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A TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS NO BRASIL.

THE HISTORICAL TRAJECTORY OF YOUTH AND ADULT


EDUCATION IN BRAZIL.

Neide Amaral Santos


Neideamaralsantos79@gmail.com
Rosely Gonçalves dos Santos
016rosely@gmail.com

RESUMO

A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino destinada a jovens e


adultos que não puderam estudar na idade adequada. No Brasil, essa modalidade de
educação, remota ao período colonial, com a chegada dos jesuítas da Companhia de
Jesus, fundada por Inácio de Loyola e liderados na época, pelo padre Manuel de
Nóbrega, em 1549, em solo brasileiro. O modelo implantado pelos jesuítas, combinava
a catequese e o ensinar a “ler e a escrever”, a alfabetização, sendo que a catequese,
tinha como público alvo, os indígenas, e a alfabetização, era privilégio para os filhos
da elite da época. (ALMEIDA, 2014, p.5) Mas na década de 30, a educação de jovens
e adultos, começa a se destacar no cenário nacional, pois inicia uma época de
transformações sociais e econômicas, advindas do processo de industrialização e
modernização, frente a isso, torna-se necessário, o aumento de mão de obra
qualificada para atender a demanda das indústrias que se instalaram no país. Sendo
assim, o governo criou na época, o Plano Nacional de Educação, tendo em vista, um
ensino primário integral, gratuito, de frequência obrigatória e extensiva para adultos
como direito constitucional, estabelecido pela Constituição de 1934. (BRASIL,1934)
(FRIEDRICH et.al, 2010 apud MIRANDA; SOUZA; PEREIRA, 2016, p.1-2) No entanto,
somente a partir da Constituição Federal de 1988, que o direito do jovem e adulto
trabalhador ao ensino básico e gratuita, foi oficializado. Assim, o presente estudo tem
por objetivo apontar a trajetória histórica da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no
Brasil. A metodologia de pesquisa utilizada foi a bibliográfica, fundamentado por
autores com pesquisas relevantes sobre educação de jovens e adultos. Autores
como: Gomes (1995),Hilsdorf (2011), Soares (2006), e outros de importantes
contribuições. Portanto, a trajetória da educação de jovens e adultos no Brasil é
recente, mas recebe respaldo legal de vários documentos, que afirmam ser direito e
garantido por lei a educação de jovens e adultos, assim, é dever do poder público
oportunizar a escolarização aos que não tiveram acesso à educação na idade correta”
(BRASIL, 1996).

Palavras-Chave: Educação de Jovens e Adultos. Supletivo. Escola.


ABSTRACT

adults who were unable to study at the appropriate age. In Brazil, this type of education, remote to the
colonial period, with the arrival of the Jesuits of the Companhia de Jesus, founded by Inácio de Loyola
and led at the time, by Father Manuel de Nóbrega, in 1549, on Brazilian soil. The model implanted by
the Jesuits, combined catechesis and teaching how to "read and write", literacy, with catechesis
targeting indigenous people and literacy, which was a privilege for the elite children of the time.
(ALMEIDA, 2014, p.5) But in the 1930s, the education of young people and adults began to stand out
on the national scene, as it began a time of social and economic transformations, arising from the
process of industrialization and modernization, facing this, it becomes necessary, the increase of
qualified labor to meet the demand of the industries that installed themselves in the country. Thus, the
government created at the time, the National Education Plan, with a view to a full, free primary education,
with mandatory and extensive attendance for adults as a constitutional right, established by the
Constitution of 1934. (BRASIL, 1934) (FRIEDRICH et.al, 2010 apud MIRANDA; SOUZA; PEREIRA,
2016, p.1-2) However, only after the Federal Constitution of 1988, a document that served as a basis
for other documents, among them, the Law of Guidelines and Bases National Education No. 9394 of
December 20, 1996, which reaffirmed the right of young and adult workers to basic and free education.
Thus, the present study aims to point out the historical trajectory of Youth and Adult Education (EJA) in
Brazil. The research methodology used was bibliographic, supported by authors with relevant research
on youth and adult education. Authors such as: Gomes (1995), Hilsdorf (2011), Soares (2006), and
others with important contributions. Therefore, the trajectory of youth and adult education in Brazil is
recent, but it receives legal support from several documents, which affirm that the education of youth
and adults is right and guaranteed by law, so it is the duty of the public power to provide schooling to
those who did not have access to education at the right age ”(BRASIL, 1996).

Keywords: Youth and Adult Education. Supplementary. School.


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1.INTRODUÇÃO

A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade de ensino destinada a


jovens e adultos que não puderam estudar na idade adequada. No Brasil, essa
modalidade de educação remota ao período colonial, com a chegada dos jesuítas da
Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loyola e liderados na época, pelo padre
Manuel de Nóbrega, em 1549, em solo brasileiro. O modelo implantado pelos jesuítas,
combinava a catequese e o ensinar a “ler e a escrever”, a alfabetização, sendo que a
catequese, tinha como público alvo, os indígenas, e a alfabetização, era privilégio para
os filhos da elite da época. (ALMEIDA, 2014, p.5)
Mas em 1759, com a expulsão dos jesuítas, teve início, as reformas
educacionais do Marquês de Pombal, intituladas de “Reforma Pombalina”, sendo por
meio dela, implantado um novo sistema de ensino, bem como uma grade curricular
diferente da proposta pelos jesuítas, por outro lado, a reforma não privilegiava jovens
e adultos pobres. (HILSDORF, 2011, p. 17, grifo apud MOREIRA,2010, p.18)
Mas na década de 30, a educação de jovens e adultos, começa a se destacar
no cenário nacional, pois inicia uma época de transformações sociais e econômicas,
advindas do processo de industrialização e modernização, frente a isso, torna-se
necessário, o aumento de mão de obra qualificada para atender a demanda das
indústrias que se instalaram no país. Sendo assim, o governo criou na época, o Plano
Nacional de Educação, tendo em vista, um ensino primário integral, gratuito, de
frequência obrigatória e extensiva para adultos como direito constitucional,
estabelecido pela Constituição de 1934. (BRASIL,1934) (FRIEDRICH et.al, 2010 apud
MIRANDA; SOUZA; PEREIRA, 2016, p.1-2)
No entanto, somente a partir da Constituição Federal de 1988, documento que
serviu de base para outros documentos, dentre esses, a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional de nº 9394 de 20 de dezembro de 1996, que reafirmou o direito
dos jovens e adultos trabalhadores ao ensino básico e gratuita. (BRASIL, 1996) A
partir da Lei e Diretrizes e Bases da Educação Nacional de nº 9394/96, o antigo ensino
supletivo passou a se chamar Educação de Jovens e Adultos – EJA e ter a finalidade
de preparar o jovem e o adulto para o mercado de trabalho, por meio de um ensino
com metodologia adequada e específica para esse público, “garantindo-se aos que
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forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola”. (BRASIL,


1996)
Diante disso, o presente estudo buscou reunir informações com o propósito de
responder ao seguinte problema de pesquisa: Qual a trajetória histórica da Educação
de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil? Assim, o presente estudo tem por objetivo
apontar a trajetória histórica da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil. A
metodologia de pesquisa utilizada foi a bibliográfica, fundamentado por autores com
pesquisas relevantes sobre educação de jovens e adultos. Autores como: Gomes
(1995),Hilsdorf (2011), Soares (2006), e outros de importantes contribuições. O estudo
está dividido em dois capítulos a saber: No primeiro capítulo, é abordada uma breve
história da educação de jovens e adultos no Brasil. No segundo capítulo, refere-se
aos principais documentos legais que fundamentam a educação de jovens e adultos.

1.1 Objetivos
1.11 Objetivo geral
• Apontar a trajetória histórica da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil.

1.1.2 Objetivos específicos da pesquisa


• Conhecer como começou a educação de jovens e adultos no Brasil;
• Identificar os principais documentos legais que fundamentam a Educação de
Jovens e Adultos (EJA) no Brasil.
• Analisar as contribuições da Educação de Jovens e Adultos (EJA) para jovens
e adultos.
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2. PERCURSO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO BRASIL

As Políticas Públicas educacionais, fazem parte do grupo de políticas


públicas sociais, em prol de uma educação de qualidade para todos, constituem um
elemento de normatização do Estado, guiado pela sociedade civil, que visa garantir o
direito universal à educação de qualidade e o pleno desenvolvimento do educando. (
UNYLEYA, 2019)
Logo, as Políticas Públicas que norteiam as ações para fins sociais, podem ser
definidas da seguinte maneira:

[...] são diretrizes, princípios norteadores de ação do poder público; regras e


procedimentos para as relações entre poder público e sociedade, mediações
entre atores da sociedade e do Estado. São, nesse caso, políticas
explicitadas, sistematizadas ou formuladas em documentos (leis, programas,
linhas de financiamentos) que orientam ações que normalmente envolvem
aplicações de recursos públicos. (TEIXERA, 2002, p.2 )

Dessa maneira, as Políticas públicas voltadas para a educação, são as


principais responsáveis pelas ações, que visam maiores oportunidades educacionais
para todos os níveis de ensino, pois, seu objetivo principal, é atender uma determinada
demanda da sociedade. No que se refere a Educação de jovens e adultos no país,
seu início foi marcado pela falta de inciativas por parte do poder público, para os
menos favorecidos.
A história da Educação de Jovens e Adultos, inicia-se com a chegada dos
jesuítas da Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loyola e liderados na época,
pelo padre Manuel de Nóbrega, em 1549, em solo brasileiro. O modelo implantado
pelos jesuítas, combinava a catequese e o ensinar a “ler e a escrever”, a alfabetização,
sendo que a catequese, tinha como público alvo, os indígenas, e a alfabetização, era
privilégio para os filhos da elite da época. (ALMEIDA, 2014, p.5)

[...] Além de difundir o evangelho, tais educadores transmitiam normas de


comportamento e ensinavam os ofícios necessários ao funcionamento da
economia colonial, inicialmente aos indígenas e, posteriormente, aos
escravos negros. Mais tarde, se encarregaram das escolas de humanidades
para os colonizadores e seus filhos. (HADDAD & DI PIERRO, 2000, p.109 )

Mas em 1759, com a expulsão dos jesuítas, teve início, as reformas


educacionais do Marquês de Pombal, intituladas de “Reforma Pombalina”, sendo por
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meio dela, implantado um novo sistema de ensino, bem como uma grade curricular
diferente da proposta pelos jesuítas, por outro lado, a reforma não privilegiava jovens
e adultos pobres. (HILSDORF, 2011, p. 17, grifo apud MOREIRA,2010, p.18)

[...]Com a expulsão dos jesuítas de Portugal e das colônias em 1759, pelo


marquês de pombal toda a estrutura organizacional da educação passou por
transformações. A uniformidade da ação pedagógica, a perfeita transição de
um nível escolar para outro e a graduação foram substituídas pela
diversidade das disciplinas isoladas. Assim podemos dizer que a escola
pública no Brasil teve início com pombal os adultos das classes menos
abastadas que tinha intenção de estudar não encontravam espaço na reforma
Pombalina, mesmo porque a educação elementar era privilégio de poucos e
essa reforma objetivou atender prioritariamente ao ensino superior. (MOURA,
apud SANTANA , p.3)

Mas na década de 30, a educação de jovens e adultos, começa a se destacar


no cenário nacional, pois inicia uma época de transformações sociais e econômicas,
advindas do processo de industrialização e modernização, frente a isso, torna-se
necessário, o aumento de mão de obra qualificada, para atender a demanda das
indústrias que se instalaram no país. Sendo assim, o governo criou na época, o Plano
Nacional de Educação, um ensino primário integral, gratuito, de frequência obrigatória
e extensiva para adultos não alfabetizados. (FRIEDRICH et.al, 2010 apud MIRANDA;
SOUZA; PEREIRA, 2016, p.1-2)
Sobre a década de 30, e as mudanças que aconteceram no cenário nacional,
a nível econômico e social, foram fundamentais para impulsionar a educação do
público jovem e adulto.

“(...) A educação básica de adultos começou a delimitar seu lugar na história


da educação no Brasil a partir da década de 30, quando finalmente começa
a se consolidar um sistema público de educação elementar no país. Neste
período, a sociedade brasileira passava por grandes transformações,
associadas ao processo de industrialização e concentração populacional em
centros urbanos. A oferta de ensino básico gratuito estendia-se
consideravelmente, acolhendo setores sociais cada vez mais diversos. Tal
movimento incluiu também esforços articulados nacionalmente de extensão
do ensino elementar aos adultos, especialmente nos anos 40. (BRASIL, 1997
apud MENDES; CAMPOS,2005, p.2)

A primeira iniciativa, por parte do governo federal em parceria com o Ministério


da Educação e Saúde, ocorreu em 1947, com a primeira Campanha Nacional de
Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA), para a alfabetização do público jovem
e adulto das cidades e do campo, durante um período de três meses. (ALMEIDA;
CORSO, 2015)
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A Campanha Nacional de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA), tinha


o objetivo de oferecer instrução para os jovens e adultos, para que os mesmos
pudessem se desenvolver nos aspectos sociais e econômicos.

A campanha significava o combate ao marginalismo, conforme o


pronunciamento de Lourenço Filho: devemos educar os adultos, antes de
tudo, para que esse marginalismo desapareça, e o país possa ser mais coeso
e mais solidário; devemos educá-los para que cada homem ou mulher melhor
possa ajustar-se à vida social e às preocupações de bem-estar e progresso
social. E devemos educá-los porque essa é a obra de defesa nacional, porque
concorrerá para que todos melhor saibam defender a saúde, trabalhar mais
eficientemente, viver melhor em seu próprio lar e na sociedade em geral.
(PAIVA,1987, p. 179 apud RODRIGUES, 20111)

As companhas nacionais, também tinham um importante papel social,


enquanto instrumento político, pois o analfabetismo entre educação de jovens e
adultos, passa ser considerado uma consequência da sociedade desigual e com
poucas iniciativas do poder público. (HADDAD; PIERRO, 2000)

“(...)À medida que a tradicional relevância do exercício do direito de todo


cidadão de ter acesso aos conhecimentos universais uniu-se à ação
conscientizadora e organizativa de grupos e atores sociais, a educação de
adultos passou a ser reconhecida também como um poderoso instrumento
de ação política. Finalmente foi lhe atribuída uma forte missão de resgate e
valorização do saber popular, tornando a educação de adultos o motor de um
movimento amplo de valorização da cultura popular. (HADDAD; PIERRO,
2000, p. 6)

Durante o regime militar (1964 a 1985), surgem as primeiras propostas


pedagógicas de alfabetização do educador Paulo Freire, considerado um marco
histórico da educação de jovens e adultos. A finalidade do Movimento Brasileiro de
Alfabetização – MOBRAL, era erradicar o analfabetismo no país em um período não
superior a dez anos. (BELUZO; TONIOSSO, 2015)
Sobre a importância do projeto Mobral:

O projeto MOBRAL permite compreender bem esta fase ditatorial por que
passou o país. A proposta de educação era toda baseada aos interesses
políticos vigentes na época. Por ter de repassar o sentimento de bom
comportamento para o povo e justificar os atos da ditadura, esta instituição
estendeu seus braços a uma boa parte das populações carentes, através de
seus diversos Programas. (BELLO,1993 apud SILVA; ARAUJO 2016 p.3)
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No entanto, em 1985, o projeto foi extinto devido ao fracasso do mesmo, que


teve como um dos principais fatores responsáveis, o despreparo por parte dos
educadores do projeto.

“(...)Uma das causas do fracasso do MOBRAL no seu trabalho de


alfabetização do jovem e do adulto brasileiros está relacionada aos recursos
humanos: o despreparo dos monitores a quem era entregue a tarefa de
alfabetizar. Tratava - se de pessoas não capacitadas para o trabalho em
educação, que recebiam um “cursinho” de treinamento de como aplicar o
material didático fornecido pelo MOBRAL e ensinavam apenas a mecânica
da escrita e da leitura, portanto, não alfabetizaram(...)”. (SAUNER, 2002, p.59
apud CUNHA; VELÀSQUEZ ; CARRÉ; CUNHA, 2020,p.12)

Na década de 1970, destaca-se no país, o ensino supletivo, uma campanha de


alfabetização e educação continuada para jovens adultos, que não tiveram a
oportunidade de serem alfabetizados na idade certa. A campanha funcionava em
Centros de Estudos Supletivos - CES, respaldada pela lei federal nº 5692/71, que
reformulou as diretrizes de ensino fundamental e médio do país.
Os objetivos para o supletivo era os seguintes a saber:

24. O ensino supletivo terá por finalidade:


a) suprir a escolarização regular para os adolescentes e adultos que não a
tenham seguido ou concluído na idade própria;
b) proporcionar, mediante repetida volta à escola, estudos de
aperfeiçoamento ou atualização para os que tenham seguido o ensino regular
no todo ou em parte.
Parágrafo único. O ensino supletivo abrangerá cursos e exames a serem
organizados nos vários sistemas de acordo com as normas baixadas pelos
respectivos Conselhos de Educação.
Art. 25. O ensino supletivo abrangerá, conforme as necessidades a atender,
desde a iniciação no ensino de ler, escrever e contar e a formação profissional
definida em lei específica até o estudo intensivo de disciplinas do ensino
regular e a atualização de conhecimentos. (BRASIL,1971)

Nos anos 80, o Ministério da Educação e Cultura -MEC, cria a Fundação


Nacional para Educação de Jovens e Adultos (Fundação Educar), através do decreto
nº 97.219/88, ofertava apoio técnico e financeiro às iniciativas de alfabetização
existentes (VIEIRA, 2004 apud MIRANDA; SOUZA; PEREIRA, 2016,p.3) A fundação
tinha como objetivo, erradicar o analfabetismo muito presente nesse público, tendo
um modelo administrativo semelhante ao extinto MOBRAL.( PEREIRA, p.7)
No ano de 2003, o Governo Federal, criou o Programa Brasil Alfabetizado –
PBA, um programa suplementar, que tem como características, a adesão voluntária
ao mesmo. O objetivo do PBA, era a erradicação do analfabetismo através
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universalização do Ensino Fundamental e alcançar alunos de 15 anos ou mais. (MEC,


2001, p. 01)
Sobre os objetivos do Programa Brasil Alfabetizado – PBA:

Art. 1o O Programa Brasil Alfabetizado tem por objetivo a universalização da


alfabetização de jovens e adultos de quinze anos ou mais.
Art. 2o O Programa atenderá, prioritariamente, os Estados e Municípios com
maiores índices de analfabetismo, considerando o Censo Demográfico de
2000, da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
Art. 3o A atuação da União para o cumprimento do objetivo do art. 1o fará-
se-á por meio de ações de assistência técnica e financeira, na forma deste
Decreto.
§ 1o A atuação da União dar-se-á prioritariamente na forma de apoio aos
Estados, Distrito Federal e Municípios, que venham a aderir ao Programa, em
regime de colaboração, observando-se as seguintes diretrizes:
I - a base territorial para a execução das ações do Programa é o Município;
II - os alfabetizadores deverão ser majoritariamente professores da rede
pública da educação básica;
III - a formação dos alfabetizadores, o monitoramento da execução e a
avaliação do Programa, bem como a assistência técnica para a elaboração
do Plano Plurianual de Alfabetização referido no art. 4o, poderão ser
realizados pelo sistema público de educação básica ou por entidades
públicas ou privadas sem fins lucrativos, incluídas instituições de educação
superior, nos termos deste Decreto;(...) “ (BRASIL,2007)

No ano 2006, foi criado o Programa de Integração da Educação Profissional ao


Ensino Médio na Modalidade Jovens e Adultos, um programa educacional brasileiro,
com o intuito de integrar o profissional, à educação básica na modalidade de
Educação de Jovens e adultos. Mas em de 13 de julho de 2016, por meio do Decreto
nº 5.840, o programa é ampliado e recebe outra nomenclatura, a saber, PROEJA
,conforme texto do próprio decreto.

Art. 1o Fica instituído, no âmbito federal, o Programa Nacional de Integração


da Educação Profissional à Educação Básica na Modalidade de Educação de
Jovens e Adultos - PROEJA, conforme as diretrizes estabelecidas neste
Decreto.
§ 1o O PROEJA abrangerá os seguintes cursos e programas de educação
profissional: I - formação inicial e continuada de trabalhadores; e II - educação
profissional técnica de nível médio.(BRASIL,2916)

Já em 2007 o Ministério da Educação (MEC) aprova a criação do Fundo de


Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), em que todas as modalidades de
ensino, passaram a fazer parte dos recursos financeiros destinados à educação. É
importante salientar, que o jovem ou adulto analfabeto ou em processo de
alfabetização é antes de tudo um ser “atuante” no seu meio social e ao se reinserir na
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escola, quer ter uma melhora na qualidade de vida, conforme afirma Lemos (1999
apud):

Os adolescentes e adultos procuram a escola, inicialmente, motivados pela


expectativa de conseguir um emprego melhor, ou então são levados pelo
desejo de elevação da autoestima, da independência e da melhoria de sua
vida pessoal, como por exemplo, dar bons exemplos aos filhos, ajuda-los em
suas tarefas escolares. Em síntese, pode-se inferir que o maior motivo da
procura da escola é a necessidade de fixação de sua identidade como ser
humano e ser social. (LEMOS, 1999, p. 25 apud SILVA; ARAUJO, 2016)

Dessa maneira, a função social da escola é disponibilizar metodologia de


ensino adequada as necessidades e limitações específicas desse público, tornando a
educação algo acessível e possível de acontecer, independentemente da idade, pois
são pessoas que não tiveram infância, ou tiveram uma infância frustrada, têm
vergonha de si mesmos, e possuem complexo de inferioridade diante da sociedade
que os oprime e os discrimina. (FREIRE, 1987).
Portanto, conforme as pesquisas realizadas no decorrer do projeto, percebe-se
que a escolha do tema é atual e de grande importância para a atualidade, pois a
realidade brasileira, quanto ao analfabetismo entre jovens e adultos é latente. Sendo
assim, todos os programas mencionados no decorre do estudo, procuraram suprir a
lacuna educacional existente entre o público jovem e adulto, proporcionando para os
mesmos, a oportunidade de frequentarem uma escola e serem alfabetizados, pois os
” jovens e adultos trabalhadores lutam para superar suas condições precárias de vida
(moradia, saúde, alimentação, transporte, emprego, etc.) que estão na raiz do
problema do analfabetismo(...) ” (GADOTTI, 2006, p.31 apud PEDROSO, 2010, p.03
apud CORDEIRO;OLIVEIRA, 2014)
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3 PRINCIPAIS DOCUMENTOS LEGAIS QUE FUNDAMENTAM A EDUCAÇÃO DE


JOVENS E ADULTOS

Com a promulgação da Constituição de 1988, o ensino passou a ser um direito


de todo cidadão brasileiro e dever do estado, providenciar meios para sua efetivação,
assim, a educação de jovens e adultos, passou a ser obrigatório, “promover o bem
de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras
formas de discriminação”, “a educação como um direito de todos, garantindo o
desenvolvimento, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho” e ainda,
no seus artigos 205 e 206, estabelece: (BRASIL, 1988)

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será


promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte
e o saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de
instituições públicas e privadas de ensino;
IV - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; (BRASIL,
1988)

No entanto, no início da década 90, aconteceu a Conferência Mundial sobre


Educação para Todos, em Jontiem, Tailândia, através da Organização das Nações
Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), que organizou o evento ao nível
mundial, para estabelecer alguns compromissos educacionais, dentre estes, a
irradicação do analfabetismo .
Através da Conferência Mundial sobre Educação para Todos, foi elaborado o
documento com as metas previstas para o ensino de jovens e adultos, sendo:

Redução da taxa de analfabetismo adulto à metade, digamos, do nível


registrado em 1990, já no ano 2000 (a faixa etária adequada deve ser
determinada em cada país). Ênfase especial deve ser conferida à
alfabetização da mulher, de modo a reduzir significativamente a desigualdade
existente entre os índices de alfabetização dos homens e mulheres
(UNESCO, 1990).

Melhoria dos resultados de aprendizagem, de modo que a percentagem


convencionada de uma amostra de idade determinada (por exemplo, 80% da
faixa etária de 14 anos), alcance ou ultrapasse o padrão desejável de
aquisição de conhecimentos previamente definido (UNESCO, 1990).
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Segundo a Declaração Mundial sobre Educação para Todos, a acessibilidade


a educação de maneira universal e sem qualquer forma de discriminação, também foi
um compromisso estabelecido por esse documento.

Um compromisso efetivo para superar as disparidades educacionais deve ser


assumido. Os grupos excluídos - os pobres; os meninos e meninas de rua ou
trabalhadores; as populações das periferias urbanas e zonas rurais; os
nômades e os trabalhadores migrantes; os povos indígenas; as minorias
étnicas, raciais e linguísticas; os refugiados; os deslocados pela guerra; e os
povos submetidos a um regime de ocupação - não devem sofrer qualquer tipo
de discriminação no acesso às oportunidades educacionais (UNESCO,
1990).

Corroborando com a proposta de inclusão social de jovens e adultos no


contexto escolar, conforme proposta da Declaração Mundial sobre Educação para
Todos, o Plano Nacional de Educação (PNE), criado pela Constituição Federal de
1988, foi um compromisso assumido para a erradicação do analfabetismo.
Sendo assim,

A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração plurianual,


visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos
níveis e à integração das ações do poder público que conduzam à:
I – erradicação do analfabetismo,
II – Universalização do atendimento escolar (BRASIL, 1988).

E ainda,

1. Estabelecer, a partir da aprovação do PNE, programas visando a


alfabetizar 10 milhões de jovens e adultos, em cinco anos e, até o final da
década, erradicar o analfabetismo. 2. Assegurar, em cinco anos, a oferta de
educação de jovens e adultos equivalente às quatro séries iniciais do ensino
fundamental para 50% da população de 15 anos e mais que não tenha
atingido este nível de escolaridade. 3. Assegurar, até o final da década, a
oferta de cursos equivalentes às quatro séries finais do ensino fundamental
para toda a população de 15 anos e mais que concluiu as quatro séries iniciais
(BRASIL, 2001).

Nesse sentido, tendo em vista o fim do analfabetismo ao nível mundial, em


1997, aconteceu a V Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V
CONFINTEA), em Hamburgo, na Alemanha, que também elaborou a Declaração de
Hamburgo, documento esse, que reafirmaram as propostas da Declaração Mundial
sobre Educação para Todos.
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Educação básica para todos significa dar às pessoas, independentemente da


idade, a oportunidade de desenvolver seu potencial, coletiva ou
individualmente. Não é apenas um direito, mas também um dever e uma
responsabilidade para com os outros e com toda a sociedade. É fundamental
que o reconhecimento do direito à educação continuada durante a vida seja
acompanhado de medidas que garantam as condições necessárias para o
exercício desse direito.(MEC, 2007)

Sendo importante ressaltar, que a proposta de educação para todos, tem


também por objetivo, alcançar os jovens e adultos do sistema prisional, visto à oferta
educacional nesse sistema, faz parte das propostas de alfabetização ao nível
mundial estabelecida na V Conferência Internacional da UNESCO em Educação de
Adultos (CONFINTEA). Sendo assim, a educação gratuita e de qualidade, deve
alcançar “ prisões, amplos programas de ensino, com a participação dos detentos, a
fim de responder às suas necessidades e aspirações em matéria de educação”.
(UNESCO, 1997).
Percebe-se, que a Constituição Federal de 1988, serviu de referência para a
elaboração de outros documentos importantes, para a oficialização da educação de
jovens e adultos. Assim, reafirmando o texto constitucional de educação para todos,
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de nº 9394 de 20 de dezembro de
1996, estabeleceu o direito ao ensino básico e gratuito para esse público. (BRASIL,
1996)

Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não
tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio
na idade própria.
§ 1º. Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos
adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades
educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus
interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.
§ 2º. O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do
trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre
si.
§ 3o A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente,
com a educação profissional, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei N.
11.741, de 2008)
Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que
compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao
prosseguimento de estudos em caráter regular. (BRASIL,1996)

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de nº 9394 /1996, mudou a


nomenclatura do Ensino Supletivo, que passou se chamar “Educação de Jovens e
14

Adultos – EJA”, e ter a finalidade de preparar e inserir ou reinserir o jovem ou adulto


no mercado de trabalho, mas por meio de uma ensino que considerasse “as
características e modalidades adequadas às necessidades e disponibilidades dos
mesmos, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e
permanência na escola”. (BRASIL, 1996)
Logo, a educação de Jovens e adultos – EJA, passou a ser conceituada da
seguinte maneira a saber:

“(...)A educação de jovens e adultos, EJA, é uma modalidade do ensino


fundamental e do ensino médio, que possibilita a oportunidade para muitas
pessoas que não tiveram acesso ao conhecimento científico em idade própria
dando oportunidade para jovens e adultos iniciar e /ou dar continuidade aos
seus estudos, é portanto uma modalidade de ensino que visa garantir um
direito aqueles que foram excluídos dos bancos escolares ou que não tiveram
oportunidade de acessá-los .(... )” (NASCIMENTO, 2013, p.14)

De acordo com Soares (2002, p. 12 apud VASQUES; ANJOS; SOUZA, 2019)


a mudança do termo “Ensino Supletivo” para “EJA”, significou muito mais que uma
mudança de termos, mas a ampliação de possibilidades para o jovem o adulto a partir
da educação.

“A mudança de “ensino supletivo” para “Educação de Jovens e Adultos” não


é mera atualização vocabular. Houve um alargamento do conceito ao mudar
a expressão de ensino para educação. Enquanto o termo “ensino” se
restringe à mera instrução, o termo “educação” é muito mais amplo,
compreendendo os diversos processos de formação”. (SOARES ,2002, p. 12
apud VASQUES; ANJOS; SOUZA, 2019)

Sobre as mudanças propostas pela nova Lei de Diretrizes e Bases da


Educação Nacional de nº 9394/1996, em relação ao supletivo, houve uma diminuição
da idade da faixa etária de jovens a serem alcançados pelo programa.

A nova Lei de Diretrizes e Bases (LDB), promulgada em 1996, por sua vez,
diluiu as funções do ensino supletivo nos objetivos e formas de atendimento
do ensino regular para crianças, adolescentes e jovens. Enquanto isso,
manteve a ênfase nos exames e, ao rebaixar a idade mínima para o acesso
a essa forma de certificação de 18 para 15 anos no ensino fundamental e de
21 para 18 no ensino médio, sinalizou para as instâncias normativas
estaduais a identificação cada vez maior entre o ensino supletivo e os
mecanismos de aceleração do ensino regular, medida cada vez mais aplicada
nos estados e municípios, visando à correção do fluxo no sistema (DI
PIERRO; JOIA; RIBEIRO, 2001, p. 10-11 apud SOUZA; GONÇALVES;
JUNIOR, 2012, p.6).
15

No ano 2000, foram aprovadas as Diretrizes Curriculares para a educação de


jovens e adultos – EJA, por meio do parecer 11, que definiu as funções reparadora,
equalizadora e qualificadora, para essa modalidade de educação. (Brasil, 2000, p.
34-41).

“(...) Reparadora, significa não só a entrada no circuito dos direitos civis pela
restauração de um direito negado: o direito a uma escola de qualidade, mas
também o reconhecimento daquela igualdade ontológica de todo e qualquer
ser humano.
Equalizadora, vai dar cobertura a trabalhadores e a tantos outros segmentos
sociais como donas de casa, migrantes, aposentados e encarcerados. A
reentrada no sistema educacional dos que tiveram uma interrupção forçada
seja pela repetência ou pela evasão, seja pelas desiguais oportunidades de
permanência ou outras condições adversas, deve ser saudada como
reparação corretiva, ainda que tardia, de estruturas arcaicas, possibilitando
aos indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, na vida social, nos
espaços da estética e na abertura dos canais de participação.
Qualificadora, mais do que uma função permanente da EJA que pode se
chamar de qualificadora. Mais do que uma função, ela é o próprio sentido da
EJA. Ela tem como base o caráter incompleto do der humano cujo potencial
de desenvolvimento e de adequação pode se atualizar em quadros escolares
ou não escolares...(..)”. (BRASIL, 2000, p. 4)

As Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA, serviu para a efetivação da


educação proposta no EJA, considerando princípios como a equidade, a diferença e
a proporcionalidade, segundo estabelece em seu artigo 5º, os princípios da
modalidade da EJA.

I – quanto à equidade, a distribuição específica dos componentes curriculares


a fim de propiciar um patamar igualitário de formação e restabelecer a
igualdade de direitos e de oportunidades face ao direito à educação; II –
quanto à diferença, a identificação e o reconhecimento da alteridade própria
e inseparável dos jovens e dos adultos em seu processo formativo, da
valorização do mérito de cada qual e do desenvolvimento de seus
conhecimentos e valores; III – quanto à proporcionalidade, a disposição e
alocação adequadas dos componentes curriculares face às necessidades
próprias da Educação de Jovens e Adultos com espaços e tempos nos quais
as práticas pedagógicas assegurem aos seus estudantes identidade
formativa comum aos demais participantes da escolarização básica (MEC,
2000).

Em 2001, o Plano Nacional de Educação - PNE (Lei nº 10.172), em


consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA

criação de programas com a finalidade de alfabetizar dez milhões de jovens


e adultos, em cinco anos e, até o final da década, a superação dos índices
de analfabetismo;
16

garantia da oferta, em cinco anos, de EJA equivalente às quatro séries


iniciais do Ensino Fundamental para 50% da população de 15 anos e mais,
que não tenha atingido esse nível de escolaridade;
inclusão, a partir da aprovação do PNE, da EJA nas formas de financiamento
da Educação Básica (BRASIL, 2001, p.102-104).

Diante do exposto, percebe-se que, a trajetória da educação de jovens e


adultos no Brasil é recente, mas recebe respaldo legal de vários documentos que
afirmam ser direito garantido por lei o acesso à educação, por jovens e adultos, assim,
é dever do poder público oportunizar a escolarização aos que não tiveram acesso à
educação na idade própria” (BRASIL, 1996).
17

4. Considerações Finais

Diante do exposto, vários documentos foram criados no decorrer dos anos para
consolidar a educação de jovens e adultos. É importante observar, que dentre os
vários documentos publicados, somente a partir da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional-nº 9.394/96, que a EJA passou funcionar de maneira efetiva,
propondo metodologias e estratégias para as necessidades desse público específico.
É possível concluir, que a função social da escolar é disponibilizar metodologia
de ensino adequada as necessidades e limitações específicas desse público,
tornando a educação algo acessível e possível de acontecer independente da idade.
Quanto as características do público EJA, são pessoas que não tiveram infância, ou
tiveram uma infância frustrada, têm vergonha de si mesmos, possuem complexo de
inferioridade diante da sociedade que os oprime e os discrimina. (FREIRE, 1987).
18

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