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De acordo com Débora Diniz e Ana Terra Mejia Munhoz,autoras do texto Cópia e
Pastiche: plágio na comunicação científica, datado no século I, o plágio surgiu na história na
mesma época em que se tem registros dos primeiros escritos com autoria, portanto, é de
suma importância definir o que é plágio, sendo uma ação antiética intelectual, assim como
outros desvios de autoria como: a autoria fantasma, compadrio e até mesmo o autoplágio.
Desta forma, de acordo com Stuart Green, no período românico se estabeleceu
o conceito de autor e o que seria sua propriedade literária, visto que nos tempos clássicos a
cópia criativa não era vista como plágio e sim uma produção legítima. Através dos séculos e
com a chegada da internet e sua tecnologia, a criação literária foi gradualmente substituída
pela cópia fraudulenta.
No entanto, segundo as autoras é preciso se atentar aos momentos em que a
cópia criativa agrega valor para a obra original, como em livros culinários, por exemplo, o
que já não acontece no campo da ciência onde o limite entre plágio e cópia é melhor
definido.
Para as autoras em se tratando de citações, para não cair no erro do plágio por
engano, é necessário seguir regras rígidas e prescritivas, chamadas regras de
normalização, de como citar frases de outros autores, de como citar e parafrasear,além de
regras sobre a estética e sobretudo a ética do texto, pois infringe a atribuição da autoria, que
nada mais é do que o reconhecimento do criador do texto.
Em se tratando da criminalidade, o plágio é considerado crime nas situações em
que a obra plagiada possui direitos autorais, o que não ocorre em toda obra, mas não é
requisito para ser original. Assim, é de entendimento geral que o plágio ofende a criatividade
e honestidade intelectual de seu criador, como trás Diniz e Munhoz.
A Voz do Autor
Respostas ao Plágio
É afirmado o texto de Diniz e Munhoz que é fato que não há criação sem
inspiração, e por isso, no processo de se tornar um escritor,é utilizado da imitação, repetição
e tradução como exercícios mentais. Concluindo, não há demérito em ser um escritor
mediano na comunicação científica desde que o autor consiga transmitir sua mensagem e
respeite as normas estabelecidas para tipo de texto que está produzindo.
Portanto, nas universidades a proibição do plágio conta com a inspeção dos
textos académicos através de softwares de caça-plágios, além de uma comissão de
integridade acadêmica e sobretudo uma banca de especialistas que avaliam casos
concretos, criando um ambiente hostil para plagiadores, como trás Diniz e Munhoz.
Em se tratando do olhar técnico dos trabalhos acadêmicos, as autoras relata que
o plágio se encontra presente no ensino médio e universitário e portanto é necessário que a
avaliação pedagógica esteja preparada para essas situações, em se tratando da
cumunidadecientífica em si, o controle do plágio é garantido através das publicações online
que permitem a utilização de softwares, além da comunidade em si, com seus leitores,
também fazerem tal curadoria, fazendo com que a descoberta seja iminente.
Por fim, Diniz e Munhoz reforçam que é importante salientar que aquele que
comete plágio seja ele direto ou indireto, é visto com desprezo por toda a comunidade, e
sofre a humilhação de ser descoberto de sua farsa, inclusive pelo mau uso de sua liberdade
de expressão como um cidadão.