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LAUDO TÉCNICO

CALCULO DE AVALIAÇÃO DO RISCO DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Proprietário .......................: CAMARA MUNICIPAL DE VEREADORES


Prédio..................................: PRÉDIO DA CAMARA MUNICIPAL
Endereço ...........................: Rua Alfredo Chaves n° 1.323
Bairro ................................: Exposição
Município .........................: Caxias do Sul - RS
Responsável Técnico ........: Eng° Roberto José Basso
(Laudo Técnico) CREA / RS 11.306

1.01 – PARÂMETROS DA EDIFICAÇÃO:


C = Comprimento do prédio ....... 66,00 metros
L = Largura do prédio ................ 16,00 metros
A = Altura do prédio .................. 23,00 metros

1.02 – AVALIAÇÃO DO RISCO DE EXPOSIÇÃO:


Ae = Área de exposição
Ae = C . L + 2 C. A + 2 L . A + 3,14 A . A
Ae = 66,00 x 16,00 + 2 x 66,00 x 23,00 + 2 x 16,00 x 23,00 + 3,14 x 23,00 x 23,00
Ae = 6.489,00 m2

1.03 – DENSIDADE DE DESCARGAS PARA A TERRA:


Ng = Número de raios para a terra por km2 por ano.
Ng = 0,04 x [ Td ] elevado ao expoente 1,25 .
Td = 25 ( número de dias de trovoadas por ano).
Ng = 0,04 x [ 25 ] elevado ao expoente 1,25.
Ng = 2,2 descargas por km ² / ano.

1.04 – FREQUÊNCIA MÉDIA ANUAL PREVISÍVEL DE DESCARGAS:


N = Ng x Ae x ( 0,000001 ) >> N = 0,01427 Descargas por ano

1.05 – FATORES DE PONDERAÇÃO:


Tipo de ocupação da Estrutura : Prédio com Escritórios com aglomeração
de pessoas
Estrutura de concreto com telhado metálico : Nível de Proteção II
A = Tipo de ocupação da estrutura = 1,3
(Tabela 10: Edifício com exposições ao público ).
B = Tipo de construção da estrutura = 0,8
(Tabela 11:Estrutura de Concreto Armado com cobertura Metálica).
C = Conteúdo da estrutura = 1,3
(Tabela 12 : Edifício com valores especiais.
D = Localização da estrutura = 0,4
(Tabela 13 : Grandes cidades rodeado por árvores e estruturas semelhantes).

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E = Topografia = 1,3
(Tabela 14 : Montanha, 750 metros de altitude ).
1.06 – FATOR PONDERADO DE N ( Np ) :
Np = N x A x B x C x D x E
Np = 0,01427 x 1,3 x 0,8 x 1,3 x 0,4 x 1,3
Np = 0, 01003 Descargas / ano
(Probabilidade – risco calculado de 10,03 por 1.000 (mil) de ocorrer
uma descarga no prédio por ano ).

PARÂMETROS DA NORMA BRASILEIRA ( NBR 5419 ):


Se Np > ou = 0,001 – Riscos maiores do que 1 / 1.000 (um por mil ) de
ocorrer uma descarga / ano, então a estrutura
requer obrigatoriamente uma proteção de SPDA .
Se Np < ou = 0,00001 – Riscos menores do que 1 / 10.000 ( um por dez mil)
de ocorrer uma descarga / ano, então a estrutura
não requer proteção de SPDA.
Se 0,001 > Np > 0,00001 então a conveniência de implantar o SPDA ou não,
deve ser decidida, por comum acordo, entre o
projetista e os usuários / proprietários do prédio.

1.07 – CONCLUSÃO DO CÁLCULO:

No caso do prédio em estudo – CAMARA MUNICIPAL DE


VEREADORES, a freqüência média previsível de descargas ponderadas,
calculadas com os parâmetros específicos do prédio, indicou que :
Np = 0,01003 > 0,001
( Risco calculado previsível de ocorrência de 10,03 por mil descargas por ano).

O valor de Np = 0,01003 , ficou acima de 0,001 ( SPDA obrigatório), caso em


que a Norma NBR 5419 exige, obrigatoriamente, o projeto e a INSTALAÇÃO
DE SPDA, no prédio da Câmara Municipal de Vereadores.

Caxias do Sul, 10 de Abril de 2.012.

DE ACORDO:

Responsável Técnico: ____________________________


Pelo cálculo do risco Eng° Civil Roberto José Basso
CREA / RS 04.834

Responsável pelo Prédio : _______________________________________


CAMARA MUNICIPAL DE VEREADORES.

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MEMORIAL TÉCNICO DESCRITIVO

SPDA – SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFERICAS.

2.01 - OBJETIVO:
O objetivo do presente memorial técnico é o de descrever as especificações e detalhes
técnicos do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) do prédio da
Câmara Municipal de Vereadores de Caxias do Sul, na Rua Alfredo Chaves , n° 2.323 ,
bairro Exposição – Caxias do Sul..

2.02 – NORMAS:
O presente projeto de SPDA foi elaborado com as prescrições das Normas Técnicas da
ABNT NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão / Procedimento e NBR 5419 –
Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas, Edição 2005.

2.03 – PLANTAS
O presente projeto de SPDA é composto das seguintes plantas em anexo:

S01 – Planta do Térreo.

S02 – Planta de Cobertura / Detalhes.

S03 – Planta da Fachada Oeste.

S04 – Planta da Fachada Norte e Corte Transversal.

S05 – Planta da Fachada Leste.

2.04 – MAPA ISOCERAUNICO:


Conforme o mapa isoceraunico constante da NBR 5419 – figura 7, a região de Caxias do
Sul, está sujeita em média à 30 dias de trovoadas por ano.

2.05 – NIVEL DE PROTEÇÃO ADOTADO::


Seguindo a prescrição da Tabela B.6 da norma NBR 5419 (2005), adotamos o nível de
proteção II para o prédio da Câmara Municipal de Vereadores de Caxias do Sul.
O nível II é indicado pela norma para locais onde a incidência de raio possa causar danos
às instalações elétricas com possibilidade de pânico pela aglomeração de pessoas, além de
atraso de socorro por falha do sistema de alarme.
O nível II também é indicado para prédios onde a incidência de raios possa causar falha no
sistema de comunicações e falha dos computadores com perda de dados.
O nível II também é recomendado para prédios onde a incidência de raio posa causar perda
de patrimônio cultural insubstituível.
Como todas as ocorrências acima podem acontecer no prédio da Câmara Municipal de
Vereadores, adotamos o nível de proteção II.

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2.06 – COBERTURA DO PRÉDIO DA CÃMARA MUNICIPAL:
A cobertura do prédio será constituída de telhas de material metálico, alumínio trapezoidal
de espessura 0,8 mm, conforme foi considerado nos fatores de ponderação da avaliação do
risco de incidência de raios feita acima.

2.07 – CAPTORES PROJETADOS – METODO ADOTADO.


Atendendo à prescrição da norma NBR 5419 (2005) no item 5.1.1.2.2, projetamos a
instalação de condutores em malha ou gaiola de Faraday, compondo o sistema de
proteção não isolado, com a instalação de cabos de cobre nú de 35 mm2, diretamente sobre
o telhado de cobertura.
Malha de captores horizontais projetada: Cabos de cobre nú 35 mm2:
Anel fechado em todo o perímetro externo da cobertura , inclusive sobre o volume da
elevação das caixas d’água e casa de máquinas, conforme indicado nas plantas.
O anel do perímetro externo da malha de captores não poderá ficar a mais de 50
centímetros da borda externa do perímetro superior da edificação ( item 5.1.1.3.3 ).
Distância máxima entre os condutores paralelos da malha horizontal de captores
projetados será a seguinte:
Distância entre os condutores paralelos da malha no sentido da largura do prédio:
16 (dezeseis) metros.
Distância entre os condutores paralelos da malha no sentido do comprimento do prédio:
12 (doze) metros.
Os captores horizontais projetados ( Cabo de cobre nu de 35 mm2) serão fixados à estrutura
da cobertura por meio de presilhas de latão estanhado Referência TEL 744, conforme
destalhes constantes da Planta E01.
No concreto ou na alvenaria as presilhas de latão serão aparafusadas conforme detalhe na
planta E 01.
Sobre as telha de alumínio, as presilhas de latão serão coladas, conforme detalhe na planta
E 01.
Nos cruzamentos ou nas derivações entre os condutores da malha serão utilizados grampos
estampados de cobre com 4 parafusos, do Tipo “X” – Referência TEL 853, com parafuso
de latão 3/16”, com arruela de pressão 3/16 “ e porca 3/16 “.

2.08 – CAPTORES NATURAIS ( Interligados com o sistema de captores projetados):


Conforme o item 5.1.1.4 da norma, serão usados como captores naturais os seguintes
elementos da cobertura dos prédios:
- Os elementos metálicos da telha de cobertura do prédio composta de telhas de alumínio
trapezoidais de 0,8 mm de espessura bem como os rufos e / ou calhas periféricas de
recolhimento de águas pluviais. ( Item 5.1.1.4.c da norma).

2.09 – NÚMERO E ESPAÇAMENTO DAS BAIXADAS PROJETADAS:


A tabela 2 da norma NBR 5419 (2005) determina que para o nível de proteção II, as
baixadas de terra não poderão ser espaçadas entre si por mais de 15 ( quinze) metros.
O bloco principal do prédio da Câmara Municipal tem o seguinte perímetro externo:
64 metros (comprimento ) + 16 (largura) + 64(comprimento ) + 16( largura) = 160 metros.

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Numero mínimo de baixadas: 160 metros / 15 metros = 11 baixadas no mínimo, no bloco
principal.
Estamos Projetando para o bloco principal:
3 (três) novas baixadas na fachada oeste.
2 (duas ) novas baixadas na fachada norte.
2 (duas ) novas baixadas na fachada sul.
4 ( quatro) novas baxadas na fachada leste.
1 ( uma ) baixada existente na fachada oeste.
Total de novas baixadas projetadas no bloco principal : 11 ( onze ) novas baixadas.
Total de baixadas existentes + projetadas no bloco principal : 12 ( doze ) baixadas.

Estamos projetando também a proteção para o volume do plenário:


Perímetro externo do volume do plenário : 50 ( cinqüenta) metros.
Número de baixadas para o plenário : 50 metros / 15 metros = 3,3 baixadas .
Total de baixadas do volume do plenário : 3 ( três ) descidas.

NUMERO TOTAL DE BAIXADAS (Existente + Projetadas): 15 ( quinze) baixadas.

2.10 – CONDUTORES DE BAIXADA


Conforme a tabela 3 da norma NBR 5419 / 2005, os condutores de baixada para prédios
com altura superior à 20 metros se forem de cobre deverão ter bitola mínima de 35 mm2.
Condutores de descida projetados: Cobre nú de 35 mm2
As conexões das baixadas projetadas serão as seguintes:
Em cima: Com a malha horizontal de captores projetada sobre a Cobertura .
Em baixo: Com os eletrodos de aterramento ( Hastes verticais enterradas).

2.11 – ELETRODOS DE ATERRAMENTO:


Como eletrodos de aterramento das baixadas serão usados os seguintes elementos:
– Eletrodos de terra tipo haste cooperweld - diâmetro 19 mm x comprimento 2.400 mm,
com conetor, enterrados verticalmente no solo.
– Cabo de cobre nu de 35 mm2, enterrado horizontalmente no solo à profundidade de 50
cm, interligando as quatro hastes indicadas na planta S01 – Planta do Térreo.
Deverão ser implantadas ao menos uma haste de aterramento tipo cooperweld para cada
uma das 14 (Quatorze) novas baixadas de terra indicadas nas plantas do S.P.D.A.

2.12 – INTERLIGAÇÃO DOS ELETRODOS DE ATERRAMENTO NO SOLO:


O eletrodo de aterramento da baixada situada na fachada sul, próximo da fachada leste,
deverá ser interligado com as três baixadas de aterramento do plenário, mediante condutor
de cobre nu de 35 mm2, enterrado horizontalmente no solo, à profundidade de 50 cm.
As quatro hastes de aterramento acima referidas deverão ser interligadas entre si ao nível do
solo, conforme indicado na planta S01 ( Planta do Térreo ).

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2.13 – RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO DOS ELETRODOS DE TERRA.
A resistência de aterramento de cada um dos eletrodos de terra, que formam o conjunto de
baixadas de aterramento, não poderá ultrapassar a medida de 10 ohms, em qualquer época
do ano.

2.14–PROVIDÊNCIAS P/ MELHORAR A RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO.


Na hipótese de que NÃO seja conseguida a resistência de aterramento inferior à 10 (dez)
ohms, para cada uma de hastes de aterramento que formam o conjunto de baixadas de
aterramento na medição de terra feita nas condições acima referidas, deverá ser tomada a
seguinte medida até que o valor exigido seja alcançado:
Aplicação de produtos químicos especiais para a melhoria de terra junto aos eletrodos.

OBSERVAÇÃO:
Os procedimentos acima deverão ser aplicados até ser obtida a resistência de
aterramento exigida nas condições de medição especificadas.

Caxias do Sul, 10 de Abril de 2.012

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Eng° Civil Roberto José Basso
CREA / RS 04.834

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