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Rodada #12

Direito Constitucional
Professor Frederico Dias

Assuntos da Rodada
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL: 1 Constituição da República
Federativa do Brasil de 1988. 1.1 Princípios fundamentais. 2 Aplicabilidade das
normas constitucionais. 2.1 Normas de eficácia plena, contida e limitada. 2.2
Normas programáticas. 3 Direitos e garantias fundamentais. 3.1 Direitos e
deveres individuais e coletivos, direitos sociais, direitos de nacionalidade,
direitos políticos, partidos políticos. 4 Organização político-administrativa do
Estado. 4.1 Estado federal brasileiro, União, estados, Distrito Federal,
municípios e territórios. 5 Administração pública. 5.1 Disposições gerais,
servidores públicos. 6 Poder executivo. 6.1 Atribuições e responsabilidades do
presidente da República. 7 Poder judiciário. 7.1 Disposições gerais. 7.2 Órgãos
do poder judiciário. 7.2.1 Organização e competências, Conselho Nacional de
Justiça. 7.2.1.1 Composição e competências. 8 Funções essenciais à justiça.
8.1 Ministério público, advocacia pública. 8.2 Defensoria pública.
DIREITO CONSTITUCIONAL

a.Teoria em Tópicos

MINISTÉRIO PÚBLICO

1. O Ministério Público (MP) é instituição permanente, essencial à função


jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do
regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

2. O Ministério Público abrange (i) o Ministério Público da União e (ii) o


Ministério Público dos Estados. Observe que se trata de dois ramos
distintos do Ministério Público.

2.1. Atenção! O MP dos Estados não integra o MPU!

2.2. Atenção! O MPDFT integra o MPU, e não tem nada a ver com o
Ministério Público dos Estados.

2.3. Ao estruturar o Ministério Público (art. 128), a Constituição não


menciona o Ministério Público Especial, que atua junto aos Tribunais de
Contas. É que esse órgão não faz parte do MP, mas da respectiva
Corte de Contas.

2.3.1. No art. 130, a Constituição estabelece que aos membros do


Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as
disposições sobre o Ministério Público Comum pertinentes a

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DIREITO CONSTITUCIONAL

direitos, vedações e forma de investidura (CF, art. 130).

2.4. O art. 128 também não menciona o Ministério Público Eleitoral. É que
ele não dispõe de estrutura própria e será integrado por membros do
MP federal e membros do MP estadual.

3. O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da


República (PGR).

3.1. O PGR será nomeado pelo Presidente da República dentre


integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a
aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do
Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a
recondução (CF, art. 128, § 1°).

3.2. Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios


formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei
respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral de Justiça (PGJ), que
será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois
anos, permitida uma recondução.

Nomeação do PGR (MPU) Nomeação do PGJ (MP dos estados)


- Presidente da República; - Governador;
- integrantes da carreira; - lista tríplice dentre os integrantes;
- 35 anos; - mandato de 2 anos;
- maioria absoluta do Senado; - permitida uma única recondução.
- mandato de 2 anos;
- permitidas várias reconduções.

3.3. A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do


Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da
maioria absoluta do Senado Federal (CF, art. 128, § 2º).

3.4. Já a destituição do Procurador-Geral de Justiça nos Estados-membros

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DIREITO CONSTITUCIONAL

é competência da respectiva Assembléia Legislativa, por decisão de


maioria absoluta dos seus membros (CF, art. 128, § 4º).

PGR→ tanto a nomeação quanto a destituição são


submetidas ao Senado;

PGJ→ somente a destituição é submetida à Assembléia


Legislativa;

3.5. Atenção! Como o MPDFT é organizado pela União e faz parte do MPU,
a autoridade competente para nomear o PGJ do DF e Territórios é o
Presidente da República, e não o Governador. E a destituição do
Procurador-Geral de Justiça do DF e Territórios é competência do
Senado Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros.

4. Princípios institucionais do Ministério Público - São princípios


institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a
independência funcional (CF, art. 127, § 1°).

4.1. Unidade - Os membros do MP integram apenas um órgão, sob a


direção única de um só Procurador-geral. Essa unidade existe dentro
de cada Ministério Público. Assim, não há unidade, por exemplo, entre
o Ministério Público do Trabalho e o Ministério Público Federal.

4.2. Indivisibilidade - Os membros do MP não estão vinculados a


qualquer processo em que estejam atuando. Assim, podem ser
substituídos ao longo do processo, de acordo com as regras de direito
aplicáveis, sem prejuízo para atuação do parquet. O princípio da
indivisibilidade decorre do princípio da unidade.

4.3. Independência funcional - O MP possui independência no exercício


de suas funções, não se subordinando a quaisquer outros Poderes da
República. Assim, seus membros não estão funcionalmente

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subordinados nem mesmo ao Procurador-Geral e podem atuar de


acordo com as suas livres convicções (existe uma relação hierárquica
meramente administrativa).

4.4. Além desses princípios expressos, há também o art. 127, § 2° da


CF/88, que assegura autonomia funcional e administrativa,
podendo propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus
cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de
provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de
carreira. Pode-se incluir a autonomia financeira, como a competência
para elaborar sua proposta orçamentária (dentro dos limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.).

5. Garantias e vedações - Leis complementares da União e dos Estados (de


iniciativa concorrente entre o Chefe do Executivo e os respectivos
Procuradores-Gerais) vão estabelecer a organização, as atribuições e o
estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus
membros diversas garantias. São elas a vitaliciedade, a inamovibilidade e a
irredutibilidade do subsídio.

5.1. Vitaliciedade - após dois anos de exercício, não podendo perder o


cargo senão por sentença judicial transitada em julgado.

5.2. Inamovibilidade - salvo por motivo de interesse público, mediante


decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, por voto
de maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa.

5.2.1. De se destacar a possibilidade de o Conselho Nacional do


Ministério Público (CNMP) determinar a remoção de membros
do Ministério Público (CF, art. 130-A, § 2º, III).

5.3. Irredutibilidade de subsídio – ressalvado o teto remuneratório (CF,


art. 37, XI) e as tributações sobre os vencimentos (CF, arts. 150, II,

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153, III, 153, § 2º, I).

5.4. Além das garantias, essas leis complementares deverão ainda


observar as seguintes vedações.

a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários,


percentagens ou custas processuais;

b) exercer a advocacia;

c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;

d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função


pública, salvo uma de magistério;

e) exercer atividade político-partidária;

f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de


pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as
exceções previstas em lei.

g) exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes


de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou
exoneração.

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6. Funções - São funções institucionais do Ministério Público:

I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;

II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de


relevância pública aos direitos assegurados na Constituição, promovendo as
medidas necessárias a sua garantia;

III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção


do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses
difusos e coletivos;

IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins


de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos na
Constituição;

V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações


indígenas;

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VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua


competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na
forma da lei complementar respectiva;

VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei


complementar;

VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito


policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações
processuais;

IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que


compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial
e a consultoria jurídica de entidades públicas.

6.1. Observe que, com base no inciso IX, podemos concluir que essa lista
não é exaustiva.

6.2. Essas funções do Ministério Público só podem ser exercidas por


integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva
lotação, salvo autorização do chefe da instituição (CF, art. 129, § 2º).

6.3. O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso


público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos
Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em
direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se,
nas nomeações, a ordem de classificação (CF, art. 129, § 3º).

7. Conselho Nacional do Ministério Público - A EC 45/2004 criou Conselho


Nacional do Ministério Público (CNMP), ao qual compete o controle da
atuação administrativa e financeira do MP e do cumprimento dos deveres
funcionais de seus membros.

7.1. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze


membros nomeados pelo Presidente da Republica, depois de aprovada

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a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:

I - O Procurador-Geral da Republica, que o preside;

II - quatro membros do MPU (assegurada a representação de cada


carreira especializada);

III - três membros do MP dos Estados;

IV - dois juízes (um pelo STF e o outro pelo STJ);

V - dois advogados, indicados pela OAB;

VI - dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, (um


indicado pela Câmara e o outro pelo Senado).

7.2. O mandato é de dois anos, admitida uma recondução.

ADVOCACIA

8. De acordo com o art. 133 da Constituição, o advogado é indispensável à


administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no
exercício da profissão, nos limites da lei.

8.1. Aqui há (i) a indispensabilidade do advogado; e (ii) a imunidade do


advogado.

8.2. No que tange ao princípio da indispensabilidade do advogado, ele


exige a subscrição de profissional habilitado (mediante inscrição na
Ordem dos Advogados do Brasil – OAB) para postulação em juízo. Essa
exigência apresenta as exceções de habeas corpus, justiça do
trabalho, juizados especiais cíveis e revisão criminal (em que não há
necessidade de advogado).

8.3. Quanto a esta última, não se trata de inviolabilidade absoluta.


Evidentemente, essa garantia é para as manifestações e atos
cometidos no exercício da função. Não há garantia para atos

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DIREITO CONSTITUCIONAL

descabidos, de ofensas gratuitas e sem conexão com a causa em si.

ADVOCACIA PÚBLICA

9. Os arts. 131 e 132 referem-se à Advocacia Pública (que abrange a


Advocacia-Geral da União e os Procuradores estaduais).

9.1. O ingresso nas classes iniciais dessas carreiras far-se-á mediante


concurso público de provas e títulos.

10. Nos termos do art. 131 da CF/88, a Advocacia-Geral da União é a


instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a
União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei
complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as
atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.

10.1. Ou seja, a representação judicial e extrajudicial será da União como


um todo (englobando os três Poderes da República). Já a atividade de
consultoria e assessoramento jurídico será realizada exclusivamente
para o Poder Executivo.

11. Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da


União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (CF, art. 131, §
3°).

12. A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de


livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de
trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada (CF, art.
131, § 1º).

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DIREITO CONSTITUCIONAL

13. Analogamente à atividade desempenhada pela AGU, os Procuradores dos


Estados e do Distrito Federal exercerão a representação judicial e a
consultoria jurídica das respectivas unidades federadas (CF, art. 132).

13.1. Esses procuradores serão organizados em carreira, na qual o


ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a
participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as suas
fases. A eles é assegurada estabilidade após três anos de efetivo
exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos
próprios, após relatório circunstanciado das corregedorias.

DEFENSORIA PÚBLICA

14. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função


jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do
regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção
dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e
extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e
gratuita, aos necessitados, na forma do art. 5.º, LXXIV.

15. São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a


indivisibilidade e a independência funcional, aplicando-se também, no
que couber, o disposto no art. 93 e no inciso II do art. 96 da Constituição
Federal (CF, art. 134, § 4º).

16. As Defensorias Públicas serão organizadas em cargos de carreira, providos,


na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos,
assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e
vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais

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DIREITO CONSTITUCIONAL

(CF, art. 134, § 1º).

17. A Emenda Constitucional 45/2004 trouxe regra de fortalecimento da


autonomia das defensorias públicas estaduais, assegurando-lhes autonomia
funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária
dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.
Posteriormente, a EC 74/2013 estendeu essa mesma garantia às
Defensorias Públicas da União e do Distrito Federal. Portanto, nos dias
atuais, todas as Defensorias Públicas possuem autonomia funcional e
administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos
limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

18. Assim como os servidores integrantes da carreira da advocacia pública (isto


é, integrantes da Advocacia-Geral da União e dos órgãos a ela vinculados),
os servidores das defensorias públicas serão remunerados na forma de
subsídio (art. 135).

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DIREITO CONSTITUCIONAL

b.Revisão 1 (questões)

QUESTÃO 1 – CESPE – ESCRIVÃO – PC – GO - 2016

Cabe ao MP a representação judicial do estado de Goiás.

QUESTÃO 2 – CESPE – ANALISTA – TCE - PR – 2016

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União é órgão


integrante do Ministério Público da União (MPU), e a seus membros
aplicam-se os mesmos direitos, vedações e forma de investidura aplicados
ao MPU.

QUESTÃO 3 – CESPE – AUXILIAR – TCE - PA – 2016

Os chefes dos Ministérios Públicos da União, dos estados e do Distrito


Federal são nomeados pelo presidente da República.

QUESTÃO 4 – CESPE – ESCRIVÃO – PC - PE – 2016

Como não está inserido na parte da CF que trata da segurança pública, o


MP não pode exercer controle sobre a atividade policial.

QUESTÃO 5 – CESPE – ESCRIVÃO – PC - PE – 2016

O rol de funções institucionais do MP previstos na CF é taxativo.

QUESTÃO 6 – CESPE – TÉCNICO – TRT – 8ª REGIÃO – 2016

Incumbe ao Ministério Público, entre outras importantes delegações


constitucionais, a defesa do regime democrático e dos interesses sociais

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DIREITO CONSTITUCIONAL

indisponíveis.

QUESTÃO 7 – CESPE – TÉCNICO – TRT – 8ª REGIÃO – 2016

Embora elabore sua própria proposta orçamentária, o Ministério Público não


goza de autonomia funcional e administrativa, estando vinculado às
instâncias formais do Poder Judiciário.

QUESTÃO 8 – CESPE – TÉCNICO – TRE - PI – 2016

Dado o princípio da unidade, os membros do MP podem ser substituídos


uns pelos outros, desde que sejam da mesma carreira.

QUESTÃO 9 – CESPE – TÉCNICO – TRE - PI – 2016

Em decorrência do princípio da independência funcional, cada um dos


membros do MP vincula-se somente à sua convicção jurídica, quando se
trata de assunto relacionado com sua atividade funcional.

QUESTÃO 10 – CESPE – TÉCNICO – TRE - PI – 2016

Em razão da inamovibilidade, assegura-se aos membros do MP que não


sejam removidos em nenhuma hipótese.

QUESTÃO 11 – CESPE – TÉCNICO – TRE - PI – 2016

Dada a vitaliciedade, os membros do MP não podem ser destituídos do


cargo, ainda que alcancem a idade para a aposentadoria compulsória.

QUESTÃO 12 – CESPE – TÉCNICO – TRE - PI – 2016

Em decorrência do princípio da indivisibilidade, os promotores e os


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DIREITO CONSTITUCIONAL

procuradores integram um só órgão, sob a direção de um só chefe.

QUESTÃO 13 – CESPE – ANALISTA – TRE - PI – 2016

Caso pretenda destituir o procurador-geral da República, o presidente da


República deverá, previamente, obter autorização da maioria absoluta do
Congresso Nacional.

QUESTÃO 14 – CESPE – ANALISTA – TRE - GO – 2015

O Ministério Público Eleitoral é parte integrante do Ministério Público da


União, tem estrutura própria e é composto por procuradores investidos no
serviço público mediante aprovação em concurso próprio para a respectiva
carreira.

QUESTÃO 15 – CESPE – TÉCNICO – DPU – 2016

Os princípios institucionais da Defensoria Pública incluem a unidade, a


indivisibilidade e a independência funcional.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

c. Revisão 2 (questões)

QUESTÃO 16 – CESPE – ANALISTA – TRE - PI – 2016

Cabe à Advocacia-Geral da União desenvolver as atividades de consultoria


e assessoramento jurídico da União.

QUESTÃO 17 – CESPE – TÉCNICO – TRT – 8ª REGIÃO – 2016

O advogado-geral da União, chefe da AGU, é eleito pelos seus pares para


mandado de dois anos não renováveis.

QUESTÃO 18 – CESPE – TÉCNICO – TRT – 8ª REGIÃO – 2016

Em execução de dívida ativa de natureza tributária, a União é representada


pela Advocacia Geral da União (AGU) ou pelo Ministério Público, nos
estados em que não esteja instalada a AGU.

QUESTÃO 19 – CESPE – TÉCNICO – TRE - PI – 2016

É permitido aos defensores públicos o exercício de advocacia privada,


desde que seja realizada em horário não coincidente com o do serviço
público.

QUESTÃO 20 – CESPE – ESCRIVÃO – PC – GO - 2016

A Advocacia-Geral da União é a instituição competente para representar


extrajudicialmente a União, o que inclui, por exemplo, a representação do
ente central perante o Tribunal de Contas da União.

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QUESTÃO 21 – CESPE – ESCRIVÃO – PC – GO - 2016

Compete à defensoria pública a defesa, de forma integral e gratuita, dos


direitos individuais e coletivos dos necessitados, bem como a promoção da
ação penal pública nas hipóteses de crimes praticados contra os
hipossuficientes.

QUESTÃO 22 – CESPE – ANALISTA – TCE - PR – 2016

A Constituição Federal de 1988 dispõe expressamente acerca das vedações


e das garantias conferidas aos membros da Advocacia-Geral da União, que
incluem a vitaliciedade após dois anos de exercício profissional, a
inamovibilidade e a irredutibilidade dos subsídios.

QUESTÃO 23 – CESPE – ANALISTA – TCE - PR – 2016

A defensoria pública é instituição permanente, essencial à função


jurisdicional do Estado, e às defensorias públicas dos estados e da União
são asseguradas a autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de
sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias.

QUESTÃO 24 – CESPE – AUXILIAR – TCE - PA – 2016

Ao defensor público estadual é assegurada a garantia de inamovibilidade.

QUESTÃO 25 – CESPE – AGENTE – PC - PE – 2016

Os procuradores-gerais dos MPs dos estados e o do Distrito Federal e


Territórios serão nomeados pelos governadores dos estados e do Distrito
Federal, conforme o caso, a partir de lista tríplice composta por integrantes
da carreira, para mandato de dois anos.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

QUESTÃO 26 – CESPE – ESCRIVÃO – PC - PE – 2016

A independência funcional no desempenho das atribuições previstas aos


membros da defensoria pública garante a vitaliciedade no cargo.

QUESTÃO 27 – CESPE – ESCRIVÃO – PC - PE – 2016

O defensor público, estadual ou federal, que presta orientação jurídica a


necessitados pode também exercer a advocacia fora de suas atribuições
institucionais.

QUESTÃO 28 – CESPE – ESCRIVÃO – PC - PE – 2016

À defensoria pública, instituição permanente essencial à função jurisdicional


do Estado, incumbe a orientação jurídica e a defesa dos direitos individuais
e coletivos, de forma integral e gratuita, a necessitados, em todos os graus
de jurisdição e instâncias administrativas.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

d. Revisão 3

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DIREITO CONSTITUCIONAL

e. Normas utilizadas

CONSTITUIÇÃO FEDERAL (art. 127 a 135)

CAPÍTULO IV

DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA

SEÇÃO I

DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à


função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do
regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

§ 1º São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a


indivisibilidade e a independência funcional.

§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e


administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder
Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-
os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política
remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e
funcionamento.

§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro


dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta


orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o
Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta
orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente,
ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º.

§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for


encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do § 3º, o
Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da

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DIREITO CONSTITUCIONAL

proposta orçamentária anual.

§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver


a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente
autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.

Art. 128. O Ministério Público abrange:

I - o Ministério Público da União, que compreende:

a) o Ministério Público Federal;

b) o Ministério Público do Trabalho;

c) o Ministério Público Militar;

d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;

II - os Ministérios Públicos dos Estados.

§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da


República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da
carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela
maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos,
permitida a recondução.

§ 2º A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do


Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria
absoluta do Senado Federal.

§ 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e


Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei
respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe
do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.

§ 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e


Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder
Legislativo, na forma da lei complementar respectiva.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

§ 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é


facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as
atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a
seus membros:

I - as seguintes garantias:

a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o


cargo senão por sentença judicial transitada em julgado;

b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante


decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da
maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa;

c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e


ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I;

II - as seguintes vedações:

a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários,


percentagens ou custas processuais;

b) exercer a advocacia;

c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;

d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função


pública, salvo uma de magistério;

e) exercer atividade político-partidária;

f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de


pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções
previstas em lei.

§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art.


95, parágrafo único, V.

Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:

I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;

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DIREITO CONSTITUCIONAL

II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de


relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as
medidas necessárias a sua garantia;

III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção


do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos
e coletivos;

IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para


fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta
Constituição;

V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações


indígenas;

VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua


competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma
da lei complementar respectiva;

VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei


complementar mencionada no artigo anterior;

VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito


policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;

IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que


compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a
consultoria jurídica de entidades públicas.

§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas


neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o
disposto nesta Constituição e na lei.

§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por


integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação,
salvo autorização do chefe da instituição.

§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante

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concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos


Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no
mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a
ordem de classificação.

§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art.


93.

§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata.

Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de


Contas aplicam-se as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e
forma de investidura.

Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de


quatorze membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada
a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois
anos, admitida uma recondução, sendo:

I o Procurador-Geral da República, que o preside;

II quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a


representação de cada uma de suas carreiras;

III três membros do Ministério Público dos Estados;

IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro


pelo Superior Tribunal de Justiça;

V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos


Advogados do Brasil;

VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada,


indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal.

§ 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão


indicados pelos respectivos Ministérios Públicos, na forma da lei.

§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da


atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos

24
DIREITO CONSTITUCIONAL

deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe:

I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público,


podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou
recomendar providências;

II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante


provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou
órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-los,
revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao
exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de
Contas;

III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do


Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços
auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição,
podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a
disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao
tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla
defesa;

IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares


de membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos
de um ano;

V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar


necessárias sobre a situação do Ministério Público no País e as atividades do
Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI.

§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor


nacional, dentre os membros do Ministério Público que o integram, vedada a
recondução, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pela
lei, as seguintes:

I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas


aos membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares;

25
DIREITO CONSTITUCIONAL

II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição


geral;

III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-


lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Ministério Público.

§ 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do


Brasil oficiará junto ao Conselho.

§ 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério


Público, competentes para receber reclamações e denúncias de qualquer
interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra
seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional do
Ministério Público.

Seção II

DA ADVOCACIA PÚBLICA

Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente


ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e
extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser
sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e
assessoramento jurídico do Poder Executivo.

§ 1º A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da


União, de livre nomeação pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores
de trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

§ 2º O ingresso nas classes iniciais das carreiras da instituição de que


trata este artigo far-se-á mediante concurso público de provas e títulos.

§ 3º Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a


representação da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional,
observado o disposto em lei.

Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal,


organizados em carreira, na qual o ingresso dependerá de concurso público de

26
DIREITO CONSTITUCIONAL

provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em


todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a consultoria jurídica
das respectivas unidades federadas.

Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada


estabilidade após três anos de efetivo exercício, mediante avaliação de
desempenho perante os órgãos próprios, após relatório circunstanciado das
corregedorias.

(...)

SEÇÃO IV

DA DEFENSORIA PÚBLICA

Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à


função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento
do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção
dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos
direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados,
na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal.

§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do


Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua
organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial,
mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a
garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das
atribuições institucionais.

§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia


funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro
dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao
disposto no art. 99, § 2º.

§ 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias Públicas da União e


do Distrito Federal.

§ 4º São princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a

27
DIREITO CONSTITUCIONAL

indivisibilidade e a independência funcional, aplicando-se também, no que


couber, o disposto no art. 93 e no inciso II do art. 96 desta Constituição
Federal.

Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras disciplinadas nas


Seções II e III deste Capítulo serão remunerados na forma do art. 39, § 4º.

28
DIREITO CONSTITUCIONAL

f. Gabarito

1 2 3 4 5
E E E E E
6 7 8 9 10
C E E C E
11 12 13 14 15
E E E E C
16 17 18 19 20
E E E E C
21 22 23 24 25
E E C C E
26 27 28
E E C

29
DIREITO CONSTITUCIONAL

g. Breves Comentários às Questões

QUESTÃO 1 – CESPE – ESCRIVÃO – PC – GO - 2016

Cabe ao MP a representação judicial do estado de Goiás.

É vedado ao Ministério Público exercer a representação judicial e a


consultoria jurídica de entidades públicas (CF, art. 129, IX), ambas funções
atribuídas pela Constituição à AGU (CF, art. 131, caput). Item errado.

QUESTÃO 2 – CESPE – ANALISTA – TCE - PR – 2016

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União é órgão


integrante do Ministério Público da União (MPU), e a seus membros
aplicam-se os mesmos direitos, vedações e forma de investidura aplicados
ao MPU.

Segundo o STF, o MP Especial (que atua junto ao Tribunal de Contas da


União) não integra o MPU. Em realidade, ele integra a estrutura orgânica
do Tribunal de Contas da União. Item errado.

QUESTÃO 3 – CESPE – AUXILIAR – TCE - PA – 2016

Os chefes dos Ministérios Públicos da União, dos estados e do Distrito


Federal são nomeados pelo presidente da República.

Os Ministérios Públicos dos Estados formarão lista tríplice dentre


integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu
Procurador-Geral de Justiça (PGJ), que será nomeado pelo governador,
para mandato de dois anos, permitidauma recondução. Item errado.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

QUESTÃO 4 – CESPE – ESCRIVÃO – PC - PE – 2016

Como não está inserido na parte da CF que trata da segurança pública, o


MP não pode exercer controle sobre a atividade policial.

Uma das funções institucionais do MP é exatamente a de exercer o controle


externo da atividade policial, na forma da lei complementar (CF, art. 129,
VII). Item errado.

QUESTÃO 5 – CESPE – ESCRIVÃO – PC - PE – 2016

O rol de funções institucionais do MP previstos na CF é taxativo.

O rol de funções do MP não é exaustivo, eis que a própria Constituição


atribui ao MP a competência para exercer outras funções que lhe forem
conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade (CF, art. 129,
IX). Item errado.

QUESTÃO 6 – CESPE – TÉCNICO – TRT – 8ª REGIÃO – 2016

Incumbe ao Ministério Público, entre outras importantes delegações


constitucionais, a defesa do regime democrático e dos interesses sociais
indisponíveis.

O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função


jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do
regime democrático e dos interesses sociais e individuais
indisponíveis (CF, art. 127, caput). Item certo.

QUESTÃO 7 – CESPE – TÉCNICO – TRT – 8ª REGIÃO – 2016

Embora elabore sua própria proposta orçamentária, o Ministério Público não


goza de autonomia funcional e administrativa, estando vinculado às
instâncias formais do Poder Judiciário.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e


administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169 da CF/88,
propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços
auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e
títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre
sua organização e funcionamento (CF, art. 127, § 2º). Item errado.

QUESTÃO 8 – CESPE – TÉCNICO – TRE - PI – 2016

Dado o princípio da unidade, os membros do MP podem ser substituídos


uns pelos outros, desde que sejam da mesma carreira.

Segundo o princípio da unidade, os membros de cada ramo do MP integram


apenas um órgão, sob a direção única de um só Procurador-geral. A
questão faz menção ao princípio da indivisibilidade. Item errado.

QUESTÃO 9 – CESPE – TÉCNICO – TRE - PI – 2016

Em decorrência do princípio da independência funcional, cada um dos


membros do MP vincula-se somente à sua convicção jurídica, quando se
trata de assunto relacionado com sua atividade funcional.

De fato, de acordo com esse princípio o MP possui independência no


exercício de suas funções, não se subordinando a quaisquer outros Poderes
da República. Assim, seus membros podem atuar de acordo com as suas
livres convicções (até mesmo a relação hierárquica existente com o chefe
da instituição é meramente administrativa). Item certo.

QUESTÃO 10 – CESPE – TÉCNICO – TRE - PI – 2016

Em razão da inamovibilidade, assegura-se aos membros do MP que não


sejam removidos em nenhuma hipótese.

A inamovibilidade não prevalece em qualquer situação. Essa garantia

32
DIREITO CONSTITUCIONAL

preconiza que os membros do MP não pode ser removidos, salvo por


motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado
competente do Ministério Público, por voto de maioria absoluta de
seus membros, assegurada ampla defesa. Dese destacar a
possibilidade de o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)
determinar a remoção de membros do Ministério Público (CF, art. 130-A, §
2º, III). Item errado.

QUESTÃO 11 – CESPE – TÉCNICO – TRE - PI – 2016

Dada a vitaliciedade, os membros do MP não podem ser destituídos do


cargo, ainda que alcancem a idade para a aposentadoria compulsória.

A vitaliciedade não impede a aposentadoria compulsória. Item errado.

QUESTÃO 12 – CESPE – TÉCNICO – TRE - PI – 2016

Em decorrência do princípio da indivisibilidade, os promotores e os


procuradores integram um só órgão, sob a direção de um só chefe.

Segundo a indivisibilidade, os membros do MP não estão vinculados a


qualquer processo em que estejam atuando. Assim, podem ser substituídos
ao longo do processo, de acordo com as regras de direito aplicáveis, sem
prejuízo para atuação do parquet. Item errado.

QUESTÃO 13 – CESPE – ANALISTA – TRE - PI – 2016

Caso pretenda destituir o procurador-geral da República, o presidente da


República deverá, previamente, obter autorização da maioria absoluta do
Congresso Nacional.

A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente


da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta

33
DIREITO CONSTITUCIONAL

do Senado Federal (CF, art. 128, § 2º). Item errado.

QUESTÃO 14 – CESPE – ANALISTA – TRE - GO – 2015

O Ministério Público Eleitoral é parte integrante do Ministério Público da


União, tem estrutura própria e é composto por procuradores investidos no
serviço público mediante aprovação em concurso próprio para a respectiva
carreira.

O Ministério Público Eleitoral não dispõe de estrutura própria e será


integrado por membros do MP federal e membros do MP estadual. Item
errado.

QUESTÃO 15 – CESPE – TÉCNICO – DPU – 2016

Os princípios institucionais da Defensoria Pública incluem a unidade, a


indivisibilidade e a independência funcional.

De fato, são princípios institucionais da Defensoria Pública a unidade, a


indivisibilidade e a independência funcional (CF, art. 134, § 4º). Item certo.

QUESTÃO 16 – CESPE – ANALISTA – TRE - PI – 2016

Cabe à Advocacia-Geral da União desenvolver as atividades de consultoria


e assessoramento jurídico da União.

Conforme o art. 131 da CF/88, a Advocacia-Geral da União representa a


União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe as atividades de
consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. Ou seja, a
representação judicial e extrajudicial será da União como um todo
(englobando os três Poderes da República). Já a atividade de consultoria e
assessoramento jurídico será realizada exclusivamente para o Poder
Executivo. Item errado.

34
DIREITO CONSTITUCIONAL

QUESTÃO 17 – CESPE – TÉCNICO – TRT – 8ª REGIÃO – 2016

O advogado-geral da União, chefe da AGU, é eleito pelos seus pares para


mandado de dois anos não renováveis.

O AGU é de livre nomeação pelo Presidente da República (CF, art. 131, §


1º). Item errado.

QUESTÃO 18 – CESPE – TÉCNICO – TRT – 8ª REGIÃO – 2016

Em execução de dívida ativa de natureza tributária, a União é representada


pela Advocacia Geral da União (AGU) ou pelo Ministério Público, nos
estados em que não esteja instalada a AGU.

Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da


União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o
disposto em lei (CF, art. 131, § 3º). Item errado.

QUESTÃO 19 – CESPE – TÉCNICO – TRE - PI – 2016

É permitido aos defensores públicos o exercício de advocacia privada,


desde que seja realizada em horário não coincidente com o do serviço
público.

Em relação aos membros integrantes da defensoria, a Constituição veda o


exercício da advocacia fora das atribuições institucionais. Item errado.

QUESTÃO 20 – CESPE – ESCRIVÃO – PC – GO - 2016

A Advocacia-Geral da União é a instituição competente para representar


extrajudicialmente a União, o que inclui, por exemplo, a representação do
ente central perante o Tribunal de Contas da União.

É certo que a Advocacia-Geral da União representa a União inclusive

35
DIREITO CONSTITUCIONAL

extrajudicialmente (CF, art. 131, caput), como, por exemplo, perante o


TCU. Item certo.

QUESTÃO 21 – CESPE – ESCRIVÃO – PC – GO - 2016

Compete à defensoria pública a defesa, de forma integral e gratuita, dos


direitos individuais e coletivos dos necessitados, bem como a promoção da
ação penal pública nas hipóteses de crimes praticados contra os
hipossuficientes.

Cumpre ao Ministério Público promover, privativamente, a ação penal


pública, na forma da lei (CF, art. 129, I). Item errado.

QUESTÃO 22 – CESPE – ANALISTA – TCE - PR – 2016

A Constituição Federal de 1988 dispõe expressamente acerca das vedações


e das garantias conferidas aos membros da Advocacia-Geral da União, que
incluem a vitaliciedade após dois anos de exercício profissional, a
inamovibilidade e a irredutibilidade dos subsídios.

Não, essas garantias não são estendidas aos advogados públicos, mas aos
membros do MP e do poder judiciário. Item errado.

QUESTÃO 23 – CESPE – ANALISTA – TCE - PR – 2016

A defensoria pública é instituição permanente, essencial à função


jurisdicional do Estado, e às defensorias públicas dos estados e da União
são asseguradas a autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de
sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias.

De fato, a Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função


jurisdicional do Estado (CF, art. 134, caput). Também está correto que às
Defensorias Públicas são asseguradas autonomia funcional e administrativa

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DIREITO CONSTITUCIONAL

e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos


na lei de diretrizes orçamentárias (CF, art. 134, §§ 2º e 3º). Item certo.

QUESTÃO 24 – CESPE – AUXILIAR – TCE - PA – 2016

Ao defensor público estadual é assegurada a garantia de inamovibilidade.

A Constituição assegura aos membros da Defensoria a garantia da


inamovibilidade (CF, art. 134, § 1º). Item certo.

QUESTÃO 25 – CESPE – AGENTE – PC - PE – 2016

Os procuradores-gerais dos MPs dos estados e o do Distrito Federal e


Territórios serão nomeados pelos governadores dos estados e do Distrito
Federal, conforme o caso, a partir de lista tríplice composta por integrantes
da carreira, para mandato de dois anos.

O chefe da advocacia pública são de livre nomeação do chefe do Poder


Executivo (CF, art. 131, § 1º). Item errado.

QUESTÃO 26 – CESPE – ESCRIVÃO – PC - PE – 2016

A independência funcional no desempenho das atribuições previstas aos


membros da defensoria pública garante a vitaliciedade no cargo.

A Constituição não assegura vitaliciedade aos membros da Defensoria.


Item errado.

QUESTÃO 27 – CESPE – ESCRIVÃO – PC - PE – 2016

O defensor público, estadual ou federal, que presta orientação jurídica a


necessitados pode também exercer a advocacia fora de suas atribuições
institucionais.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

A Constituição veda aos integrantes da Defensoria o exercício da advocacia


fora das atribuições institucionais (CF, art. 134, § 1º). Item errado.

QUESTÃO 28 – CESPE – ESCRIVÃO – PC - PE – 2016

À defensoria pública, instituição permanente essencial à função jurisdicional


do Estado, incumbe a orientação jurídica e a defesa dos direitos individuais
e coletivos, de forma integral e gratuita, a necessitados, em todos os graus
de jurisdição e instâncias administrativas.

A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função


jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento
do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a
promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial
e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma
integral e gratuita, aos necessitados (CF, art. 134, caput). Item certo.

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