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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

INSTITUTO DE ENFERMAGEM
Disciplina: Filosofia e ética
Aluno: Ângelo Daniel Santos
Matricula:102010214
Prof. Josevandro Chagas

PORTOCARRERO, V., org. Filosofia, história e sociologia das ciências I: abordagens


contemporâneas [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 1994. 272 p. ISBN: 85-85676-
02-7. Available from SciELO Books <http://books.scielo.org>.

François Delaporte, nascido em 28 de junho de 1941 em Rabat, Marrocos, é um


filósofo e epistemólogo francês. Ele morreu em 28 de maio de 2019. Bolsista da Fundação
Arthur Sachs, passou um ano no Departamento de História da Ciência da Universidade de
Harvard, depois no Instituto de Pesquisa Histórica da UNAM ( Universidade Nacional
Autônoma do México), como professor visitante. Obteve o diploma de habilitação para a
pesquisa direta (filosofia-história da ciência), que apresentou sobre obras e apoiou em 23 de
fevereiro de 1993, na Universidade de Paris VII-Denis-Diderot. Na resenha feita pelo mesmo
intitulada A história das ciências segundo G. Canguilhem (1994), fala sobre como
Canguilhem aplicou as teorias bachelardiana no campo das ciências da vida como no livro A
teoria celular (1945), abordando a história das ciências superada / sancionada. A teoria
celular trabalha na aplicação de um princípio de inversão, onde a epistemologia bachelardiana
trocaria descontinuidades. Descobrir condições de possibilidade e não de obstáculos.
Diferentemente de Platão, Canguilhem se posiciona contra na aplicação da supervalorização
do mito, Canguilhem acredita que o mito ao mesmo tempo dar as condições de possibilidade
do conhecimento da vida e também é um obstáculo para o conhecimento do saber. Platão
usava o mito para trazer ao mundo o saber, como na alegoria da caverna, que faz parte de uma
das suas muitas obras, chamada A república (Platão, 2002), nessa obra ele explica como é a
passagem de um grau do conhecimento para o outro. É muito importante observar que todos
tem uma forma de alcançar o saber, o filosofo Georges Canguilhem aplicou as categorias da
epistemologia bachelardiana ao campo da história das ciências da vida e quase sem
modificações nos princípios metodológicos. Segundo Delaporte “É um fato: a história tal
como a entende Canguilhem não é nem um pleonasmo da ciência, nem filha da memória, mas
filha do juízo, isto é, história normativa. (Filosofia, história e sociologia das ciências I:
abordagens contemporâneas p, 23 1994)”. Abordando perfeitamente o método bachelardiana.
Somente quando Bacherlard na psicanalise se aproxima dos mitos, imagens, pressentimentos,
antecipações e intuições que Canguilhem faz uma inversão desse pensamento, pois ele não
acreditava que o mito era uma forma de alcançar o saber, mas sim, atrapalhava a chegada
nela, para Delaporte isso era um fracasso, dizendo que “o psicologismo atravessa, então, seu
histórico. Porém, ao valorizar mitos, imagens, pressentimentos, antecipações e intuições,
Canguilhem faz uma inversão em relação a Bachelard. Assim, dele se afasta, retomando o
tema da continuidade em história. Este fracasso é, certamente, o indício de um problema
importante (p, 23 Filosofia, história e sociologia das ciências I: abordagens contemporâneas)”.
Delaporte fala no texto que o maior problema para ele em relação a metodologia de
canguilhem é a separação história, como identificar uma pesquisa sancionada ou superada,
descobrir condições de possiblidades e não de obstáculos, registrar filiações e não rupturas.
“podemos concluir que o pensamento de Canguilhem oscila entre duas posições em história.
E que esta hesitação é o indicador de uma dificuldade por ele avaliada: como satisfazer a esta
dupla exigência da continuidade e da descontinuidade em história? (p, 27 Filosofia, história e
sociologia das ciências I: abordagens contemporâneas) “. Para a compreensão do texto, visto
que tem uma leitura demasiada complexiva, precisei ler o texto de forma gradual e mantendo
anotações, consultando o dicionário, porém pude perceber o quanto é importante a leitura de
um livro como esse que fala sobre a pesquisa na área de saúde. Não acredito, assim como
delaporte, que o mito possa afastar as pessoas do saber filosófico, como no caso de Platão que
trouxe, como muitas outras obras de arte, a alegoria da caverna (2002), em forma de mito,
ele explica como são as fases que um homem passa quando se bate com o saber. Observando
nossa sociedade, em que o homem vive ignorando os fatos e escolhe o senso comum, uma
explicação em forma de mitos, poderia facilitar para ele. Assim como a religião cristã orienta
os ensinamentos, que são facilmente absorvidos pelos seus seguidores ou como os
ensinamentos são passados do mais velho para o mais novo dentro de uma casa de
candomblé, pelos itãs. O mito poderia ser bem utilizado, e trazer bons resultados, mas devem
ser usados da forma certa, caso contrário podendo apenas se transformar em histórias sem
fundamento ou razão.

Referencia:
Brasília: Editora UnB, 2000. PLATÃO. República. Rio de Janeiro: Editora Best
Seller, 2002.

PORTOCARRERO, V., org. Filosofia, história e sociologia das ciências I:


abordagens

Contemporâneas [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 1994. 272 p. ISBN: 85-
85676-02-7. Available from SciELO Books http://books.scielo.org.

Perine, M. (2008). MYTH AND PHILOSOPHY. Philósophos – Revista De Filosofia , 7


(2). https://doi.org/10.5216/phi.v7i2.3159

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