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DICAS

PARA OAB

DICAS PROFÉTICAS
PARA A 1ª FASE
DIREITO CONSTITUCIONAL

Dica 1 –
a) A capacidade eleitoral ativa representa o direito de alistar-se como
eleitor (alistabilidade) e o direito de votar, já a capacidade eleitoral
passiva representa o direito de ser votado e de se eleger para um cargo
público (elegibilidade). Os estrangeiros e os conscritos não são
elegíveis, porque são inalistáveis (o alistamento eleitoral é condição de
elegibilidade), quanto aos analfabetos, podem votar, de modo
facultativo, mas não podem ser votados.
b) A competência dos Estados-membros que não foi atribuída ao Distrito
Federal é a competência estadual para organizar e manter seu Poder
Judiciário, Ministério Público, polícia civil, polícia militar e corpo de
bombeiros militar, pois no DF, cabe à União organizar e manter tais
instituições.
c) Embora seja do Tribunal do Júri, regra geral, a competência para
julgar os crimes dolosos contra a vida, no caso do Prefeito cometer
crime dessa natureza (ou qualquer crime de competência da Justiça
Comum), afasta-se a competência do Júri e a competência para julgá-lo
será do Tribunal de Justiça.
d) É possível a União autorizar os entes federativos a legislarem sobre
matéria privativa, desde que edite lei complementar e tal autorização
seja genérica, abrangendo todos os Estados-membros e o DF.
e) Por fim, regra geral, a decisão do Tribunal de Justiça no âmbito do
controle abstrato de constitucionalidade, é irrecorrível; não há que se
falar nem mesmo em recurso para o STF. Todavia, existe uma
possibilidade de recurso extraordinário para o STF, cabível quando o
parâmetro constitucional for norma de reprodução obrigatória pelos
Estados-membros.
DIREITO ADMINISTRATIVO

Dica 2 –
a) O órgão não possui personalidade jurídica própria – é um elemento
despersonalizado, basicamente é o que lhe diferencia da entidade, que
possui personalidade jurídica própria. Em virtude disso, em regra, os
órgãos não possuem capacidade processual, contudo, a jurisprudência
reconhece a capacidade processual de certos órgãos públicos
autônomos (aqueles que se situam na cúpula da Administração, logo
abaixo dos independentes) e independentes (aqueles previstos
diretamente na CF, representando os três Poderes) para a impetração
de mandado de segurança na defesa de suas prerrogativas e
competências (só neste tipo de caso), quando violadas por ato de outro
órgão.
b) A Administração Indireta compreende as seguintes categorias de
entidades: Autarquias (pessoas jurídicas de direito público), Empresas
Públicas e Sociedades de Economia Mista (pessoas jurídicas de direito
privado), Fundações Públicas (podem ser tanto de direito público
quanto de direito privado) e, ainda, os consórcios públicos de direito
público, constituídos sob a forma de associações públicas.
c) Nas empresas públicas o capital é totalmente público, mesmo que de
entes federativos ou pessoas administrativas diferentes e sua forma
jurídica é qualquer configuração admitida no direito. Já as sociedades
de economia mista o capital é público e privado, de forma conjugada,
mas a maioria do capital votante deve ser necessariamente público e
sua forma jurídica é de uma sociedade anônima.
d) Por fim, o STF entende que a OAB é um serviço independente não
integrante da Administração Pública. Uma entidade ímpar, sui generis,
que possui algumas características típicas de uma autarquia, mas que
não se confunde com um conselho fiscalizador de profissão
regulamentada.
DIREITO PROCESSUAL PENAL

Dica 3 –
a) O delegado de polícia nunca poderá mandar arquivar autos de
inquérito (o candidato deve ter muita atenção a essa vedação, pois,
apesar de ser simples, é muito cobrada pela FGV).
b) O arquivamento do inquérito policial faz coisa julgada formal, em
regra, o que permite o seu desarquivamento em casos de fatos novos,
porém, existe exceção, como o arquivamento por atipicidade da
conduta.
c) Nada impede a persecução criminal no caso de denúncia anônima,
desde que a autoridade policial promova diligências para averiguar os
fatos denunciados (HC 99490).
d) A ação penal, em regra, será pública incondicionada, só sendo
privada ou pública condicionada à representação, quando o código
dispuser de maneira expressa.
e) O prazo para o menor de 18 anos representar ou oferecer a ação
penal privada, só começa a contar quando ele atingir a maioridade.
f) Para que a queixa seja ajuizada por procurador, é necessário que a
procuração possua poderes especiais para isso.
g) Por fim, a ação penal privada subsidiária da pública só é cabível
quando houver inércia do MP, se o membro do MP requerer o
arquivamento do IP, o ofendido não poderá oferecer a peça subsidiária.
DIREITO PENAL

Dica 4 –
a) A diferença entre culpa consciente e dolo eventual é a seguinte: na
primeira o agente prevê o resultado, mas o afasta, pois acredita
sinceramente que ele não ocorrerá, já no segundo o agente prevê o
resultado e assume o risco de produzi-lo, não se importando se este
ocorrerá ou não.
b) Na desistência voluntária o agente, podendo prosseguir na execução
do crime, desiste de fazê-lo voluntariamente, ou seja, ele ainda não
esgotou o iter criminis. Já o arrependimento eficaz ocorre quando o
agente já esgotou toda a execução e, após terminar os atos
executórios, mas sem consumar o fato, impede a ocorrência do
resultado. Em ambas, o agente só vai responder pelos atos já praticados
(se forem típicos). O arrependimento posterior ocorre quando o agente,
nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, repara o
dano ou restitui a coisa até o recebimento da denúncia ou queixa, sendo
a pena reduzida de um a dois terços. Cuidado com pegadinha neste
ponto, pois é até o RECEBIMENTO e não OFERECIMENTO da denúncia
ou queixa!
c) Por fim, no erro de tipo o agente ou não possui, ou possui de maneira
falsa o conhecimento dos elementos que caracterizam o tipo penal. É a
chamada falsa representação da realidade. Já no erro de proibição o
agente tem plena noção da realidade, ou seja, ele sabe o que faz, só
não sabe que aquilo é proibido. O equívoco recai sobre a ilicitude da
conduta praticada e não sobre os elementos do tipo. Consequência: a)
Erro de tipo inevitável – exclui dolo e culpa (fato atípico); b) Erro de
tipo evitável – exclui o dolo, mas é punível a título de culpa; c) Erro de
proibição inevitável – isenção de pena, pois há exclusão da
culpabilidade; e d) Erro de proibição evitável – diminuição da pena (de
1/6 até 1/3).
DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Dica 5 –
a) O primeiro ponto a destacar é que a ação é considerada proposta no
momento em que a petição inicial for protocolada, mas o candidato não
pode confundir o momento em que a ação é proposta com o momento em
que ocorre a formação da triangulação do processo, que se dá com a
citação válida. A extinção do processo dar-se-á por sentença, porém,
antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá
conceder à parte oportunidade para, se possível, sanar o vício.
b) Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for caso
de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de
conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 dias,
devendo ser citado o réu com pelo menos 20 dias de antecedência,
podendo ocorrer mais de uma sessão de conciliação ou mediação desde
que não exceda 2 meses da data da realização da primeira sessão.
c) Fiquem de olho no art. 341 do CPC, que traz o princípio do ônus da
impugnação específica, em que o réu deve alegar tudo na contestação,
exercendo todo o seu contraditório, sob pena dos fatos serem
considerados verdadeiros, mas cuidado, ele não se aplica ao Defensor
Público, ao Advogado Dativo e ao Curador Especial.
d) Por fim, quando o interesse único do autor se satisfaz com a
concessão da tutela antecipada liminarmente e o réu não oferece o
recurso cabível, ocorrerá a estabilização da tutela. Nesse caso, o
processo será extinto sem resolução de mérito e a tutela concedida
continuará produzindo seus efeitos enquanto não revista, reformada ou
invalidada.
DIREITO CIVIL

Dica 6 –
a) A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida
(Teoria Natalista). Contudo, a lei põe a salvo, desde a concepção, os
direitos do nascituro.
b) A disposição gratuita do próprio corpo, para depois da morte, é
válida com objetivo altruístico ou científico, podendo o ato de
disposição ser revogado a qualquer tempo.
c) Ocorre o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade
de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela
outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa, já a lesão
ocorre quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por
inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional
ao valor da prestação oposta, sendo ambos causa de anulabilidade do
negócio jurídico. Fiquem atentos para diferenciá-los, pois no estado de
perigo o risco é pessoal (situação de perigo), já na lesão o risco é
patrimonial (necessidade econômica).
d) A decadência tem por efeito extinguir o direito, enquanto a
prescrição extingue a pretensão à ação. O prazo de decadência pode
ser estabelecido pela lei ou pela vontade unilateral ou bilateral
(convencional), já o prazo de prescrição é fixado por lei para o
exercício da ação que o protege. Tanto a decadência (se estabelecida
por lei) quando a prescrição serão reconhecidas de ofício pelo juiz,
independente da arguição do interessado. Por fim, para ajudá-los na
hora da prova, temos a seguinte dica, se estivermos diante de algum
dos casos elencados nos arts. 205 e 206 do CC, teremos prazo
prescricional, caso contrário será caso de decadência.
DIREITO DO TRABALHO

Dica 7 –
a) Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a
prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo
com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade,
determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de
atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas,
regidos por legislação própria.
b) A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada
gera o direito ao recebimento apenas do período suprimido com
adicional de 50%. Este pagamento terá natureza indenizatória e,
portanto, não repercutirá nas demais verbas.
c) É possível a celebração de contrato de trabalho em que a prestação
de serviços ocorra, preponderantemente, fora das dependências do
empregador. A prestação de serviços nesta modalidade deve constar
expressamente no contrato individual de trabalho e especificar as
atividades a serem desempenhadas. Vale lembrar que o
comparecimento do empregado às dependências do empregador não
descaracteriza o regime de teletrabalho.
d) É garantido às empregadas gestantes a estabilidade provisória desde
a confirmação do estado de gravidez. Também goza desta estabilidade
o empregado adotante ao qual tenha sido concedida guarda provisória
para fins de adoção.
e) Na terceirização é possível que a empresa contratada para
realização de serviços, subcontrate outra empresa para suprir sua
demanda junto à contratante, é o que a doutrina chama de
“Quarteirização”.
DIREITO PROCESSUAL DO
TRABALHO

Dica 8 –
a) É restrita a atuação da Justiça do Trabalho quando da análise de
validade de cláusulas constantes em acordos e convenções coletivas de
trabalho, cabendo a análise “exclusiva” da conformidade do pacto
coletivo com os elementos essenciais do negócio jurídico.
b) O ônus da prova incumbe ao reclamante, quanto ao fato constitutivo
de seu direito, e ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do reclamante. É possível que o
juízo atribua o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por
decisão fundamentada, dentro dos limites legais ou diante de
peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva
dificuldade de cumprir o encargo.
c) Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será
admitido Recurso de Revista por contrariedade à súmula de
jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula
vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da
Constituição Federal.
d) Após a liquidação da sentença, o juízo deverá abrir às partes prazo
comum de oito dias para impugnação fundamentada com a indicação
dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão.
e) A exceção de incompetência territorial poderá ser apresentada no
prazo de cinco dias, contados a partir da notificação, em peça que
sinalize a existência desta exceção. Sendo apresentada, o processo
ficará suspenso, e não será realizada audiência até que seja decidida.
f) A prescrição intercorrente é aquela que ocorre no curso da
execução, caso não sejam localizados bens do devedor, o processo será
arquivado. Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o
prazo prescricional de dois anos, o juiz, depois de ouvido o exequente,
poderá, de ofício ou a requerimento do devedor, reconhecer a
prescrição intercorrente e decretá-la de imediato, extinguindo, em
definitivo, a execução.
g) A execução deverá ser promovida pelas partes, sendo permitida a
execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos
casos em que as partes não estiverem representadas por advogado.
DIREITO EMPRESARIAL

Dica 9 –
a) A sociedade de advogados é uma sociedade de natureza simples, ou
seja, não é uma sociedade empresária.
b) O registro do exercente de atividade rural não é obrigatório, mas
caso resolva se registrar na junta comercial, ficará equiparado ao
empresário.
c) Atenção à sociedade cooperativa, pois sempre será uma sociedade
de natureza simples, em que pese seja registrada na junta comercial, o
que é uma exceção.
d) O Juiz, membro do Ministério Público, Servidor Público da Ativa, não
podem ser empresários individuais, mas eles podem ser sócios de
sociedade empresária, desde que não exerçam a administração. Eles
podem ser acionistas ou cotistas, mas não empresário individual.
e) O incapaz não pode iniciar uma sociedade, mas ele poderá continuar
uma já existente, no caso de sucessão hereditária ou incapacidade
superveniente, desde que esteja devidamente assistido ou representado
e com autorização judicial.
f) A EIRELI é uma pessoa jurídica de direito privado, constituída por um
único titular de respondabilidade limitada. Para constitui-la, é
necessário um capital mínimo de 100 salários-mínimos devidamente
integralizado (capital todo pago).
g) Por fim, o capital social da limitada divide-se em quotas, que podem
ser cedidas por seus titulares, seja para outro sócio ou para terceiro. Se
o cessionário for outro sócio, dispensa-se a autorização dos demais
sócios, porém, se o cessionário for terceiro, a cessão ocorrerá desde
que não haja oposição dos sócios que representem mais de ¼ (um
quarto) do capital social.
DIREITO TRIBUTÁRIO

Dica 10 –
a) Não incide ITBI quando do registro de promessa de compra e venda
do imóvel, não ocorrendo fato típico para incidência do imposto nessa
situação.
b) IPVA, imposto estadual, cobra-se mediante lançamento de ofício e
50% da receita pertence ao município do licenciamento do veículo.
c) O ISS não pode ser cobrado com alíquota superior a 5% (esse teto
vale para todos os serviços e se aplica para todos os municípios do
país).
d) O ICMS é regido pelos princípios da seletividade, não-
cumulatividade e transparência fiscal.
e) É possível a penhora do bem de família em sede de execução fiscal
por dívidas de tributos ligadas ao imóvel.
f) Se após inscrito em dívida ativa o contribuinte aderir regime de
parcelamento, a certidão fiscal que fará jus obter é a certidão positiva
do débito com efeito de negativa.
g) Existem 3 taxas que são inconstitucionais em razão da indivisibilidade
do serviço público: taxa de limpeza pública, segurança pública e
iluminação pública.
ÉTICA

Dica 11 –
a) O candidato deve ficar atento às recentes alterações que ocorreram
no Regulamento Geral da OAB em seu art. 18, que trata do desagravo
público. O desagravo público é um instrumento de defesa dos direitos e
das prerrogativas da advocacia, é uma medida efetivada na defesa do
advogado que tenha sido ofendido no exercício da profissão ou em
razão dela. Será promovido pelo Conselho competente, de ofício, a
pedido do próprio advogado ou de qualquer outra pessoa. Neste último
caso, independe de concordância do advogado ofendido para que o
pedido de desagravo seja formulado. Ademais, o prazo máximo para
que o desagravo seja decidido será de 60 dias, sendo que a sessão de
desagravo deve ocorrer em, no máximo, 30 dias. Por fim, cumpre
salientar que o pedido de desagravo pode ser arquivado quando o
relator constatar que a ofensa foi pessoal, não esteve relacionada com
o exercício da profissão ou das prerrogativas ou configura crítica de
caráter doutrinário, político ou religioso.
b) Incompatibilidade é a proibição total do exercício da advocacia, já o
impedimento é a proibição parcial. O candidato deve lembrar que a
incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função
deixe de exercê-lo temporariamente. Por fim, não se incluem na
incompatibilidade aqueles que exercem a administração acadêmica
diretamente relacionada ao magistério jurídico e não se incluem no
impedimento os docentes de cursos jurídicos de universidades públicas.
c) O artigo 34 do estatuto trata sobre as infrações disciplinares, já o
art. 35 define as modalidades de sanções cabíveis diante de tais
infrações. Dentre os vários incisos dispostos no artigo 34 podemos
destacar o inciso XXII, que afirma constituir infração disciplinar reter,
abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vista ou em confiança.
Nesse caso, o advogado poderá sofrer penalidade de suspensão,
conforme art. 37, I e multa.
d) O art.35 do Estatuto dispõe sobre as penalidades aplicadas às
infrações do art. 34. As sanções disciplinares consistem em censura,
suspensão, exclusão e multa. A censura é a repreensão oficial da
conduta do infrator, mas sem publicidade ou divulgação que extrapole
os órgãos da OAB. A suspensão gera a interdição do exercício
profissional pelo prazo de 30 dias a 12 meses, em regra. A exclusão
ocasiona o cancelamento da inscrição do profissional.
Por fim, a multa não pode ser aplicada isoladamente por ser penalidade
acessória às penas de censura e suspensão, também não pode ser
cumulada com a exclusão.
e) O tema “atividade de advocacia” é disciplinado tanto no Estatuto
como no Regulamento Geral da OAB. Aquele define quais são as
atividades privativas de advocacia: consultoria, assessoria, direção
jurídicas e a postulação a órgão do Poder Judiciário e aos juizados
especiais. Lembrando que ao advogado é proibido funcionar no mesmo
processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou
cliente. Igualmente, é vedada a divulgação da advocacia em conjunto
com outra atividade.
f) Em relação aos honorários advocatícios, importante lembrar que o
advogado é obrigado a cobrar os valores mínimos fixados na tabela
organizada pelo conselho seccional da OAB. Uma exceção a essa regra
é a advocacia pro bono (art. 30 NCED), podendo ser exercida para
entidades sem fins lucrativos ou em favor de pessoas naturais que,
igualmente, não dispuser de recursos para, sem prejuízo do próprio
sustento, contratar advogado. Outra importante observação é que, se o
contrato advocatício for omisso em relação à forma de pagamento, um
terço dos honorários é devido no início do serviço, outro terço até a
decisão de primeira instância e o restante no final (trânsito em julgado).
DIREITOS HUMANOS

Dica 12 –
A Constituição determina que alguns tratados e convenções
internacionais têm força de emenda constitucional, atendidos os
seguintes requisitos: a) devem tratar de direitos humanos; e b) devem
ter sido aprovados de acordo com o rito próprio das emendas
constitucionais: três quintos dos membros de cada Casa do Congresso
Nacional, em dois turnos de votação. Já os tratados sobre direitos
humanos que não são aprovados por esse rito especial têm hierarquia
supralegal, situando-se abaixo da Constituição e acima da legislação
interna, conforme entendimento do STF.

DIREITO INTERNACIONAL

Dica 13 –
a) A soberania é composta por três elementos: território, população e
forma de governo não subordinada a terceiros.
b) São formas de exclusão do estrangeiro do território nacional:
Deportação - medida administrativa, em que o estrangeiro não comete
crime, apenas entra ou permanece no país de maneira irregular sendo
possível seu retorno; Extradição - retirada compulsória do estrangeiro a
partir da requisição de outro país; e Expulsão - forma de punição ao
estrangeiro que, no Brasil, atentar contra os interesses nacionais.
c) Por fim, em águas internacionais, a lei aplicável é a do país da
bandeira ou pavilhão do navio (idem para aeronaves).
DIREITO DO CONSUMIDOR

Dica 14 –
a) Importante destacar a diferença entre dois institutos do código de
defesa do consumidor: vício e defeito. Os vícios são meras anomalias,
ou seja, quando o produto ou serviço está impróprio para ser utilizado
ou consumido. No caso do defeito, este só é visualizado quando, em
decorrência do vício do produto ou serviço, o consumidor vem a sofrer
danos de ordem material e/ou moral (acidentes de consumo).
b) Importante consignar que a diferença principal entre decadência
(art. 26) e prescrição (art. 27) é a seguinte: a primeira trata da perda
do direito pelo seu não exercício dentro do prazo fixado, enquanto a
segunda se refere a perda da pretensão (demandar em juízo). Na
decadência há dois prazos, quais sejam, 30 dias para produtos/serviços
não duráveis e 90 dias para serviços/produtos duráveis, já na
prescrição o prazo é de 5 anos, contados a partir do conhecimento do
dano e de sua autoria.
c) Por fim, o CDC garante ao consumidor o direito de arrependimento de
compras feitas pela internet, no prazo de 07 (sete) dias, contados da
data da assinatura do contrato ou do ato de recebimento do produto ou
serviço. Nesse caso, poderá o consumidor desistir da contratação feita,
recebendo de imediato todos os valores eventualmente pagos (produto,
embalagem, frete), atualizados monetariamente.
FILOSOFIA

Dica 15 –
a) Para Norberto Bobbio, a situação de normas incompatíveis entre si é
uma dificuldade tradicional frente à qual se encontraram os juristas de
todos os tempos, e teve uma denominação própria característica:
antinomia. A
b) Teoria Tridimensional do Direito desenvolvida por Miguel Reale
apresentou uma nova visão da realidade jurídica, compreendido pelo
fato, valor e norma. De acordo com seu entendimento, o ponto de
partida da norma é o fato, a chegada são os valores. Deste modo, o
direito não é só norma, como quer Kelsen; direito não é só fato, como
rezam os marxistas ou economistas do direito; o direito não é somente
valor, como rezam os adeptos do direito natural, porque ao mesmo
tempo o Direito é norma, é fato e é valor.
c) Por fim, a lógica do razoável compreende um conceito lógico reunido
em algo justo e razoável, sendo imparcial e correto, levando em
consideração sempre as características sociais, econômicas e legais do
problema posto em discussão. É uma forma de interpretação que coloca
o raciocínio jurídico dentro de uma formalização, evitando a quebra dos
valores defendidos pelo Direito.
DIREITO AMBIENTAL

Dica 16 -
No âmbito do Direito Ambiental existem várias formas de se
responsabilizar aqueles que cometem dano ambiental ou descumprem as
normas tuteladoras da matéria, a doutrina tem chamado de tríplice
responsabilização ambiental, que consiste na responsabilidade civil,
administrativa e penal, conforme dispõe o art. 225, §3° da CF/88.
Importante frisar que os três tipos de responsabilidade são autônomos e
independentes entre si, o que significa dizer que com uma única ação ou
omissão a pessoa pode cometer os três tipos de ilícitos e, desta forma,
também receber as sanções cominadas.

ECA

Dica 17 -
Um dos temas de maior incidência na prova da Ordem em Direito da
Criança e do Adolescente são as chamadas “medidas socioeducativas”,
aplicáveis a adolescentes autores de atos infracionais e que estão
disciplinadas no art. 112 e ss. do ECA. Segundo o art. 103 do referido
Estatuto, ato infracional é a conduta descrita como crime ou
contravenção penal, sendo que, à criança que comete este ato,
aplicam-se apenas as medidas de proteção previstas no art. 101. No
mais, as medidas socioeducativas previstas no ECA são as seguintes:
advertência, obrigação de reparar o dano, prestação de serviços à
comunidade, liberdade assistida, regime de semiliberdade e internação.
BOA PROVA

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