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Classe: Reptilia
Índice
Etimologia e taxonomia
Anatomia e morfologia
Distribuição Distribuição geográfica de E. imbricata
Anatomia e morfologia
Eretmochelys imbricata possui a aparência típica de uma tartaruga marinha. Tal como os demais
representantes de sua família, apresenta um corpo em formato plano e seus membros em forma de
barbatanas, adaptados para a natação. As tartarugas-de-pente adultas geralmente atingem entre 60 e 100 cm
de comprimento e pesam entre 73 e 101,4 kg, em média. A tartaruga-de-pente mais pesada a ser capturada
tinha 167 kg.[3] O casco ou carapaça da tartaruga tem um fundo laranja com uma irregular combinação de
faixas claras e escuras, com predominância das cores marrom e preto radiando para os lados.[11]
Os rastros na areia das tartarugas-de-pente são assimétricos, pois rastejam em marcha alternada, ao contrário
da tartaruga-verde e da tartaruga-de-couro, que rastejam muito simetricamente.[13][14]
Devido ao consumo dos venenosos cnidários, a carne da tartaruga-de-pente pode chegar a certos níveis de
toxicidade.[15]
Distribuição
As tartarugas-de-pente ocupam uma vasta
faixa do globo terrestre, sendo encontradas
predominantemente em recifes tropicais dos
oceanos Índico, Pacífico e Atlântico. De todas
as espécies de tartarugas marinhas, a E.
imbricata é uma das mais associadas com as
águas tropicais. Duas das principais
subpopulações reconhecidas são a atlântica e a
Outro modelo da possível distribuição de E. imbricata.
indo-pacífica.[16]
Círculos vermelhos representam nidificações primárias da
E. imbricata. Círculos amarelos são nidificações
Subpopulação Atlântica secundárias.
Subpopulação Indo-Pacífica
Nas Filipinas, há vários lugares conhecidos para a nidificação das espécies. Tartarugas-de-pente foram
encontradas na ilha de Boracay.[23] Um pequeno grupo de ilhas no sudoeste do arquipélago foi chamado
de "Ilhas das Tartarugas" precisamente porque são conhecidas como lugares de nidificação para duas
espécies de tartarugas marinhas, incluindo a E. imbricata. (A outra é a tartaruga-verde, Chelonia
mydas).[24] Na Austrália, a E. imbricata nidifica na Ilha Milman na Grande Barreira de Coral.[25] No
Oceano Índico, o lugar mais ao oeste que as tartarugas-de-pente nidificam é na Ilha Cousine em Seychelles,
onde a espécie está protegida legalmente desde 1994. As ilhas e ilhotas vizinhas de Seychelles, tais como a
ilha de Aldabra, são bons lugares de alimentação para jovens tartarugas-de-pente.[14][26]
Ecologia
Habitat
As tartarugas-de-pente adultas são encontradas principalmente nos recifes de coral tropicais. Elas são vistas
geralmente descansando em grutas e saliências no interior e em torno destes recifes, durante o dia. Como
uma espécie altamente migratória, eles também têm sido encontradas em uma ampla gama de habitats,
desde o mar aberto até às lagoas e manguezais nos estuários.[12][27] Embora não se saiba muito sobre as
preferências de habitat nos primeiros estágios de vida da E. imbricada, à semelhança de outras tartarugas
marinhas jovens, sabe-se que são completamente pelágicas e, assim, fazem do mar aberto sua casa até a
fase adulta.[28]
Alimentação
e tação
As E. imbricata mostraram-se altamente flexíveis e resistentes com as suas presas. Algumas das esponjas
que lhe servem de alimento, tais como Aaptos aaptos, Chondrilla nucula, Tethya actinia, Spheciospongia
vesparium e Suberites domuncula, são altamente tóxicas (muitas vezes letais) para outros organismos.
Além disso, sabe-se que a tartaruga-de-pente escolhe espécies de esponja que possuem uma quantidade
significativa de dióxido de silício nas espículas, tais como Ancorina, Geodia, Ecionemia e
Placospongia.[29]
Ciclo de vida
A tartaruga recém-nascida, geralmente pesando menos de duas dezenas de gramas, sai do ninho durante a
noite, após cerca de dois meses. Estes recém-nascidos apresentam cores escuras e as carapaças em forma de
coração, medindo cerca de 2,5 centímetros de comprimento. Voltam-se instantaneamente para o mar,
atraídos pelo reflexo da lua sobre a água (um mecanismo que pode ser perturbado por fontes de luzes
antropogénicas, tais como lâmpadas e luzes de rua). As tartarugas recém-nascidas que não alcançarem a
água até à alvorada serão alimento de predadores, como aves e caranguejos.[12]
O início da vida das tartarugas-de-pente juvenis é desconhecido. Após chegar ao mar, os filhotes entram em
um estágio pelágico de vida (tal como outras tartarugas marinhas) por uma quantidade de tempo
um estágio pelágico de vida (tal como outras tartarugas marinhas), por uma quantidade de tempo
indeterminado. Enquanto as taxas de crescimento da tartaruga-de-pente não são conhecidas, quando as E.
imbricata juvenis atingirem cerca de 35 cm, passam de um estilo de
vida pelágico para um associado aos recifes de coral. A tartarugas-de-
pente chegam à maturidade aos trinta anos.[17]
Evolução
Entre as tartarugas marinhas, a Eretmochelys imbricata tem várias características anatômicas e ecológicas
únicas, inclusive sendo o único réptil essencialmente esponjívoro conhecido. Por isso, sua posição
evolutiva é pouco clara. Análises moleculares apoiam a probabilidade de que a Eretmochelydae evoluiu de
ancestrais carnívoros, em vez de herbívoros. Como a tribo taxonômica Carettini é composta de espécies
carnívoras (como a tartaruga-comum), a tartaruga-de-pente muito provavelmente evoluiu a partir deles, em
vez da herbívora Chelonini, que inclui a tartaruga-verde.[32]
Importância econômica
Ao redor do mundo, tartarugas-de-pente são caçadas por seres
humanos ainda que isso seja ilegal em muitos países.[33] Em algumas
partes do mundo, as tartarugas-de-pente são comidas como iguarias.
Desde o século V a.C. que tartarugas marinhas, incluindo as
tartatugas-de-pente são comidas como iguarias na China.[34]
Conservação
Por consenso, determinou-se que tartarugas marinhas, incluindo a Eretmochelys imbricata são espécies
ameaçadas graças à sua longa longevidade, lentos crescimento, maturação e taxas de reprodução. Muitas
tartarugas adultas foram mortas por seres humanos tanto deliberadamente e incidentalmente. Além disso, os
sítios de nidificação das tartarugas também estão ameaçados pela invasão humana e animal. Pequenos
mamíferos sabem desenterrar os ovos dos ninhos das tartarugas.[12] Nas Ilhas Virgens, os ninhos de
Eretmochelys imbricata (junto com os outros ninhos de tartarugas marinhas como as Dermochelys
coriacea) são frequentemente atacados por Herpestidae.[38]
Historicamente a Eretmochelys imbricata foi pela primeira vez colocada como ameaçada pela IUCN em
1982.[41] Este estado continuou durante todo o percurso através de várias reavaliações, em 1986,[42]
1988,[43] 1990,[44] e 1994,[45] até que foi atualizado em estado de criticamente ameaçado, em 1996.
A espécie (junto com toda a família Cheloniidae) foi colocada no Anexo I da Convenção sobre o Comércio
Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção.[4] É ilegal importar ou
exportar produtos da tartaruga, matar, capturar ou molestar tartarugas-de-pente.[33]
Envolvimento local em esforços para a conservação das espécies também têm aumentado nos últimos anos.
A United States Fish and Wildlife Service tem a tartaruga-de-pente classificada como ameaçada desde
1970. O governo dos Estados Unidos da América tem vários planos de recuperação para proteger as suas
populações de E. imbricata.[46]
Ver também
Lista de répteis de Portugal
Lista de répteis do Brasil
Referências
E h l i bi (h // i
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Ligações externas
(em português) Sérgio N. Stampar 1 , Paulo Francisco da Silva 2 , Osmar J. Luiz Jr. 2,3 &
Ana Cristina V. Bondioli, «Predação de tartarugas de pente (Eretmochelys imbricata ) em
zoantídeos(Palythoa caribaeorum) no sudeste do Brasil» (http://www.lajeviva.org.br/papers/
ASO_Stampar_2007.pdf.) (PDF). www.lajeviva.org.br[ligação inativa], Universidade de São
Paulo.
(em português) Sérgio N. Stampar 1 , Paulo Francisco da Silva 2 , Osmar J. Luiz Jr. 2,3 &
Ana Cristina V. Bondioli, Predação de tartarugas de pente (Eretmochelys imbricata ) em
zoantídeos(Palythoa caribaeorum) no sudeste do Brasil (http://www.lajeviva.org.br/papers/A
SO_Stampar_2007.pdf.)[ligação inativa], Universidade de São Paulo.
(em português) Julia Reisser, "Projeto Tartarugas Marinhas do Arvoredo, SC (http://www.pat
adacobra.com.br/biologia-marinha/projetos/relatorio_projeto_tartarugas_marinhas_do_arvor
edo.pdf.)[ligação inativa]", informações sobre a preservação da tartaruga-de-pente e de outras
tartarugas marinhas.
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