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Complemento ao bloco da exploração geral SUMÁRIO SEMIOLOGIA MÉDICA

I (20- Outubro -11)

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ABORDAGEM as alterações na coloração das MUCOSAS

• Mucosas ictéricas
• Mucosas congestivas /petequias – equimose
• Mucosas pálidas
• Mucosas cianóticas

ABORDAGEM as alterações da TEMPERATURA CORPORAL

• Hipertermia
o Hipertermia / Febre
o F.O.I
• Hipotermia

ABORDAGEM as LINFOADENOPATIAS

Funções dos linfonodos

Linfoadenopatia
• Tipos de linfoadenopatia
• Metodologia diagnóstica
• Descrição duma linfoadenopatia

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Alterações na cor das MUCOSAS: ictericia, congestão , palidez e cianose
É importante lembrar que o cor da pele e devido
principalmente a sangue do plexo subpapilar.

Mucosas de cor NORMAL (rosado)

MUCOSAS ICTÉRICAS: ICTERICIA


Síndrome caracterizado por hiperbilirrubinuria e depósito
de pigmentos biliares em tecidos ( incluyendo pele e
mucosas )
Ictericia: cor amarelo da pele e mucosas por acúmulo de
pigmentos biliares.

MUCOSAS CONGESTIVAS
Cor das mucosas mais vermelho do habitual por
acumulo excessivo ou anormal de sangue nos vaos
de uma determinada parte do corpo.
Petequias : máculas* pequenas com diâmetro muito inferior a

1 cm, devidas a hemorragia


MÁCULA: Mancha superficial circunscrita, com diâmetro inferior a
1 cm, caracterizada por alteração da cor da pele (aumento de
melanina, despigmentação, eritema, hemorragia)

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MUCOSAS PÁLIDAS
+O estudo pode ser completado pela leitura do cap. 24 do livro Diagnóstico médico de los pequeños animales.
(Michael D. Lorenz).
Sinal clínico muito comum
Alterações fisiológicas:
 Palidez visível nos cães nervosos – tímidos
 Animais com mucosas pálidas patológicas
parecem “normais” quando fazem
exercício ou estão excitados.

MUCOSAS PÁLIDAS Alterações patológicas:

 Por ANEMIA (diminuição da quantidade de hemoglobina)


- a medula não produz eritrócitos suficientes para as
necessidades do animal (verificar o índice de reticulocitos
IR)
- se destruem o perdem eritrócitos em excesso. (de
acontecer esta situação de modo súbito provoca
hipovolemia, taquicardia , taquicardia entre outros)

 Por MENOR IRRIGAÇÃO:


- Shock, desidratação, perda selectiva de proteínas (desce a pressão oncótica e verifica-se
estados de hipovolemia)
Animais nervosos tímidos

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MUCOSAS CIANÓTICAS
+O estudo pode ser completado pela leitura do cap. 25 do livro Diagnóstico médico de los pequeños
animales. (Michael D. Lorenz).

- Mucosa felina normal Mucosa felina levemente azulada (cianótica). Este gato tinha uma grave
- Os gatos em geral tem as mucosas mais pálidas do que os cães. insuficiência respiratória.

CIANOSE: cor azulado da pele e das mucosas.


CAUSAS DE CIANOSE
1.- Aumento da Hb reduzida.
1.a incremento da sangue venosa nos capilares do plexo subpapilar (dilatação venosa)
1.b sangue arterial que chega ao plexo está menos saturada de oxigeno do normal
(incremento da Hb reduzida)
2,.- Quando existem pequenas quantidades de Hb inactivada. (p.ex metahemoglobina ou
sulfahemoglobina . Aparecem nalguns defeitos hereditários e na intoxicação por determinados
fármacos)
É importante lembrar que o cor da pele e devido principalmente a sangue do plexo subpapilar.

CIANOSE – HIPOXIA

Cianose NÃO É SINÓNIMO DE HIPOXIA?


De facto para que verifiquemos cianose não é tão importante o porcentagem de Hb reduzida frente a
Hb oxidada como a quantidade absoluta de Hb reduzida. De este facto derivam achados tales como
animais fortemente anémicos (hipóxicos com certeza) que não apresentam cianose e animais
policitémicos (muitos GV e sem anoxia) que apresentam cianose.
Podemos ver estos achados na tabela a seguir ( a cifras são simuladas)
Quantidade de Hb reduzida necessária para aparecer CIANOSE = 5 (cifra simulada)
Animal NORMAL Animal ANEMICO An. POLICITÉMICO

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Hb TOTAL normal Muito baixa Muito alta

Quantidade
aproximada Hb 40 8 100
(simulada)
% Hb reduzida 50 % ( metade de 10% ( 90% da Hb
30% Hb não é funcional está funcional)
!!)
Valor absoluto de
12 4 10
Hb reduzida
HIPOXIA SIM muito GRAVE
SIM NÃO

CIANOSE NÃO ( Hb reduzida


SIM SIM
menor de 5)

Para o aparecimento de cianose o importante e a quantidade absoluta. Cianose não sempre se


acaompanha de hipoxia. Temos que conhcer os valores de Hb total antes de valorizar o aparecimento
de uma cianose.

As vezes necessitamos o valor de um modo rápido e não temos contadores. Podemos assumir até poder medir directmente a
Hb que, se não existem macrocitose nem microcitose e o animal encontra-se hidratado podemos deduzir que o valor da Hb é
aproximadamente um terço do valor do hematocrito ( Hto = 36% Hemoglobina total = 12)

CONGESTÃO passiva LOCAL e cianose (muito infrequente nos animais de companhia)

Se uma área do organismo apresenta uma congestão


passiva não existe aporte novo de sangue oxigenada, a
sangue circula mais lentamente e os tecidos continuam
a extrair oxigeno da sangue “parada” . Se incrementa
assim a Hb reduzida nessa área. Nesse lugar existe
cianose e no entanto no resto do organismo não..

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CLASSIFICAÇÃO DA CIANOSE: Periférica / central

I:- CIANOSE PERIFÉRICA


Quanto a sangue circula com maior lentidão perde muito mais oxigeno da Hb do habitual
e aparece maior quantidade de Hb reduzida (extracção aumentada do oxigeno da Hb por parte
dos tecidos).
De esto facto também podemos deduzir a causa de que existam animais normais ( não
cianóticos) que unicamente quando fazem exercício (maior demanda de oxigeno pôr parte dos
tecidos) se tornam cianóticos..
TIPOS DE CIANOSE PERIFÉRICA.
Aparece nos lugares periféricos do animal (dedos, leito ungueal, nariz, orelhas,..)
• Menor quantidade de sangue circulando na periferia ( queda da pressão)
• Frio nas extremidades e nas partes distais
• Trombose e tromboflevite
• Baixo gasto cardiaco

II.- CIANOSE CENTRAL


Quando desde o origem a sangue venosa não se satura
de oxigeno.
Disfunção cardiorespiratória
• não existe uma irrigação pulmonar adequada
não existe um bom intercâmbio /ventilação alvéolar.

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ABORDAGEM AO ESTUDO DAS ALTERAÇÕES DA TEMPERATURA

As temperaturas normais variam muito consoante os autores consultados. Podemos dizer que no cão
a temperatura normal é de 38.9º e no gato um pouco menor 38,6º aceitando-se variações de ± 0,5 º
nas temperaturas rectais.

HIPERTERMIA
Elevação da temperatura corporal.
• O mais comum é que seja por stress hospitalar ou ansiedade (nestes casos pode ir até
39,4ºC)
• Hipertermia alem dos 40ºC quase sempre são importantes e devem ser tratadas com
celeridade ( a causa mais importante no nosso pais são os cães que ficam no carro ao
sol durante períodos prolongados no verão)
• Hipertermia alem do 41,7º C podem ser muito graves. Devemos considerar as causas
de hipertermia primária

FEBRE - HIPERTERMIA
Febre é distinto de hipertermia

HIPERTERMIA FEBRE
A elevação da temperatura é consequência A elevação da temperatura é consequência de um
de dois possíveis factores: desajuste do “termostato” hipotalámico
-Temperaturas externas altas (calor)
-Génese interna (exercício p.ex)
A capacidade de controlo da temperatura O termostato está desajustado. Considera a
vê-se ultrapassada. O termostato funciona temperatura de “normalidade” maior da habitual e age
mas não consegue manter a temperatura a en consequencia. O proprio termostato dirige o
baixo dos níveis normais. aumento da temperatura.
Alem disto os agentes que causam a febre têm outros
efeitos colaterais.
Na grande maioria dos processos a febre tem uma acção benéfica já que ajuda a eliminar os agentes
causais. Consideramos que os benefícios da febre estão presentes até 41 º, mais desta temperatura
pode levar a graves problemas no SNC e no metabolismo geral.

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FEBRE NA EXPLORAÇÃO GERAL:

Cardiovascular TAQUICARDIA: aumento do gasto cardiaco ( 10-15


bpm / ºC a mais) -grande necessidade de nutrir os
tecidos-
Renal Possível desidratação e como resposta OLIGURIA

SNC CONVULSÕES

Metabolismo Aumento do 15% da taxa metabólica /ºC


Aumento do catabolismo proteico e do
metabolismo geral (altera condição corporal)
Respiratório Ao incrementar a temperatura da sangue se
estimula o centro respiratório e provoca
TAQUIPNEIA (agrava desidratação) que pode levar
a uma alcalose respiratória.
Mucosas Se a desidratação aumenta pode haver
vasoconstrição periférica e mucosas pálidas com
TCR aumentados

DADOS E SINAIS DURANTE O EXAME GERAL


Hipertermia, letargia, inapetencia, taquicardia, taquipneia, desidratação e podem aparecer
convulsões.

FEBRE DE ORIGEM DESCONHECIDO ( F.O.I)


Febre que não responde a tratamento antibiótico bactericida e para a qual o diagnóstico não é obvio após a
obtenção de uma base de mínima de datos (hemograma, perfil bioquímico extenso e urianálise). Para ser
considerado um caso de FOI o animal deve apresentar uma temperatura mínima de 39,7ºC durante ao menos 4
dias num periodo de 14 dias sem uma etiologia aparente.
O diagnóstico e tratamento é caro pelas provas complementares solicitadas, demora muito tempo e algumas
vezes frustrante já que num 10-15 % dos casos não é possível determinar a causa..

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HIPOTERMIA
Estado no qual a temperatura do animal encontra-se pôr baixo da temperatura normal dessa espécie.

Fundamentos FISIOPATOLÓGICOS.
O organismo normalmente pelo seu próprio metabolismo gera calor suficiente para manter a
temperatura corporal num intervalo definido. Este calor as vezes é perdido com maior celeridade do
habitual e o organismo desencadeia mecanismos para conservar este calor corporal (vasocontrição
periférica, piloereção para que a capa de ar retida entre os pelos seja mais aislantem,..) o para gerar
calor adicionalmente ( incrementa o gasto cardíaco, a taxa metabólica treme para produzir calor).
O animal entra em HIPOTERMIA quando estos mecanismos de compensação se vem desbordados ou
anulados (farmacológicamente)
CAUSAS /PREDISPOSIÇÃO PARA HIPOTERMIA:
• Frio intenso
• Animais anestesiados (mecanismo de termorregulação deprimido)
• Animais hipotiroideos
• Animais neonatos
• Animais geriátricos

Tipos de hipotermia:

Leve: 32- 35 ºC Moderada: 28º – 32º C Severa < 28ºC

Depressão mental Depressão mental – estupor Coma - midriase


Debilidade Bradicardia – hipotensão Não ouvimos latidos cardíacos
Treme Bradipneia / respir. superficial Dispneia severa

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ABORDAGEM as LINFOADENOPATIAS
LINFONODOS
• Producción linfocitos
• Filtración de material particulado
• Hematopoyesis extramedular (raramente)

LINFOADENOPATIA
Def: aumento del volumen de un linfonodo

TIPOS DE LINFOADENOPATIA:
• Solitaria o aislada
• Regional: describe el aumento de una cadena completa que drena un área anatómica específica
• Generalizada (aumento de los linfonodos que drenan más de un área anatómica)
OUTRA CLASIFICACIÓN
• Linfoadenopatias superficiales
• Linfoadenopatias viscerales


¿Porqué aumenta el volumen? 2 MOTIVOS


1.- PROLIFERACIÓN DE CÉLULAS NORMALES (hiperplasia/ o inflamación)
En respuesta a un estímulo antigénico “linfoadenopatia reactiva”
• Linfoadenopatía reactiva simple (linfocitos)
• Linfoadenopatia reactiva policlonal (linfocitos)
• Linfoadenitis (proliferación de células inflamatorias - TODAS MENOS LINFOCITOS- junto
a procesos degenerativos de las células)
1. linfoadenitis eosinofílica
2. linfoadenitis granulomatosa (macrófagos)
3. linfoadenitis supurativa (neutrófilos)
4. linfoadenitis piogranulomatosa (macrófagos y neutrófilos)

2.- INFILTRACIÓN DE CÉLULAS


Normalmente neoplasias (primarias /secundarias)

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METODOLOGÍA DIAGNÓSTICA
• palpação
• punção (CAAF)
• biopsia

DESCRIPCIÓN PORMENORIZADA
• LOCALIZACIÓN
Linfoadenopatia solitaria /regional
Lo más común son porcesos inflamatorios /infecciosos
Lo menos común son metástasis.
Linfoadenopatia generalizada
Infección fúngica /rickettsias
Neoplasias
• CONSISTENCIA
• SENSIBILIDAD
Procesos inflamatorios a veces
• MOVILIDAD
Adherencias fuertes “LINFOADENOPATIAS FIJAS” devido a invasión extracapsular (p.ej linfoma ou
granunloma fúngico )
• FORMA
• TEMPERATURA:
Procesos inflamatorios a veces
• DELIMITACIÓN
• TAMAÑO
Aumento moderado (2 X4 ) linfoadenopatia reactiva
Aumento severo ( X5 o X 10) linfoadenopatia “MACIZA”
SIN sinais de inflamación (LINFOMA)
COM sinais de inflamación ( ABSCESO)

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