Você está na página 1de 21

FABRIZA APARECIDA LOPES AMORIM

EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA ALUNOS COM DISLEXIA

UNIVERSIDADE DA CIDADE DE SÃO PAULO

PÓS - GRADUAÇÃO LATO SENSU

EM INCLUSÃO ESCOLAR

2010
EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA ALUNOS COM DISLEXIA
FABRIZA APARECIDA LOPES AMORIM

EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA ALUNOS COM DISLEXIA

Trabalho de conclusão do Curso de Pós-Graduação Graduação


Lato- Sensu em Inclusão Escolar, como exigência parcial para
obtenção do certificado, sob a coordenação do Prof.º Siderly do
Carmo Dahle de Almeida..

Universidade da Cidade de São Paulo

2010
Trabalho apresentado para análise e avaliação da disciplina
Métodos e Técnicas de Pesquisa sob a coordenação do Prof.º Siderly do
Carmo Dahle de Almeida.

Observação do Professor:______________________________________

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________

Nota _______________________________________________________________________

____________________________________________________

Prof.º Siderly do C. Dahle de Almeida.


Métodos e Técnicas de Pesquisa
DEDICATÓRIA

Dedico o presente trabalho a todos aqueles;


professores ou não, que se preocupam com uma
educação escolar inclusiva e de melhor qualidade de
vida social, das Crianças com Dificuldades de
Aprendizagem-Dislexia.
AGRADECIMENTOS

Aos meus familiares, professores e amigos; que jamais deixaram de me incentivar, por
menor que fosse a contribuição. E todos aqueles que sempre souberam que a única
forma de conhecer é descobrir, que fazer descobrir é a única forma de ensinar.
“Quando leio, somente escuto o que estou lendo e sou
incapaz de lembrar, da imagem visual da palavra
escrita”.

(Albert Einstein, 1879-1955).


EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA ALUNOS
COM DISLEXIA

RESUMO

O objetivo deste estudo foi revisar a literatura que trata da Inclusão de Crianças Disléxicas na
rede regular de ensino, a fim de identificar os temas pesquisados e subsidiar meu trabalho
como educadora e dos demais profissionais envolvidos para que prestem um cuidado de
melhor qualidade a estas crianças; a fim de trabalhar suas diferenças e potencialidades
cognitivas, permitindo seu desenvolvimento global e sua participação em seu grupo social
Considerando que as dificuldades do aluno disléxico, são vistas como falta de interesse
escolar ou incapacidade de progredir nos anos seqüentes da Educação Básica; conclui-se
que a educação especial é determinante no processo de estimulação inicial e cabe ao professor
da turma trabalhar suas crianças com dislexia, desenvolvendo nestas, capacidades de
praticarem atividades diárias, socialização e cooperação entre os alunos da classe regular, para
tanto as escolas regulares precisam de profissionais conscientizados de seu caráter político
com a Educação Nacional, e a abordagem pedagógica e avaliativa adequada para esses
alunos, cuidados especiais devem ser tomados, a fim de facilitar e possibilitar um maior
rendimento e desenvolvimento educacional aos Portadores de Dislexia.

PALAVRAS- CHAVES: Dislexia, Dificuldades de Aprendizagem, Educação Inclusiva.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO......................................................................................08

CAPÍTULO 1- O QUE É DISLEXIA ......................................................09

1 DISGRAFIA ...........................................................................................10

2 DISCALCULIA ......................................................................................................10

CAPÍTULO 2- DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA ......................................11

1 POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL..............................................11

1.1 Da Educação Básica..........................................................................................12


1.2 Inclusão escolar do Aluno Disléxico................................................................13
1.3 A família e a Educação do Disléxico...............................................................14

MÉTODO...........................................................................................................15

DISCUSSÃO......................................................................................................16

CONCLUSÕES.................................................................................................17

REFERÊNCIAS ...............................................................................................18
Introdução

A Educação Inclusiva, é uma temática que vem sendo discutida por vários
autores que vêem os benefícios que essa prática proporciona para o desenvolvimento de
crianças com Dificuldades de Aprendizagem e a necessidade de as diagnosticar para a
realização de um trabalho multidisciplinar; com a diversidade da classe passou a ser vista
como um elemento de progresso e riqueza para todo grupo, onde o foco deixa de ser as
dificuldades da criança que deveria adaptar-se a um contexto escolar, mas sim ao contrário;
tornando as situações de aprendizagem mais lúdicas e significativas para todos alunos. A
inclusão traz a idéia de igualdade de direitos e o respeito pelas diferenças, ao afirmar que
independente das necessidades especiais, toda criança tem o direito de freqüentar uma escola
regular e aprender os conceitos trabalhados.
Diante da necessidade de ampliar o conhecimento a respeito da temática e de
conhecer outras experiências relacionadas às contribuições da Educação Inclusiva, numa nova
maneira de pensar e encarar sua função educativa, assumindo a prioridades das relações
igualitárias e não excludente, bem como os desafios enfrentados por essas crianças e seus
familiares e as possíveis experiências que subsidiam o oferecimento de um cuidado de melhor
qualidade a elas, é que a autora deste estudo se sentiu motivada a desenvolver esta pesquisa
bibliográfica.
CAPÍTULO 1- O QUE É DISLEXIA

A dislexia é um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura,


escrita e soletração, chegando a atingir 10 a 15% da população mundial, afetando meninos e
meninas, para cada cindo crianças disléxicas, uma é menina (ANTUNES, 2006, p.57).
Estudos atuais na área das ciências têm provado que a dislexia tem bases neurológicas,
expressiva de fator genético dominante, no cromossomo 6. Também possuem o hemisfério
cerebral lateral- direito, mais desenvolvido que leitores normais, justificando suas habilidades
nas artes, esportes, visualização em três dimensões, criatividade e habilidades intuitivas.
Pesquisadores da Equipe da Drª Sally Shaywitz- Yale University,
recentemente anunciaram uma significativa neurofisiológica que justifica a falência da
aprendizagem da leitura no disléxico, que encontram dificuldades no mecanismo de transição
no decorrer dos olhos, no ato da mudança de foco de uma sílaba à seguinte, fazendo com que
a palavra passasse a ser percebida como se estivesse borrada, dificultando a visualização das
letras e sua leitura ( O QUE É DISLEXIA, Associação do Portador de Dislexia. Disponível
em: http://www.dislexia.com.br. Acesso em: 22 fev. 2010).
1. DISGRAFIA

O aluno disléxico apresenta uma específica dificuldade na aprendizagem da


linguagem, em soletração, leitura e escrita discursiva, dificultando a comunicação de idéias de
conhecimentos, através desse específico canal de comunicação.
Há disléxicos com graves comprometimentos no traçado de letras e de
números. Eles podem cometer erros ortográficos graves, omitir, acrescentar ou inverter letras
e sílabas. Sua dificuldade espacial se revela na falta de domínio do traçado da letra, subindo e
descendo a linha demarcada para a escrita, para eles; é difícil monitorar a posição da mão que
escreve, com a coordenação do direcionamento espacial necessário à grafia da letra ou do
número, integrados nos movimentos de fixação e alternância da visão. Por isto, eles podem
reforçar pesadamente o lápis ou a caneta, no ponto de seu foco visual, procurando controlar o
que a mão está traçando durante a escrita. Por isto, também podem inclinar a cabeça para
tentar ajustar distorções de imagem em seu campo de fixação ocular. Disgráficos-
características da escrita com traços imprecisos e incontrolados; com freqüência, experimenta
em diferentes graus, sensação de insegurança e desequilíbrio com relação à gravidade, desde a
infância. Podem surgir atrasos no desenvolvimento da marcha, dificuldades em subir e descer
escadas, ao andar sobre bases em desnível ou em balanço; ao tentar aprender a andar de
bicicleta, na coordenação motora fina (SNOWLING e Colaboradores, 2004, p.41, 96, 97).

2. DISCALCULIA

Discalculia é a dificuldade de aprender matemática, sua relação com os


números e operações de raciocínio lógico- matemático, o que é muito comum em alunos
disléxicos. Esse aluno pode aprender conceitos matemáticos de forma concreta, entender que
uma operação de adição 5+7= 12, mas tem dificuldade de resolver um problema que envolva
símbolos, fórmulas e enunciados; como um simples problema: “Maria tem 5 balas e Pedro
tem 7 balas.Quantas balas os dois têm juntos?”, são incapazes de visualizar conjuntos de
objetos inseridos num conjunto maior, equivalência como 1 kg é igual cinco porções de 200g,
montar operações matemáticas e sequências ( DISCALCULIA, ABD, Disponível em:
http://www.dislexia.org.br/material/estudantes/discalculia.doc. Acesso em: 30 set.2010).
CAPÍTULO 2- DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Desde o fim do século XVIII, com a Revolução Industrial, aceitou-se como


verdadeiro; o culto do belo, perfeito, fragmentando a maneira humana de viver. Confundiu-se
a qualidade da vida humana, com os bens de consumo.
Somente com a LDB/96- Lei de Diretrizes e Bases da Educação, é que o tema “Educação
Inclusiva”, ganhou relevância a medida que a sociedade descobriu que os portadores de
necessidades educacionais especiais, eram educandos, embora com limitações psíquicas ou
físicas, mas saudáveis na aprendizagem; preferencialmente oferecida pela rede regular de
ensino. Exercer seus direitos de cidadão, e na superação das diferenças e do preconceito.

1 POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

A educação inclusiva no Brasil, que visa inserir crianças com necessidades


educacionais especiais no ensino regular, fundamenta-se na Constituição Federal de 1988, a
qual garante a todos o direito à igualdade (art. 5º). No seu artigo 205, trata do direito de todos
à educação, visando ao "pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho" (BRASIL, 1988). No artigo 206, inciso 1, coloca
como um dos princípios para o ensino a "igualdade de condições de acesso e permanência na
escola" (BRASIL, 1988). Em conformidade com tal Constituição, o Congresso Nacional, por
meio do Decreto Legislativo nº 198, de 13 de junho de 2001, aprovou nova lei baseada no
disposto da Convenção de Guatemala, que trata da eliminação de todas as formas de
discriminação contra a pessoa portadora de deficiência e deixa clara a impossibilidade de
tratamento desigual aos deficientes (BRASIL, 2004).
Declarações internacionais, como; A Declaração Mundial sobre Educação para
Todos e a Declaração de Salamanca, reforçam movimentos em favor de uma educação
inclusiva, afirmando uma situação de igualdade de direitos entre os cidadãos. (OLIVEIRA,
2004, p.71). Os objetivos formulados pela política de educação especial são: promover a
interação social; desenvolver práticas de educação física, atividades físicas e sociais;
promover direito de escolha; desenvolver habilidades lingüísticas; incentivar autonomia e
possibilitar os desenvolvimentos sociais, culturais, artísticos e profissionais, das crianças
especiais.
Para assegurar a educação especializada algumas medidas devem ser tomadas,
como: aumento da oferta de serviços de educação especial com equipamentos, equipe
qualificada, material didático especializado e espaço físico adequado às necessidades
especiais dos deficientes, assim como criação de programas de preparo para o trabalho,
estímulo a aprendizagem informal e orientação à família.
No entanto, a falta de atendimento especial principalmente nas séries iniciais
do ensino fundamental, carência de recursos e equipe qualificada, inadequação da aplicação
dos conteúdos, falta de novas propostas de ensino e avaliação, descontinuidade de
planejamento e ações, desigualdade de recursos e oportunidades, vem dificultando o acesso de
muitas crianças com dificuldades educacionais especiais no ensino regular.

1.1 DA EDUCAÇÃO BÁSICA

As escolas de ensino regular devem concentrar esforços para desenvolver as


potencialidades e capacidades do aluno, levando em consideração os objetivos e estratégias
que lhe poderão ser mais úteis, a avaliação é facilitadora; oral, uso de calculadora, de
consulta, lida pelo professor; de forma a valorizar as potencialidades do aluno e não
classificatória e excludente (FRANK, 2003, P.146,147).
Nesta fase a participação da criança é ativa e é fundamental que a escola a
desenvolva o máximo, em todas as áreas, as potencialidades do conhecimento, as habilidades
atuais e futuras de aprendizagem do aluno disléxico.
Os testes avaliativos, apresentados nos manuais sobre dislexia; são
descontextualizados, na medida que denotam situações habituais de leitura, como: soletração,
leitura em voz alta, extração de conceitos de um texto; ignoram que é na interação social que
o sujeito-aprendiz se apropria da linguagem, construindo com os outros os objetos lingüísticos
usados na própria situação interlocutiva (MASSI, 2007, p. 134, 135).
1.2 INCLUSÃO ESCOLAR DO ALUNO DISLÉXICO

O artigo 4.º, inciso III, da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação


Brasileira, de 1996, definiu como dever do Estado a garantia de atendimento especializado
gratuito aos educandos "com necessidades especiais, preferencialmente, na rede regular de
ensino". Desde a Lei 7.853, de 1989, o Estado está obrigado a apoiar os portadores de
deficiência em sua integração social. As normas gerais e os critérios básicos para a promoção
de acessibilidade das pessoas com mobilidade reduzida foram definidos em uma série de leis
e decretos.
Criou-se, no âmbito do Ministério da Justiça, o Conselho Nacional de Direitos da
Pessoa Portadora de Deficiência. Em 2001, através do Decreto 3.956, foi ratificada a
Convenção Interamericana para a eliminação de todas as formas de discriminação contra as
pessoas portadoras de deficiência. A Câmara de Ensino Básico do Conselho Nacional de
Educação (Parecer 2/01) definiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para educação especial e
o Parecer 17/01 estendeu essas diretrizes para toda a Educação Básica.
No ano 2002, a Lei Orgânica de Qualidade da Educação (LOCE), estabelece que
os alunos com necessidades educativas especiais (ACNEE) que requeiram, em um período de
escolarização ou ao longo da mesma, determinados apoios e cuidados educativos específicos,
por ter deficiências físicas, psíquicas, sensoriais ou por manifestar graves transtornos da
personalidade ou de conduta, terão uma atenção especializada calcadas nos princípios da não
discriminação e normalização educativa, com a finalidade de conseguir sua integração
(ADAPTAÇÕES CURRICULARES),
http://www.portalsindromededown.com/arquivos/adaptacoes_curriculares.doc. Acesso em 28
de agosto, 2010). Dentro deste grupo se encontram alunos com alterações sensoriais,
cognitivas, psíquicas ou físicas, assim como também alunos em desvantagem sócio-cultural
ou alunos intelectualmente superdotados, estima-se que, no Brasil, cerca de 15 milhões de
pessoas têm algum tipo de necessidade especial. As necessidades especiais podem ser de
diversos tipos: mental, auditiva, visual, físico, conduta ou deficiências múltiplas. Deste
universo, acredita-se que, pelo menos, noventa por cento das crianças, na educação básica,
sofram com algum tipo de dificuldade de aprendizagem relacionada à linguagem: dislexia,
disgrafia e disortografia. Entre elas, a dislexia é a de maior incidência e merece toda atenção
por parte dos gestores de política educacional, especialmente a de educação especial.
Ser disléxico é condição humana, podendo, sim, ser um portador de alta
habilidade. Daí, em geral, os disléticos, serem talentosos na arte, música, teatro, deportes,
mecânica, vendas, comércio, desenho, construção e engenharia. Não se descarta ainda que
venha a ser um superdotado ou um portador de conduta típica, com síndrome e quadro de
ordem psicológica, neurológica e lingüística, de modo que sua síndrome compromete a
aprendizagem eficaz e eficiente de leitura e escrita, mas não chega a comprometer seus ideais,
idéias, talentos e sonhos. Por isso, diagnosticar, avaliar e tratar a dislexia, conhecer seu tipo,
sua natureza, é um dever do Estado e da Sociedade e um direito de toda as famílias com
crianças disléxicas em idade escolar (DISLEXIA E EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL,
disponível em: http://www.monografias.com. Acesso em: 25 set. 2010).

1.3 A FAMÍLIA E A EDUCAÇÃO DO DISLÉXICO

Os pais e familiares do portador de dislexia necessitam de informações sobre a


natureza e extensão da dificuldade educacional escolar dessa criança; quanto aos recursos e
serviços existentes para a assistência, acompanhamento de psicólogo, pedagogo e outros
profissionais pertinentes ao caso, e quanto ao futuro que se reserva ao portador de dislexia.
O papel social da escola é orientar esses pais, a melhor maneira de ajudar seus
filhos a desenvolverem as atividades escolares propostas; de forma adequada a sua
necessidade educacional específica, ouvir as dúvidas e questionamentos, elevar a auto-estima
da criança, estudar com ele, ler os textos, ajudar nas tarefas de matemáticas de forma
concreta; utilizando para isso a orientação dada na escola , estimular a leitura e escrita
utilizando-se de recursos como etiquetas auto-adesivas para marcar partes importantes das
disciplinas , aconselhar a família inteira, trabalhar os sentimentos e atitudes, e facilitar a
interação social do portador de necessidades especiais, a fim de evitar a super proteção ou a
estigmatização do fracasso escolar, que pode influenciar de forma negativa no processo de
desenvolvimento da criança por toda a vida, limitando as possibilidades que promovam sua
independência criativa em sua totalidade cognitiva (FRANK, 2003, p. 139- 150).
MÉTODOLOGIA

Esse trabalho foi desenvolvido numa metodologia conceitual de coleta de


dados, calcado em pesquisas bibliográficas de caráter empírico. Após a escolha do tema e as
fontes bibliográficas a serem consultadas; foi feita leitura minuciosa de livros e artigos
publicados em sites que tratam do assunto em questão.
Os resumos foram criteriosamente elaborados, como também a escolha dos
capítulos, títulos e subtítulos; levando-se em conta os critérios estabelecidos para Educação
Inclusiva aos Portadores de Necessidades Educacionais Especiais, principalmente a
“exclusão” de crianças disléxicas, da escola pública de ensino regular em nossa realidade
nacional.
DISCUSSÃO

Os dados bibliográficos apontaram consenso quanto à importância da


integração entre escola, professores e pais; para uma inclusão efetiva e real dos portadores de
necessidades educacionais especiais na rede pública de ensino.
Em relação à equipe de profissionais destaca-se a necessidade de treinamento
dos professores das escolas de ensino regular, para trabalharem de forma adequada a cada
necessidade, visto que quanto maior o conhecimento do professor, maior será sua confiança e
habilidade para lidar com a situação. Além disso, os profissionais devem estar preparados
para compartilhar os cuidados das crianças com os pais, demandando desses profissionais o
preparo e a disposição para escutar crianças, pais, avós e comunidade, constituindo um fórum
de reflexão sobre o que seja o melhor cuidado e a melhor educação para esse grupo
específico, em seu contexto histórico, social e cultural.
As experiências relatadas nesta revisão oferecem um leque de possibilidades
para o aprimoramento do processo de inclusão e valorização da criança disléxica na rede
regular de ensino, porém ao se planejar, programar e avaliar o processo deve-se levar em
conta as especificidades de cada contexto e de cada ser, atentando-se para as adaptações
pedagógicas e avaliativas da escola- cada caso é um caso. É um verdadeiro trabalho em
equipe para que essas crianças sintam-se incluídas, valorizadas, respeitadas em suas
peculiaridades, erradicando a evasão escolar com o trauma dessas crianças que são muitas
vezes “rotuladas” e reprovadas anos após anos, que a escola regular alcance seu objetivo de
inclusão social e desenvolvimento das potencialidades cognitivas e emocionais dessas
crianças.
CONCLUSÕES

Um aluno com deficiência de leitura é triste e deprimido, agressivo e


angustiado, ja que numa sociedade de informação, ler ou escrever bem é
condição de superação da desigualdade social; inclusão é uma prática cada vez mais
freqüente no Brasil, apesar de ainda carecer de uma política específica para o
desenvolvimento pleno desse processo. Naqueles cenários onde foi efetivada, a inclusão tem-
se revelado benéfica para as crianças portadoras de Necessidades Educacionais Especiais,
embora ainda haja muitos desafios a serem superados, dentre eles, a falta de preparo dos
profissionais envolvidos, a participação da família e a criação de uma rede de apoio que
inclua a interlocução de profissionais de diversas áreas do conhecimento, especialmente das
áreas de educação e da saúde. Estes últimos poderão acompanhar a criança e sua família no
preparo para sua inserção na rede regular de ensino auxiliá-las, no processo de transição e,
ainda, servir de elo entre as instituições envolvidas e a família, seja apoiando-a ou acolhendo-
a em suas necessidades.
Para efetiva implantação desta proposta curricular, visando à eficiência do
trabalho que levará a conquista dos objetivos perseguidos, torna-se necessário que os recursos
físicos e pedagógicos estejam disponíveis, o educador seja capacitado com cursos de
aperfeiçoamento nas áreas específicas; e as classes com número limitado e reduzido de
alunos, permitindo ao professor dedicar maior atenção a essas crianças.
REFERÊNCIAS

ANTUNES. Educação Inclusiva: Disfunções Cerebrais e a Inclusão. 1º ed. Florianópolis:


Ceitec, 2006. p.57.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado. 1988.

BRASIL. Ministério Público Federal. Fundação, Procurador Pedro Jorge de Melo e Silva
organizadores. O acesso de alunos com deficiência às escolas e classes comuns da rede
regular. Brasília: Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, 2004.

CANEJA, Patrícia Díaz e Rosa R. Apodaca. Adaptações Curriculares. Disponível em:


<http://www.portalsindromededown.com/arquivos/adaptacoes_curriculares.doc>. Acesso em:
28 de agosto de 2010.

DOC. Discalculia. Associação Brasileira de Dislexia. Disponível em:


<http://www.dislexia.org.br/material/estudantes/discalculia.doc>. Acesso em: 30 set.2010.

FRANK. A Vida Secreta da Criança com Dislexia. 1º ed. São Paulo: M. Books do Brasil,
2003. p.139- 150.

LUCSYNSKI. O que é Dislexia. Associação do Portador de Dislexia. Disponível em:


<http://www.dislexia.com.br>. Acesso em: 22 fev. 2010.

MARTINS. Dislexia e Educação Especial no Brasil. Disponível em:


<http://www.monografias.com>. Acesso em: 25 set. 2010).

MASSI. A dislexia em Questão. 1º ed. São Paulo: Plexus, 2007. p.134, 135.

OLIVEIRA, I. A. Saberes, imaginários e representações na educação especial. 1º ed.


Petrópolis: Vozes, 2004. p.71.

SNOWLING e colaboradores. Dislexia, fala e linguagem. 1º ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.
p. 41, 96,97.

Você também pode gostar