Misoginia no Afeganistão

Hoje vou falar-vos sobre a misoginia no Afeganistão. Antes de mais, é importante saber o seu
significado. A misoginia significa ódio, desprezo ou preconceito pelos indivíduos do sexo
feminino.

Como sabem, o Afeganistão é um país que sempre teve um poder político instável. Durante
muitos anos esteve sob o domínio dos Talibãs, um grupo fundamentalista islâmico formado
nos anos 80. Era composto por estudantes que defendiam que o país devia ser governado com
base numa interpretação rígida do Alcorão.

Estiveram no poder entre 1996 e 2001, adotaram medidas brutais e opressivas e repressivas
contra os direitos humanos. Infelizmente, passados 20 anos, o regime regressou e as mulheres
foram as principais vítimas. A sua qualidade de vida é quase inexistente. A misoginia voltou a
ser uma prática normal que impôs restrições inimagináveis ao sexo feminino.

Em primeiro lugar, as mulheres são prisioneiras nas suas casas. Vivem mais inseguras, e
algumas sentem-se desamparadas pois o governo eliminou a força de segurança nacional e o
Ministério da mulher.

O ensino deixou de estar ao dispor de todas as crianças. As estudantes afegãs deixaram de ter
acesso ao ensino médio e superior. O regime exigiu uma adaptação aos currículos das
mulheres às regras islâmicas, dando mais importância à religião.

Apenas quem trabalha na educação primária e na saúde pôde continuar a trabalhar. As

restantes mulheres deixaram de ter acesso ao mundo laboral e, por esta razão, aumentou o
número de famílias com dificuldades económicas.

Os talibãs desprezam por completo o papel das mulheres na sociedade. Tiraram todos os
cargos políticos às mulheres, privaram a sociedade da sua presença, dos seus talentos e
habilidades.

As suas regras humilham a figura feminina. Ao fim de 20 anos obrigam as mulheres a usar a
burka, ficando com o rosto tapado. Para viajar têm de estar acompanhadas de um homem e
não podem conduzir. Desta forma, retiram-lhes as suas identidades e o direito de escolha, da
liberdade de expressão. Impõem essas regras por meio de intimidação e inspeções.

Resumindo, o governo talibã retirou às mulheres tudo aquilo que tinha sido conquistado duas
décadas antes. Apesar das manifestações, o governo nada mudou e a situação das mulheres
mantém-se desde o verão passado. A pobreza aumentou drasticamente devido à demissão das
mulheres dos trabalhos.

Escolhi o tema da misoginia nas mulheres afegãs devido ao facto de ser um tema de extrema
importância que foi esquecido pouco tempo depois do grande escândalo. Tenho medo que
aconteça o mesmo ao conflito da europa oriental.

Por outro lado, a luta pelos direitos humanos não pode ser deixada para trás. Não é aceitável
que, em 2022 as mulheres continuem a ser tratadas como um objeto e não como um ser
racional tão capaz quanto os homens. As mulheres devem ter, tal como os homens, o direito a
escolher o rumo das suas vidas.

Algumas pessoas dizem que os talibãs querem eliminar a presença feminina assim como
eliminou o ministério da mulher e nós não podemos aceitar isso!
FRANCISCO, POR FAVOR, QUANDO TRADUZIRES ISTO PÕE A TRADUÇÃO NOUTRO
DOCUMENTO NO AMBIENTE DE TRABALHO PARA EU TER A VERSÃO EM PORTUGUÊS E OUTRA
EM INGLÊS.

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