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MANEJO DE

VIAS AÉREAS
EM
SITUAÇÕESDE
RISCO

PROF.ª MSC. LÊDA SOBRAL


INTRODUÇÃO

CONTROLE DE VIA AÉREA OXIGENAÇÃO CEREBRAL


BOA VENTILAÇÃO

OFERTA O₂ DEMAIS ÓRGÃOS


ANÓXIA CEREBRAL

EDEMA CEREBRAL
SISTEMA REPIRATÓRIO

3 FUNÇÕES:
 Fornecer O₂ para hemácias que transportam para todas as outras
células;
 No metabolismo aeróbico, células usam O₂ como fonte para
produção de energia;
 Remove dióxido de carbono do organismo.
VIAS AÉREAS
ANATOMIA:
SUPERIORES E
INFERIORES ÓRGÃOS DO SISTEMA
RESPIRATÓRIO

ALVÉOLOS
FISIOLOGIA

AR ATMOSFÉRICO
RESPIRAÇÃO

ALVÉOLO O² HEMÁCIA

Membrana
Alvéolo-capilar
FISIOLOGIA

AR ATMOSFÉRICO
RESPIRAÇÃO

DIÓXIDO o²
CARBONO

PLASMA
Membrana
Alvéolo-capilar

Hemoglobina
Tecidos
VENTILAÇÃO

Renovação de ar nos alvéolos: essencial para eliminação de


dióxido de carbono.

VOLUME CORRENTE = volume de cada ventilacão

VOLUME MINUTO = volume corrente x FV/min


VENTILAÇÃO NORMAL EM REPOUSO

 7 litros de ar: entrando e saindo dos pulmões/min

Manter boa oxigenação


Manter eliminação Dióxido de Carbono
 Volume Minuto = Ventilação Inadequada

HIPOVENTILAÇÃO

ACÚMULO DE DIÓXIDO CARBONO


DISPOSITIVOS NÃO INVASIVOS
DE OFERTA DE O2
PACIENTES COM RESPIRAÇÃO
ESPONTÂNEA

ADMINISTRAÇÃO DE O2 SUPLEMENTAR

CATETER NASAL MÁSCARA FACIAL

MÁSCARA COM MÁSCARA DE


RESERVATÓRIO DE O₂ VENTURI
CATETER NASAL

FLUXO MÁXIMO
6 L/min

Fluxo maior não é tolerado por ressecar


mucosa
CATETER NASALNASAL
 Casos de menor gravidade
 A concentração de O₂ inspirado depende da profundidade da
respiração do paciente,
e da freqüência respiratória;
 Oferta de O₂ não precisa ser umidificada se fluxo for ≤ 4l/min.
CATETER NASAL

FLUXO DE OXIGÊNIO CONCENTRAÇÃO DE OXIGÊNIO


INSPIRADO
1 l/min 25% (+4)
2l/min 29% (+4)
3l/min 33% (+4)
4l/min 37% (+4)
5l/min 41% (+4)
6l/min 45% (+4)
CATETER NASAL

VANTAGENS DESVANTAGENS
Confortável e bem tolerada Pode ser usada somente por paciente com
respiração espontânea
Não interfere na avaliação do paciente e Facilmente deslocável
não interfere na comunicação
Permite fala e alimentação As vias aéreas devem estar abertas

Não há reinalação de ar expirado Seca a mucosa

Pode ser usado com respiradores bucais Pode causar dor nos seios nasais

Útil em pacientes predispostos a retenção


de CO₂
MÁSCARA FACIAL SIMPLES

 Dispositivo plástico desenhado para cobrir nariz e boca e seu


espaço interno atua como reservatório;
 Fluxo de O₂ usado deve ser superior a 6l/min para lavar CO₂
expirado;
MÁSCARA FACIAL SIMPLES

 Furos pequenos em cada lado da máscara permitem passagem


de ar inspirado e expirado;
 Concentração de volume inspirado depende do fluxo e da
freqüência respiratória do paciente.
MÁSCARA FACIAL SIMPLES

FLUXO RECOMENDADO
8 A 10 L/min

Concentração de oxigênio de
40% à 60%
MÁSCARA FACIAL SIMPLES

VANTAGENS DESVANTAGENS
Oferece maior concentração de •Pode ser usado apenas em paciente com
oxigênio que a cânula nasal respiração espontânea
•Não é bem tolerada em pacientes com
dispneia grave
•Pode ser desconfortável
•Dificulta comunicação com paciente
•Deve ser removida durante refeições
•Requer selamento firme na face
MÁSCARA DE VENTURI

 Máscara facial ligada a tubo flexível conectado à fonte de oxigênio


por meio de dispositivo que permite a mistura previsível de ar
ambiente e gás da fonte;
 Recomendado para pacientes com DPOC retentores de CO₂ e
dependentes de ventilação estimulada por hipóxia.
MÁSCARA DE VENTURI

 Composta por vários adaptadores coloridos que alteram a taxa de


O₂ que passa pelo orifício de entrada de ar;

 A mistura de ar e O₂ oferecida ao paciente é ajustada mudando o


adaptador que altera a quantidade de ar misturado ao O₂.
MÁSCARA DE VENTURI
MÁSCARA DE VENTURI
MÁSCARA DE VENTURI

Permite precisão de concentração de


oxigênio inspirado

24% a 50%
MÁSCARA DE VENTURI
VANTAGENS DESVANTAGENS
Fornece concentração Só pode ser usado por paciente com
inspirada de oxigênio respiração espontânea
precisa conforme Não é bem tolerado por pacientes com
seleção dispnéia grave
Recomendado para Pode ser desconfortável
pacientes com DPOC Dificulta comunicação com paciente
Deve ser removida durante refeições
Não possui ajuste confortável a face
MÁSCARA DE OXIGÊNIO NÃO REINALANTE

 Conectada a reservatório por meio de válvula unidirecional que


não permite que o ar exalado retorne ao reservatório: paciente
inspira apenas conteúdo do reservatório e ar exalado não retorna,
saindo por dois orifícios laterais da máscara.
MÁSCARA COM RESERVATÓRIO DE OXIGÊNIO

 Fluxo de oxigênio deve ser regulado para que reservatório não


colabe na inspiração;
 Oferece maior concentração de oxigênio quando bem ajustado.
MÁSCARA COM RESERVATÓRIO DE OXIGÊNIO

FLUXO RECOMENDADO
10 A 15 L

90% a 100%
COMPARAÇÃO DE DISPOSITIVOS DE
SUPLEMENTAÇÃO DE OXIGÊNIO
CONCENTRAÇÃO DE OXIGÊNIO
DISPOSITIVO INSPIRADO (FIO₂) VANTAGENS

Cânula Nasal 25%-45% Mais confortável


Máscara Facial 40%-60% Concentração de O₂
maior que da cânula
nasal
Máscara de Venturi 24%-50% Controle da FIO₂

Máscara não reinalante 90%-100% Oferece a maior


com Reservatório de O₂ concentração de O₂
HIPOVENTILAÇÃO

 Comum em TCE e Trauma Tórax= alteração no padrão


respiratório ou incapacidade de movimentos de parede
torácica

HIPOVENTILAÇÃO NÃO TRATADA

INSUFICIUÊNCIA RESPIRATÓRIA E MORTE


FISIOPATOLOGIA

TRAUMA
Compromete capacidade do sistema
respiratório de fornecer O₂ e eliminar
dióxido de carbono.
TRAUMA
HIPOVENTILÃÇÃO
 1-Falta estímulo do centro respiratório, por depressão neurológica
 2-Obstrução das VAS ou VAI
 3-Diminuição da expansão pulmonar

HIPÓXIA
 1-Diminuição da difusão de O₂ através da membrana alvéolo-capilar
 2-Diminuição do fluxo sanguíneo para alvéolos
 3-Incapacidade do ar chegar aos capilares porque os alvéolos estão cheios de
líquido
 4-A nível celular por hipofluxo sanguíneo para os tecidos
HIPOVENTILAÇÃO
DIÓXIDO DE
CARBONO
ACIDOSE

MORTE
TRATAMENTO
FREQUÊNCIA E PROFUNDIDADE
DA VENTILAÇÃO

CORREÇÃO DE PROBLEMAS DE VA
E DE VENTILAÇÃO
PERMEABILIDADE DA VIA AÉREA

1ª prioridade no tratamento e reanimação do traumatizado

AVALIAÇÃO ADEQUADA
TRAUMA

 Possibilidade de lesão Cervical

CONTROLE DE VIAS AÉREAS


E ESTABILIZAÇÃO SIMULTÂNEA
DE COLUNA CERVICAL
DESOBSTRUÇÃO MANUAL DE VA

 Rápida inspeção visual Retirada de


de orofaringe Corpos Estranhos
SINAIS DE OBSTRUÇÃO DE VA

 Agitação  hipóxia
 Torpor  hipercapnia
 Sonolência  hipercabia
 Cianose  hipoxemia conseqüente de oxigenação inadequada
 Tiragem e uso de musculatura acessória  comprometimento das
via aéreas
 Disfonia obstrução de laringe
MANOBRAS MANUAIS
 Inconsciência: língua pere tônus e cai para trás obstruindo
hipofaringe

 Obstrução da VA impede a passagem de O₂ para traquéia e


pulmões

 Posicionar cabeça para permeabilizar VA


ASPIRAÇÃO

Se paciente intubado:
 Pré-oxigenar o paciente com 100% de O₂
 Introduzir o cateter e aspirar por 15 a 30 segundos
 Oxigenar novamente paciente

Se paciente não intubado:


 Estabilizar manualmente coluna cervical
 Rolar em bloco para decúbito lateral
 Deixar drenar por gravidade e/ou aspirar orofaringe
VIAS AÉREAS ARTIFICIAIS

 CÂNULA Orofaríngea
CÂNULA OROFARÍNGEA

 Pode ser inserida de forma direta ou invertida

INDICAÇÕES:
 Pacientes incapazes de manter VA pérvea
 Para prevenir que paciente intubado morda TOT
CÂNULA OROFARÍNGEA

TAMANHO TAMANHO TAMANHO


ADEQUADO GRANDE PEQUENO

Pressiona epiglote Empurra língua para trás e


para dentro da garganta.
contra laringe
Obstrução de VA ou cânula
Obstrução de VA para for a da boca.
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL

Método preferível para controle máximo de VA em paciente


traumatizado em apnéia ou necessitando de ventilação assistida.

Permite:
 Isolar VA
 Ventilação com O₂ a 100%
 Eliminar necessidade de máscara ajustada a face
 Diminuir o risco de aspiraçào
 Facilitar aspiração profunda de traquéia
 Prevenir insuflação gástrica
 Permitir via adicional para administração de medicamentos
INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
Controle máximo das vias aéreas em paciente
traumatizados que necessitem de ventilação
assistida (via aérea definitiva

INDICAÇÃO
 Paciente incapaz de proteger VA
 Paciente com problema grave de oxigenaçào com necessidade de
concentração alta de O₂
 Paciente com problema ventilatório severo, necessitando de
ventilaçào assistida

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INTUBAÇÃO TRAQUEAL

CONTRA-INDICAÇÃO
 Trauma face grave
 Deformidade pescoço ou edema
 Incapacidade de intubar por falta de treinamento na
técnica
INTUBAÇÃO TRAQUEAL
COMPLICAÇÕES
 Hipoxemia pelas tentativas prolongadas de intubar
 Trauma de VA com hemorragia
 Intubação de brônquio fonte D
 Vômito que leva a aspiração
 Dentes soltos ou quebrados
 Lesões de cordas vocais
 Conversão de lesão de coluna cervical sem comprometimento em
lesão com comprometimento neurológico
VIA AÉREA DIFÍCIL
INDICATIVO DE DIFICULDADE DE VENTILAÇÃO
COM MÁSCARA
 Barba
 Falta de dentes
 > 55 anos
 História de ronco
INDICATIVO DE DIFICULDADE DE VENTILAÇÃO
COM MÁSCARA

INDICATIVO DE DIFICULDADE DE VENTILAÇÃO


COM MÁSCARA
RECONHECIMENTO DE VIA AÉREA DIFÍCIL
RECONHECIMENTO DE VIA AÉREA DIFÍCIL
RECONHECIMENTO DE VIA AÉREA DIFÍCIL
RECONHECIMENTO DE VIA AÉREA DIFÍCIL
AVALIAÇÃO DA VIA AÉREA
AVALIAÇÃO DA VIA AÉREA

PALATO OGIVAL COMPRIMENTO PROTUSÃO MANDÍBULA


PESCOÇO
USANDO SEDATIVOS OU NARCÓTICOS

 Diazepam, midazolan, fentanil ou morfina usadas, isoladamente


ou em combinação, com o objetivo de relaxar o paciente o
suficiente para permitir a intubação, mas não abolir os reflexos de
proteção nem a respiração
COMPLICAÇÕES

 Pacientes que são medicados, e depois não podem ser intubados,


necessitam de ventilação prolongada com máscara, até que a
medicação seja eliminada.
 Hipóxia ou hipercarbia durante tentativas prolongadas de
intubação.
 Aspiração
 Hipotensão :todas as drogas têm como efeito colateral a
diminuição da pressão arterial
ATENÇÃO

 Desobstrua as vias aéreas de secreções com aspiração


conforme necessário.
 Ventile previamente o paciente
BOLSA-VÁLVULA-MÁSCARA (BVM) ou
RESSUSCITADOR BOLSA-MÁSCARA

 Bolsa auto-inflável com válvula unidirecional sem


reinalação com adaptador acoplado à máscara e válvula
de entrada de oxigênio.
BVM

Máscaras:
 Deve ter bom ajuste, estar equipada com válvula unidirecional, ser
feita de material transparente, ter entrada para aporte de oxigênio
(15-22 mm) e estar disponível em tamanhos para bebês, crianças
e adulto
BVM

 Máscara transparente: permite avaliação da cor do lábio,


observação de vômito ou secreções;
 Pode possuir válvula de liberação de pressão (pop-off);
 Disponível em tamanhos para adulto, criança e lactente.
BVM

Sem fonte de
O₂ suplementar:
21% de O₂ ao paciente

Fluxo 15 l/min O₂
Suplementar
40% a 60% de O₂
Fluxo 15l/min O₂
Suplementar
90% a 100% ao paciente
BVM

VANTAGENS DESVANTAGENS
Oferecer mistura enriquecida Requerer prática para uso
com O₂ efetivo
Oferecer suporte ventilatório Fadiga do socorrista
imediato
Pode ser usado em paciente Distensão gástrica
com respiração espontânea ou
em apnéia
ALGO NÃO FICOU CLARO????

OBRIGADA PELA ATENÇÃO!

leda.sobral@uol.com.br

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