfolio
6. Um pouco sobre nossa
cidade, Balsas-MA
V O C Ê SA B IA ?
A CI DA DE JÁ FO I CH
AM AD A DE
VI LA NO VA E SA NT
O AN TÔ NI O
DE BA LS AS , AN TE
S DA SU A
FU ND AÇ ÃO EM 22
DE M AR ÇO
DE 19 18 .
https://pt.wikipedia.org/wiki/Balsas
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Capítulo 3 - ''Porque eu amo minha cidade!": as
tecnologias digitais e o ensino com os gêneros
entrevista e portfolio
Autores
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Capítulo 3 - ''Porque eu amo minha cidade!": as
tecnologias digitais e o ensino com os gêneros
entrevista e portfolio
7. Nosso desejo
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Capítulo 3 - ''Porque eu amo minha cidade!": as
tecnologias digitais e o ensino com os gêneros
entrevista e portfolio
REFERÊNCIAS
BARROS, de Jussara. Educação e recursos tecnológicos. Canal do
professor. Disponível em: <
https://educador.brasilescola.uol.com.br/orientacoes/educacao-
recursos-tecnologicos.htm>
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Capítulo 3 - ''Porque eu amo minha cidade!": as
tecnologias digitais e o ensino com os gêneros
entrevista e portfolio
TEZANI, Thaís Cristina Rodrigues. A educação escolar no contexto das
tecnologias de comunicação e informação: desafios e possibilidades
para a prÁtica pedagógica curricular. Revistafaac, Bauru, v. 1, n. 1, p.
35-45, abr./set. 2011.
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Capítulo 3 - ''Porque eu amo minha cidade!": as
tecnologias digitais e o ensino com os gêneros
entrevista e portfolio
Adriele Neves da Silva Sousa
4
CAPÍTULO
Maria Eduarda Nascimento Lima
Guilherme Cordeiro da Silva
Maria do Espírito Santo de Carvalho Lopes
Ana Patrícia Sá Martins
A VALORIZAÇÃO DA CULTURA
AFRO ALÉM DO AMBIENTE
ESCOLAR
70
1. APRESENTAÇÃO
ens
Fonte: Google Imag
Você sabia
a
o rn alis ta G ló ria Maria foi
A J da
a pe ss o a a u sar do direito
primeir ação
fo ns o A ri n o s em uma situ
Lei A LEI AFONSO
s o frid a n a d écada de 70, ARINOS
de racismo
J an e iro , o n de foi barrada -Lei de nº 1.390
no Rio de l - Escrita em 19
n te n a p o rta de um hote 49 e aprovada em
pelo gere 1951 - sancionad
a pelo presidente
r negra. Getúlio Vargas.
de luxo, por se
- Primeira lei
brasileira aprova
ey pelo Congresso da
ento black mon contra o racismo
Fonte: Movim .
Ela estabelece qu
e qualquer prátic
de preconceito a
por cor ou raça
contravenção pen é
al.
Fonte: Wikipéd
ia
5
POEMAS E E-
PORTFÓLIOS:
compartilhando
nossos sentimentos
84
1. Apresentação
Vídeo explicando a
estrutura do poema
Capítulo
Capítulo 5
5 -- POEMAS
POEMAS E
E E-PORTFÓLIOS:
E-PORTFÓLIOS: compartilhando
compartilhando nossos
nossos sentimentos
sentimentos 890
4. Desenvolvendo nossa proposta de Projeto
https://youtu.be/bDpgWOdfMNM
Capítulo
Capítulo55- - POEMAS
POEMASEEE-PORTFÓLIOS:
E-PORTFÓLIOS:compartilhando
compartilhandonossos
nossossentimentos
sentimentos 900
Sugestões de etapas para o
desenvolvimento do projeto:
Planejar é essencial para a eficácia da aquisição do conhecimento.
Capítulo 5 - POEMAS
Capítulo E E-PORTFÓLIOS:
5 - POEMAS compartilhando
E E-PORTFÓLIOS: nossosnossos
compartilhando sentimentos
sentimentos 910
Assistência aos Professores
Disponibilizamos aqui o material de apoio aos professores com intuito
de auxilia-los no decorrer de suas atividades e colaborar para uma aula
diversificada aspirando o que há de melhor para o letramento do
educador e educando.
Vamos produzir?
Na particularidade desta proposta, incentivamos que cada aluno
possa construir seu e-portfólio, o qual vai ser "alimentado" com as
reflexões e sentimentos ao longo de um determinado período: um
bimestre, um semestre, ou até um ano letivo. Sempre pensando o
diálogo com a leitura de poemas/poesias e a representações e sentidos
dessas na vida de cada um.
O objetivo é que ao longo das rodas de conversas, em algumas aulas,
os alunos possam compartilhar experiências, reflexões, autores, obras,
recursos digitais, a partir dos usos que estejam fazendo na construção
de seus e-portfólios, os quais, ao final, podem ter seus links divulgados
entre si e nas redes sociais.
fracasso na educação
98
1 . Apresentação
“Ó Romeu, Romeu! Por que és Romeu? Renegai teu pai e recusa teu
nome; ou, se não quiseres, jura-me somente que me amas e não mais
serei uma Capuleto ”
Curiosidades
https://www.pensador.com
/curiosidades_sobre_shake
speare/
Capitulo 6 - Pressões sociais, transtornos mentais e o papel da família: caminhos para o (não)
fracasso na educação 99
2 . Conhecendo o autor
as máscaras que
simbolizam o teatro
https://escoladearteiros.com.
br/2020/10/22/o-que-
significa-as-duas-mascaras-
que-representam-o-teatro/
Capitulo 6 - Pressões sociais, transtornos mentais e o papel da família: caminhos para o (não)
fracasso na educação
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3 .Temática
Romeu e Julieta pertenciam a diferentes classes sociais, suas famílias
eram rivais e consequentemente a relação entre os dois não era
permitida, o que gerou a tragédia. No contexto da atualidade, persiste a
desigualdade social na qual muitos jovens e crianças são impedidas de
ter acesso às atividades escolares por pertencerem a classes
divergentes. A educação seria uma forma de minimizar esse cenário,
porém a realidade não condiz com as expectativas que temos em
relação ao ensino, justamente porque é muito mais fácil dar entrada no
ensino, do que um indivíduo chegar a concluir os estudos, como Priscilla
Bonini Ribeiro afirma em sua produção A educação e as desigualdades
sociais:
“No ensino fundamental, a dificuldade é terminar a primeira e a
segunda etapa. São gargalos diferenciados. Entretanto, muitas
crianças não conseguem acompanhar o ritmo escolar devido às
condições sociais em que vivem. Já está mais do que provado que a
alimentação, o ambiente domiciliar, a participação da família, entre
outros, são fatores determinantes na vida de uma criança. Quando
esses fatores são debilitados pela condição social da família o
resultado é percebido nas salas de aulas onde as dificuldades
aparecem e persistem.”
https://educacaointegral.org.br/reporta
gens/dialogo-da-familia-escola-tem-
comecar-antes-dos-problemas-
aparecerem/ Fonte: Google Imagens
3. 1 A garota de ouro
Capitulo 6 - Pressões sociais, transtornos mentais e o papel da família: caminhos para o (não)
fracasso na educação
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Desde a nossa infância, muitos de nós somos controlados pelas
expectativas que nos são impostas pela sociedade e, às vezes, o pior é
que isso é visto como "normal". Somos coagidos a sermos "perfeitos", o
modelo de cidadão exemplar: concluir o ensino médio e já ingressar em
uma universidade, ser um bom filho, ter boas notas, estabilidade
financeira e etc. Com certeza você conhece alguém que ainda não
encontrou a sua vocação, mas que mesmo assim está na faculdade,
alguns até começam a gostar e decidem que era aquilo que procuravam,
porém isso é raro! Na maioria das vezes, se formam e seguem uma
carreira que não tem afinidade só para "não ficar sem opção". Além
disso, quando não seguimos o padrão de vida que nos é imposto como o
melhor, somos alvos de críticas, comentários destrutivos e julgamentos.
Essas pressões sociais desencadeiam vários distúrbios mentais que
futuramente podem nos escravizar ou até mesmo levar a morte.
Fonte: http://lokaz-tirinhas.blogspot.com/search/label/cobran%C3%A7as
Capitulo 6 - Pressões sociais, transtornos mentais e o papel da família: caminhos para o (não)
fracasso na educação
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“Tenho que colocar minha saúde mental como prioridade. Não vejo
problema em desistir de grandes competições para focar em você, porque
Um olhar, até mesmo uma palavra faz com que fiquemos apreensivos
"desconsertados", principalmente vindo de uma pessoa que exerce
algum tipo de influência, seja ela um professor, treinador, mãe ou chefe.
Ser pressionado é ser colocada em questão a nossa capacidade, um
errinho qualquer e todos os seus acertos são esquecidos; é como se
fosse um "defeito de fábrica".
Muitos professores já ouviram a seguinte frase: "eu não consigo
aprender, sou burro!" e é nesse momento que procuramos uma forma
de dizer que aquilo não é verdade, que ele é capaz, só precisa se
esforçar. A frase citada pelo aluno reflete outras situações em que se
sentiu incapaz, humilhado e muitas vezes isso é feito pela própria
família, pois de tanto as suas imperfeições serem lembradas, o aluno
passa a acreditar, e o que acaba acontecendo é a desistência do âmbito
escolar.
C O "chapéu de burro"
u Uma das práticas de punição ostensiva
utilizada pelas escolas arcaicas era o
r
chamado "chapéu de burro", que no
i princípio fazia referência aos magos,
o significando inteligência.
Aqueles que não prestassem atenção,
s possuíssem dificuldade de aprendizado,
i fossem distraídos ou fizessem bagunça
eram colocados no canto da sala com um
d Fonte: Imagens da internet
chapéu no formato de cone, como uma
a Dunce=BURRO forma de exemplo para aqueles que não
cumprissem as normas. O que gerava
d
constrangimento e humilhação, onde
e surge o estereótipo do favoritismo .
Capitulo 6 - Pressões sociais, transtornos mentais e o papel da família: caminhos para o (não)
fracasso na educação
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Desistir é um ato de fraqueza ou força? Quando desistimos de algo ou
pensamos em abrir mão daquilo que almejamos com fervor é porque de
alguma forma nos desiludimos, deixamos de acreditar na nossa
capacidade, no nosso eu.
A História do Nós mudemo A evasão escolar está ligada a diversos fatores.
Tendo em vista nosso foco no capítulo,
https://www.youtube.c focaremos nos aspectos psicológicos e sociais,
om/watch? como, por exemplo, as comparações quanto ao
v=rev03FJLbVo
rendimento dos alunos .
Muitas vezes, alguns alunos são rotulados de “burros”, isto não se
limita à sala de aula, pode vir de berço familiar também, o que
infelizmente gera uma insegurança no aluno e a autoaceitação do rótulo
que lhe foi dado, fazendo assim com que o mesmo desista, já que ele
não consegue o mesmo rendimento que seus colegas.
Um levantamento geral feito pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) mostra que o índice de
desistentes é persistente entre homens
de cor parda/preta e baixa renda. A
G1.
Capitulo 6 - Pressões sociais, transtornos mentais e o papel da família: caminhos para o (não)
fracasso na educação
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3.2 Depressão e ansiedade no ambiente escolar
A depressão e a ansiedade são transtornos psicológicos que trazem
tristeza, desesperança, pessimismo, solidão e podem até mesmo se
manifestar em sintomas físicos, são problemas sérios, sendo muitas
vezes interpretados como "frescura". Existem muitos motivos que
podem levar uma pessoa a isso, as pressões mentais com certeza é um
deles.
A frustação de não se tornar alguém perfeito, dos brasileiros
segundo os padrões da sociedade, pode se tornar 30% entre 12 e 17 anos
tem transtornos
um gatilho para alguém, assim como não ter a vida mentais comuns
seguida no tempo das outras pessoas, como não
conquistar as coisas tão rápido quanto os demais,
por exemplo. Tudo isso gera uma comparação, um
sentimento de insuficiência e de baixa Fonte: https://www.paho.org/pt/topicos/saude-
mental-dos-adolescentes
autoestima, se transformando em frustação, Organização Pan-americana da Saúde
ansiedade e depressão.
Trazendo isso para o âmbito escolar, percebemos que muitos dos
alunos jovens e adolescentes enfrentam tamanha luta contra esses
transtornos, causados pela pressão, pelas "piadinhas" feitas sobre as
mudanças corporais, problemas familiares, e tendo como consequência
o abandono dos estudos, a falta nas aulas e o afastamento dos colegas
de classe. Os alunos passam a maior parte da adolescência na escola, o
que resulta em conhecer novos colegas e fazer amigos no âmbito
escolar, então qualquer mudança mental que tenham afetará sua área
educacional e social tanto positivamente, quanto negativamente.
dos docentes com
59% depressão não tem
acompanhamento
médico regular
Fonte: https://www.paho.org/pt/topicos/saude-mental-dos-adolescentes
Capitulo 6 - Pressões sociais, transtornos mentais e o papel da família: caminhos para o (não)
fracasso na educação
0
106
Ao analisar a série "13 reasons why",
disponível na Netflix, na qual uma
aluna sofre suicídio após uma
sequência de bullying, percebemos o
Hannah Baker
quão presente isso é em meio a escola,
17 anos
Estudante do ensino alunos com transtornos psicológicos
médio que afetam sua aprendizagem, se
Uma garota gentil, tornando pessoas problemáticas e
inteligente e bem
introvertidas e muitas vezes com
humorada.
pensamentos suicidas.
Na série, a jovem que sofre suicídio deixa treze fitas, sendo que em
cada fita há um motivo do por que de tal ato. Em uma das fitas, a jovem
pede ajuda ao psicólogo da escola, mas não a recebe, isso também
mostra que muitas escolas não estão preparadas para atender a esses
alunos, tendo ela a capacidade de ajudar no apoio emocional e
assistência às famílias, que muitas vezes não sabem como ajudar os
jovens e adolescentes.
O momento em que Hannah pede ajuda:
Fonte : https://www.dreamstime.com/photos-images/feather-
quill-mask.html
Capitulo 6 - Pressões sociais, transtornos mentais e o papel da família: caminhos para o (não)
fracasso na educação
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O gênero dramático presente nas obras
literárias brasileiras:
Capitulo 6 - Pressões sociais, transtornos mentais e o papel da família: caminhos para o (não)
fracasso na educação
0
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Nossa proposição de projeto
Propomos a produção de cartazes colaborativos no Canva, a fim de
sejam divulgados nos grupos de redes sociais dos alunos e/ou impressos
para circularem dentro e fora da escola. Pode ser desenvolvido com
alunos do ensino fundamental ou do ensino médio.
O objetivo é oportunizar espaços de
discussão, reflexão, escuta e partilha
entre os alunos e professores, acerca de
questões/situações que lhes afetam
psico/socialmente.
Inicialmente, sugerimos que o professor
exiba a todos o filme O Substituto,
disponível em:
https://youtu.be/SRvJrxsrtsE.
Fonte: Imagens do Google
Capitulo 6 - Pressões sociais, transtornos mentais e o papel da família: caminhos para o (não)
fracasso na educação
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Autoras:
Capitulo 6 - Pressões sociais, transtornos mentais e o papel da família: caminhos para o (não)
Capítulo
fracasso na educação
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8 . Referências:
ARRUDA, Ma. Lúcia. Filosofia da Educação, Editora Moderna.
Disponível em: file:///C:/Users/Adriele/Desktop/59407821-ARANHA-
Maria-Lucia-de-A-Filosofia-da-educacao.pdf.
Acesso em 24 de julho de 2021
Capitulo 6 - Pressões sociais, transtornos mentais e o papel da família: caminhos para o (não)
fracasso na educação
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7
CAPÍTULO
A POESIA FALADA EM
VÍDEO-POEMAS: A
LITERATURA E A
EXPRESSÃO PELA VIDA
Fhttp://g1.globo.com/educacao/noticia/2012/0
3/criancas-e-adolescentes-estao-lendo-menos-
indica-pesquisa.html
Fonte:
http://g1.globo.com/educacao/noticia/201
2/03/criancas-e-adolescentes-estao-lendo-
menos-indica-pesquisa.html
-Bráulio Bessa
Reinvenção
A vida só é possível
reinventada.
poema:
Porque a vida, a vida, a vida, https://youtu.be/5n4i
a vida só é possível pETIf9s
reinventada
8
Bruno dos Reis Miranda
Gustavo Nogueira Lopes
Maria Fernanda Lopes Camilo
Ana Patrícia Sá Martins
O CORDEL ALÉM DA
SALA DE AULA
132
1. Apresentação
O cordel, gênero literário popular, mostra-se como uma fonte de
informação relevante em vários aspectos, por isso o selecionamos como
instrumento didático para um projeto que visa incentivar a valorização
da cultura regional (nordestina), além de aguçar a criatividade dos alunos
como forma de manifestação cultural. A proposta desse trabalho busca
retomar a literatura de cordel, que vem sendo esquecida, com a
finalidade de resgatar e manter viva a cultura de um povo.
No que tange às competências exigidas pela BNCC (Base Nacional
Comum Curricular) referente à Língua Portuguesa, o uso do cordel
abrange os quatro eixos requisitados: leitura/escuta; produção escrita e
multissemiótica); oralidade e análise linguística/semiótica (reflexão sobre
a língua norma-padrão e sistema de escrita). A conjuntura do cordel com
a contemporaneidade permite ao docente trabalhar temáticas variadas,
O poeta da roça
Sou fio das mata, cantô da mão Não tenho sabença, pois nunca
grosa estudei
Trabaio na roça, de inverno e de Apenas eu seio o meu nome assiná
estio Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre
A minha chupana é tapada de barro E o fio do pobre não pode estudá
Só fumo cigarro de paia de mio Meu verso rastero, singelo e sem
Sou poeta das brenha, não faço
o graça
papé Não entra na praça, no rico salão
De argum menestrê, ou errante Meu verso só entra no campo da roça
cantô e dos eito
Que veve vagando, com sua viola E às vezes, recordando feliz mocidade
Canto uma sodade que mora em meu
Cantando, pachola, à percura de
peito
amô
Capítulo
Capítulo 8-O8 -cordel
O cordel
alémalém da sala
da sala de aula
de aula 0
134
A literatura e as tradições tornaram textos como este uma identidade
cultural, valorizando e enraizando o cultivo de versos cantados, além de
persistirem como meio de propagação para o conhecimento de outras
sabedorias populares. O nordeste brasileiro possui sua cultura emanada
de materialização e prosa distribuídas em uma estrema geográfica.
Concedida a sua longevidade é mais que válido indagar sobre seu
funcionamento na visão de João Bosco, que diz:
"É possível, igualmente, verificar que valores são negociados (que
crenças, que moral, que costumes são aceitos ou rejeitados). É possível
verificar, ainda, com as pessoas são recontextualizadas e o valor que
tem (ou deixam de ter) nesse mundo.” (O GÊNERO DO CORDEL SOB A
PERSPECTIVA CRÍTICA DO DISCURSO, 2009, p. 08)
A noção do regionalismo se tornou algo valoroso para um
entendimento completo da literatura brasileira, e, por isso, ainda
polêmico devido às injustiças sociais, como o preconceito que o cordel
sofre até mesmo quando se trata de sua abordagem em sala de aula,
“seja por preconceito, seja por desconhecimento”, conforme afirma a
obra de João Bosco e Bezerra Bonfim.
Capítulo
Capítulo 8-O8 -cordel
O cordel
alémalém da sala
da sala de aula
de aula 0
135
Como argumentam os pesquisadores, o gênero cordel se destaca
pela forma como apresenta, numa linguagem popular e simples,
temáticas de cunho regionalistas com abordagens sobre as injustiças
sociais, situações cotidianas e diversas realidades populares. Em virtude
destes e outros aspectos, acreditamos que o referido gênero tem
grande potencialidade para incentivar a leitura e reflexão por parte dos
alunos acerca de realidades e temáticas geralmente marginais ao ensino
canônico de literatura nas escolas.
SOBRE A VIDA:
https://youtu.be/npErliDE1xg
Observe a cartilha educativa Pelejando por uma eleição mais justa, feita
pelo Ministério Público Eleitoral de Pernambuco, em forma de literatura
de cordel. O uso dos verbos “Corra”, “Avise”, “Denuncie”, todos no
Imperativo, faz um apelo ao público eleitor e aos candidatos, para que
ambos tenham atitudes honestas no período de campanha eleitoral. A
campanha faz uso da linguagem conativa para alcançar o objetivo
proposto:
Capítulo
Capítulo 8-O8 -cordel
O cordel
alémalém da sala
da sala de aula
de aula 141
[...]
Zé- Pitada era um rapaz Vivia o rapaz sofrendo
Que em tempos idos havia Grande contrariedade
Amava muito uma moça Chorava ao romper da aurora
O pai dela não queria Gemia ao virar da tarde
O desastre é um diabo A moça era como um pássaro
Que persegue a simpatia
Privada da liberdade
[...]
o modo particular segundo o qual
esses modos combinados podem, por exemplo, reforçar-se mutuamente
(“dizer a mesma coisa de formas diferentes”), desempenhar papéis
complementares.
Assim, o uso de multimodalidades em sala de aula pode tornar o
papel mediador do professor mais efetivo e o ensino mais atrativo,
sobretudo, quando permitem estudos sobre a linguagem na/com a
produção de gêneros que circulam em ambientes digitais como tweets,
podcasts, memes, entre outros. Para nossa proposta de projeto,
selecionamos os gêneros Podcast, Infográfico e IGTVS.
Os podcasts são muito utilizados por programas informativos,
constituindo-se como áudios sonorizados e temáticos que podem ser
ouvidos através de várias plataformas digitais, a qualquer hora, por meio
do celular ou do computador. “É uma ferramenta com infinitas
possiblidades”, diz Amélia Gomes, que é jornalista e podcaster. Ela é a
profissional responsável pelo programa de rádio do Brasil de Fato MG.
a turma em grupos.
dividir
Em seguida, os grupos irão debater
sobre quais estratégias utilizarão neste
infográfico que será feito na plataforma
Canva. Abusem da criatividade,
utilizando recursos gratuitos do
programa.
É importante lembrar que os
infográficos devem conter aspectos
como: conceito, características,
instruções básicas de construção,
principais autores e obras.
Os cartazes produzidos podem ser
compartilhados no formato digital ou
impressos para a comunidade dentro e
fora da escola
Ao lado, um QR code como exemplo de
infográfico.
Roteiro:
não correndo assim o risco de
negligenciar sua cultura. É necessário respeitar hábitos e costumes de
cada nação e evitar a homogeneização de seus valores
Portanto, além de todos os benefícios didáticos de se trabalhar a
literatura de cordel em sala de aula, o principal motivo para o uso da
mesma em âmbito escolar é reforçar e valorizar as raízes culturais nas
novas gerações de modo que o processo de perda de cultura nao
chegue a acontecer com nosso alunos
Autores: Maria Fernanda Lopes Camilo, Gustavo Nogueira Lopes e Bruno dos Reis Miranda
8. Referências
ALENCAR. Importância da literatura de cordel: como preservação da
cultura nordestina. Revista Brasileira de Biblioteconomia, Rio Grande do
Norte, volume 15, número 1°. Disponível em:
https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/view/1148. Acesso em
16/07/2021.
discursivos do Círculo de Bakhtin
e os multiletramentos: desafios do texto contemporâneo:
textos/enunciados multissemióticos. 2014. Disponível em:
<https://poslp135.files.wordpress.com/2014/10/rojo_gc3aanero-
bakhtin-multiletramentos.pdf>.
A VIOLÊNCIA CONTRA A
MULHER NA LITERATURA:
DISCUSSÕES ALÉM DA SALA
DE AULA
151
O PAPEL DA ESCOLA NO
ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA
CONTRA A MULHER
1 . Apresentação
Neste capítulo, você encontrará sugestões de metodologias didáticas
acerca da temática "Violência contra mulher na literatura: discussões
além da sala de aula", as quais podem ser trabalhadas com os alunos da
educação básica. Através dos contos literários brasileiros, foram
selecionados dois autores que já abordaram sobre esta temática em suas
obras, como a autora Lygia Fagundes Telles, com seu conto “Venha ver o
pôr-do-sol”, e o autor Dalton Trevisan com “Morre Desgraçado”. Estes
contos relatam sobre as violências psicológica e física que as mulheres
sofrem diariamente.
Considerando a nova Lei 14.164/21, que cria a Semana Escolar de
Combate à Violência contra a Mulher e incentiva os alunos a refletirem a
respeito dessa problemática, temos como objetivos: (1) apresentar
propostas didáticas a partir da leitura de contos literários; (2) incentivar
a leitura literária, como instrumento de criticidade e cidadania no
combate às violências física e psicológica que as mulheres sofrem; (4)
Produzir cartas abertas em vídeo como instrumento didático para além
da escola.
A seguir, você irá se aprofundar sobre os contos escolhidos e seus
autores, dados sobre a violência contra a mulher na sociedade, análise
sobre o gênero literário exposto e sua relevância, propostas de
atividades didáticas, seguindo de pautas reflexivas no decorrer do
trabalho.
Esperamos que o conteúdo deste capítulo possa ser útil e que
contribua e enriqueça ainda mais sua prática profissional e voluntária na
luta contra a violência.
Capítulo 9 - A violência contra a mulher na literatura: discussões além da sala de aula 152
2. Conhecendo os autores e suas obras
Dalton Jérson Trevisan, mais conhecido como Trevisan, nasceu em
Curitiba no estado do Paraná, no dia 14 de Junho de 1925. Trevisan
quando jovem trabalhou na fábrica de vidros de sua família e atuou na
advocacia por 7 anos, depois de formar-se pela Faculdade de Direito do
Paraná (atual UFPR). Quando estudante de Direito, Trevisan divulgava
seus contos por meio de simples folhetos. Trevisan cria contos breves,
escritos em linguagem sucinta.
https://youtu.be/sTkzOqoiZVs
Capítulo 9 - A violência contra a mulher na literatura: discussões além da sala de aula 153
2. 1 Resumo de "Morre Desgraçado"
O conto de Dalton Trevisan foi retirado do livro Pães e Sangue,
publicado em 1988, e exprime uma circunstância de agressão
doméstica. Esse exemplo de violência, mais exclusivamente contra a
mulher, é uma realidade social. Trevisan procurou descrever essa
violência com o típico agressor alcoólatra, que espanca a mulher sem
preocupar-se com a presença dos filhos ou não. Ainda assim, o escritor
preponderou por conceder à personagem (vítima) atitude e reação em
determinado momento.
Trevisan publicou esse conto anos depois de um noticiário que
ocupou as páginas do antigo jornal O Estado do Paraná, nos anos de
1980. O jornal expôs sobre a história de um casal que discutia com
frequência. Até que um dia, o marido chega bêbado em casa e vê sua
esposa ouvindo a missa pelo rádio e logo pensa que ela estaria rezando
em prol de que ele parasse de ingerir bebidas alcoólicas. A partir daí,
começa a agredir sua esposa na presença dos filhos, como pode ser
observado no trecho abaixo:
https://youtu.be/gj3AOlailgo
Capítulo 9 - A violência contra a mulher na literatura: discussões além da sala de aula 155
2. 1 Resumo de "Venha ver o pôr do sol"
1º Capa, de 1988
Venha ver o pôr-do-sol conta a história de um
ex-casal de namorados, Raquel e Ricardo. O
conto foi publicado no 1988, pela editora Ática.
Ricardo, mesmo após o término, continuava
declarando seu amor para Raquel, que já se
encontrava em outro relacionamento. Mas, pela
insistência e por gostar ainda de Ricardo, ela
acaba aceitando o convite feito por ele para um
passeio bem diferente.
Ricardo levou Raquel para conhecer o pôr-do-
sol em um ambiente diferente, no cemitério.
Segundo ele, é um dos mais belos e encantadores
Fonte: Google Imagem que ela teria o prazer de conhecer.
Capítulo
Capítulo 9 -9A-violência
A violência contra
contra a mulher
a mulher na na literatura:
literatura: discussões
discussões além
além da da
salasala
de de aula
aula 0
156
Chegando em uma capelinha, Ricardo disse que ali que estava a
sepultura de sua prima. Curiosa, Raquel olha os detalhes da lápide e
descobre que a sepultura era de uma moça que havia nascido nos anos
de 1800, e que era impossível ser a prima de Ricardo.
Diante daquele cenário, Raquel discutia com Ricardo por conta da
mentira criada. Ele sorriu e trancou o portão que dava acesso à capela,
deixando Raquel presa aos gritos de socorro, enquanto dizia que através
da pequena passagem de luz que tinha na capela, ela poderia ver o mais
belo pôr-do-sol. Enquanto isso, sai caminhando tranquilamente até a
porta do cemitério.
Saiba mais:
Estrutura da narrativa:
OS TIPOS DE NARRADOR
"Morre Desgraçado":
Conflito e personagens: esposa religiosa e marido bêbado (João);
Espaço e tempo: residência do casal;
Narrador 1ª: participa do enredo;
Clímax: [...] "Me mate mulher, se não você morre"...
Capítulo 9 - A violência contra a mulher na literatura: discussões além da sala de aula 160
Tipos de contos:
Capítulo 9 - A violência contra a mulher na literatura: discussões além da sala de aula 161
4. A violência na atualidade
Segundo a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar
a Violência Contra a Mulher, adotada pela OEA em 1994, a violência
contra a mulher é qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que
cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher,
tanto no âmbito público como no privado. É estrutural e está presente
na sociedade patriarcal que determina papéis sociais que acabam
atribuindo às mulheres a função de submissão ao homem.
A violência doméstica na maioria das vezes é causada por alguém
próximo. Pesquisas revelam que 78% das mulheres que sofreram
violência doméstica foram agredidas pelos atuais ou pretéritos maridos,
companheiros ou namorados (DATASENADO, 2019).
Devido ao aparecimento do novo coronavírus (Sars-CoV2), foi
recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para que
todos permanecessem em casa como forma de conter a disseminação
do vírus, mas isso acabou potencializando fatores que contribuem com o
aumento da violência contra as mulheres. Em virtude da quarentena, os
números de boletins de ocorrência caíram e os casos de feminicídio
aumentaram, pois muitas vítimas não conseguem chegar ao local para
registrar o boletim. A Polícia Militar do estado de São Paulo relatou que
o número de assassinatos de mulheres aumentou 44,9% em março de
2020, em comparação com março de 2019. Como o exame imediato de
corpo delito é exigido nos casos de violência sexual, a redução nas
notificações deste crime é provada com a dificuldade da presença da
vítima na delegacia. Os registros de ocorrência relacionados à violência
sexual tiveram redução média de 28,2%, conforme relatado pelo FBSP.
Capítulo 9 - A violência contra a mulher na literatura: discussões além da sala de aula 162
4.1 Analisando os tipos de violências
presentes nos contos
Violência contra mulher refere-se aos vários tipos de violências que
acontecem diariamente no Brasil e no mundo. Mulheres sofrem
agressões pelo simples fato de serem mulheres. Debater sobre essa
tema nas salas de aula pode ajudar na conscientização e denúncias de
possíveis casos, pois os alunos saberão o que fazer e como agir se em
algum momento da sua vida se deparar com esse tipo de violência.
Imagem :@institutomariadapenh
Capítulo 9 - A violência contra a mulher na literatura: discussões além da sala de aula 164
Resumo da Lei
A Lei Maria da Penha garante que toda mulher que sofreu ou sofre
agressão possa ter seus direitos defendidos e garantidos:
https://www.institutomariadapenha.org.br/lei-
11340/resumo-da-lei-maria-da-penha.html
O Título I determina em
Já o Título II vem dividido em
quatro artigos a quem a lei é
dois capítulos e três artigos: além
direcionada, ressaltando
ainda a responsabilidade da de configurar os espaços em que
família, da sociedade e do as agressões são qualificadas
poder público para que todas como violência doméstica, traz
as mulheres possam ter o as definições de todas as suas
exercício pleno dos seus formas (física, psicológica,
direitos. sexual, patrimonial e moral).
Agosto Lilás
Capítulo 9 - A violência contra a mulher na literatura: discussões além da sala de aula 165
Sempre reunindo diversos parceiros governamentais e não-
governamentais, prevendo ações de mobilização, palestras e rodas de
conversa – as campanhas de combate à violência contra as mulheres vêm
se fortalecendo e se consolidando como um grande movimento social. A
Campanha produziu material educativo sobre a Lei Maria da Penha,
direcionado às mulheres com deficiência visual, auditiva e mulheres das
etnias guarani e terena, disponibilizando cd’s em áudio com narração em
braile, DVD’s de libras para mulheres surdas e cartilhas traduzidas nas
línguas indígenas.
A Lei 4.969/2016 também criou o programa "Maria da Penha Vai à
Escola" e nos anos seguintes outras ações, como: "Maria da Penha vai à
Igreja, Maria da Penha vai ao Campo".
Para mais informações:
https://www.naosecale.ms.gov.br/agosto-lilas/
Capítulo99- -AAviolência
Capítulo violênciacontra
contraaamulher
mulherna
naliteratura:
literatura:discussões
discussõesalém
alémda
dasala
salade
deaula
aula 166
5.1 A leitura literária e as cartas abertas em vídeo
Após o estudo do gênero conto, como proposto no presente capítulo,
sugerimos ao professor que desenvolva a leitura de contos, como os
assinalados aqui, fomentando a discussão acerca dos tipos de violência
às mulheres. A partir de roteiros de leitura e interpretação dos contos, o
professor pode ainda solicitar a pesquisa de outras produções artísticas
que abordem essa temática: textos literários, músicas, artes plásticas,
filmes, documentários, trechos de novelas, etc.
O professor pode criar um grupo no Whatsapp para que todos os
alunos compartilhem o material encontrado entre si. A partir daí, podem
ser construídas colaborativamente as cartas abertas em vídeo,
conforme explicado a seguir:
Passo a passo de como produzir o gênero textual carta aberta:
https://www.youtube.com/watch?v=a3VtLr4vsuY
Com base no material pesquisado e compartilhado sobre a violência
contra as mulheres, o professor promoverá uma roda de conversa, a
fim de que seja debatida a temática com os alunos;
Após a roda de conversa, o professor pode desenvolver uma oficina
linguística sobre o gênero carta aberta, enfatizando as cartas
abertas em vídeo, com exemplos, inclusive;
Durante a oficina linguística, é importante explicitar os elementos
discursivos de uma carta aberta e sua funcionalidade social;
Em seguida, com a ajuda dos alunos, o professor
produzirá/pesquisará tutoriais de gravação e edição de vídeos
curtos, explicando que será nesse formato que as cartas abertas
serão produzidas;
Nas cartas, os alunos deverão se manifestar sobre a temática e
presentar sugestões para combater a violência às mulheres;
É importante que a produção seja compartilhada como versão
inicial e final, a fim de que professor e alunos avaliem se as
produções estão cumprindo a finalidade visada;
Finalizadas, incentive a circulação das cartas abertas em vídeo,
pedindo aos alunos que divulguem nas suas redes sociais e, se
possível também nas mídias da escola.
Capítulo 9 - A violência contra a mulher na literatura: discussões além da sala de aula 0
167
5.2 Conhecendo os autores do capítulo
Ana Paula Correia da Silva
Tecnóloga em Gestão Comercial - UEMANET,
Graduanda em Letras Licenciatura em Língua
Portuguesa, Língua Inglesa e Literaturas pela
Universidade Estadual do Maranhão(UEMA)
Capítulo 9 - A violência contra a mulher na literatura: discussões além da sala de aula 170
NOGUEIRA, Sônia. A tristeza. Recanto das letras. Disponível em:
<https://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/157619> Acesso
em: 03 de Jul. de 2021.
10
CAPÍTULO
Antonia Paula Martins
Ana Flávia Gomes de Andrade
Edileia da Silva Barbosa
Elza Vitoria Bezerra Saraiva
Luciana dos Santos Oliveira
Samuel dos Santos da Cruz
Suzana da Rocha Carvalho
Ana Patrícia Sá Martins
A REPRESENTATIVIDADE
DA MULHER NEGRA NAS
MÍDIAS SOCIAIS
172
A representatividade da
mulher negra nas mídias sociais
1. Apresentação
Ao longo das décadas, a era digital tem tomado proporções
gigantescas, ocupando espaço em quase todas as áreas, tornando-se um
meio de distribuição e compartilhamento de informações, abrindo,
assim, espaços para debates sobre a inserção da representatividade
negra na sociedade brasileira, em especial das mulheres e o que elas
representas.
A partir de um pensamento reflexivo e discursivo em torno da
temática, o presente capítulo tem como finalidade abordar as vertentes
que circulam nesses espaços midiáticos e incentivar a desconstrução da
estigmatização da mulher preta na sociedade.
Partindo da necessidade da visibilidade feminina negra nas
plataformas digitais, decidimos apresentar a importância do ativismo
feminino e o que ele representa, colocando a mulher negra em lugar de
destaque, frisando o quanto a mídia tem papel importante nesse
crescimento e toda a dificuldade que mulheres negras enfrentam
diariamente nas plataformas sociais.
Temos como objetivo ainda problematizar a baixa representatividade
dessas mulheres na sociedade, instruindo os alunos a desenvolver
pensamentos críticos, e, a partir disso, buscarem meios de combate ao
preconceito, estimulando o consumo de conteúdos digitais de
empoderamento de mulheres negras.
3.1 Em Ação:
https://youtu.be/srKdoOEbjeg