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Triagem Neonatal
Triagem Neonatal
Toda criança nascida em território nacional tem o direito à triagem neonatal (Teste do
Pezinho). Mas, para que este alcance o seu objetivo primordial de detectar algumas
doenças que podem causar seqüelas graves ao desenvolvimento e crescimento, o teste
deve ser feito no momento e da forma adequados.
Ao comparecer ao posto de coleta, será feita uma ficha cadastral da criança com dados
de identificação. É importante que a mãe dê todas as informações de forma clara,
principalmente o endereço, já que, se o resultado estiver alterado, esta criança precisará
ser localizada com rapidez.
Após a identificação, a coleta será realizada por uma enfermeira especialmente treinada.
Todo o material necessário para a punção deverá ser descartável, bem como as luvas
que serão utilizadas pela coletadora. O procedimento de coleta segue normas
internacionais.
Após a coleta, o papel-filtro deve ser mantido em temperatura ambiente até a secagem
completa do sangue, pelo menos 2 (duas) horas, e depois ser acondicionado conforme a
orientação de cada laboratório.
Nos casos com resultados de triagem alterados, o laboratório central deve acionar o
posto de coleta para que entre em contato com a família e trazer a criança para a
realização de exames confirmatórios.
É fundamental que as famílias saibam que a maior parte das doenças triadas no Teste do
Pezinho são assintomáticas no período neonatal e que, portanto, não devem demorar em
procurar a confirmação diagnóstica dos casos suspeitos. O risco é gerar seqüelas graves
e irreversíveis no desenvolvimento da criança, que só serão perceptíveis tardiamente.
Dependendo da doença detectada, pode-se obter adequada orientação sobre o
tratamento nos Serviços de Referência em Triagem Neonatal, que contam com uma
equipe multidisciplinar especializada, ou buscar apoio com especialistas.
As demais doenças triadas requerem orientações específicas que podem ser obtidas com
o pediatra, nos Serviços de Referência em Triagem Neonatal ou junto ao laboratório
que realiza o exame.
• Fenilcetonúria (PKU)
• Hipotireoidismo congênito (HC)
• Anemia falciforme e outras hemoglobinopatias
• Hiperplasia adrenal congênita
• Fibrose cística (FC)
• Galactosemia
• Deficiência de Biotinidase
• Deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD)
• Toxoplasmose congênita
• Sífilis congênita
• Citomegalovirose congênita
• Doença de Chagas congênita
• Rubéola congênita
• SIDA congênita
• Deficiência de MCAD
• Espectrometria de massa
Fenilcetonúria (PKU) ( Topo )
Doença genética em que a criança não tem a enzima fenilalanina hidroxilase, que promove o
metabolismo do aminoácido fenilalanina existente em todas as formas de proteína da nossa
alimentação (carne, leite, ovos, etc.). Com isso, a fenilalanina se acumula no sangue e em todos os
tecidos. Este excesso provoca lesões graves e irreversíveis no sistema nervoso central (inclusive o
retardo mental) e o seu tratamento precoce pode prevenir estas seqüelas.
O tratamento consiste em uma dieta pobre em fenilalanina. Como esta substância está presente em
todas as proteínas, a dieta exige que alimentos protéicos (carne, ovos, leite, etc.) sejam
substituídos por uma mistura de aminoácidos com pouca ou nenhuma fenilalanina. O controle no
tratamento é feito através de dosagens periódicas dos níveis desta enzima no soro.
O prazo para o tratamento é muito variável conforme cada caso, podendo ser para o resto da vida
ou interrompido em algum momento. Esta decisão, no entanto, só deve ser tomada pelo médico
que acompanha o paciente.