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O acidente ocorreu na manhã de segunda-feira (17). “Na carteira de trabalho dele está o cargo de
‘auxiliar de produção’. Isso caracteriza um desvio de função”, afirmou o advogado Geraldo
Flávio Campos Dias, que defende Rafael.
“Eu não sou operador de máquina. Não me deram treinamento nenhum”, disse Rafael Costa de
Souza, de 25 anos, em entrevista ao G1. “Por várias vezes eu pedi para trocar de setor”,
acrescentou o jovem, que trabalhava há sete meses na fábrica.
Ainda no depoimento, Rafael relata que operava o triturador “sem os equipamentos de segurança
necessários”, e que “já havia reclamado com seus superiores sobre a falta de máscaras e óculos
de proteção, mas a empresa alegava que o material estava em falta”.
“O certo é ter um operador de máquina para trabalhar no triturador, junto com um auxiliar. Se
tem alguém do meu lado, podia desligar a máquina. Eu teria perdido um dedo, ou uma mão, mas
perdi meu braço todo”, conta Rafael.
Apesar de afirmarem que a Cadore está apalavrada em dar assistência a Rafael, os advogados do
funcionário fizeram algumas críticas à empresa. “Eu acho que a empresa está acanhada na
prestação de serviços e no pós-operatório”, afirmou Campos Dias. “Nós é que levamos o Rafael
para casa quando ele teve alta do hospital. Isso denota uma falta de atenção da empresa, por não
ter providenciado um carro para levá-lo”, complementou Fonseca Vieira.