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1)

Explanou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a


necessidade de governos e sociedades na obra Leviatã. “daquilo que tem o
poder de lhes ocasionar grande bem ou mal, tendem a supor, e a imaginar
por si mesmos, várias espécies de poderes invisíveis.” (Hobbes, 1651, p.
40). Ou seja, no estado de natureza, um homem não sabe o que o outro
deseja, então é levado a supor o que outro fará, sendo o bem ou o mal.

Ademais, “Durante o tempo em que os homens vivem sem um poder


comum capaz de os manter a todos em respeito, eles se encontram
naquela condição a que se chama guerra.” (Hobbes, 1651, p. 46). Dessa
suposição da natureza do homem, decorre que geralmente o mais razoável
para cada um é atacar o outro, ou para vencê-lo, ou simplesmente para
evitar um ataque possível. Assim a guerra se generaliza entre os homens.

E, a criação de um contrato social. “Diz-se que um Estado foi instituído


quando uma multidão de homens concordam e pactuam, cada um com
cada um dos outros.” (Hobbes, 1651, p. 61). “Esse poder que, para que o
povo possa viver em paz.” (Hobbes, 1651, p. 65). Assim, o contrato social
faz com que o homem abre mão do seu direito para preservar sua própria
vida.

Também, “Capacidade para garantir a paz e a segurança do povo, fim


para o qual foram instituídas.” (Hobbes, 1651, p. 66). Assim, os objetivos do
estado. Garantir segurança, liberdade, igualdade, educação pública e
propriedade material.

E mais um contratualista escreveu o livro Segundo Tratado Sobre o


Governo Civil. Expõe sua teoria do Estado liberal e a propriedade privada.
“Em oposição às idéias de Hobbes, Locke acredita que, através do pacto
social, os homens não renunciam aos seus próprios direitos naturais, em
favor do poder dos governantes.” (Aiex, 1999, p. 16). Assim, no estado de
natureza havia relativa paz contudo, foi necessário a criação do pacto social
que foi a passagem do estado de natureza ao civil.
Alem do mais, “Mas Deus não tem sido tão econômico com os homens a
ponto de fazê-los simplesmente criaturas de duas pernas, e deixar para
Aristóteles fazê-los racionais.” (Locke, 1689, p. 299). Assim, declarando que
a vida política é uma invenção humana, completamente independente das
questões divinas.

Principalmente, “Por que renunciaria a sua liberdade, a este império,


para sujeitar-se à dominação e ao controle de qualquer outro poder”.
(Locke, 1689, p. 69). O controle do executivo pelo legislativo e o governo
pela sociedade, são os principais fundamentos do estado civil.

E, “leis injustas e inoportunas, e todos os deslizes da fraqueza humana


são suportados pelo povo sem revolta ou queixa. Mas se uma longa
sucessão de abusos, prevaricações e fraudes, todas tendendo na mesma
direção, torna a intenção visível ao povo”. A ideia que pode ter influenciado
as revoluções burguesas em prol do liberalismo.

Por último, Do contrato social. “Como pode um homem ou um povo


apropriar-se de um imenso território e dele privar todo o gênero humano,
graças a uma usurpação punível, uma vez que esta retira aos demais
homens a residência e alimentos que a natureza lhes oferece em comum?”
(Rousseau, 1762, p. 33). Portanto, nesse estado de natureza o homem
nasce livre, diferente do estado de natureza de Thomas Hobbes. Em
seguida, cria-se o conceito de propriedade privada.

Ademais, “A fim que não constituía, pois, um formulário inútil, o pacto


social contém tacitamente esta obrigação, a única a poder dar forças às
outras: quem se recusar a obedecer à vontade geral a isto será
constrangido pelo corpo em conjunto.” (Rousseau, 1762, p. 29). O pacto
social foi uma consequência da propriedade privada, que criou a ideia de
poder.

E, também, criar-se o estado que, portanto, é ilegítimo: “Então, alterado


o Estado em sua substância, toda reforma se torna impossível.” (Rousseau,
1762, p. 93). Essa criação devida à preservação desses direitos de
propriedade.
2)

Em sua época, no renascimento, os governantes não conseguiam


manter o poder por muito tempo. Sua contribuição central para Ciência Política
moderna é como um governante faz para manter o poder. “Se trata de ordenar
uma república, manter um Estado.” (Marquiavel, 1531, p. 17).

Sobretudo, não é sobre o melhor Estado, mas o Estado real capaz de


impor ordem. Isso se correlaciona com a virtude dos governantes, “Quando
suas virtudes são conhecidas, atrai um número muito maior de súditos e muito
maior lealdade.” (Marquiavel, 1532, p. 117). As conclusões dele, sobre ciência
política, são empíricas. “Para quem estuda com profundidade os
acontecimentos pretéritos, prever o que o futuro reserva a cada Estado.”
(Marquiavel, 1531, p. 129).

Além do mais, a ideia da Ciência Política moderna de “sistema


interestatal” (Arrighi, 1994, p. 27), está ligada aos seus pensamentos. “Segue-
se daí que todos os profetas armados vencem, enquanto os desarmados se
arruínam.” (Marquiavel, 1532, p. 25). Ou seja, no sistema interestatal, a
manutenção do poder é pelo investimento da Economia da Defesa.

Outra ideia de Ciência política moderna que está de acordo é sobre “os
meios de domínio político” (Weber, 1923, p.65). “Deve, ademais, manter o povo
entretido com festas e espetáculos, nas épocas convenientes do ano.”
(Marquiavel, 1532, p.108). Sem dúvida, o “domínio carismático” (Weber, 1923,
p. 340), utiliza desse recurso.

REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MARQUIAVEL, Nicolau. Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio. 1531.

MARQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. 1532.

ARRIGHI, Giovanni. Ao longo do século XX. 1994.

WEBER, Max. Ensaios de sociologia. 1923.


HOBBES, Thomas. Leviatã. 1651.

LOCKE, John. Segundo Tratado Sobre o Governo Civil. 1689.

LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. 1689.

Aiex, Anoar. Ensaios a cerca do entendimento humano. Tradução de Aiex


Anoar. 1999

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. 1762

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