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Slide 1

Situação da pandemia continua melhorando, com a média móvel de novos casos e mortes dando sequência a tendência de queda. Ontem, tivemos 558
mortes nas últimas 24 horas, o que levou a média móvel a 334 mortes, abaixo da marca de 400 pelo terceiro dia seguido e queda de 35% em relação a duas
semanas atrás. Com esse resultado chegamos a mais de 602 mil mortes na pandemia.

Em relação ao número de casos, tivemos ontem quase 15 mil novos casos, o que levou a média móvel a 11.300 casos, queda de 32% em relação a duas
semanas atrás.

Essa queda é fruto do avanço da vacinação. Já temos 70% da população vacinada com uma dose e 48% da população totalmente imunizada. A média móvel
de vacinação continua em ritmo elevado, indicando que devemos ter a maioria da população imunizada até o fim do ano.
Slide 2 – Atividade Econômica

Nessa semana tivemos a divulgação dos serviços, que com a divulgação do IBC-Br hoje completa o panorama da atividade econômica em agosto.

Panorama esse que não está tão positivo. O volume de serviços avançou meio porcento em agosto na comparação com julho, uma desaceleração da alta de
0,7% em julho. Já é o quinto mês consecutivo de alta no setor, acumulando ganhos 6,5% no período. Assim, o setor de serviços se encontra 4,6% acima de
fevereiro de 2020 e alcança o patamar mais elevado desde novembro de 2015.

No geral, tivemos um desempenho fraco em agosto. Apenas os serviços tiveram desempenho positivo. Indústria recuou pelo terceiro mês consecutivo
enquanto varejo teve uma forte queda.

Indústria sofrendo com as condições de oferta e crise hídrica, varejo sofrendo com a apatia do consumo e esperando dias melhores com as compras de fim
de ano, enquanto os serviços surfam a onda da reabertura e retomada do convívio social pós-pandemia.
Slide 3 – IPCA de setembro

Na sexta passada tivemos a divulgação da inflação para o mês de setembro e o resultado foi um avanço de 1,16%, o maior para um mês de setembro desde
a implementação do plano Real em 94. Com isso o IPCA já acumula alta de 6,90% no ano e 10,25% em 12 meses.

Quando analisamos os dados vemos que essa inflação está disseminada, pois dos nove grupos de bens e serviços, oito apresentaram alta, sendo o grupo de
educação a exceção. E novamente, o grupo de habitação foi o maior vilão, registrando a maior alta e o maior impacto no mês, fruto da alta da energia
elétrica, pois em setembro passou a valer a bandeira Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos. Em agosto, a
bandeira vigente era a vermelha patamar 2, na qual o acréscimo é menor (de R$ 9,492 para os mesmos 100 kWh).
Slide 4 – IPCA setembro

Quando olhamos para as classes de bens e serviços vemos que todos estão subindo, com destaque para os serviços e não comercializáveis.

No gráfico à direita, temos a inflação comparada aos anos recentes e vemos que o ano de 2021 está bem atípico, bem mais elevado do que o observado
historicamente.
Slide 5 – Focus

O Focus continua indicando a mesma dinâmica das últimas semanas. O IPCA sofreu a vigésima sétima revisão altista, para 8,59%, vindo de 8,51%. Para 2022,
a expectativa continua descolando, com a mediana hoje em 4,17%, já bem acima da meta.

As expectativas para o PIB ficaram estáveis em 5,04% para 2021 enquanto para 2022 recuou para 1,54.

A mediana do câmbio subiu para 5,25 para 2021, o mesmo valor para 2022.

Por fim, a Selic continua ancorada em 8,25% dada a comunicação do banco central, enquanto para o ano que vem a expectativa subiu para 8,75%.
Slide 6 – Internacional

Nos Estados Unidos também tivemos a divulgação da inflação de setembro que alcançou 5,4% em 12 meses, quinto mês consecutivo de inflação acima dos
5% nessa métrica. Na comparação mensal, o índice avançou 0,4%. O núcleo da inflação continua pressionado, alcançando 4% ao ano, indicando que as
pressões inflacionárias não são tão temporárias assim.

A inflação ao produtor americano aumentou 0,5% em setembro na comparação com agosto, e 8,6% na comparação com setembro de 2020, em um ritmo
mais moderado que o esperado.

Ainda nos Estados Unidos, os dados de emprego formal decepcionaram mais uma vez, com a criação de 194 mil novas vagas, abaixo do resultado de 366 mil
empregos observados em agosto, que já foi decepcionante. Para esse mês, a expectativa era de criação de 500 mil novos empregos. Com isso, surgem
dúvidas sobre a decisão do Fed de já iniciar a redução de compra de ativos. Apesar desse resultado, a taxa de desemprego recuou pelo terceiro mês
consecutivo, alcançando 4,8%. Ainda assim, existem 5 milhões de trabalhadores fora da força de trabalho em comparação ao início da pandemia.

Na China, a inflação ao consumidor alcançou 0,7% ao ano, enquanto a inflação ao produtor alcançou 10,7% ao ano. O aumento da inflação ao produtor foi
basicamente devido ao aumento de preço do carvão, que valorizou 75% na comparação anual. A China também tem sofrido com questões energéticas, o
que tem pressionado os preços industriais. No mercado consumidor, a demanda e oferta ficaram basicamente estáveis, mas a pressão sobre os produtores
para repassar custo tem aumentado, o que deve se materializar em inflação aos consumidores nos próximos meses.

Por fim, o Real teve uma semana atribulada, mas ficou estável em relação a sexta-feira passada, cotado a R$5,5131 ontem. Mas, ao longo dos pregões o
câmbio chegou a encostar em 5,57, devido a discussões sobre a possibilidade de extensão do auxílio emergencial e seu impacto sobre o teto de gastos, além
do menor apetite por risco do investidor estrangeiro. E nessa semana o Bacen fez duas intervenções de 1 bi cada, para tentar controlar a volatilidade.

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