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Age Abacar
Gorita Rodriguês Alberto

AS REFORMAS NO EGIPTO

(Licenciatura em Ensino de História com Habilidades em Geografia)

Universidade Rovuma
Nampula
2020
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Age Abacar
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Gorita Rodriguês Alberto

AS REFORMAS NO EGIPTO

Trabalho de Pesquisa de Carácter Avaliativo, da


Cadeira de História de África do Séc. XVI -
XVIII, Curso de Licenciatura em Ensino de
História com Habilidades com Geografia, 2º ano,
turma única, leccionado pela docente: MA.
Aurélia Horácio.

Universidade Rovuma
Nampula ii
2020

Índice
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Introdução...................................................................................................................................3

1. AS REFORMAS NO EGIPTO...............................................................................................4

1.1. ANTECEDENTES..............................................................................................................4

1.2. AS REFORMAS DO MUHAMMAD ALI.........................................................................5

1.2.1. NA AREA POLITICA......................................................................................................5

3.2.2. REFORMAS FEITAS POR MUHAMMAD ALI NA ÁREA ECONÓMICA................6

3.2.3. AS REFORMAS NA ÁREA CULTURAL......................................................................7

Conclusão....................................................................................................................................9

Bibliografia...............................................................................................................................10
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Introdução

Depois do processo da Escravatura e posterior Abolicionismo, os Estados Africanos,


embarcaram por uma série de Reformas Económicas, Sociais, Politicas e Económicas, nos
Séc. XVI à XVII, como forma de recuperar a instabilidade dos Estados Africanos. Assim, o
presente trabalho de pesquisa de História da África do Séc. XVI - XVIII, tem como tema: As
Reformas no Egipto, destacando os principais antecedentes e principais Reformas de
Muhammad Ali, este dinasta que foi um dos grandes reformadores que trabalhou arduamente
para desenvolver o seu estado Egípcio e defendeu o seu povo dos invasores internos assim
como externos.

O trabalho, tem como objectivo geral: Descrever as Reformas Politicas, Económicas e


Sociais no Egipto de Muhammad Ali e especificamente, o trabalho tem como objectivos:
Apresentar os principais antecedentes da Reforma no Egipto e Mencionar as Reformas nas
áreas Politicas, Económicas e Culturais de Muhammad Ali;

É sempre indispensável acompanhar a dinâmica da evolução das sociedades, as Reformas


desencadeadas em alguns Estados Africanos, foram tão marcante para o desenvolvimento das
sociedades Africanas, por esta razão o trabalho é pertinente para os estudantes de História.

O trabalho para a sua realização, baseou-se em diversas obras ou estudos feitos disponíveis
fisicamente e electronicamente que abordam sobre as Reformas Politicas, Económicas e
Socio-culturais no Egipto.

O trabalho apresenta elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais, e estrutura-se da seguinte


maneira: Antecedentes das Reformas no Egipto, Reformas na área Política, reformas feitas
por Muhammad Ali na área Económica, as Reformas na área Cultural, ainda, apresenta uma
conclusão parcial e referências bibliografias.
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1. AS REFORMAS NO EGIPTO

1.1. ANTECEDENTES

De acordo com MALEK (1969, p.377), logo após a II Guerra Mundial os trabalhos da Escola
Egípcia de história e Sociologia histórica substituída por certos trabalhos realizados no
ocidente evidenciaram de um lado, o século XVIII, o Egipto não é feito pelo silêncio e
omissão após três Séculos de alienação sob o domínio Otomano.

Assim o Egipto começou como antecedentes históricos a transição da fase tradicional para a
Moderna do século XVII a XVIII, também conhecida por fase de colonização tendo se
destacado:

 Invasão militar Francesa, realizada por Napoleão Bonaparte logo após guerras da Índia
(1798 a 1801), uma grande empreitada na luta Cristã, o Império Britânico, a Inglaterra
tendo sido destruído todos entrepostos do mar Vermelho, dificultando assim o acesso
as Índias, para os barcos da República carecendo desta feita uma outra rota para
chegar um certo objectivo central inviabilização dos Ingleses de todas posições do
oriente, em particular Cabo de Boa Esperança, onde a Inglaterra era patrono.

 Revoltas populares contra as elites da época as quais condicionaram a eleição de


Muhammad Ali, facto que condicionou o Egipto a reestruturação do Estado Moderno
e autónomo, (MALEK, 1969:378).

Assim além de densas manifestações destacam-se duas nomeadamente:

No Cairo de 21 a 24 de Outubro de 1798, com os seus prolongamentos nas Cidades na área


rural onde foram mortos 2000 pessoas e a segunda mais dura foi de 20 de Março a 21 de Abril
de 1800 conduzido pelo Shaykb de al-Aghal que provocou uma depressão muito dura.
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1.2. AS REFORMAS DO MUHAMMAD ALI

Muhammad Ali foi um dinasta Egípcio, nasceu 4 de Março de 1769 e morreu 2 de agosto de
1849 (80 anos) Alexandria.

1.2.1. NA AREA POLITICA

Muhammad Ali não era egípcio, ostentava duas nacionalidades: asiática “ Albânia e grego”.
Assim foi um soldado de origem Albanesa e, de nacionalidade era um grego. Em 1789 chega
no Egipto vindo da Albânia para combater as tropas de Napoleão Bonaparte e tinha as funções
de comandante e também foi considerado de um reformador de Egipto moderno.

Quando chega ao trono, introduz grandes reformas no Egipto com destaque:

 Teve um domínio frente ao Império Otomano tendo culminado com a ampliação das
fronteiras,
 Trava lutas contra as tropas do Napoleão Bonaparte, tendo conquistado o Cairo,
 Estabeleceu o seu poder até ao Mediterrâneo,
 Empenhou-se na tarefa do controlo e reorganização da sociedade Egípcia, como
também aperfeiçoou as técnicas de Napoleão, tendo eliminado a Oligarquia dos
Mamelucos e submeteu a classe Sacerdotal camponesa e artesão.
 Para chegar ao poder em 1811 massacrou os líderes Mamelucos e Oligarquias,
executou os chefes religiosos Mamelucos, milícias Turcas do Cairo, tendo culminado
com a organização de um Estado a maneira Europeia principalmente na agricultura.

Muhammad Ali procurou criar um reino independente que deveria ser suficiente, forte para
estabelecer a sua própria esfera de influência até atingir as regiões vizinhas da Síria, da Arábia
Ocidental e do vale do Nilo, ampliou as fronteiras egípcias, lutando contra o exército do
Napoleão alargando o seu poder pelo Mediterrâneo, chegando a enfrentar o Império Romano.

Aliando-se ao FAGE (1995, p.385), relata nos que Muhammad Ali deixou os seus
companheiros ao lado uma vez que não desejava ver os seus iguais usurparem a autoridade
como ele fizera com a do Sultão Otomano. Na tentativa de consolidar o seu poder, dedicou se
na tarefa do controlo e da reorganização da sociedade egípcia, governando a mesma com os
princípios Otomanos.
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FAGE, (1995, p.386), declara que uma vez que o Governo estabelecido por Muhammad Ali
no Egipto era essencialmente um Governo pessoal, grande parte da sua história foi
determinada pela capacidade e interesses dos seus herdeiros. O seu filho mais capaz, Ibrahim,
que comandava o exército enviado contra os Uaabitas e na Grécia e Síria, e que actuava como
assistente do pai nos seus últimos anos, morreu antes dele.

Politicamente o objectiva deste exército era apoiado por adequadas forças navais, era permitir
ao Ali a materialização de um Império Egípcio forte e independente como ele desejava. De
ponto de vista estreitamente militar ele teve enormes sucessos.

Os historiadores Egípcios da época, principalmente Abdul Al Rahman, Al Djabarti e Niqola


Al Turk, discordam totalmente que a ocupação francesa melhorou a situação moral da classe
baixa, dos revendedores, carregadores, artesãos carroceiros, cavaleiros e prostitutas, mas sim
beneficiaram a elite e a classe média que vivenciaram todo o tipo de problemas, já que as
importações e as exportações estavam suspensas.

3.2.2. REFORMAS FEITAS POR MUHAMMAD ALI NA ÁREA ECONÓMICA

De acordo com MALEK, (1969, p.139),

O primeiro ponto a sublinhar é que Muhammad Ali criou uma economia


nacional, em vez de uma simples economia local, como era o caso na maioria
dos Países Orientais dessa época. A economia autárquica desejada por Ali
serviria ao seu propósito de fundar um Estado Nacional Egípcio Moderno no
coração do seu Império, considerando a economia como o único fundamento
da política.

No entanto, no âmbito económico, Muhammad Ali desencadeou:

 Reconstituiu a irrigação e a agricultura;


 Desenvolveu outras actividades Comerciais através do monopólio do Estado;
 Preparou as Infra-estruturas;
 Desenvolveu a cultura de algodão e criou indústrias assim como um exército e uma
frota de guerra;
 Construiu canais, drenagens e umas barragens para fins produtivos;
 Intensificou no Pais o comércio Internacional.
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Na perspectiva de FAGE, (1995, pp.386-387), diz que no Sul Ali, empreendeu uma
construção de muralha Etíope, enquanto no leste, deita a mão aos portos de Suakim e
Massawa no mar vermelho, construiu linha férrea entre o Cairo até ao Canal do Suez e definiu
o algodão como principal produto da exportação e fonte de rendimento.

Na visão de MALEK (1969:389-390), de 1818 a 1830, criou grandes unidades industriais


como as fábricas de armas e de canhões da Cidadela, as fábricas da pólvora, 30 fábricas de
fiação e de tecelagem de algodão, que foram erguidas no Alto assim como no Baixo Egipto,
enquanto as fábricas do Cairo forneciam às províncias, as máquinas, as ferramentas, as peças
sobressalentes, os materiais de construção os técnicos para a manutenção das instalações.

A produção era suficiente para a necessidade do Pais e permitia ao mesmo tempo, substituir
as importações por produtos locais e obter os 100% para o Tesouro Público. Isto deveu-se a
agricultura que chegou a ocupar o primeiro lugar nas reformas económicas, onde já no século
XVIII, todas as terras encontravam-se repartidas entre os Multazim, cuja tarefa principal era
colectar e enviar a receita devida por sua vila ou suas vilas ao Tesouro Central ou Provincial.

3.2.3. AS REFORMAS NA ÁREA CULTURAL

A história do Egipto começa com a reconquista da identidade, objectivo das Civilizações da


época,” A civilização Egípcia”. Assim como a historiografia cultural do Egipto e o seu campo
de aplicação se ampliou e se abraçou o Mundo.

Estabeleceu-se dois tipos de ensino, Clássico tradicional e moderno, em função do legado


egípcio, de um lado, das exigências do Estado militar e do renascimento cultural, mas o
legado mais importante deixado pelo Ali na área cultural foi a criação da rede de Escolas
especiais superiores que caracterizava o seu reinado e que duplicaria com a instituição de um
verdadeiro sistema de ensino nacional.

O conjunto destas iniciativas e reflexão dotaria o Egipto, em meio século, de uma só vez de
um sistema de ensino moderno nacional, de uma universidade de qualidade real, de uma rede
diversificada de instituições científicas e de um programa pedagógico baseado nos valões
humanistas, científicos e racionalistas modernos.

A conjugação das missões escolares e da ascensão das novas elites no poder assim como a
emergência de novas camadas sociais, particularmente nas cidades, graças a acção política e
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militar do Estado, suscitariam um poderoso movimento de imprensa e editorial, no qual o


impulso e o controlo estatais a partir da criação de um diário oficial.

Edificou uma grande mesquita que até hoje se eleva sobre a capital.
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Conclusão

Após a realização do trabalho da cadeira de História de África do Séc. XVI - XVIII,


subordinado ao tema, As Reformas no Egipto, que tinha como objectivo geral de Descrever as
Principais Reformas Politicas no Egipto de Muhammad Ali chegou as seguintes conclusões:

- Os principais antecedentes da Reforma no Egipto foram as invasões militares da França por


Napoleão Bonaparte e as revoltas populares que condicionaram a eleição de Muhammad Ali,
facto que condicionou o Egipto a reestruturação do Estado Moderno e autónomo.

Em relação as principais Reformas no Egipto desencadeadas por Muhammad Ali nas áreas
politicas, económicas e socioculturais destacam-se: Muhammad Ali procurou criar um reino
independente que deveria ser suficiente, forte para estabelecer a sua própria esfera de
influência até atingir as regiões vizinhas; Estabeleceu o seu poder até ao Mediterrâneo; Criou
um sistema de ensino moderno nacional, de uma universidade de qualidade real, de uma rede
diversificada de instituições científicas e de um programa pedagógico baseado nos valões
humanistas, científicos e racionalistas modernos; Reconstituiu a irrigação e a agricultura,
aonde construiu canais, drenagens e umas barragens para fins produtivos.

Contudo, as Reformas desencadeadas no Egipto, levou com que Muhammad Ali, fosse
considerado como o fundador do Egipto moderno, por introduzir grandes reformas no país
entre elas, a construção de canais de irrigação para melhor distribuição das águas do Rio Nilo,
construção de prédios, instituição de novas leis, impostos e a modernização do exército.
Conseguiu considerável autonomia frente ao Império Otomano e também ampliou
consideravelmente suas fronteiras.
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Bibliografia

AJAYI, J.F. Ade. História geral de África, VI. África do século XIX a dec.1880, Brasília
UNESCO, 2010.

FAGE, J.D. História de África. Lisboa, Edições 70,1995.

MALEK, Anouar Abel. O renascimento do Egipto (1805-1881). In AJAI, J.F. Ade, História
Geral de África, VI, África do século XIX a dec 1880, Brasília UNESCO, 2010.

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