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Aurélio José Sacara


Carlos Silvério
Fausto Júlio Dias
Latifo Selemane
Nelson Pedro Fernando

Factores que Influenciam a Organização e Estrutura da Educação Familiar

Universidade Pedagógica
Nampula
2017
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Aurélio José Sacara


Carlos Silvério
Fausto Júlio Dias
Latifo Selemane
Nelson Pedro Fernando

Factores que Influenciam a Organização e Estrutura da Educação Familiar

Trabalho de carácter avaliativo, solicitado


pela docente da Cadeira de Educação
Familiar, Curso de Licenciatura em Ensino
Básico, 3º ano, 2º Semestre.

Docente: MA. Felismina B. João Vantitia

Universidade Pedagógica

Nampula

2017
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Índice

Introdução---------------------------------------------------------------------------------------------------
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Factores que Influenciam a organização e Estrutura da Educação Familiar-----------------------4

1. Factores que influenciam a Educação Familiar-----------------------------------------------------4

1.1 Factores genéticos ou herança-----------------------------------------------------------------------4

1.2. Factores ambientais----------------------------------------------------------------------------------4

1.3. Globalização como factor que influencia a Educação Familiar--------------------------------4

1.4. Os mídia como factor que influencia a Educação Familiar-------------------------------------5

2. A Estrutura Familiar------------------------------------------------------------------------------------7

2.1. Factores que influenciam na Organização Familiar---------------------------------------------8

2.1.1. Diálogo colaborativo-------------------------------------------------------------------------------


8

2.1.2. Rede familiar----------------------------------------------------------------------------------------


9

2.1.3. Infra – estrutura moral-----------------------------------------------------------------------------9

2.1.4. Confiança--------------------------------------------------------------------------------------------9

2.1.5. Normas Éticas--------------------------------------------------------------------------------------9

Conclusão-------------------------------------------------------------------------------------------------10

Bibliografia-----------------------------------------------------------------------------------------------11
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Introdução

O presente trabalho é de carácter científico, cujo título é ”Factores que influenciam na


organização e estrutura da Educação Familiar”, conduzido pela docente da cadeira de
Educação Familiar, com o principal objectivo de dar o conceito da família, os factores que
influenciam na estrutura e organização da Educação Familiar, com propósito de levar o
estudante as descobrir as características, e conduzirá na assimilação conhecimentos científicos
ligados a essa cadeira, esses conteúdos em particular.

Neste trabalho usou-se com metodologia consulta de obras existentes em diversas bibliotecas,
e a internet e algumas brochuras fornecidas pela docente da Cadeira. Contudo o trabalho está
estruturado em três partes básicas: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão que por sua vez
se divide em sob unidades.
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Tema: Factores que Influenciam a Organização e Estrutura da Educação Familiar.

1. Factores que influenciam a Educação Familiar

O conceito família mudou muito nos últimos tempos, não há mais um padrão, de conceito
familiar, com identidade própria em constante desenvolvimento.

Eis os factores que influenciam a Educação Familiar:

1.1. Factores genéticos ou herança.

Os elementos hereditários que influenciam na educação são chamados de factores genéticos,


encontram-se na inscrição do programa biológico da pessoa -herança. Está presente em toda a
parte: determina o grau de sensibilidade dos órgãos efectores aos estímulos indutores;
condiciona aparecimento de doenças familiares capazes de prejudicar a educação das crianças
e ainda pode indirectamente intervir nos factores ambientais, garantindo maior ou menor
resistência do organismo aos agravos do meio.

1.2. Factores ambientais

O meio ambiente na qual a pessoa esta inserida exerce influencias particularmente poderosas,
contribuindo negativamente na educação das crianças. O ambiente compreende tanto as
condições da vida material, estando em primeiro lugar alimentação, quanto ambiente físico da
família.

1.3. Globalização como factor que influência na educação familiar

Actualmente o mundo fala da globalização, mesmo que não tenha um conceito complexo
desta. Todos vêm o lado positivo do fenómeno, sem, dar conta da degradação cultural no dia-
a-dia começando por nos jovens e crianças.

A globalização num conceito minimamente resumido é sinónimo de conexão /ligação das


várias partes do mundo a nível social, cultural, económica, e político. Moçambique vive-se o
efeito de globalização sobre tudo nos jovens e crianças o que explicito, principalmente no
modo de vestir e agir.
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Os meios de comunicação como DVD, TV, e principalmente a Internet põem os jovens e


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crianças em contacto com outras culturas e eles acabam por aculturar aquilo que vê e ouve nas
novelas, filmes e redes sociais. Os pais ocupados em trabalhar para manter o bem-estar da
família, deixam os filhos entregues a si mesmo e ainda lhes dão pouca atenção o que tende a
gerar muitos problemas. Ai a personalidade dos jovens hoje em dia acaba por ser formado,
principalmente por meios de comunicação que funcionam como os seus educadores.

Com isto os jovens e crianças acabam por perder a sua própria cultura e aspectos importantes
dessa cultura que os mais velhos tanto preservaram como certos valores. Por isto não e
exagero afirmar que a nossa com as suas características únicas esta em via de extinção.

Os mais novos já nascem com uma nova cultura da sabedoria precoce de coisas não que
deveriam ser prometidas as crianças. Assim, mudam os tempos e o comportamento de
crianças e jovens também.

Os sistemas educacionais ainda não conseguiram avaliar adoptar adequadamente os impactos


da comunicação áudio visual e da informática. São necessárias mudanças nos métodos de
ensino dando prioridade a capacidade de pensar e reflectir sobre as informações. Dessa forma
a função da escola deve ser a de desenvolver o pensamento crítico a partir de diferentes
metodologias e linguagem inclusive a electrónica.

Da mesma forma, a partir da proposta da gestão democrática, existe a possibilidade da escola


organizar-se de forma a atender as exigências e necessidades da sua comunidade local, uma
vez que e dado a ela este poder de transformação.

A gestão participativa permite que os diferentes seguimentos possam contribuir no


panejamentos dos objectivos a ser atingidos pelas actividades escolares, portanto a educação
precisa definir objectivos claros e que considere todas essas transformações e novas
exigências que a sociedade impõe buscando possibilitar a seus alunos o acesso ao maior
número possível de informações que possam ser analisadas consciente e utilizadas no seu dia-
a-dia

1.4. Os mídia como factor que influenciam na Educação Familiar

É quase consensual hoje, que os meios de comunicação, aliados as novas tecnologias,


continuam a modificar a maneira de construir o saber, o modelo de aprender, a forma de
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conhecer. Representam muitas vezes, o meio onde os jovens apreendem os conteúdos e6


incorporam práticas sociais que assumem nos seus comportamentos quotidianos.

Assim, para além de apresentarem informação, os mídias organizam ideias, generalizam


valores, criam e reforçam expectativas, além de fornecerem modelos de comportamento. As
crianças têm uma cultura e uma curiosidade que precedem a escola, caracterizadas pela
necessidade de dar resposta a tudo, de experimentar, de conhecer, de compreender o mundo.

Compreende-se assim que a utilização das tecnologias comece cada vez mais cedo, pois as
crianças não temem as máquinas e evoluem por tentativa erro através da discussão como
outros utilizadores.

Estas realidades não podem ser ignoradas, sobretudo quando se sabe que as primeiras
aprendizagens constituem a base das aprendizagens posteriores (UNESCO, 2007).

Desta forma, e uma vez que o papel mediador entre meios de comunicação e realidade, cabe a
diferentes agentes presentes na vida das crianças e dos jovens, a família deve ser o primeiro
desses agentes, uma que e neste contexto que normalmente ocorre a recepção das mensagens
comunicacionais. Porem muitas vezes não existe consciência e disponibilidade por parte desse
agente fundamental para a mediação.

Mas a verdade e que na actual sociedade, estamos perante uma ecologia comunicacional em
que as noções de espaço, de tempo, de presença de interlocutores, bem como da idoneidade
das mensagens, se relativizaram, de tal forma, que a única mediação de que podemos falar e
aquela que emerge no próprio homem, através de manifestação da fala e dos gestos (SILVA,
2008).

Esta medida entendida como o processo através do qual se ajudam as crianças os jovens a
descodificarem e a compreender as complexidades do meio físico e social envolvente, deve
começar a ter lugar privilegiado no seio da família. A família emerge desta forma como o
primeiro contexto educativo por excelência (PEREIRA, 1999).

Os processos de mediação surgem assim como facilitadores e promotores do conhecimento e


aprendizagem da criança, na medida em que se apresentam como um estímulo, uma
orientação, um apoio. Através da mediação, a criança com ajuda dos “outros significativos”,
selecciona, interpreta, critica, complementa, organiza e estrutura as informações provenientes
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do meio envolvente, permitindo-lhe assim abordar com mais eficiência os assuntos da vida7
quotidiana. Dai que seja fundamental o papel da família.

Sendo a família o primeiro e principal agente da mediação das mensagens comunicacionais,


podemos falar em três dimensões distintas de mediação nas famílias em relação a televisão.

Nos processos de mediação, e as diferenças decorrentes dos distintos recursos simbólicos e


materiais e das diferentes posições no sistema social. É ainda importante compreender que as
crianças procuram os meios de comunicação com objectivo de conhecerem o mundo, e não se
pode por isso ignorar o tipo de emissões a que assistem, porque o consumo desses conteúdos
promove um aprendizagem social indirecta por via emocional e os pais devem prestar
atenção, ou seja se a criança não for acompanhada, quando vê a televisão ou consulta da
internet, poderá ver a ter uma noção distorcida e fragmentada da realidade.

O problema da família e da mediação para os conteúdos dos midias coloca uma outra questão
que tem a ver com o facto de cada família representar um universo específico a ser estudado.
Ou seja de acordo com um conjunto de aspectos, como situação económica, ou a dinâmica
interna, por exemplo cada família terá um tipo de compreensão da realidade. Esta situação
conduz-nos a outra questão: como a escola, apenas o segundo principal agente de mediação,
desempenhar um papel de formação do cidadão crítico e activo, tendo em vista diferentes
universos familiares.

2. A Estrutura Familiar

Estrutura Familiar é uma variável importante e que merece a nossa atenção ao longo do
presente documento, desta forma esta pode ser definida como se tratando de uma “rede
invisível de necessidades funcionais que organiza o modo como os membros da família
interagem”. (MINUCHIN, 1979 citado por ALARCÃO, 2002:54 )

“ A família, mesmo nas suas variadas formas, não e um grupo estático, mas evolui com o
tempo “. Como já foi referenciado, a estrutura familiar, assim como a sua composição tem
vindo a sofrer alterações contínuas ao longo dos tempos.

Antigamente existia uma estrutura “única” a chamada “tradicional” constituída pelo marido,
pela mulher, e caso existissem pelos filhos. Nos dias de hoje, a evolução deu lugar outros
tipos de famílias denominadas, em confronto com o passado, de “ não tradicional”. Na nossa
sociedade, o peso da estrutura composta pelo casal tem vindo a diminuir.
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Desta forma, actualmente a família apresenta vários tipos: nuclear, monoparental, complexa, 8
homossexual e recomposta (COSTA, 1998: 51).

O tipo de família em que a criança vive poderá reflectir-se na sua postura e forma de agir e
reagir em certas situações. Tal poderá ser explicado com o facto de existir, por exemplo, o
caso de criança viver apenas com progenitores ou com apenas um destes.

Suporte familiar e considerado um dos factores de mais relevância, por uma instancia
mediador, entre os individuo e a sociedade e ter como algumas das suas funções reunir e
fornecer recursos para satisfação das necessidades básicas, alem de funcionar, como
amortecedor de impactos sociais na vida de seus integrantes (BAPTISTA et al, 2004).

Em suma, a família tem a seguinte estrutura:

 Pai e mãe
 Família reconstituída;
 Avo
 Mãe

O tipo de estrutura familiar parece não ter interferido na percepção do suporte e também na
identificação de sintomas de stress.

Coexistência de diferentes arranjos familiar, este é o factor que vem seguindo a família. Por
estrutura familiar, entende-se a quantidades de pessoas que moram na casa e suas respectivas
funções, o facto de os progenitores estarem vivos ou terem falecido, a condição estarem
divorciados.

2.1. Factores que Influenciam na Organização Familiar

Na obtenção dos factores, foi utilizado o método de rotação ortogonal, o qual procura
minimizar o número de variáveis relacionados a cada factor. Os factores que podem
influenciar na organização familiar são:

2.1.1. Diálogo colaborativo

Esse é o factor que melhor explica o conjunto de assertivas, e assim designado, uma vez que o
diálogo é base para organização, compreensão das crenças e manutenção da família, as quais
influenciam as decisões quotidianas no âmbitos das relações familiares.
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Essas crenças são percebidas por meio de conjunto de assertivas que compõe esse factor que
são: a existência de uma relação de respeito e convívio fora da família, falta de diálogo no9
seio da família;

2.1.2. Rede familiar

Relaciona-se com a existência de uma forte rede de apoio entre famílias e parentes. Os actuais
dirigentes manteriam relações sociais frequentes com membros de família ampliadas. A rede
familiar é formada pelo envolvimento da família com parentes, por meio de respeito,
confiança e ajuda mútua.

2.1.3. Infra-estrutura moral

Esse factor é composto pelas seguintes afirmações: os membros familiares participam ou já


participaram de associações sociais, e as autoridades resolvem problemas pessoais nas
famílias.

2.1.4. Confiança

A confiança é o factor essencial para manutenção de qualquer relação, e na organização


familiar. Os empreendedores familiares desenvolvem uma rede familiar de relacionamento, a
qual se estende em rede da família, indo ao encontro dos demais actores, sedimentados por
confiança e respeito mútuo da família.

2.1.5. Normas éticas

As normas éticas são semelhantes ao que se denominam normas familiares, as quais são
compostas por obrigações, expectativas e reputação e respeitabilidade da sociedade, em outras
palavras as normas e obrigações elaborados no seio da família e enraizada nos membros da
família produz conhecimentos nas associações familiares por parte da comunidade.

Isso deve-se a um conjunto de normas e crenças que envolve a maneira da família conduzir a
associação que gera sentimento positivo ou negativo nas pessoas.
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Conclusão

Terminada as pesquisas, o grupo chegou a seguinte conclusão: O conceito família mudou


muito nos últimos tempos, não há mais um padrão, de conceito familiar, com identidade
própria em constante desenvolvimento, o mesmo que acontece com a estrutura e organização
da familiar não um padrão, isto é, os factores não são regulares. Tem vários factores que
envolve a organização, estrutura e educação familiar. De acordo com alguns autores, existe
diversidade de factores incluem na Educação Familiar dentre eles, a globalização, a midia e
problemas ambientais hereditária e mais outros que ao longo da leitura, terá visto esses
factores não mencionados.
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Bibliografia

ALARCÃO, M. RELVAS, Novas formas de família, Coimbra, 2002

ANDRADE, D. Meireles. Estudo de factores que determinam a formação social familiar.

COSTA, Octávio Torres. A Educação no mundo globalizado, Rio de Janeiro, 2004

FRASSINETTI, Paula. Estrutura familiar, Departamento de formação de professores

PEREIRA, Rodrigo da Cunha. Direito de família: uma abordagem psicanalítica, Belo

Horizonte, 1999

SILVA, Regina B. Tavares da. Código civil comentado, São Paulo, 2008

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