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Abstract: Qualitative experimental pilot study with double bass students of the
Bachelors in Music of UFMG (Brazil) in three stages to evaluate: (Stage 1) the
abilities of SR (Sight Reading); (Stage 2) preparation of PE (Performance Edition);
and (Stage 3) performance of the PE. The results suggest that the participants
demonstrate deficiencies in the literacy and comprehension of some musical
parameters: incorrect tempo to begin the SR (Stage 1); unknowledge of the concept
of PE and insufficient markings in the PE (Stage 2); interruption of the performance
and its continuity (Stages 1 and 3).
1 Graduando em Licenciatura em Música, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, Escola de Música,
costacaiocampos@gmail.com.
2 Graduando em Música com Habilitação em Contrabaixo, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG,
Escola de Música, calvindelamarque@gmail.com.
3 Graduando em Música com Habilitação em Contrabaixo, Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG,
Escola de Música, marcelo.luizbarbosa@gmail.com.
4 Doutor em Música, Professor Titular da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais -
UFMG, faustoborem@gmail.com.
Instituições financiadoras: FAPEMIG e CNPq.
Introdução
Durante a formação de um instrumentista, as habilidades de LPV (Leitura à
Primeira Vista), a preparação e a performance de uma EdiP (Edição de Performance)
devem ser desenvolvidas para se atingir o nível exigido pelo mercado de trabalho
musical. A LPV é “a percepção de um texto musical em que processos cognitivos e
comportamentos motores são convertidos em uma performance sonora sem ensaio
prévio” (SAMPAIO e SANTIAGO, 2018). Já a construção de uma EdiP se refere à prática
de alterar, corrigir e acrescentar sinais na partitura, por meio símbolos musicais ou
palavras, para auxiliar a compreensão da notação deixada pelo compositor/editor.
Assim, o desenvolvimento da LPV, a preparação da EdiP e sua performance são
fundamentais para o instrumentista se firmar no mercado de trabalho erudito e popular.
Observa-se ainda que os alunos instrumentistas em Bacharelados em Música no Brasil
não tem o hábito de uma prática deliberada (ERICSSON, KRAMPE e TESCH-ROMER,
1993), o que inclui a anotação na partitura de sinais que reflitam seu estudo diário e
suas decisões de interpretação.
Apesar disso, é possível observar uma grande escassez de estudos na literatura
sobre estas habilidades não apenas no meio contrabaixístico, foco deste estudo, mas de
uma maneira geral, juntamente com uma negligência de seu estudo e desenvolvimento
continuado nas instituições de ensino de música. Conforme FIREMAN (2009):
MCARTHUR, 2002, p. 149, tradução nossa). A prática da LPV também contribui para o
desenvolvimento de processos técnico-musicais anteriores à performance, como ilustra
WRISTEN (2005):
dinâmica, articulações, timbre, questões de estilo etc. Da mesma forma, em uma segunda
fase da Etapa 2, os alunos receberam um novo excerto para preparação de uma EdiP,
também no estilo Clássico Europeu, porém com um nível de dificuldade menor.
O projeto piloto apontou uma defasagem no conhecimento dos participantes
quanto à forma mais eficaz de elaborar uma Edip para o estudo dos excertos. Nas
partituras entregues aos participantes (Figura 3), observou-se apenas a indicação de
arcadas e ênfase nas dinâmicas.
5 - Conclusão
Os resultados sugerem que os participantes demonstram deficiências no
letramento e na compreensão de alguns parâmetros musicais, especialmente em três
questões: a percepção correta do andamento para iniciar a LPV (Etapa 1), o
desconhecimento dos participantes do conceito de preparação de uma EdiP (Etapa 2 e 3)
e a interrupção da performance tanto da LPV quanto da EdiP, mesmo sabendo que a
continuidade estivesse sendo avaliada (Etapas 1 e 3). Assim, este projeto piloto mostrou
a necessidade de corrigir estes pontos no delineamento do projeto de pesquisa.
Referências
BORÉM, Fausto. Reflexos editoriais das práticas de performance: as lições e modinhas de
Lino José Nunes (1789-1847). Debates, UNIRIO ,v. 14, p.52-74, 2015.