Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MANUTENÇÃO ESTRATÉGICA:
INTEGRAÇÃO ENTRE AS ÁREAS DE
PRODUÇÃO E MANUTENÇÃO
2
XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10
1. INTRODUÇÃO
Se antes a manutenção era vista como prejuízo financeiro, hoje é vista como um ativo
para uma empresa, visando redução dos custos de produção ou serviços juntamente com
melhorias nos processos bem como na qualidade, havendo dessa forma equipamentos com
menor número de quebras, maiores produtividades do setor, melhoria nos produtos deixando
clientes mais satisfeitos, empresas mais competitivas, trabalhadores motivados, aumento do
lucro da empresa com possível aquisição de novos maquinários e aumento no quadro de
funcionários (KARDEC E NASCIF, 2013).
Há um papel estratégico para a Manutenção, que precisa estar voltada para os
resultados empresariais da organização. É preciso, sobretudo, deixar de ser apenas eficiente
para se tornar eficaz, ou seja, não basta apenas reparar o equipamento ou a instalação tão
rápida quanto possível, mas é preciso principalmente, manter a função do equipamento
disponível para a operação, reduzindo a probabilidade de uma parada de produção não
planejada. (KARDEC E NASCIF, 2013).
A Manutenção Integrada tem objetivo de integrar as atividades de manutenção às de
produção, resultando num time coeso com um trabalho voltado para resultados e redução de
perdas, quer seja material, tempo, qualidade, etc. (OLIVEIRA 2002).
3
XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10
4
XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10
5
XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10
Souza (2013), Kardec e Nascif (2013) abordam as perdas, na visão da TPM como
mostra a Tabela 2.
Tabela 2: A seis grandes perdas
AS 6 GRANDES PERDAS CAUSA DA PERDA INFLUÊNCIA
1. Quebras. Paralisação Tempo de Operação
2. Mudança de Linha.
3. Operação em Vazio e Pequenas Paradas. Queda de Velocidade Tempo Efetivo de
4. Velocidade Reduzida em Relação à Nominal. Operação
5. Defeitos de Produção. Defeitos Tempo de Efetivo de
6. Queda de Rendimento. Produção
6
XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10
um novo item. São as perdas ocorridas quando é efetuada a mudança de uma linha. Com a
interrupção para a preparação das máquinas para um novo produto. Esse tempo inclui
alterações nas máquinas, regulagens e ajustes necessários.
3. Perdas em Pequenas Paradas/Tempo Ocioso;
São os tempos de espera e retomada de operação. É a quantidade de itens que deixa de
ser produzida em decorrência de pequenas paradas no processo para pequenos ajustes, ou por
ociosidades como, por exemplo, máquina operando em vazio. São interrupções momentâneas
causadas por problemas na produção ou nos equipamentos, que muitas vezes exigem pronta
intervenção do operador para que a linha volte a produzir normalmente.
4. Perda por Baixa Velocidade do Equipamento;
São as perdas por operação em velocidade reduzida em relação ao padrão normal. É a
quantidade de itens que deixa de ser produzido em decorrência de o equipamento estar
operando a uma velocidade mais baixa do que o nominal especificado pelo fabricante como
exemplo: desgaste localizado obriga a trabalhar com velocidade 15% menor;
superaquecimento em dias quentes por deficiência de refrigeração requer funcionamento com
80% da velocidade; vibração excessiva, em algum equipamento da linha, a 100% de
velocidade, mas tolerável a 75% de velocidade.
5. Perdas por Produtos Defeituosos;
São as perdas decorrentes de peças defeituosas ou fora do padrão estabelecido pelo
cliente. É a quantidade de itens que é perdida (para todos os efeitos, é como se eles não
tivessem sido produzidos) por qualidade insatisfatória, quando o processo já entrou em regime
de produção.
6. Perdas por Start up;
São as perdas ocorridas no início de operação das máquinas. É a quantidade de itens
que é perdida (para todos os efeitos, é como se eles não estivessem sidos produzidos) por
qualidade insatisfatória, quando o processo ainda não entrou em regime de produção. No Start
up ou partida, o índice de perda é em geral maior.
Segundo Souza (2013) a divisão das atividades de uma TPM é feita em oito grupos de
gestão, denominados Pilares. Tem esse nome, pois são os responsáveis pela sustentação da
metodologia da TPM.
7
XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10
8
XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10
Como o próprio nome indica, é focar a melhoria global do negócio. Desse modo,
procura-se reduzir os problemas para melhorar o desempenho. Atividade que serve para
erradicar de forma concreta as seis grandes perdas que reduzem a eficiência do equipamento.
Através da eliminação destas perdas, melhora-se a eficiência global do equipamento.
9
XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10
Fonte: http://www.advanced-eng.com.br/sobretpm.htm
As atividades de inspeção promovida na manutenção autônoma, com base nos
manuais de inspeção do equipamento são direcionadas à detecção de pequenas falhas, análises
dos componentes de qualidade e segurança. Segundo Xenos (2004), “o mau desempenho dos
equipamentos deve-se ao relacionamento ruim e conflitos entre os departamentos de produção
e de manutenção”, porém com a implantação da manutenção autônoma, o operador se fez
cada vez mais participativo e se sente parte atuante do processo.
Para Pereira (2011), a finalidade é torná-los aptos a promover, no seu ambiente de
trabalho, mudanças que venham garantir aumento de produtividade e satisfação em atuar no
seu posto de trabalho. Sendo assim, a Manutenção Autônoma significa mudar a mentalidade
para “desse equipamento cuido eu”, deixando de usar o antigo que era “eu fabrico e você
conserta”, conforme ilustra a Figura 4.
10
XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10
Fonte: http://qualidadeprodutividade-fernando.blogspot.com.br/2012/12/tpm-03-pilar
Pereira (2011) desenvolve uma relação de algumas das principais atividades do
mantenedor autônomo como: operação correta de máquinas e equipamentos; aplicação dos
5S; registro diário das ocorrências e ações; inspeção autônoma; monitoração com base nos
seguintes sentidos humanos: visão, audição, olfato e tato; lubrificação; elaboração de padrões
(procedimentos); execução de regulagens simples; execução de reparos simples; execução de
testes simples; aplicação de manutenção preventiva simples; preparação simples (set up);
participação em treinamentos e grupos de trabalho.
3. PROGRAMA 5S
11
XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10
3.1 IMPLANTAÇÃO DO 5S
Para Kardec e Nascif (2013), apesar de não existir um modelo rígido para a
implantação do 5S, a prática mais adotada e que melhores resultados apresenta está indicada a
baixo, e compõe-se das seguintes etapas: preparar a organização; treinar e educar no 5S;
levantar problemas e encontrar soluções no 5S; elaborar plano de ação; acompanhar a
implantação; promover o 5S.
A implantação do 5S deve seguir um plano estratégico e deve partir da alta
administração da organização ou, até mesmo, do gestor de uma determinada área executando
um “projeto-piloto”, nesse modelo as chances de sucesso são elevadíssimas. Para a
implantação definitiva do 5S é necessário que todos os empregados participem, do presidente
ao empregado de mais baixo cargo na escala hierárquica.
4. METODOLOGIA
12
XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10
5. ANÁLISE DE RESULTADOS
13
XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10
ocorrências e ações; inspeção autônoma; monitoração com base nos sentidos humanos: visão,
audição, olfato e tato; lubrificação; execuções de regulagens simples; execuções de reparos
simples; execuções de testes simples; preparação de set up simples;
Após a implantação da Manutenção Produtiva Total podemos apresentar as seguintes
melhorias para a empresa e seus funcionários: autogerenciamento do local de trabalho; senso
de propriedade; aumento do tempo operativo; redução do Down Time; aumento do OEE;
redução no número de paradas não programadas; maior envolvimento, fazendo com que o
operador se sinta cada vez mais como parte atuando no processo produtivo; melhora na
qualidade de operação redução de perdas; redução do tempo de máquina parada; aumento da
disponibilidade do time de manutenção; redução dos custos de manutenção; aumento do
MTBF; redução do MTTR; melhor capacitação dos funcionários da produção;
14
XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Engenharia de Produção, Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável: a Agenda Brasil+10
BRANCO FILHO, Gil. A Organização o Planejamento e o Controle da Manutenção. Rio de Janeiro: Editora
Ciência Moderna Ltda., 2008.
KARDEC, Allan; NASCIF, Júlio. Manutenção – Função Estratégica. 4ª Edição: Rio de Janeiro: Qualitymark
Editora, 2013.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Maria de Andrade. Fundamentos de Metodologia científica. 7.ed. São
Paulo: Atlas, 2010.
OLIVEIRA, Marcelo Rissatto de; LIMA, Carlos Roberto Camello. Integração da Manutenção na produção:
Uma estratégia competitiva ou Utopia? Disponível em
<http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2002_TR17_0369.pdf> 2002, acessado em 25 de Set. de 2013.
PEREIRA, Mário Jorge. Engenharia de Manutenção – Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Editora Ciência
Moderna Ltda., 2011.
PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar de. Metodologia do Trabalho Científico; Métodos e
Técnicas de Pesquisa e do Trabalho Academico. – 2. Ed. – Novo Hamburgo: Feevale, 2013. Disponível em
<http://docente.ifrn.edu.br/valcinetemacedo/disciplinas/metodologia-do-trabalho-cientifico/e-book-mtc> 2013,
acessado em dezembro de 2013.
15