Você está na página 1de 39

E-BOOK

Microbiologia
Seja bem-vindo!
Obrigado por fazer parte do nosso propósito de levar
conhecimento com qualidade para o maior número de pessoas
possíveis, por confiar e acreditar no nosso trabalho assim
como nós acreditamos e confiamos no seu potencial.
acreditamos que você pode chegar onde quiser sempre com
mais conhecimento.

Você já é diferente por ter acesso a esse e-book e certificado.

Você poderá ter acesso aos nossos cursos e congressos pelo


nosso site: www.cessetembro.com.br

Quer ser um membro VIP?


Faça parte da A Nova Classe: www.anovaclasse.com.br

Nos acompanhe através de nossa rede social:

@cessetembro

Vamos fazer história juntos!


Quais os grupos estudados pela microbiologia

Bactérias
Vírus Microbiologia
Fungos

Protozoários
Vermes Parasitas Parasitologia
Ectoparasitas

Área de atuação da microbiologia


Genética Microbiana
Microbiologia Médica/Clínica
Fisiologia Microbiana
Microbiologia Veterinária
Microbiologia Ambiental
Microbiologia Industrial
Microbiologia dos Alimentos
Microbiologia Espacial
Microbiologia Evolutiva
Aeromicrobiologia

História da microbiologia
1590: Zacharias Janssen – Invenção do Microscópio
Robert Hooke

TEORIA CELULAR

“Cellas” Célula

Antonie van Leeuwenhoek Animaculos


(1632- 1723)

“Eu gastei mais tempo fazendo observações microscópicas do que muitos


vão acreditar, mas eu fiz isso com prazer e não dei atenção aqueles que
disseram não entender o por quê de tanto trabalho e qual a utilidade
disso.”
Até meados do séc. XIX: Teoria da Geração Espontânea

Teoria da Geração Espontânea: A vida surge espontaneamente


de objetos inanimados ou matéria sem vida.

Francesco Redi

Louis Pateur

Em 1857, a pedido de Napolão III

porque o vinho da marinha francesa se deteriorava com tempo?

Louis Pasteur: microrganismos eram responsáveis e deduziu que aquecendo


o vinho seria possível matar os microrganismos contaminantes sem afetar o
seu sabor.
Conceito de Pasteurização
Contribuições de Louis Pateur:

1- Derrubou a Teoria da Geração Espontânea


2- Idealizou o processo de pasteurização
3- Desenvolveu vacinas, dentre elas a vacina
para cólera aviária e a vacina contra a raiva
4- Lançou as bases para a origem microbiana das doenças
infecciosas

TEORIA MICROBIANA DA DOENÇA

Se os microrganismos transformam a matéria orgânica durante a


fermentação, será que não fazem o mesmo nos tecidos e órgãos,
causando doenças?

1876: Primeira evidência de que bactérias


causam doenças

Robert Kock Buscava achar o causador de uma


Bacillus anthracis
doença que estava matando gado e
ovelhas na Europa
Postulado de Kock

1- Uma doença infecciosa específica é causada por um


microrganismo específico
2- Agente etiológico deve ser encontrado em todos os casos
da doença.
3- O microrganismo deve ser isolado do hospedeiro e crescer
em cultura pura
4- A cultura pura do microrganismo suspeito deve reproduzir
a doença específica após a sua inoculação em animal
susceptível
5- O mesmo microrganismo deve ser isolado do hospedeiro
infectado
Mycobacterium
tuberculosis (1882)

Vibrio cholerae (1884)

MICROBIOTA NORMAL
Refere-se a população de microrganismos que habitam (colonizam)
a pele e as membranas nas mucosas de indivíduos saudáveis.

-Corpo humano: 10 trilhões de células


- Microbiota: 100 trilhões de microrganismos
- Representa 1-3% do peso corporal
- 30% do peso seco das fezes são bactéria
- Bactérias
- Fungos
- Vírus
- Archeas
- Protozoários

Tipos de microbiota
Onde é encontrada:

- Pele
- Trato Gastrointestinal
- Trato urinário
- Trato genital
- Sistema respiratório superior (Naso e orofaringe)
- Sistema respiratório inferior (traqueia e brônquios)

Onde não é encontrada:

- Sangue
- Líquido Cefalorraquidiano
- Órgãos
- Útero

Os animais, incluindo os seres humanos, geralmente são livres de


microrganismos quando no útero materno

Imediatamente antes de dar a luz,


Lactobacillus em seu canal vaginal
se multiplicam rapidamente
Fatores que alteram a microbiota

- Ambiente
- Nutricional
- Idade
- Fatores físicos e químicos
- Defesas do organismo hospedeiro
- Higiene pessoal
- Uso de antimicrobianos
- Estado de saúde
- Estado emocional

IMPORTÂNCIA DA MICROBIOTA MICROBIANA

- Protege o hospedeiro de outros microrganismos


- Ajuda na absorção de nutrientes
- Produção de algumas vitaminas essenciais para o organismo
- Maturação do sistema imunológico
- Controle da saúde cerebral

Disbiose: desequilíbrio da microbiota normal, podendo causar


algumas doenças

Esser et al., 2018


FATORES

Medicamentos Doenças

Infecções bacterianas,
Álcool e tabaco virais ou parasitária
DIVERSAS DOENÇAS

Estresse Mudanças abruptas de


ambiente ou dieta

Doenças causadas pelo desequilíbrio da microbiota:

- Diabetes
- Doença celíaca
- Obesidade
- Cistite
- Síndrome metabólica - Doença de Alzheimer
- Alergias - Doença de Parkinson
- Diarreia - Depressão
- Cólica - Lúpus
- Câncer - Acne
Bacteriologia
Ciência responsável por elucidar, estudar, documentar tudo a cerca das
bactérias, desde sua morfologia, bioquímica, genética, comportamento,
fisiologia, ecologia, etc.

BACTÉRIAS: são microrganismos unicelulares, procariontes (desprovidos de


envoltório nuclear e organelas membranosas

BACTÉRIA: vem da palavra grega bakteria = BASTONETE

Importância das bactérias


• Decomposição de matéria morta
• Participam do ciclo do nitrogênio
• Processos industriais
• Engenharia genética e biotecnologia
• Área da saúde
Características gerais das bactérias

• Unicelulares
• Isoladas ou em colônias
• Procariontes
• Possuem ribossomos
• Medem em média de 0,2 a 1,5 μm
• 10x menores do que as células eucarióticas

Citologia Bacteriana

Cápsula: impede a fagocitose


PAREDE CELULAR

Ácido
Micólico
Impede a fagocitose

Proteína M
Resistência a acidez
e ao calor Impede a digestão
pelos fagócitos

Citologia Bacteriana
• Cromossomo
• Plasmídeo: DNA extracromossômico que replicam-se
independente do cromossomo bacteriano
• Funções:

• Codificam características seletivas


• Resistência a antibiótico

• Ribossomos: síntese de proteínas


• Flagelo: motilidade
• Fímbrias: motilidade e adesão
• Píli: participa do processo de reprodução
Esporos bacterianos

Formas de resistência bacteriana a condições ambientais adversas


Resistência ao calor, frio, substâncias tóxicas

Classificação das bactérias: formas e arranjos

◇ Cocos
• Diplococos: cocos agrupados 2 a 2
• Estreptococos
• Tétrade: grupos de 4 cocos unidos
• Sarcinas: grupos de 8 cocos unidos
• Estafilococos

◇ Bacilos
• Diplobacilo
• Estreptobacilo
• Cocobacilo

◇Vibrião
◇Espiroqueta
◇Espirilo
Classificação das bactérias: parede celular

• Método de coloração de Gram

Hans Christian Gram


Método de Coloração de Gram

-Violeta de genciana
- Fucsina
- Lugol
- Álcool
- Água
Método de coloração Ziehl-Neelsen
• Utilizada para identificação do gênero Mycobacterium (M. tuberculosis
e M. leprae
• Bacilos álcool-ácido resistentes (BAAR)

1º - Fucsina (Carbofucsina)
2º - Calor
3º - Solução álcool-ácido
4º - Azul de metileno
Reprodução das bactérias
◇Assexuada
• Fissão binária ou cissiparidade
• Esporulação

◇Sexuada
• Conjugação
• Transdução
• Transformação

Fissão binária

Esporulação
Transformação

Conjugação

Transdução
Crescimento bacteriano

QUÍMICOS FÍSICOS-QUÍMICOS

- Água - Temperatura
- Macronutrientes - pH
- Micronutrientes - Pressão osmótica
- Fatores de crescimento - Oxigênio

Temperatura
pH

Oxigênio

Pressão Osmótica
Fatores químicos

Curva de crescimento bacteriano

Vírus e virologia

Wendell Stanley Vírus do mosaico do tabaco


Teoria celular

Mathias Schleiden Theodore Schwann Rudolph Virchow

1- Todos os seres vivos são constituídos por células “Omnis


2- As células são as unidades morfológicas e funcionais dos seres vivos cellula ex
3- Todas as células só se originam de outra preexistente cellula”

O que são vírus?

“Pedaço de má notícia embrulhada


em uma proteína”

Características dos vírus

•Submicroscópicos
• Acelulares
• Não tem metabolismo próprio
• Ácido nucléico (DNA ou RNA)
• Parasitas intracelulares obrigatórios

• Virion = fora da célula


• Vírus = dentro da célula
Comparação de tamanho

Estrutura básica de um vírus

Classificação dos vírus


• Ácido nucléico
• Capsídeo
• Presença de envelope
• Estratégia de replicação
Classificação Não oficial

Respiratórios: por inalação; infecção primária no sistema respiratório

Entéricos: via oral; replicam-se no trato intestinal

Arbovírus: replicam-se e são transmitidos por artrópodes

Vírus oncogênico: potencial para produzir tumores

Classificação dos vírus

• Classe I: fsDNA
• Classe II: fdDNA
• Classe III: fdRNA
• fdRNA segmentado
• Classe IV: fsRNA+
• Classe V: fsRNA-
• fsRNA- segmentado
• Classe VI: fsRNA e
transcriptase reversa
DNA RNAm PROTEÍNA

RNAm PROTEÍNA

RNA RNAm PROTEÍNA

RNA DNA RNAm PROTEÍNA

Transcriptase
reversa

Replicação dos vírus

- Ciclo lítico
- Ciclo lisogênico

Fases da replicação viral

1- Adsorção e penetração pelo vírion


2- Desnudamento do ácido nucléico viral
3- Síntese primária do RNAm
4- Síntese primária das proteínas virais
5- Multiplicação do genoma viral
6- Síntese tardia do RNAm
7- Síntese tardia das proteínas virais
8- Montagem dos novos vírions
9- Liberação dos vírions da célula
Replicação dos vírus - Adsorção

A adsorção (ou ligação) depende da interação física entre os vírions e a


superfície da célula- alvo. Sem a adsorção a infecção não pode ocorrer.

Replicação dos vírus - Penetração

A penetração é a introdução do ácido nucléico viral na célula. O processo de


penetração pode ocorrer por endocitose ou por fusão

Endocitose Fusão de membranas

Replicação dos vírus - Desnudamento


Replicação dos vírus – Síntese proteica
O RNAm é produzido e traduzido em proteínas.

- RNA polimerase DNA-dependente


- RNA polimerase RNA-dependente

Replicação dos vírus – Liberação


Vírus não envelopados: vírions recém formados
são liberados pela morte e lise celular
Vírus envelopados: vírions recém formados são
liberados por brotamento (não há morte celular)
ou pela lise celular

Ciclo lítico
Ciclo lisogênico

Replicação dos retrovírus


• Três genes em comuns para todos os
retrovírus: gap, pol e env
• Formam proteínas precursoras que é
clivada em duas ou mais
• O gene gag condiciona 3 ou 4 proteínas
que formam o capsídeo viral
• O gene pol condiciona a transcriptase
reversa e a enzima integrasse
• O gene env determina as glicoproteínas do envoltório viral que circunda o
capsídeo
Prions (Scrapie)

PrPc: Proteína Prion Celular


Prion (protein and infection)
Codificada pelo gene PRPN

PrPsc: isoforma anormal


(pathogenic scrapie príon protein)
To scrape: coçar

Acúmulo de príons no sistema nervoso central causa doenças


neurodegenerativas por formação de agregados extracelulares, as placas
amiloides

Encefalopatias espongiformes transmissíveis (TSEs)

Células normais do cérebro de um rato (esquerda) e células afetadas por príons


(direita). Os pontos brancos indica a presença de pequenos buracos que surgem
no tecido nervoso
Micologia
- Eucarióticos
- Uni ou Pluricelulares
- Não produzem clorofila
- Parede celular = Quitina
- Reserva energética= Glicogênio Armillaria ostoyae

Característica dos fungos


- Ambiente úmido, escuro e quente
- Encontrados na maioria dos ambientes
- Quimio-heterotróficos
- Aeróbicos ou anaeróbicos facultativos

A identificação de leveduras e bactérias envolve testes bioquímicos. Entretanto,


fungos multicelulares são identificados através de sua aparência física, incluindo
características da colônia e dos esporos reprodutivos

Importância dos fungos

• Decompositores
• Fabricação de alimentos e bebidas alcóolicas
• Produção de antibiótico
• Alucinógenos
• Saúde
Morfologia dos fungos

- Crescimento das hifas se dá por alongamento das extremidades


- Em condições ambientais favoráveis, as hifas crescem e formam uma
massa filamentosa chamada de micélio, visível a olho nu
Nutrição dos fungos

• Saprófitos obrigatórios
• Parasitas obrigatórios
• Saprófitos e parasitas
facultativos

Classificação dos fungos


• Quitridiomicetos (Chytridiomycota)
• Flagelos
• Uni ou Pluricelulares
• Ambientes aquáticos
• Hifas cenocíticas

• Zigomicetos (Zygomycota)
• Pluricelulares
• Hifas cenocíticas
• Saprófitas, parasitas ou mutualistas
• Terrestres
• Não formam corpo de frutificação Rhizopus sp.

• Ascomicetos (Ascomycota)
• 50% dos fungos
• Uni ou pluricelulares
• Hifas septadas Penicillium roquefort

• Micélios na forma de sacos


• 98% dos líquens

Trufas (Tuber sp.)


Leveduras – Fungos não filamentosos, esféricos ou ovais

- Amplamente distribuídos na natureza


- Levedura de brotamento: dividem-se de forma desigual -
Levedura de fissão: dividem-se produzindo-se células iguais

Fungos dimórficos – Fungos com duas formas de crescimento


(filamentosa e levedura)

- Dimorfismo está presente principalmente em fungos patogênicos


- O dimorfismo em fungos patogênicos é dependente de
temperatura: a 37 °C o fungo
apresenta forma de levedura, a 25 °C apresenta forma de bolor

Mucor indicus

• Basidiomicetos (Basidiomycota)
• Pluricelulares
• Hifas septadas
• 2% dos líquens
Reprodução dos fungos
◇Assexuada
• Brotamento
• Fragmentação
• Esporulação
• Conídiosporos
• Blastoconídios
• Clamidoconídio
• Esporangiósporo
• Fissão binária

◇ Sexuada
• Esporulação (esporos)

• Fragmentação

• Brotamento
• Esporulação (assexuada)

• Esporulação (Conídiosporos)

• Esporulação (Blastoconídio)

• Esporulação (Clanídiosporo e Esporangiósporo)


• Ciclo dos Basidiomicetos (sexuada)

• Ciclo dos Ascomicetos (sexuada)

• Ciclo dos Zigomicetos


E-book oferecido pelo
Centro Educacional Sete de Setembro
em parceria com o professor Raphael Wuo da Silva .

cessetembro

Você também pode gostar