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FACULDADE CASTELO BRANCO – LICENCIATURA EM

HISTÓRIA

Aluna: Iara Caliman Capelini Professora: Cláudia Rezende

Disciplina: Temas especiais em educação

Período: 6º período

RESUMO: DIVERSIDADE E EDUCAÇÃO

A discussão sobre a diversidade humana está cada vez mais crescente na sociedade.
Com a globalização e a crescente difusão do sistema capitalista, as diferenças estão evidentes,
da mesma forma, que buscam criar uma hegemonia entre os diferentes grupos. Com isso,
discutir a diversidade nas diferentes esferas, principalmente no ambiente escolar, é essencial.

Diversidade se refere a tudo que é abundante, mas não é igual. Diz respeito às
diferenças entre diferentes sujeitos, grupos, contextos e condições. Com isso, a discussão
sobre a diversidade e as questões que à envolvem, como raça, etnia, gênero, religião, entre
outras, precisa ser pautada em toda sua complexidade e multiplicidade que ela possui, e em
todos os contextos. Dessa forma, romper com a hegemonização que o sistema dominante quer
aplicar é essencial para garantir o respeito e a valorização à diversidade humana,
considerando-a como uma condição para a construção da sociedade e do indivíduo. A
universalidade de um grupo dominante não irá explicar às relações de outros grupos. Além
disso, tratar de diversidade também se refere a exclusão, pois diferentes grupos viveram e/ou
vivem formas de segregação, violência e exclusão.

Diferentes documentos mundialmente difundidos destacam questões da diversidade


humana. A Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural é um dos documentos que
marcam o advento da discussão sobre a diversidade no mundo. Ele trata essa questão a partir
da cultura e o tema é tratado como fundamental nas discussões da humanidade. Além dele, o
relatório da UNESCO, Investindo na diversidade cultural e no diálogo intercultural, apresenta
uma série de propostas, que além de abordar questões sobre diversidade, apresenta a proposta
de compreensão de diálogo intercultural. Além de documentos, dentro dos Estados, diferentes
grupos e instituições atuam e garantem conquistas fundamentais.

A escola, por ser um espaço de formação, é um local fundamental para discutir as


diferenças e a diversidade humana. No entanto, durante um longo período da história, a escola
foi um local de distinção social, no qual só as classes mais privilegiadas tinham acesso à
educação. Garantido por lei, pela Constituição Federal de 1988, e pela Lei de Diretrizes e
Bases nº 9.394 de 1996, a educação passou a ser um direito de todos, dever do Estado e da
família. A partir desse momento, a educação torna-se um direito universal no Brasil. Porém, a
discussão é muito mais ampla.

Com a educação se tornando um projeto universal, o ambiente escolar se tornou um


local heterogêneo, com diferentes turmas, grupos e culturas. Com isso, a escola, em todas as
suas dimensões, não estava preparada para receber tamanha diversidade. Os docentes, a
equipe gestora e até os materiais escolares não abordavam questões de respeito e apreço as
diferenças e as culturas. Além disso, uma educação universal significava discutir sobre
evasões de grupos antes negligenciados e a dificuldade de aprendizagem.

Com o passar dos anos a discussão sobre diversidade e educação inclusiva ganhou
destaque. A tolerância se tornou o principal alvo das discussões. A ideia era que por meio da
diversidade, deve-se exercer a tolerância pelo diferente. No entanto, essa questão trás
diferentes problemáticas, pois não abrange o respeito, mas sim, ignora as diferenças ou
significa aguentar os limites delas, o que não é eficiente. Nos anos 90, a visão sobre discutir
diversidade mudou, principalmente com a LDB. Observou-se que é necessário,
principalmente, falar sobre as diferenças, pois é muito mais amplo e efetivo. Abordar as
diferentes questões que fazem parte da constituição do indivíduo torna o ensino aprendizagem
mais criativo e produtivo, tornando os estudantes críticos e ativos na sua realidade.

Outrossim, a cultura é um ponto chave para discutir a diversidade. Entender a cultura é


compreender que todos são diferentes, porém com as suas subjetividades. Dessa forma, cada
política deve levar em consideração as particularidades. As políticas de inclusão precisa
analisar não como tratar o individuo, mas sim inclui-los dentro do processo. No entanto, elas
não conseguem fazer os embates que as diferenças implicam e questionar os preconceitos,
ficando estagnadas na mesma perspectiva da tolerância colocada pela diversidade.
Contudo, práticas efetivas devem garantir a promoção da equidade na sociedade.
Políticas públicas devem garantir o respeito e valorização da diversidade. Além disso, a
escola, enquanto local de formação, é um ambiente importante para trazer a discussão sobre
diversidade e trazer mudanças significativas em relação ao tema.

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