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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

TÍTULO DE CRÉDITO NO ORDENAMENTO JURÍDICO MOÇAMBICANO

DOMINGOS JÚLIO FELICIANO - 708192014

Curso: Licenciatura em Administração Pública


Disciplina: Legislação Empresarial
Ano de Frequência: 3º Ano

Nampula, Julho, 2021


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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

TÍTULO DE CRÉDITO NO ORDENAMENTO JURÍDICO MOÇAMBICANO

DOMINGOS JÚLIO FELICIANO - 708192014

Curso: Licenciatura em Administração Pública


Disciplina: Legislação Empresarial
Ano de Frequência: 3º Ano

Nampula, Julho, 2021


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Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 3

I. Título de crédito no ordenamento Jurídico Moçambicano........................................................... 4

1.1. Definição de Título de Crédito ................................................................................................. 4

1.2. Características dos Títulos de Crédito ...................................................................................... 4

1.3. Classificação dos títulos de crédito .......................................................................................... 5

Conclusão ...................................................................................................................................... 12

Bibliografia .................................................................................................................................... 13
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Introdução

Os títulos de crédito é um documento que contém um direito de crédito e representa a obrigação


desta dívida com as informações nele inscrito. Os títulos de crédito mais conhecidos são os
cheques, as letras de câmbio, as notas promissórias e as duplicatas. Assim, o presente trabalho
visa de formas sucinta abordar sobre Título de Crédito no Ordenamento Jurídico Moçambicano.
É dado a noção, as características e a classificação dos títulos de crédito. É feita a apresentação da
legislação moçambicana que rege os principais títulos de crédito (Letra, Livrança e Cheque).

Para efetivação do trabalho, baseou-se no Modulo do curso e nas diversas obras e estudos feitos
disponíveis fisicamente e electronicamente que retratam as temáticas.

O trabalho apresenta elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, e estrutura-se da seguinte


maneira: Capa, Contra-capa, Índice, Introdução, Desenvolvimento da temática, Conclusão e
Bibliografia.
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I. Título de crédito no ordenamento Jurídico Moçambicano


1.1. Definição de Título de Crédito

Título de crédito é o documento representativo de um crédito que uma pessoa (credor) tem sobre
outra (devedor). Isto é, o título de crédito é o “documento necessário para exercitar o direito
literal e autónomo nele mencionado (Pedro, 1990).

O título de crédito, também, pode ser definido como documento necessário para se exercer o
direito literal que nele se menciona.

Para Marcos (2000), título de crédito é um documento, ele não é um documento qualquer. Pós, o
título de crédito é um documento que se encontra numa “posição única”, numa posição
característica em face do direito a que se refere. Não é simples meio de prova; não, ele é
(normalmente) um requisito necessário para a própria existência do direito nele mencionado.

Segundo, Vasconcelos (1990, pp.03 – 05), diz que “o título de crédito é um documento que
incorpora um direito literal e autónomo, que legitima o seu titular a exercê-lo e serve de suporte à
sua circulação e mobilização. Tem como função titular e incorporar direitos de modo a permitir e
facilitar a sua circulação e mobilização”.

E, ainda mais à frente o autor diz que, “o regime jurídico do direito civil não permitia, nem a
segurança nem a celeridade, nem a circulação de direitos que o comércio carecia. A solução
prática encontrada pelos comerciantes consistiu numa original “coisificação” dos direitos através
da sua incorporação em documentos – títulos – que seguissem depois o regime da circulação de
coisas móveis. Os títulos de crédito e o seu regime foram criados pela prática dos comerciantes
fora dos quadros do direito civil. São um instituto clássico do Direito Comercial”.

1.2. Características dos Títulos de Crédito

 Literalidade: o título de crédito vale pelo que nele está escrito. Ou seja, o conteúdo,
limites e modalidades do direito são os que resultam da letra (texto) do título de crédito ou
documentos neles referenciados. Portanto, a literalidade significa que os títulos de crédito
são documentos escritos onde as palavras e números (escritos no documento) delimitam e
definem o conteúdo e a extensão do direito incorporado. O direito vale precisamente nos
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termos daquelas palavras e números46: quem examinar o título passa a ter conhecimento
completo do direito, facto que, justamente, permite a sua mobilização e circulação.
 Autonomia: o portador de um título de crédito tem um direito próprio, independente de
quaisquer obrigações existentes entre o credor inicial (antigo possuidor do título de
crédito) e o devedor. Ou seja, o possuidor de um título de crédito, desde que tenha
recebido nos termos da lei, adquire o direito nele referido, independentemente da
titularidade do seu antigo dono e dos possíveis vícios. Assim, O princípio da autonomia
quer-nos dizer, em síntese, que o direito do título, ou seja, o direito emergente e
incorporado no título é autónomo relativamente ao direito subjacente, ao direito que o
originou. O princípio da autonomia (em qualquer das suas duas modalidades, ou seja,
enquanto autonomia do direito cartular relativamente ao negócio subjacente, mas
igualmente enquanto autonomia do direito sobre o título) só ocorre enquanto o título de
crédito circula em observância das suas regras próprias e não já segundo o regime geral da
transmissão.

1.3. Classificação dos títulos de crédito

Os títulos de crédito são classificados segundo vários critérios.

a) Consoante a forma da sua transmissão

 Títulos nominativos (nº 3, artigo 635 e artigos 696 e seguintes do Cód. Comercial): a
sua transmissão efectua-se através da declaração e averbamento. Por exemplo: o título
emitido a ordem de António ele pode transmiti-lo por declaração escrevendo que
transmite o direito à empresa Sol & Mar Lda. Exemplos de títulos nominativos: Acções
das sociedades comerciais quando forem nominativos; obrigações quando forem
nominativos.
 Títulos à ordem (nº 2 do artigo 635 e artigos 671 e seguintes do Código Comercial): a
sua transmissão é por meio de endosso. Ex.: letras, livranças e cheques quando não forem
ao portador.
 Títulos ao portador (nº 1 do artigo 135 e 663 e seguintes do Cód. Comercial): a sua
transmissão opera-se pela simples entrega do título. Ex.: Cheque ao portador.
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b) Consoante a natureza jurídica do emitente

 Títulos públicos: são emitidos pelo Estado ou outras pessoas colectivas de direito Público
no uso dos poderes de autoridade. Ex.: Bilhetes do Tesouro, cujo regime é estabelecido
pelo Decreto nº 22/2004, de 7 de Junho (regulado pelo Aviso nº 04/GGBM/2004, de 4 de
Agosto).
 Títulos privados: são emitidos por particulares ou por entes públicos quando despidos do
poder de autoridade. Ex.: Letras, livranças, acções, obrigações, etc.

c) Conforme o direito nele incorporado

 Títulos em sentido restrito: incorporam exclusivamente direitos de crédito a uma


prestação pecuniária. Ex.: letras, livranças, cheques, etc.
 Títulos representativos: os que incorporam um direito real de disposição sobre uma coisa.
Ex.: conhecimentos de depósito (recibos que certificam o recebimento de mercadorias ou
bens depositados nos armazéns-Gerais), cautelas de penhor(títulos comprovativos do
contrato de penhor, emitidos pelas Caixas Económicas e entregue ao mutuário para que
possa provar o seu direito e a operação feita).
 Títulos de participação: os que incorporam direitos de participação social. Ex.: acções das
sociedades anónimas e de sociedades em comandita por acções.

d) Conforme a sua função

 Títulos causais: são os que servem para determinada causa-função económico-social


típica. Ex.: acções de sociedades.
 Títulos abstractos: servem para várias causas-funções económico-sociais. Ex.: Letras e
livranças.
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Alguns títulos de Crédito

1. Letra (artigos 704 e seguintes do Cód. Comercial)

Letra é um título de crédito pela qual uma pessoa (sacador) ordena à outra (sacado) que lhe pague
a si ou à sua ordem ou a terceiro ou à ordem de terceiro (tomador) uma determinada quantia em
determinada data.

Os modelos das Letras foram aprovadas pelo Diploma Ministerial nº 83/2008, de 26 de


Setembro.

a) Principais intervenientes na Letra

 Sacador: é a pessoa que dá ordem de pagamento;


 Sacado: pessoa que é dada ordem de pagamento pelo sacador de pagar a letra no local, na
pessoa e na data indicada pelo sacador. Se o sacado aceita a ordem de pagamento dada
pelo sacador manifesta tal aceitação pela assinatura da Letra no local destinado para o
efeito. O sacado que aceita passa a chamar-se aceitante;
 Tomador ou beneficiário: é a pessoa a quem ou a ordem a quem a Letra deve ser paga.
 Dador de aval ou avalista: Nem sempre existe esta figura. É a pessoa que se compromete
ao pagamento total ou parcial da Letra. Esse avalista pode ser um terceiro ou pelo próprio
signatário da Letra (ver o nº 2 do artigo 733 do Cód. Comercial). O aval é escrito na
própria Letra ou numa folha anexa (ver o nº 1 do artigo 734 do Cód. Comercial). Nos
termos do nº 2 do artigo 734 do Cód. Comercial, o aval é dado escrevendo-se a
expressão “bom para aval” ou outra expressão equivalente (ex.: “dou o meu aval a favor
de...” ou “ por aval”). Depois de escrever uma das expressões acima mencionadas o
avalista deve assinar (ver a última parte do nº 2 do artigo 734 do Cód. Comercial).

b) Transmissão da Letra

Nos termos do nº1 do artigo 714 do Código Comercial, “Toda a letra de câmbio, mesmo que não
envolva expressamente a cláusula à ordem, é transmissível por via de endosso”
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Nos termos do nº 2 do artigo 714 do Código Comercial, a letra só é transmissível pela forma e
com efeitos de uma cessão ordinário se o sacador tiver inserido na letra a expressão “não à
ordem” ou outra equivalente.

2. Livrança (artigos 778 a 781 do Cód. Comercial)

Livrança é um título à ordem, sujeito a certas formalidades, pelo qual uma pessoa se compromete
para com a outra a pagar-lhe determinada importância em certa data.

O artigo 780 do Código Comercial manda aplicar à Livrança as disposições relativas à letra: se
quisermos saber como se endossa uma livrança vamos ver os artigos 715 a 723 do Cód.
Comercial; para saber como ocorre o vencimento duma Livrança temos que ver os artigos 736 a
740 do Cód. Comercial; o pagamento da livrança é regulado pelos artigos 741 a 745 do Cód.
Comercial.

Os modelos das Livranças foram aprovadas pelo Diploma Ministerial nº 83/2008, de 26 de


Setembro.

3. Cheque (artigos 782 e seguintes do Cód. Comercial)

a) Legislação aplicável

O cheque é regulado, basicamente, pelo Código Comercial, pela Lei 5/98 (Lei do Cheque), pelo
Decreto nº 13004 de 12 de Janeiro de 1927; pelo Aviso nº 01/GBM/2003, de 26 de Fevereiro de
2003 (aprova o Regulamento da Lei de Valorização do Uso do Cheque)

b) Definição

Cheque é um título de crédito através do qual uma pessoa (sacador) ordena que uma instituição
de crédito (sacado), onde depositou fundos ou dispõe de crédito, pague a si ou a terceiro ou a
ordem a si ou ordem a terceiro determinada quantia.
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c) Cheque sem provisão

Quando o sacador (através do cheque) ordena ao pagamento de uma quantia superior à quantia
que ele tem nessa instituição de crédito, diz-se “cheque sem cobertura” ou “cheque sem
provisão”. A emissão de “cheque sem cobertura” ou “cheque sem provisão” é crime nos
termos do artigo 23 do Decreto nº 13004 de 12 de Janeiro de 1927. Ao sacador que emitir cheque
nessas condições será aplicada a pena de seis meses a dois anos de prisão correccional, nos
termos do artigo 24 do Decreto nº 13004 de 12 de Janeiro de 1927, caso o portador do cheque
denuncie tal emissão de “cheque sem cobertura” ou “cheque sem provisão”. Nos termos do §
único do artigo 24 do Decreto nº 13004 de 12 de Janeiro de 1927 a aplicação da pena de prisão ao
sacador pode ser acompanhada de responsabilidade civil ou outra medida punitiva prevista
noutras disposições. Nos termos do nº 1 do artigo 11 da Lei nº 5/98, incorre, igualmente, nas
penas de crime de emissão de “cheque sem provisão” quem proibir ao banco sacado , dentro do
prazo para apresentação a pagamento indicado pela Lei Uniforme Relativa ao Cheque (que agora
faz parte dos artigos 782 a 838 do Código Comercial), o pagamento de cheque emitido e
entregue, sem que haja relevante razão de direito; e a quem endossar cheque que recebeu,
conhecendo a falta de provisão.

d) Tipos de cheques

 Cheque nominativo [alínea b), nº 1 do artigo 786 do Cód. Comercial]: é o que contêm o
nome da pessoa a quem deve ser pago e deve conter a expressão “não à ordem” ou outra
equivalente.
 Cheque à ordem [alínea a), nº 1, artigo 786 do Cód. Comercial]: é o que contém o nome
da pessoa a quem deve ser pago, com ou sem a cláusula expressa “à ordem”.
 Cheque ao portador [alínea c), nº 1, artigo 786 do Cód. Comercial]: é o que não contém o
nome da pessoa a quem deve ser pago, podendo ser pago a quem apresentá-lo para cobrar
ao banco (ou outra instituição de crédito) sacado.
 Cheque cruzado (artigos 818 e 819 do Cód. Com.): é aquele em que o sacador ou
portador cruza-o traçando duas linhas paralelas na face do cheque. Cruzamento geral do
cheque é quando escreve apenas dois traços paralelos, ou se entre eles está escrita a
palavra banqueiro ou outra equivalente. Cruzamento especial do cheque quando tem
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escrito entre dois traços o nome dum banqueiro. O cruzamento visa evitar que o cheque
possa ser recebido por pessoa que não seja o seu legítimo possuidor.
 Cheque “para levar em conta”(artigo 820 do Cód. Com.): é aquele em que o sacador ou
portador proíbe o seu pagamento em numerário inserindo na face do cheque
transversalmente a menção “para levar em conta” ou para equivalente. Os cheques,
geralmente, são pagos em dinheiro, mas por vários motivos o cheque pode ser liquidado
através da escrita na conta.

A doutrina, para além da classificação acima referida, apresenta ainda:

 Cheque administrativo: é o sacado pela sede do banco contra um das suas dependências.
 Cheque avulso: fornecido pelo banco mas que não faz parte do livro de cheques.
 Cheque bancário: é aquele que é sacado por uma instituição de crédito a outra instituição
de crédito.
 Cheque de viagem (traveller´s check): é emitido por uma banco num país, de quantia
expressa em moeda de outro país, de modo que o seu titular possa utilizar no estrangeiro.
Um cliente que pretenda usar dinheiro no estrangeiro, dirige-se a um banco e compra um
cheque de viagem (devendo assinar logo que compra) e quando chega noutro país dirige-
se ao banco para levantar o montante referido.
 Cheque documentário: é o cheque emitido para pagar a contra entrega de certos
documentos.
 Cheque em branco: cheque assinado pelo seu emitente cabendo a quem o recebe a
indicação da quantia que recebe.
 Cheque especial: pago pela caixa da instituição do crédito, mesmo sem a existência de
fundos do sacador e poder da instituição de crédito, até ao limite da garantia concedida
pelo sacado ao seu cliente.
 Cheque fiscal: é o emitido por uma entidade fiscal para restituir oficiosamente aos
contribuintes os reembolsos a que tenham direito.
 Cheque postal: cobrável através de serviços de correios, quando exercem também as
funções das instituições de crédito. È típico de alguns países.
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e) Transmissão do cheque

O cheque pode ser transmitido por endosso, no caso de cheque “à ordem” (nº 1, artigo 795 do
Cód. Comercial); por cessão ordinária, no caso do cheque “não à ordem” (nº 2 do artigo 795 do
Cód. Comercial) e por entrega, no caso de cheque “ao portador”.

f) Outros títulos de crédito

Nos termos do artigo 634 do Cód. Comercial “Podem emitir-se títulos de crédito não
especialmente regulados por lei, desde que deles conste claramente a vontade de emitir títulos
dessa natureza e a lei não proíba”.
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Conclusão

Após a realização do trabalho, chegou-se a conclusão de que, um título de crédito é um


documento que confere ao seu possuidor um direito de crédito. É passível de transmissão e de
negociação. Qualquer título de crédito possui duas características: a independência (a sua
validade não depende da validade da operação que o originou) e a literalidade (o título vale pelo
que tem nele expresso). Existem, basicamente, quatro títulos de crédito: o cheque, a letra, a
livrança e o extracto de factura (embora este seja hoje de muito reduzida importância, por estar
em claro desuso).
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Bibliografia

ASCENSÃO, José de Oliveira. Direito Comercial, volume III: títulos de crédito. Lisboa:
Faculdade de Direito de Lisboa, 1992;

CORREIA, Luís Brito. “Títulos de Crédito” in Polis: Enciclopédia Verbo da Sociedade e do


Estado, volume 5. Lisboa e São Paulo: Editorial Verbo, 1997;

DINIZ, Maria Helena. Dicionário Jurídico, em 4 volumes. São Paulo: Editora Saraiva, 1998;

MUNGUAMBE, Salomão. Noções Fundamentais de Comércio. Maputo: Edição do Autor, 1988;

OLIVEIRA, Jorge de. Breves Noções de Direito Comercial. Maputo: Edição do Autor, 1998;

REPÚBLICA DE MOCAMBIQUE, Código Comercial, aprovado pelo Decreto-Lei nº 2/2005


(Publicado no Boletim da República nº 51, I série, 5º suplemento, de 27 de Dezembro de 2005).
Também disponível na Internet no site:
http://www.portaldogoverno.gov.mz/Legisla/legisSectores/indust_comerc/codigo_comercial.pdf

REPÚBLICA DE MOCAMBIQUE, Lei nº 1/92 (Banco de Moçambique), BR nº 1, 2º


suplemento;

REPÚBLICA DE MOCAMBIQUE, Lei nº 15/99 (Instituições de Crédito e sociedades


financeiras); publicado no BR nº 43, I Série, 4º suplemento; alterada pela Lei nº 9/2004,
publicada no BR nº 29, I Série. Disponíveis na Internet no site:
http://www.bancomoc.mz/index.php?lang=po&menu=511#

REPÚBLICA DE MOCAMBIQUE, Lei nº 5/98 (Aprova a Lei do Cheque); BR nº 23, I Série,


Suplemento. Disponível na Internet no site:
http://www.bancomoc.mz/index.php?lang=po&menu=511#

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