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CHEFES DE GOVERNO
Jânio Quadros
• 31 de janeiro de 1961 a 25 de agosto de 1961
• Renuncia
Ranieri Mazzili
• Presidente da Câmara
• Assume como interino até 8 de setembro de 1961
• Goulart fora do Brasil
• Manifesto militar contra a posse de Goulart
• Adota-se o parlamentarismo
AULA 6
JÂNIO QUADROS E JOÃO
GOULART
PRESIDÊNCIA DE GOULART
Regime Parlamentar
• Tancredo Neves é nomeado Primeiro Ministro, exercendo o cargo de setembro de
1961 até junho de 1962
• Auro Moura Andrade (1 e 2 de julho de 1962)
• Brochado da Rocha (até setembro de 1962)
• Hermes Lima (novembro de 1962 a janeiro de 1963)
• OBS: Brochado da Rocha, depois de San Tiago não ter sido aceito pelo
Parlamento
Regime Presidencial
• Plebiscito e retorno ao presidencialismo (janeiro de 1963 a março de 1964)
AULA 6
JÂNIO QUADROS E JOÃO
GOULART
MINISTROS DE ESTADO
Data da posse Ministro
MINISTROS DE ESTADO
MINISTROS DE ESTADO
MINISTROS DE ESTADO
ROTEIRO
ROTEIRO
1. A situação nacional: Instabilidade institucional, as dificuldades
econômicas
2. A situação internacional: o agravamento da Guerra Fria e a questão
cubana. A emergência dos não alinhados
3. As opções nacionais: as propostas nacionalistas e americanistas
4. A eleição de Jânio Quadros, suas inclinações e a articulação de uma nova
proposta de política externa
5. As ações da PEI: a abertura para o mundo socialista e para a África. As
iniciativas na Conferência do Desarmamento
6. A diplomacia na questão cubana
7. A relação entre política interna e externa: a crise do Governo Goulart
8. Um novo paradigma
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JÂNIO QUADROS E JOÃO
GOULART
“Se somente agora o Brasil está sendo ouvido em assuntos internacionais, é porque,
ao assumir o poder, resolvi tirar proveito das consequências da posição que
atingimos como nação. Nós fôramos injustificadamente relegados a uma posição
obscura, enquanto – mesmo em nosso próprio hemisfério – havia erros e problemas
se acumulando em nosso caminho, que punham a perder o nosso próprio futuro.
Abandonamos a diplomacia subsidiária e inócua de uma nação jungida a interesses
dignos, mas estrangeiros, e, para proteger nossos direitos, colocamo-nos na
primeira linha, convencidos que estávamos de nossa capacidade para contribuir com
nossos próprios meios para a compreensão entre os povos.”
AULA 6
JÂNIO QUADROS E JOÃO
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“No entanto, na situação atual, não podemos aceitar uma posição nacional
predeterminada, exclusivamente na base das premissas acima. É inegável que
temos outros pontos em comum, com a América Latina em particular e com os
povos recentemente emancipados da Ásia e África, que não podem ser ignorados,
porque se encontram nas bases do reajustamento da nossa política e sobre eles
convergem muitas das linhas principais do desenvolvimento da civilização brasileira.
Se é verdade que não podemos relegar nossa devoção à democracia a um lugar
secundário, não é menos verdade que não podemos repudiar laços e contatos
oferecendo grandes possibilidades para a complementação nacional.”
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JÂNIO QUADROS E JOÃO
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“Não podemos frisar com demasiada frequência a que ponto a pobreza nos separa
da América do Norte e das principais nações europeias do mundo ocidental. Se, pelo
sucesso alcançado, elas representam aos olhos dos povos subdesenvolvidos o ideal
de realização de uma elite de origem cultural europeia, vai, no entanto, se
enraizando nas mentes das massas a convicção de que esse ideal, para uma nação
sem recursos e prejudicada nas suas aspirações de progresso, é uma ironia. Que
solidariedade pode existir entre uma nação próspera e um povo desgraçado? Que
ideais comuns podem, no curso do tempo, suportar a comparação entre as áreas
ricas, cultivadas, dos Estados Unidos e as zonas assoladas pela fome no nordeste do
Brasil?”
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JÂNIO QUADROS E JOÃO
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“Neste ponto, poderia ser apropriado fazer referência aos preconceitos ideológicos
das democracias capitalistas, sempre prontas a depreciar a ideia de intervenção
estatal em países onde ou o Estado controla e governa o crescimento econômico – o
que se tornou uma questão de soberania – ou nada é realizado. Não estamos em
posição de permitir a liberdade de ação de forças econômicas em nosso território,
simplesmente porque essas forças, controladas do exterior, fazem o seu próprio
jogo e não o de nosso país.”
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“Creio que é precisamente na África que o Brasil pode prestar o melhor serviço aos
conceitos de vida e métodos políticos ocidentais. Nosso país deveria tornar-se o elo,
a ponte entre a África e o Ocidente, desde que estamos tão intimamente ligados a
ambos os povos. Enquanto pudermos dar, às nações do Continente Negro, um
exemplo de completa ausência de preconceito racial, juntamente com provas
cabais de progresso sem solapar os princípios da liberdade, estaremos contribuindo
decisivamente para a integração efetiva de todo o continente num sistema ao qual
estamos presos por nossa filosofia e tradição histórica.”
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“Por muitos anos, o Brasil fez o erro de apoiar o colonialismo europeu nas Nações
Unidas. Essa atitude – que somente agora começa a desaparecer – deu lugar a uma
justificada desconfiança quanto à política brasileira. Círculos mal informados,
excessivamente impressionados com as maneiras de agir europeias, contribuíram
para um erro que deve ser atribuído mais ao desprezo dos compromissos mais
profundos de nosso país do que à malícia política. Nossas relações fraternais com
Portugal influíram na complacência demonstrada pelo Ministério das Relações
Exteriores do Brasil nesse assunto.”
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“O primeiro passo para tirar proveito total das possibilidades da nossa posição no
mundo consiste em manter relações normais com todas as nações. O Brasil, que por
má interpretação ou distorção do seu bom senso político, levou vários anos sem
contatos regulares com as nações do bloco comunista, a ponto, mesmo, de ter
apenas relações comerciais indiretas e insuficientes com elas. Como parte do
programa do meu governo, decidi examinar a possibilidade de reatar relações com a
Romênia, Hungria, Bulgária e Albânia; essas já foram agora estabelecidas.
Negociações para o reatamento de relações com a União Soviética estão em
progresso e uma missão oficial brasileira vai à China para estudar as possibilidades
de trocas. Em consonância com essa revisão de nossa política externa, meu país,
como é sabido, decidiu votar a favor da inclusão na agenda da Assembleia Geral das
Nações Unidas da questão da representação da China; essa posição inicial terá, no
seu devido tempo, suas consequências lógicas. ”
Muito obrigado.