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globalização excludente do capitalismo contemporâneo. Nessa confluência destaca-se a
violência de gênero associada a formas tradicionais de expressão da cultura gestadas na
ausência do Estado, tornando essa violência mais cruel e mais constante.
Desse modo o projeto teve como objetivo principal fortalecer a formação dos
licenciandos em História da URCA a partir da articulação entre teoria e prática docente
sobre as interseccionalidades entre o ensino de história e a educação em direitos
humanos. Para tanto elegeu-se como objetivos específicos: aperfeiçoar o estágio
supervisionado dos licenciando em História mediante as trocas de experiências entre
docentes da universidade e da educação básica, graduandos e discentes das escolas-
campo; Realizar intervenções pedagógicas nas escolas-campo dedicadas ao ensino de
história e suas imbricações na educação em direitos humanos; Reforçar a produção de
saberes históricos em coautoria (Professores coordenadores / preceptores /
licenciandos e estudantes da educação básica); Oportunizar aos discentes a elaboração
de produtos educativos voltados ao ensino de História e aos direitos humanos.
Problematizou-se algumas questões que norteiam a estrutura do trabalho:
Quais os impactos do Programa Residência Pedagógica na estrutura da
licenciatura em História, nas suas formas de institucionalização, na permanência
dos alunos na instituição?
Até que ponto conseguimos avançar na experiência da Residência Pedagógica na
direção de uma proposta curricular de formação de professores que se
preocupa com a construção de interfaces entre os conhecimentos da formação
específica da área e os conhecimentos específicos para a docência?
Como foi a relação do Programa Residência Pedagógica com os estágios? Como
funcionam os estágios no curso de História? Qual é o projeto de estágio da
Universidade?
O campo da pesquisa em ensino traz diversas pesquisas que lançam luz sobre a
problemática aqui apresentada servimo-nos especialmente dos trabalhos de Pimenta e
Lima (2007), Pimenta (2008) e Melo (2013) que constituem-se fontes referenciais para
o debate sobre os estágios curriculares nos cursos de licenciatura. Os trabalhos de Gatti
e Nunes (2009), Gatti et al. (2010), Gatti (2014) nos auxiliaram no debate sobre
currículo e Políticas Públicas de formação de professores. Os trabalhos de Caimi (2015)
e Prats (2005) no debate sobre os conhecimentos e capacidades que um professor de
História precisa manejar para dar conta das exigências que emergem dos atuais
contextos social e escolar.
Quanto aos estágios curriculares, que em tese, são espaços para a interconexão entre
teorias e práticas a partir da vivência dos contextos escolares. Identificamos algumas
questões que se tornaram mais evidentes a partir da interface com o Programa da
Residência Pedagógica. A dificuldade inicial advém da relação com as Secretarias de
Educação, com os Diretores e professores da rede básica, estadual e municipal. A
despeito da existência de convênios com a maioria dos municípios da região onde os
licenciandos residem e optam por realizar o estágio, esse instrumento parece ser
desconhecido ou ignorado pelos Secretários Municipais, pelos diretores e até pelos
professores da rede básica não restando muito claro e definido as atribuições de cada
parte conveniada e o acompanhamento é muito frágil.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAIMI, Flávia Eloisa. Revista História & Ensino, Londrina, v. 21, n. 2, p. 105-124, jul./dez.
2015.
GATTI, B. A.; NUNES, M. M. R. (Org.). Formação de professores para o ensino
fundamental: estudo de currículos das licenciaturas em Pedagogia, Língua Portuguesa,
Matemática e Ciências Biológicas, 2009. (Coleção Textos FCC, n. 29).
GATTI, B. A. et al. Formação de professores para o ensino fundamental: instituições
formadoras e seus currículos. Estudos e Pesquisas Educacionais, São Paulo, Fundação
Victor Civita, n. 1, p. 95-138, 2010.
GATTI, Bernardete A. Formação inicial de professores para a educação básica: pesquisas
e políticas educacionais. Revista de Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo, v. 25,
n. 57, p. 24-54, jan./abr. 2014.
MELO, Egberto Melo. O Estágio Supervisionado e a circularidade de saberes no entre-
lugares de formação do professor de História. In: XXVII Simpósio Nacional de História.
ANPUH. Natal-RN, jul, 2013.
PRATS, Joaquín. Ensinar História no contexto das ciências sociais: princípios básicos.
Revista Educar, Curitiba, p.191-218, 2006. Editora UFPR.
PIMENTA, S. G. (Org). Estágio e docência. São Paulo: Cortez, 2008.
PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência. 2. ed. rev. São Paulo: Cortez, 2007.