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Manual do Módulo/ UFCD:

10526 - Literacia Digital - Iniciação


Formação Modular Certificada
Tipologia de Operação: 1.08
Formador/a: Juliana Ribeiro

UFCD 10526 - LITERACIA DIGITAL - INICIAÇÃO

FORMAÇÃO MODULAR CERTIFICADA

Entidade Promotora: Associação Querer Ser

2022
Designação da UFCD: 10526 - Literacia digital - iniciação
Título do Manual: Literacia digital – iniciação - Manual de Apoio
Tipologia: Manual de Apoio
Autor: Juliana Ribeiro
Entidade Formadora: WEB4U LDA
Destinatários: Empregados e desempregados
Organização da Formação: Presencial
Operação nº POISE-01-3524-FSE-003570
Tipologia de Operação: 1.08 - Formação Modular para Empregados e Desempregados
Duração estimada: 25 horas
Ano: 2022

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Formação Modular Certificada
Tipologia de Operação: 1.08
Formador/a: Juliana Ribeiro

INTRODUÇÃO
Literacia Digital pretende designar o uso eficaz da tecnologia digital, tal como os computadores, as
redes informáticas, os PDA's (Personal Digital Assistant), os telemóveis, entre outros.

O conhecimento, tanto do funcionamento destes equipamentos, como dos programas informáticos


que lhe estão associados, pode ser preponderante para essa eficácia. Conhecer como funciona um
determinado equipamento aumenta significativamente a probabilidade de o utilizar mais
eficazmente.

OBJETIVOS GERAIS
Este curso visa dotar os/as formandos/as com os conhecimentos necessários para realizar
operações básicas no computador como navegar na internet ou gerir uma caixa de correio
eletrónico.

Pretende-se compreender a importância do estudo da tecnologia como ferramenta de ajuda para


facilitar a interação através de plataformas informáticas e na proteção da identidade e privacidade
dos dados pessoais em ambientes digitais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Em termos de competências específicas a adquirir, pretende-se que, no final do curso, os
formandos sejam capazes de:

• Operar com o computador;

• Navegar na internet;

• Gerir uma caixa de correio eletrónica;

• Interagir através de plataformas;

• Proteger a identidade, privacidade e os dados pessoais em ambientes digitais;

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LITERACIA DIGITAL
Um modelo conceitual que foi recentemente descrito pelos autores sugere que a alfabetização
digital compreende cinco habilidades digitais principais: habilidades fotovisuais ("leitura" das
instruções gráficas), habilidades de reprodução (utilizando reprodução digital para criar materiais
novos e significativos a partir de pré-existentes), habilidades de ramificação (construção de
conhecimento a partir de navegação não linear e hipertextual), habilidades de informação
(avaliação da qualidade e validade da informação) e habilidades sócio-emocionais (entendendo as
"regras" que prevalecem no ciberespaço e aplicando esse entendimento na comunicação em linha
do ciberespaço).

Na educação, a importância que se tem dado a este tipo de literacia tem sido quase marginal. Na
verdade, só agora se começa a valorizar a sua importância na construção de um saber fundamental
para uma sociedade que caminha para o digital a passos largos.

Porém, programas governamentais como o Plano Tecnológico para a Educação ou o e-Government


(serviços públicos na Sociedade da Informação) têm tentado minorar as inúmeras deficiências que
ainda se observam neste domínio.

SEM A LITERACIA DIGITAL, OS CIDADÃOS NÃO PODEM PARTICIPAR PLENAMENTE NA SOCIEDADE


DO SÉCULO XXI

Segundo a Comissão Europeia, a literacia digital é definida como “as habilidades necessárias para
alcançar a competência digital, sustentadas por competências básicas em TIC e no uso de
computadores, com o objetivo de recuperar, avaliar, armazenar, produzir, apresentar e trocar
informação, e de comunicar e participar em redes colaborativas via Internet.”

Este significado ressalva a experiência num mundo que vive praticamente mais no online do que na
vida real, dado que a tecnologia está tão presente, tão enraizada, que já não concebemos o dia a
dia sem a mesma.

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E só uma pessoa letrada, que é o mesmo que dizer alfabetizada, poderá ter uma compreensão mais
completa e um conhecimento mais transversal sobre o mundo em que vive e as diferentes
perspetivas da vida. Saiba mais sobre este conceito e por que deve fazer parte da sua vida, mesmo
que as novas tecnologias não sejam a sua praia.

Origem da Expressão
É importante colocar o conceito de literacia digital num contexto histórico, com cerca de 3.000 anos
e com as comunicações em público, nas quais eram necessárias retóricas de persuasão, para
transmitir a mensagem de forma eficaz e captar a atenção do público com as ferramentas
disponíveis.

Publicidade
Essas ferramentas foram evoluindo, até ao aparecimento das máquinas fotográficas portáteis, que
massificaram a produção e distribuição de imagens, passando, então, a falar-se em “alfabetização
visual”. Aqui o destaque vai para a importância de como olhar para imagens, e entender a maneira
como as imagens comunicam e quais os significados que possuem.

Em consequência, apareceram mais e melhores máquinas para produzir e trabalhar informação,


assim como bancos de dados, como forma de armazenamento desses mesmos dados. Essas
tecnologias precisam de um novo conjunto de habilidades, competências e estratégias para
procurar, encontrar e avaliar informação, o que leva à criação de literacia da informação digital,
numa altura em que as TIC são parte imprescindível no mundo atual.

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Princípios da Literacia Digital


1. Compreensão

O primeiro princípio da literacia digital diz respeito simplesmente à compreensão, ou seja, à


capacidade de extrair ideias implícitas e explícitas de qualquer meio.

2. Interdependência

A forma como um meio se relaciona e conecta com outro diz respeito ao segundo princípio da
literacia digital. Isso faz ainda mais sentido quando pensamos que nenhum meio ou informação é
criado de forma isolada, antes com vista à sua ampla divulgação.

3. Fatores sociais

A partilha de conteúdos criados não é, atualmente, uma mera forma de distribuição pessoal, mas
sim uma nova forma de criar mensagens próprias. Será mais fácil de perceber esta particularidade
se pensar no velho ditado “quem conta um conto, acrescenta sempre um ponto.”

4. Seleção

Este ponto refere-se à capacidade de entender o valor da informação e mantê-la de maneira a


torná-la acessível e útil por muito tempo. Tal acontece graças a plataformas como as clouds ou o
Pinterest, por exemplo.

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Vantagens da Literacia Digital


1. Resolução de problemas

Numa sociedade digital, a capacidade para resolver problemas de forma lógica é preponderante.
Não basta ler e entender alguma coisa, é preciso interpretar e ir mais além, até porque a atualidade
requer mais lógica, sentidos mais desenvolvidos e maior noção das causas e consequências dos
diferentes atos e comportamentos.

Com a literacia digital, todas essas capacidades são desenvolvidas, sob pena de infoexclusão.

2. Adaptação

A literacia digital ajuda na adaptação das pessoas ao mundo em que vivemos. Isto é ainda mais
visível nas crianças, que parecem já nascer com um chip que lhes permite lidar com as novas
tecnologias e novas formas de comunicação de forma bem natural.

3. Comunicação

A literacia digital pode ajudar a desenvolver as capacidades de comunicação e melhorar as relações


interpessoais, tão necessárias para a vida em sociedade.

4. Multidisciplinaridade

Com tanto a acontecer, é natural que a multidisciplinaridade seja uma característica do ser social e
profissional da atualidade e do futuro. A literacia digital estimula essa mesma característica,
facilitando a cooperação entre conhecimentos diferentes.

5. Melhoria do foco e atenção

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Tendo em conta a constante mudança no mundo de hoje, pode ser fácil dispersarmo-nos. Todavia
quanto mais nos entregamos a alguma atividade, mais focados e atentos estamos na interpretação
e resolução da situação em causa.

A Importância da Literacia Digital


A literacia digital não é uma utopia, um conceito inócuo ou um luxo que pode esperar.
É indiscutível o quanto a tecnologia faz parte das nossas vidas, quer gostemos delas ou
não. Como tal, ignorá-las, bem como às ferramentas e serviços que nos proporcional, e que em
muito facilitam a vivência humana, é simplesmente um erro, que não lhe permitirá desenvolver-se.

Deste modo, a importância da literacia digital é indiscutível, na medida em que a tecnologia existe,
vai continuar a evoluir e temos de aprender a lidar com ela, de forma segura e produtiva.

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Menu Iniciar
Abra o Explorador de Ficheiros, as Definições e outras aplicações utilizadas frequentemente a partir
do lado esquerdo do menu Iniciar. Desloque-se para baixo na lista de aplicações para ver todos os
programas e aplicações por ordem alfabética, de A a Xbox.

1. Menu (expande-se para


mostrar os nomes de todos
os itens de menu)

2. Conta

3. Explorador de Ficheiros

4. Definições

5. Ligar/desligar

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Bloqueie ou termine a sessão no seu PC, mude para outra conta ou altere a sua imagem de conta
selecionando a imagem (ou o ícone Contas, se ainda não tiver adicionado uma imagem pessoal) no
lado esquerdo do menu Iniciar.

Quando tiver de se afastar por alguns instantes, utilize o botão para ligar/desligar na parteinferior
do menu Iniciar para definir a suspensão, o reinício ou o encerramento completo do seu PC.

Para fazer outras alterações ao aspeto do menu Iniciar, selecione o botão Iniciar e, em seguida,
selecione Definições > Personalização > Iniciar para alterar as aplicações e as pastas apresentadas
no menu Iniciar.

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Browser / Navegador
Browser ou Navegador é um programa criado para permitir a navegação pela internet. É o que
torna possível o acesso a sites, como um caminho que leva até o que procura na rede.

Ele pode processar diversas linguagens, como HTML, ASP, PHP.

Essas linguagens, hospedadas nos servidores de internet, ficam disponíveis para serem acessadas e
transformadas em linguagem comum e imagens.

Por exemplo, quando digita o endereço de um site ou acessa um link, o navegador faz uma
requisição daquela página. Este pedido é enviado para o servidor onde o site está hospedado e cabe
a este responder com os arquivos que compõe a página.
Existem casos em que uma página na internet pode ser mostrada de forma diferente ou até
funcionar de forma ligeiramente diferente de acordo com o navegador, devido à variação na
interpretação de leitura para cada modelo de browser.

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Origem
Em inglês, browse é um verbo que tem como um de seus significados “procurar ou olhar
casualmente para alguma coisa”. Desta forma, o browser é um navegador que liga você ao infinito
disponível na internet. Ele é responsável pela comunicação com os servidores da internet,
processando os dados recebidos e suas respostas.

Exemplos de browser ou navegador


Os recursos e o visual de cada browser variam de acordo com cada modelo, permitindo que o
utilizador escolha o que lhe é mais ágil ou de fácil acesso. Um dos primeiros foi o World Wide Web,
que deslanchou o protocolo WWW, utilizado até hoje pelos sites. Criado em 1990, ele não se
manteve no mercado por muito tempo.
Alguns exemplos de browsers (navegadores) atuais são o Internet Explorer, Google Chrome, Mozila
Firefox, Opera e o Safari, este para utilizadores do sistema operacional Apple.

Pesquisa e filtro de informação


As pesquisas na Internet não são tão fáceis quanto parecem. Frequentemente, quem pesquisa na
internet é confrontado com uma vontade súbita em desligar imediatamente o computador quando
não consegue encontrar aquilo que procura. Quem pesquisa na internet deve, em primeiro lugar,
estar consciente que não existem receitas milagrosas para ser bem sucedido na pesquisa.

A primeira regra a respeitar por quem pesquisa na internet é não desesperar. Qualquer pesquisa
mistura um pouco de treino com uma grande dose de sorte. Na internet este princípio é ainda mais
verdadeiro.

Para quem pesquisa na internet, os nomes dos motores de busca mais conhecidos (Google, Yahoo,
AltaVista - ou, em Portugal, o Sapo, o Aeiou, o Cusco ou o Clix) tornaram-se instrumentos de
pesquisa incontornáveis.

Estes são alguns dos inúmeros motores de busca que ajudam a pesquisar informação na internet.
O êxito de qualquer pesquisa passa por tomar conhecimento que os motores de busca não

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funcionam todos da mesma maneira. Por isso, torna-se imprescindível conhecer e compreender as
diferenças existentes entre eles, bem como saber avaliar as virtualidades e as limitações de cada
um.

Caso prático 1:

Uma pesquisa efetuada no Google (em Junho de 2002) sobre famílias monoparentais em língua
portuguesa e em língua inglesa (single-parent family) devolve, respetivamente, 775 e 284000
registos.

Desde logo se torna evidente que a visualização e exploração de milhares de registos não é
compatível com o tempo disponível para a pesquisa. A solução passa por explorar os registos que
pareçam mais pertinentes a partir da leitura do texto disponível abaixo do título. Como o tempo
exigido para proceder a esta operação é incomensurável, podese sempre, conforme o tempo

disponível, restringir a análise às primeiras centenas de títulos listados. Com alguma sorte
encontrar-se-á informação pertinente.

Outra solução mais viável passa por filtrar os resultados obtidos através de uma pesquisa booleana
ou de uma pesquisa avançada. Na maioria dos motores de busca pode utilizar-se o sinal de adição
(+) antes da(s) palavra(s). Este sinal indica que essa(s) palavra(s) deve aparecer no texto. O sinal de
subtração (-) exclui o termo. Para procurar por uma frase exacta, coloque-a entre aspas (“ “). Os
motores de busca disponibilizam, em regra, uma opção de "pesquisa avançada" que é de grande
utilidade para proceder à filtragem dos resultados.

Retomando o caso prático. Se voltarmos à nossa pesquisa no Google, e utilizarmos a opção


"pesquisa avançada", podemos procurar páginas com as palavras "single-parent family", mas sem

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as palavras "adoption" e "divorce". A pesquisa assim efetuada devolve apenas 181000 dos 284000
registos iniciais.

Utilizando sempre a pesquisa avançada, se em vez de procurarmos páginas com as palavras "single-
parent family" procurarmos páginas com a expressão "single-parent family" sem as palavras
"adoption" e "divorce", o número de registos diminui para 15700.

Se repetirmos esta pesquisa, procurando apenas páginas onde a expressão "single-parent family"
aparece no título da página, o número de registos passa para 626.

Repetindo a pesquisa, mas restringindo-a apenas a páginas atualizadas nos últimos 6 meses,
obtemos 503 registos. Para os 284000 registos iniciais, trata-se de uma "economia" significativa.

Caso prático 2:

Uma pesquisa efetuada no Yahoo (em Junho de 2002) sobre "moda" (em língua portuguesa)
devolveu 1250000 registos. O lançamento de uma pesquisa mais específica sobre "moda masculina
italiana" (+moda +masculina +italiana) reduziu os registos listados para 726. A restrição da pesquisa
com a exclusão de Versace (+moda +masculina +italiana -versace) reduziu o número de registos
para 656. Se fizermos a mesma pesquisa excluindo o criador John Galliano (+moda +masculina
+italiana versace -galliano) a pesquisa devolve 641 registos.

Alguns operadores boleanos - AND (E), OR (OU) E NOT (NÃO) - são também utilizados para filtrar
resultados. Uma pesquisa efectuada no Altavista (em Junho de 2002) sobre "divorce" devolveu
902191 registos. Uma pesquisa filtrada sobre divórcio de americanos de etnia branca e negra
excluíndo as estrelas de cinema - divorce and americans (white or black) not "movie stars" -
devolveu apenas 138 registos.

Nota 1: Quem não está familiarizado com a sintaxe da pesquisa booleana, e pretende filtrar as
pesquisas, dispõe sempre da pesquisa avançada que os motores de busca oferecem.

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A generalidade dos motores de pesquisa disponibiliza métodos sofisticados de pesquisa que, de


uma forma simplificada, permite incluir e excluir palavras e formular equações de pesquisa mais
complexas (especificando, por exemplo, a data de criação das páginas a pesquisar).

Nota 2: Os casos práticos identificados acima mostram que ao pesquisarmos na internet é muito
frequente depararmo-nos com uma imensa quantidade de páginas de livre acesso, cujo conteúdo
raras vezes corresponde àquilo que procuramos.

Existem, na internet, páginas de acesso restrito (exigem o pagamento de uma assinatura) que
facultam o acesso a informação mais especializada e que, em princípio, respondem melhor às
necessidades da pesquisa.

Existem também páginas que permitem pesquisar conteúdos personalizados gratuitamente. A


Northern Light (www.northernlight.com) disponibiliza cerca de 6000 periódicos, oferecendo a
referência completa e o sumário dos artigos. O acesso ao artigo integral via net tem um custo que,
na maior parte dos casos, ronda os 5 Euros.

Nota 3: Além das modalidades de pesquisa identificadas nos dois casos práticos descritos acima
pode sempre efetuar-se a pesquisa colocando uma pergunta direta ao motor de busca. Quer o
Altavista, quer o Ask Jeeves permitem a formulação de perguntas, às quais fazem corresponder uma
ou mais respostas. Pode, por exemplo, perguntar-se 1) Where can I find the history of Alcoholics
Anonymous?; 2) What is the story of the opera Aida?; 3) Where can I learn about teen pregnancy?;
4) Where can I find an IQ test online?; etc.

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PASSOS ESSENCIAIS PARA OPTIMIZAR A PESQUISA NA


INTERNET?
1) Conceção da pesquisa
Na internet, mais do que em qualquer outro suporte, a pesquisa tem de ser devidamente concebida
e planeada. A sorte necessária para se encontrar aquilo que realmente se pretende depende da
capacidade em se definir claramente aquilo que se procura. Conceber e planear a pesquisa obriga a
ter respostas claras para as seguintes perguntas: 1) qual a informação pretendida (endereços URL,
endereços de correio electrónico, software)? 2) que palavras-chave podem conduzir a essa
informação? Deve notar-se que as opções oferecidas por alguns motores de busca, que permitem
limitar a língua e a região a pesquisar, acabam por ser irrelevantes, pois os documentos listados são
sempre os mais relevantes em termos da equação de pesquisa.

2) Selecão das ferramentas de pesquisa


Cada tipo de pesquisa exige uma ferramenta adequada. Instruções sobre a adequação da
ferramenta à natureza da pesquisa podem ser encontradas nesta página.

3) Metodologia da pesquisa
Uma pesquisa na internet exige paciência, flexibilidade e prudência. Paciência porque é quase
impossível dispor de tempo para explorar todos os resultados listados na sequência de uma
pesquisa, ou porque a ligação à internet pode ser lenta e levar ao desespero. Flexibilidade porque é
necessário conjugar e articular várias ferramentas para se encontrar a informação pertinente.
Prudência porque quando se encontra a informação pertinente é necessário tomar medidas que
garantam o seu acesso nos dias seguintes. Uma dessas medidas é inserir o endereço encontrado na
lista dos Favoritos (bookmarks). Ainda que o ficheiro dos Favoritos cresça de forma assustadora é
sempre preferível tentar encontrar lá o endereço ou a informação do que ter de os procurar de

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novo em toda a internet (onde a informação é indexada regularmente e onde o número de páginas
se eleva aos milhões). A medida mais prudente é gravar o ficheiro ou a(s) página(s) em disco.

CONCEÇÃO DA PESQUISA
Quem? O quê? Onde? Quando? Porquê? Como?

A concepção de uma pesquisa na internet obriga no mínimo a reflectir sobre a pesquisa a partir de
duas questões essenciais:
1. que é que eu procuro exactamente?
2. O que pretendo fazer com o que procuro?

O desenvolvimento da pesquisa obriga, por sua vez, a tirar notas e a registar procedimentos de
modo a permitir uma inquirição sistemática. Esta medida é essencial sempre que:
1. Se efetuam pesquisas complexas.
2. Se efetuam pesquisas para outra pessoa.
3. Se efetuam pesquisas no âmbito de uma formação.

Quem? Perfil do solicitador

O quê Natureza da informação

Onde? Limites geográficos, lugares-recurso

Porquê? Objetivo(s)

Como? ferramentas, métodos, estratégias

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Quem?

• Quem necessita da informação?

• Uma única pessoa? Um grupo específico?

• Qual o nível de conhecimento sobre o assunto?

• Qual o nível de formação? Qual o nível de estudos?

• A que título?

• Qual o estatuto? Qual a função? Qual o nível de responsabilidade?

O quê?

• Que tipo de informação?

• Um endereço? Estatísticas? Uma definição? Esclarecimentos sobre um conceito?

• Artigos de imprensa? Estudos? Pontos de vista de peritos? Instrumentos práticos?

• Exemplos de experiências?

• Qual a língua desejada?

• Em português? Noutra língua? Em várias línguas em simultâneo?

Onde?

• Quais os limites geográficos?

• Em que continente? Em que país?

• A que nível?

• Nacional? Académico? União Europeia? Lusofonia?

• Que lugares-recurso?

• Na internet? Sem ser na internet?

Quando?

• Quais os limites temporais?

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• Uma data precisa? Qual o grau de anterioridade?

• Com que frequência?

• Trata-se de uma questão pontual ou frequente?

• Qual o prazo?

• Quanto tempo disponho para a pesquisa?

Porquê?

• Para que serve a informação?

• Qual o objectivo principal?

• Quais os objectivos adicionais?

• Satisfazer uma curiosidade pessoal? Tomar uma decisão? Se sim, qual? Preparar uma aula,
uma apresentação, uma intervenção? Se sim, em que contexto?

Como?

• Com que meios?

• De que meios disponho?

• Com que ferramenta(s)?

• Uma ou várias ferramenta(s)? Uma ferramenta geral ou especializada? Um diretório, um


indexante ou um metapesquisador?

• Com que método?

• Com que palavras-chave? Com que sintaxe? Qual o modo de pesquisa: simples ou avançada?

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Como escolher?

Encontrar as palavras-chave adequadas

Palavras suficientemente precisas:

• Evitar os termos excessivamente gerais susceptíveis de originar demasiado "ruído" nas


respostas.

• De preferência, escolher termos específicos que podem ser generalizados na sequência da


pesquisa.

Palavras suficientemente genéricas retiradas dos motores (yahoo, lycos, etc.)

• Para encontrar mais facilmente as categorias e para identificar os sítios que agrupam
matérias relacionadas com o tema (sobretudo nos directórios).

• Filtrar, com termos mais precisos, na sequência da pesquisa.

A língua

• A pesquisa torna-se mais produtiva se for efectuada na língua do motor de busca.

O tipo de palavras

a) De preferência, escolher nomes.


b) Utilizar as outras palavras (verbos, adjectivos, advérbios, pronomes) sobretudo nas
expressões entre aspas.

O número de palavras

a) Quanto maior for o número de palavras, mais se restringe a pesquisa.

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b) Uma única palavra pode ser suficiente.

c) Tentar nunca incluir na equação de pesquisa inicial mais do que três palavras.

A ordem das palavras (nalguns motores é um factor relevante)

a) Quais as palavras-chave prioritárias?

b) Começar pelas palavras mais importantes (verificar sempre em cada motor a sintaxe aceite
para pesquisa).

Reajustar a pesquisa em função do "ruído" e do "silêncio"

Restringir a pesquisa Alargar a pesquisa

"ruído" "silêncio"

a) Afinar a pesquisa utilizando termos mais a) Alargar a pesquisa utilizando termos


precisos; genéricos;

b) Excluir as palavras que geram mais ruído, b) Utilizar sinónimos recorrendo à expressão
empregando o sinal "-" ou a expressão "NOT"; "OR" (OU);

c) experimentar restringir através da exclusão c) Experimentar antónimos recorrendo à


de países e línguas; expressão "OR";

Como interrogar uma base? Alguns princípios para pesquisar em versões locais dos motores de
busca.

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Versões locais

Alguns motores como o Google, o Yahoo, ou o Lycos dispõem de versões locais em inúmeros países
(com interfaces na língua materna desses países).

Em regra, estas versões dão melhores resultados que as versões mundiais. A semelhança entre as
categorias de diferentes versões facilita a passagem de uma língua para outra sobre um
determinado tema. As versões locais destes motores para a língua portuguesa estão preparadas
para o mercado brasileiro.

O que procura?

a) De que ferramenta necessita?


b) Em que língua deseja obter os resultados.

Três questões de base para avaliar os sítios.

a) O sítio é fiável?
b) A informação é interessante?
c) Era mesmo isto que procurava?

Para uma avaliação mais rigorosa

Quem? Autor, organismo...

O quê Qualidade da informação, do documento, do sítio

Onde? Origem da informação, limites geográficos

Quando? Período tratado, data do documento

Porquê? Objectivo(s) do documento, do sítio

Como? estrutura do documento, navegação no sítio

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Quem?

Quem é o autor do documento?

a) O autor está identificado? Podemos contactá-lo?


b) Trata-se de um especialista na matéria?
c) Exprime-se em nome de uma instituição ou a título individual?

O Quê?

Qual a natureza do sítio?

a) Trata-se de um sítio institucional? De um sítio associativo? De um sítio comercial?


b) A competência e a fiabilidade do sítio ou dos seus autores relativamente ao assunto
são reconhecidas?
c) Redirecciona para sítios fiáveis? Os sítios fiáveis têm ligações para esse sítio?

Qual a pertinência das informações?

a) São estas as informações que procuro?


b) O nível das informações responde à minha exigência?
c) O sítio trata o assunto pesquisado de modo suficientemente simples ou
suficientemente elaborado?

Qual o interesse do documento?

a) O documento é verdadeiramente interessante?


b) O que traz o documento de novo?

Onde?

Donde provem a informação?

a) Trata-se de um sítio português?


b) Trata-se de um sítio lusófono? Europeu?

Quais os limites geográficos da informação?

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a) A informação restringe-se a um determinado país? Isso convem-me?


b) A informação é válida noutros contextos geográficos?

Quando?

De que período se trata?

a) O período tratado corresponde às minhas necessidades?

Qual a data do documento?

a) O documento tem uma data?


b) O documento necessita de alguma actualização?
c) Qual a data da última actualização?

Porquê?

Quais são os objectivos?

a) Quais os objectivos que presidiram à elaboração do documento? Qual o público alvo?


b) Quais os objectivos do sítio? Qual o público alvo?

Como?

Como se apresenta o documento?

a) A redacção da informação é clara?


b) O documento está bem estruturado?
c) As fontes estão bem referenciadas?
Como se acede à informação?

a) A informação é gratuita ou paga?


b) Navegar no sítio é fácil?
c) As páginas carregam rapidamente?

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Armazenagem e recuperação da informação

Recuperação de informação (RI) é uma área da computação que lida com o armazenamento de
documentos e a recuperação automática de informação associada a eles. É uma ciência de pesquisa
sobre busca por informações em documentos, busca pelos documentos propriamente ditos, busca
por metadados que descrevam documentos e busca em banco de dados, sejam eles relacionais e
isolados ou banco de dados interligados em rede de hipermídia, tais como a World Wide Web.

A mídia pode estar disponível sob forma de textos, de sons, de imagens ou de dados.

Há, entretanto, muita confusão entre os termos e conceitos "recuperação de dados", "recuperação
de documentos", "recuperação de informações" e "recuperação de textos". Na verdade, cada um
destes é uma área especial que possui seu próprio corpo de conhecimento e literatura, teoria,
praxis e tecnologias.

Os documentos são, geralmente, textos ou partes do texto de documentos e o principal objetivo de


um sistema de RI é recuperar informação (contida nos documentos) que possa ser útil ou relevante
para o usuário. Tal informação (de interesse do usuário) é normalmente chamada de necessidade
de informação do usuário.

Como resultado, a presença de documentos (textos) não relevantes entre os documentos


retornados por uma consulta é praticamente certa. Nesse cenário, o principal objetivo dos sistemas
de RI é recuperar o maior número possível de documentos relevantes e o menor número possível
de documentos não relevantes.

Uma forma simples de obter um conjunto de respostas para uma consulta de usuário é determinar
quais documentos em uma coleção contém as palavras da consulta. Todavia, isto não é o suficiente
para satisfazer ao usuário em um sistema de RI.

A fim de facilitar o processo de recuperação de informação, os sistemas adotam um vocabulário


padronizado, chamado Vocabulário Controlado, que pode utilizar uma linguagem natural ou
artificial para representar o conteúdo dos documentos. A linguagem natural utiliza os mesmos

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termos usados pelo autor do documento, enquanto a linguagem artificial adota termos
determinados pelos desenvolvedores de tal sistema.

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Plataformas digitais

As plataformas digitais estão a impulsionar novas formas de pensar (e manter) as relações humanas
— sejam elas sociais, educativas ou comerciais.

A tecnologia, principalmente quando aplicada ao desenvolvimento de empresas e pessoas, pode


favorecer ganhos expressivos e escaláveis.

Nesse contexto, no qual as ferramentas estão disponíveis e as possibilidades são infinitas, só há


uma forma de se apropriar das oportunidades: entender os conceitos, analisar os cenários e investir
numa ideia. As plataformas digitais podem ser exatamente o que necessita para incrementar o seu
negócio.

Conceitualmente, as plataformas digitais são modelos de negócios baseados em tecnologia. A


missão delas é conectar interesses e pessoas, promovendo interações de valor entre os envolvidos.

Torna-se fácil compreender isso na prática: o motorista do aplicativo quer trabalhar e você precisa
se deslocar de um ponto a outro da cidade. Bastou associar os dois para criar uma fórmula incrível
de sucesso, valorizando a velha relação de oferta e demanda.

Há já algum tempo que as plataformas digitais são o caminho mais curto para a alta performance
empresarial. Com a ascensão de tecnologias como cloud computing (computação em nuvem) e Big
Data (que envolve a organização e a análise de uma massa enorme de dados), a necessidade de
investir em aparato tecnológico ganhou força.

Esse movimento, que ainda está em curso, também é conhecido por transformação digital.

Portanto, na prática as plataformas digitais atuam como facilitadores online de uma relação que já
acontecia fora da web, mas que, agora, é largamente impulsionada e potencializada a partir de
mecanismos digitais. E mais: as empresas que quiserem se manter competitivas precisam se
reinventar.

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Quais são as vantagens de usar uma plataforma digital?

Os benefícios gerados pela adoção de plataformas digitais são inúmeros — e provocam uma intense
transformação nos negócios desde os primeiros meses. Lembrando que, num mundo online, as
respostas são rápidas e a reação corporativa também precisa ser.

A primeira vantagem está diretamente associada às demandas do mercado, dado que, nos dias que
correm, o consumidor é digital o que influencia o crescimento das compras.

Assim, uma plataforma digital significa um passaporte para esse horizonte de oportunidades (e de
lucros).

Além disso, considerando a operacionalização de um negócio online, os benefícios da estrutura


tecnológica são, da mesma forma, bastante atrativos. A plataforma digital permite:

• conquistar novos clientes e/ou usuários, investindo na visibilidade da marca e, assim,


atingindo um público maior e potencialmente mais interessado;

• reduzir custos, dispondo de ferramentas que automatizam o processo e permitem a


alavancagem de rotinas;

• otimizar recursos, permitindo uma gestão mais enxuta e eficiente a partir de


plataformas completas e seguras;

• alavancar o faturamento, considerando que a expansão online do negócio maximiza o


alcance da oferta e assegura que mais pessoas tenham acesso à ela, aumentando o
volume de vendas e o lucro gerado.

Como implementar uma plataforma digital no seu negócio?

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Percebeu que uma plataforma digital pode ser exatamente o que seu negócio precisa para crescer e
prosperar, não é? Agora, o próximo passo é efetivar a implantação do projeto.

Na etapa de efetivar a implantação do projeto, alguns cuidados são importantes e precisa ter
bastante foco para conduzir a execução da melhor forma possível. Alguns equívocos são altamente
prejudiciais.

Um negócio digital é semelhante a uma companhia física, com a diferença de que o dinamismo da
web exige muito mais traquejo e ação do que a versão tradicional, de tijolo e cimento.

É essencial que esteja sempre engajado com seu produto, os seus clientes e os seus planos de
expansão.

1. Estabeleça uma base comercial e técnica

Um negócio digital, ainda que esteja ligado à dinâmica da web, também demanda coerência e
efetividade na administração. As plataformas digitais são recursos importantes à guinada
operacional e, para que tenham alto desempenho, precisam se amparar em estratégias coesas.

A área técnica e a parte comercial são imprescindíveis e precisam caminhar juntas, orientadas por
um mesmo objetivo. Assim como as técnicas de vendas são fundamentais para atrair e converter
clientes, o adequado funcionamento da plataforma garante que o usuário tenha uma ótima
experiência de compra — e volte a comprar no futuro.

2. Alinhe equipes internas

O fluxo de comunicação deve ser uma prioridade na rotina do negócio. No ambiente digital, tudo
acontece a uma velocidade acelerada e, por isso, a sua equipa deve estar preparada para
corresponder às demandas de um consumidor exigente.

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O alinhamento do time desponta, portanto, como uma necessidade fundamental. Garanta que
todos estejam cientes dos diferenciais e do propósito de valor que você e seu produto pretendem
entregar.

3. Trabalhe com ofertas

O processo de compra, tal qual era conhecido, foi totalmente reformulado com a ascensão das
plataformas digitais e os recursos da web.

Agora, é possível comparar fornecedores, preços e vantagens num só clique, contrapondo empresas
de diversas partes do mundo em apenas uma tela.

Por isso, a formatação de ofertas atrativas merece sua atenção!

Faça esforços deliberados para que o seu produto se destaque e não economize nos diferenciais —
pode ser uma funcionalidade exclusiva, um bónus em edição limitada ou uma condição incrível para
compras em determinado período.

Proteção de dados pessoais

O termo proteção de dados, que possui um significado genérico bastante amplo, na


terminologia jurídica refere-se em geral à proteção de dados pessoais.

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Como proteção de dados pessoais entende-se a possibilidade de cada cidadão determinar de forma
autónoma a utilização que é feita de seus próprios dados pessoais, em conjunto com o
estabelecimento de uma série de garantias para evitar que estes dados pessoais sejam utilizados de
forma a causar discriminação, ou danos de qualquer espécie, ao cidadão ou à coletividade.

A ideia de estabelecer uma proteção autónoma aos dados pessoais é o desenvolvimento mais
recente da proteção da privacidade e do próprio direito à privacidade, cujas raízes remontam ao
final do século XIX e que consolidou-se, basicamente, como uma garantia a evitar a intromissão
alheia em assuntos privados.

Com o amplo desenvolvimento das tecnologias da informação, o perfil desta garantia transmudou-
se, lentamente, à medida que as informações pessoais passaram a representar a própria pessoa em
inúmeras situações, tornando necessário o desenvolvimento de um instrumento para o efetivo
controle destas informações para que se pudesse ao fim proteger a própria pessoa.

O Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados define requisitos pormenorizados em matéria de


recolha, armazenamento e gestão de dados pessoais, aplicáveis tanto a empresas e organizações
europeias que tratam dados pessoais na UE como a empresas e organizações estabelecidas fora do
território da UE que tratam dados pessoais de pessoas de vivem na UE.

Em que casos é aplicável o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados


(RGPD)?

O RGPD é aplicável se:

• a sua empresa trata dados pessoais e está estabelecida na UE, independentemente do


local onde é realizado o tratamento de dados

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• a sua empresa está estabelecida fora da UE mas trata dados pessoais em relação com
oferta de bens ou serviços a pessoas na UE ou segue o comportamento de pessoas na UE

As empresas estabelecidas fora do território da UE que tratam dados de cidadãos da UE devem


nomear um representante na UE.

Em que casos não é aplicável o Regulamento Geral sobre a Proteção de


Dados

(RGPD)?
O RGPD não é aplicável se:

• titular dos dados tiver falecido

• titular dos dados for uma pessoa coletiva

• tratamento for efetuado por uma pessoa singular no exercício de atividades sem qualquer
ligação com uma atividade comercial ou profissional

O que se entende por dados pessoais?

Dados pessoais são quaisquer informações sobre uma determinada pessoa, identificada ou
identificável, denominada titular dos dados. Exemplos de dados pessoais:
• nome

• morada

• número do documento de identificação/passaporte

• rendimento

• perfil cultural
• endereço IP (protocolo internet)

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• dados na posse de um hospital ou médico (que identifiquem de forma inequívoca uma


pessoa para fins relacionados com a saúde)

Categorias especiais de dados

Não pode tratar os dados pessoais sobre:

• origem racial ou étnica

• orientação sexual

• opiniões políticas

• convicções religiosas ou filosóficas

• filiação sindical

• dados genéticos, biométricos e relativos à saúde, exceto em casos específicos (por exemplo,
se tiver recebido consentimento explícito ou o tratamento for necessário por motivos de
interesse público importante, com base no direito europeu ou nacional)

• dados pessoais relacionados com condenações penais e infrações, salvo se tal for autorizado
pelo direito europeu ou nacional

Quem trata os dados pessoais?

Durante o tratamento, os dados pessoais podem passar por várias empresas ou organizações. No
âmbito do ciclo de tratamento de dados pessoais, são de realçar dois perfis principais:

• responsável pelo tratamento, que determina a finalidade e os meios do tratamento de


dados
• subcontratante, que armazena e trata dados por conta do responsável pelo tratamento
Quem controla o modo como os dados pessoais são tratados por uma empresa?

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O encarregado da proteção, que pode ter sido designado pela empresa, é responsável por
controlar o modo como os dados pessoais são tratados e por informar e aconselhar os rabalhadores
que tratam dados pessoais sobre as suas obrigações. O encarregado da proteção coopera
igualmente com a autoridade de proteção de dados, funcionando como ponto de contacto entre
esta e as pessoas singulares.

Quando é necessário designar um encarregado da proteção?

A empresa tem a obrigação de designar um encarregado da proteção quando:

• fizer um acompanhamento regular ou sistemático de pessoas singulares ou tratar categorias


especiais de dados

• o tratamento dos dados for uma atividade comercial principal

• tratar dados a grande escala

• Por exemplo, uma empresa que trate dados pessoais para direcionar publicidade através de
motores de pesquisa com base no comportamento em linha dos titulares desses dados,
deve designar um encarregado da proteção. Contudo, se se limitar a enviar aos clientes
material promocional uma vez por ano, então não necessita de um encarregado da
proteção. Do mesmo modo, um médico que recolha dados relativos à saúde dos doentes
provavelmente não precisa de um encarregado da proteção.

Mas, no caso de um médico que trata dados genéticos ou relativos à saúde em nome de um
hospital, já é necessário um encarregado da proteção. O encarregado da proteção pode ser um
elemento do pessoal da sua organização ou pode ser contratado externamente, através de num
contrato de prestação de serviços, podendo ser um indivíduo ou fazer parte de uma organização.

Tratamento de dados em nome de outra empresa

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O responsável pelo tratamento apenas pode recorrer a um subcontratante que ofereça garantias
suficientes, que devem ser estabelecidas num contrato escrito entre as partes envolvidas.

O contrato deve também conter uma série de cláusulas obrigatórias, por exemplo, uma cláusula
que preveja que o subcontratante só pode proceder ao tratamento de dados pessoais quando
receber instruções para o efeito do responsável pelo tratamento.

Transferências de dados para fora da UE

Quando os dados pessoais forem transferidos para fora da UE, a proteção proporcionada pelo RGPD
deve acompanhar os dados. Isto significa que, se exportar dados para o estrangeiro, a sua empresa
deve assegurar-se de que é respeitada, pelo menos, uma das seguintes condições:
• a proteção assegurada no país terceiro é considerada adequada pela UE.

• a empresa tomou as medidas necessárias para prever as salvaguardas adequadas, por


exemplo, incluindo cláusulas específicas no contrato celebrado com o importador de dados
pessoais.

• a empresa invocou motivos específicos para a transferência (derrogações), tais como o


consentimento da pessoa em causa.

Quando é autorizado o tratamento de dados?

Ao abrigo das regras da UE em matéria de proteção de dados, deve tratar os dados de uma forma
lícita e equitativa, para fins específicos e legítimos e apenas na medida em que tal for necessário
para esses fins. Para poder tratar dados pessoais, deve certificar-se de que preenche uma das
seguintes condições:

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• obteve o consentimento do titular dos dados


• tratamento é necessário para executar um contrato no qual o titular dos dados é parte
• tratamento é necessário para cumprir uma obrigação legal
• tratamento é necessário para defender os interesses vitais do titular ou de outra pessoa

O tratamento é necessário para exercer funções de interesse público

O tratamento é necessário no interesse legítimo da sua empresa, desde que os direitos e


liberdades fundamentais dos titulares dos mesmos não sejam afetados de forma significativa. Se os
direitos dos titulares prevalecerem sobre os interesses da sua empresa, então não pode tratar os
dados pessoais.

Autorizar o tratamento de dados – consentimento

O RGPD prevê regras rigorosas em matéria de tratamento de dados com base no consentimento
dos titulares. O objetivo destas regras é assegurar que o titular dos dados percebe para que é que
está a dar consentimento.
Isto significa que o consentimento deve ser dado de forma livre, específica, informada e inequívoca,
por meio de um pedido apresentado numa linguagem simples e clara. O consentimento do titular
dos dados deve ser dado através de um ato positivo, por exemplo assinalando uma casa ou
assinando um formulário.
Sempre que um titular dê consentimento para o tratamento dos seus dados pessoais, só pode
tratar esses dados para as finalidades para as quais o consentimento foi dado.

O titular tem de ter possibilidade de retirar o consentimento.

Dar informações transparentes

Deve fornecer informações claras aos titulares sobre quem está a tratar os respetivos dados
pessoais e o motivo desse tratamento, incluindo, no mínimo, os seguintes elementos:

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• a sua identificação

• por que razão trata os dados pessoais


• qual a base jurídica para o fazer

• a quem se destinam os dados (se aplicável)

• Em alguns casos, deve igualmente indicar:

• os contactos do encarregado da proteção de dados, se for caso disso

• o interesse legítimo da empresa, sempre que invocar este fundamento jurídico para o
tratamento

• as medidas aplicadas para transferir os dados para um país fora da UE

• por quanto tempo serão conservados os dados

• os direitos de proteção dos dados dos titulares (ou seja, o direito de acesso, retificação,
apagamento, limitação, oposição, portabilidade, etc.)

• a forma como o consentimento pode ser retirado (sempre que o consentimento for o
fundamento jurídico para o tratamento)

• se existe ou não uma obrigação legal ou contratual de fornecer os dados

• no caso de decisões automatizadas, informações acerca da lógica, o alcance e as


consequências da decisão

Deve apresentar estas informações numa linguagem e simples e clara.

Regras específicas aplicáveis às crianças

Se recolher dados pessoais de crianças com base no consentimento, por exemplo, para criar uma
conta de rede social ou descarregar conteúdos, deve começar por obter o consentimento parental,

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por exemplo através do envio de uma notificação a um progenitor/tutor. A idade até à qual um
utilizador é considerado criança varia de país para país, oscilando entre os 13 e os 16 anos.

Direito de acesso e direito à portabilidade dos dados

Os titulares dos dados têm direito a aceder aos respetivos dados pessoais de forma gratuita. Se um
titular lhe pedir para aceder aos seus próprios dados pessoais, deve:
• informá-lo de se os dados pessoais em questão estão a ser tratados

• dar-lhe informações sobre o tratamento (finalidade do tratamento, categorias de dados pessoais


tratados, destinatários dos dados, etc.)

• fornecer-lhe uma cópia dos dados pessoais que estão a ser tratados (num formato acessível)

Sempre que o tratamento tiver por base o consentimento ou um contrato, o titular pode também
solicitar-lhe que lhe devolva os seus dados pessoais ou os transmita a outra empresa. Trata-se do
direito à portabilidade dos dados.

Os dados devem ser apresentados num formato de uso corrente que permita a leitura automática.

Direito a corrigir os dados e direito de oposição

Se o titular dos dados considerar que os seus dados pessoais estão incorretos, incompletos ou
inexatos, tem o direito de os retificar ou completar, sem demoras injustificadas.
Se isto acontecer, deve informar todos os destinatários com quem partilha os dados em questão de
que estes foram alterados ou apagados. Se os dados pessoais que tiver partilhado estiverem
incorretos, poderá igualmente ter de informar desse facto qualquer pessoa que os tenha
consultado (exceto se tal for considerado um esforço desproporcionado).

O titular dos dados pode também opor-se a qualquer momento ao tratamento dos respetivos
dados pessoais para um uso específico, se a sua empresa tratar esses dados com base no seu
próprio interesse legítimo ou no exercício de funções de interesse público. A menos que o interesse

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legítimo da empresa prevaleça sobre o interesse do titular dos dados, esta deve cessar o
tratamento dos dados pessoais.
Do mesmo modo, um titular de dados pode pedir a limitação do tratamento dos seus dados
pessoais enquanto se determina se o interesse prevalecente é o seu próprio interesse ou o
interesse legítimo da empresa. No entanto, no caso da comercialização direta, a empresa é
obrigada a pôr termo ao tratamento dos dados pessoais sempre que o titular o solicite.

Direito ao apagamento dos dados (direito a ser esquecido)

Em determinadas circunstâncias, o titular dos dados pode solicitar ao responsável pelo tratamento
que apague os seus dados pessoais, caso os mesmos deixem de ser necessários para cumprir a
finalidade do tratamento. No entanto, a empresa não é obrigada a apagar os dados se:

• seu tratamento for necessário para respeitar a liberdade de expressão e de informação

• tiver de conservar os dados pessoais para cumprir uma obrigação legal

• existirem outras razões de interesse público para conservar os dados pessoais, tais como
motivos relacionados com a saúde pública ou a investigação científica e histórica

• a conservação dos dados pessoais for necessária no âmbito de um processo judicial

Decisão e definição de perfis automatizadas

Os titulares dos dados têm o direito de não ficarem sujeitos a nenhuma decisão tomada
exclusivamente com base no tratamento automatizado.
No entanto, há algumas exceções a esta regra, como no caso em que os titulares dão o seu
consentimento explícito para o recurso a decisões automatizadas. Salvo se a decisão automatizada
for autorizada por lei, a sua empresa deve:

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• informar o titular acerca das decisões automatizadas

• dar-lhe o direito de solicitar a revisão da decisão automatizada por uma pessoa

dar-lhe o direito de contestar a decisão automatizada

Por exemplo, se um banco automatizar a sua decisão de conceder ou não um empréstimo a uma
determinada pessoa, essa pessoa deve ser informada da decisão automatizada e deve ser-lhe dada
a possibilidade de a contestar e de requerer a intervenção humana.

Notificação das violações de dados

Fala-se de violação de dados se os dados pessoais pelos quais a sua empresa é responsável forem
divulgados, tanto acidental como ilicitamente, a destinatários não autorizados, forem alterados ou
o acesso aos mesmos for temporariamente interrompido.
Se ocorrer uma violação de dados que represente um risco para os direitos e liberdades individuais,
deve informar a autoridade de proteção de dados no prazo de 72 horas depois de tomar
conhecimento da mesma.

Se a violação representar um risco elevado para os titulares dos dados, a empresa poderá também
ser obrigada a informar dessa violação todas as pessoas afetadas.

Resposta a pedidos

Se a sua empresa receber um pedido de uma pessoa que pretenda exercer os seus direitos, deve
responder a este pedido sem demoras indevidas e, em qualquer caso, no prazo de um mês a contar
da receção do pedido. Este prazo pode ser prorrogado por um período de dois meses para pedidos

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complexos ou múltiplos, desde que a pessoa seja informada da prorrogação. Os pedidos devem ser
tratados de forma gratuita.

Se um pedido for recusado, terá de informar o interessado das razões dessa recusa e do direito que
lhe assiste de apresentar uma reclamação à autoridade de proteção de dados.

Avaliação de impacto

É obrigatório fazer uma avaliação de impacto sobre a proteção de dados sempre que o tratamento
previsto possa implicar um risco elevado para os direitos e liberdades das pessoas, por exemplo, no
caso de serem utilizadas novas tecnologias.
Existe um risco elevado em caso de:

• utilização do tratamento automatizado e de mecanismos de definição de perfis para fins de


avaliação de indivíduos

• monitorização a grande escala de uma área acessível ao público (por exemplo, CCTV)
• tratamento a grande escala de categorias específicas de dados (por exemplo, dados relativos
à saúde) ou dados pessoais relacionados com condenações penais e infrações

Nota: as autoridades de proteção de dados podem também considerar de elevado risco o


tratamento de outras categorias de dados.

Se as medidas indicadas no contexto da avaliação de impacto sobre a proteção de dados não


eliminarem todos os riscos elevados identificados, a autoridade de proteção de dados deve ser
consultada antes do início do tratamento de dados previsto.

Manutenção de registos

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Deve poder provar que a empresa atua em conformidade com o RGPD e cumpre todas as
obrigações aplicáveis, nomeadamente a pedido ou em caso de uma inspeção da autoridade de
proteção de dados.

Para tal, deve conservar um registo pormenorizado de elementos como:

• nome e contactos da empresa envolvida no tratamento de dados

• motivo ou motivos do tratamento de dados pessoais

• descrição das categorias de pessoas que fornecem dados pessoais

• categorias de organizações que recebem os dados pessoais

• transferências de dados pessoais para outro país ou organização

• período de conservação dos dados pessoais

• descrição das medidas de segurança utilizadas quando do tratamento de dados pessoais

A empresa deve igualmente definir e atualizar regularmente orientações e procedimentos escritos e


manter os trabalhadores a par dos mesmos.

Se a sua empresa for uma PME ou uma empresa mais pequena, não necessita de conservar um
registo das atividades de tratamento, desde que:

• não proceda regularmente ao tratamento de dados

• tratamento não ponha em risco os direitos e liberdades dos titulares dos dados em questão

• não trate dados confidenciais ou registos criminais

Proteção de dados desde a conceção e por defeito

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A proteção de dados desde a conceção implica que a sua empresa tenha em conta a proteção dos
dados desde as primeiras etapas do planeamento de uma nova forma de tratamento de dados
pessoais. Em conformidade com este princípio, o responsável pelo tratamento deve tomar as
medidas de natureza técnica e organizacional necessárias para aplicar os princípios da proteção de
dados e proteger os direitos dos titulares, por exemplo, através da utilização de pseudónimos.

A proteção de dados por defeito implica que a sua empresa adote sempre, como definições por
defeito, as definições que mais protejam a privacidade. Por exemplo, se forem possíveis duas
definições para a proteção da privacidade e uma delas impedir o acesso aos dados pessoais por
parte de terceiros, deverá ser essa a definição por defeito.

Incumprimento das regras e sanções

O não cumprimento do RGPD pode traduzir-se em coimas significativas, que, para determinadas
infrações, podem chegar aos 20 milhões de euros ou a um valor equivalente a 4 % do volume de
negócios mundial da empresa. A autoridade de proteção de dados pode impor medidas corretoras
adicionais, como obrigar a empresa a pôr termo ao tratamento dos dados pessoais.

Conclusão

Era digital, também chamada de era da informação ou era tecnológica, é o período de tempo
que começa logo após a era industrial.

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Dessa forma, foi impulsionada com os avanços tecnológicos da Primeira Revolução Industrial e
começa no final do século 20. Uma era que otimiza fluxos de informações! Que produz
tecnologias que mudam a forma de pensar, se comunicar e trabalhar.

Representa uma verdadeira revolução no acesso à informação, na forma com a qual interagimos
e nos comunicamos. Uma conexão com o mundo na palma das nossas mãos. Então, cabe às
empresas aproveitar as oportunidades abertas por ela para aderir e desenvolver inovações para
melhor atender aos seus clientes. Cercados por informações de todos os lados, os consumidores
estão acompanhando todas essas mudanças e entrando no ritmo delas.

Por isso, simpatizam com empresas que atendem às suas exigências com agilidade e qualidade,
aproximando a empresa dos/as clientes, aumentando a produtividade e impulsionando o
consumo, ao mesmo tempo que reduz custos e traz novas oportunidades de negócio. Além de
tornar processos mais ágeis e eficientes, a era digital dá velocidade à propagação da informação.

Nunca foi tão rápido enviar e receber conteúdos 24 horas por dia, quando e onde estiver.

Basta ter uma conexão ativa com a internet e pronto.

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BIBLIOGRAFIA - OBRIGATÓRIA

História da Internet Autor: Bernstein, Terry Editora: Campus Temas: Informática, Internet Segurança
na Internet Autor: Gonçalves, Marcus Editora: Axcel Books Temas: Internet, Informática.

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