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Política antiga e medieval

2º Trimestre
Capítulo 19 - páginas: 255 a 263

Surgimento da política Política na Idade Média


Grécia antiga Prof. Gilberto Neske
Os principais objetivos deste capítulo são:
identificar as principais
teorias políticas da Grécia clássica ao fim da Idade Média;

• Distinguir e comparar formas de governo;

• Diferenciar a sofocracia de Platão da politeia de Aristóteles;

• Caracterizar a política de natureza normativa e prescritiva,

• Compreender as relações Estado-Igreja na Idade Média;

• Identificar as rupturas do período pré-renascentista.

• Destaque: democracia, justiça, retórica, sofocracia, formas de governo,


politeia, Estado, Igreja, agostinismo político, política normativa.
O pintor italiano Tiziano
Vecellio (c. 1490-1576)
representou nessa tela
uma alegoria da
prudência: três faces
humanas (na juventude,
na maturidade e na
velhice) e três animais
(respectivamente, o
cão, o leão e o lobo).
Imagem, as três faces.
O que pensar dessa alegoria? Os filósofos gregos,
sobretudo Aristóteles, atribuíam ao bom
governante a virtude da prudência, e a tela de
Tiziano representa as três características do
governante prudente: a memória, a inteligência e
a previdência.
A inteligência deve ser usada na temporalidade, ou
seja, pela memória, aproveitando a experiência do
passado, e pela previdência, pensando no futuro,
nas consequências de suas ações.
QUIZ
Selecione a alternativa com as três características do
governante prudente, apresentadas na tela de Tiziano.

a)a memória, a inteligência e a previdência.


b)a inteligência, a memória e a previdência.
c)a previdência a memória e a inteligência.
d)a memória a previdência e a inteligência.
e)a memória, inteligível e a previdência.
QUIZ
Selecione a alternativa com as três características do
governante prudente, apresentadas na tela de Tiziano.

a)a memória, a inteligência e a previdência.


b)a inteligência, a memória e a previdência.
c)a previdência a memória e a inteligência.
d)a memória a previdência e a inteligência.
e)a memória, inteligível e a previdência.
Política como teoria
Costuma-se dizer que a democracia nasceu na Grécia, mais
propriamente em Atenas. Embora tenha durado pouco tempo,
surgiu como uma proposta original que ao longo dos tempos
fecundou teorias e sonhos de liberdade e igualdade dos
mais diversos teores.

Por terem sido os gregos os primeiros a filosofar, também


foram eles os primeiros a refletir criticamente sobre política.
Por isso, afirma-se que eles "inventaram" a política, o que
não significa que outros povos já não tivessem exercido poder
político, mas que apenas entre os gregos foram elaboradas
teorias sobre a capacidade humana de refletir sobre a
organização da vida coletiva.
2. Atenas no período clássico
Neste capítulo, veremos como as
concepções teóricas dos gregos do
período clássico marcaram profundamente a
tradição ocidental. As concepções de
política, desligadas dos mitos dos
ancestrais e centradas nas leis racionais
da cidade, tiveram continuidade na Idade
Média, então adaptadas à visão religiosa do
mundo.
Os principais legisladores atenienses - Drácon,
Sólon e Clístenes - foram responsáveis por
destacar o caráter humano das leis e não mais o
divino. Aos poucos eles promoveram a ideia de
cidadania, possibilitando a todos os cidadãos
atenienses a participação na assembleia do povo,
na qual eram eleitos os funcionários do Estado. O
apogeu da democracia em Atenas ocorreu no
século V a.c., quando Péricles era governante.
A democracia ateniense antiga (dos séculos V e IV a. C.) possui algumas
características que a torna diferente das democracias modernas, ainda que estas
se inspirem nela para se constituírem.
São características da democracia ateniense, referentes ao período acima
relacionado, as seguintes assertivas:
I. Na democracia ateniense, nem todos são cidadãos. Mulheres,
criança, escravos e estrangeiros são excluídos da cidadania.
II. É uma democracia representativa, como as modernas. Um cidadão?
Mais sábio? É escolhido para representar o povo, garantindo,
portanto, o poder de um sobre os outros.
III. É uma democracia direta ou participativa, e não uma democracia
representativa, como as modernas. Na democracia ateniense, os
cidadãos participam diretamente das discussões e da tomada de
decisões, pelo sorteio.
IV. A democracia ateniense não exclui da política a ideia de
competência ou de tecnocracia: em política uns são mais sábios e
competentes que outros (os cidadãos comuns), aqueles devendo
exercer o poder sobres estes.
QUIZ
A democracia ateniense antiga (dos séculos V e IV a. C.) possui algumas características que
a torna diferente das democracias modernas, ainda que estas se inspirem nela para se
constituírem. São características da democracia ateniense, referentes ao período acima
relacionado, as seguintes assertivas:
I. Na democracia ateniense, nem todos são cidadãos. Mulheres, criança, escravos e
estrangeiros são excluídos da cidadania.
II. É uma democracia representativa, como as modernas. Um cidadão? Mais sábio? É
escolhido para representar o povo, garantindo, portanto, o poder de um sobre os outros.
III. É uma democracia direta ou participativa, e não uma democracia representativa, como as
modernas. Na democracia ateniense, os cidadãos participam diretamente das discussões e
da tomada de decisões, pelo sorteio.
IV. A democracia ateniense não exclui da política a ideia de competência ou de tecnocracia:
em política uns são mais sábios e competentes que outros (os cidadãos comuns), aqueles
devendo exercer o poder sobres estes.
Assinale a alternativa correta.
a) As assertivas III e IV são corretas. b) As assertivas I e III são corretas.
c) As assertivas I, II e IV são corretas.
d) Apenas a assertiva I está correta. e) As assertivas II, III e IV estão corretas.
QUIZ
A democracia ateniense antiga (dos séculos V e IV a. C.) possui algumas características que
a torna diferente das democracias modernas, ainda que estas se inspirem nela para se
constituírem. São características da democracia ateniense, referentes ao período acima
relacionado, as seguintes assertivas:
I. Na democracia ateniense, nem todos são cidadãos. Mulheres, criança, escravos e
estrangeiros são excluídos da cidadania.
II. É uma democracia representativa, como as modernas. Um cidadão? Mais sábio? É
escolhido para representar o povo, garantindo, portanto, o poder de um sobre os outros.
III. É uma democracia direta ou participativa, e não uma democracia representativa, como as
modernas. Na democracia ateniense, os cidadãos participam diretamente das discussões e
da tomada de decisões, pelo voto.
IV. A democracia ateniense não exclui da política a ideia de competência ou de tecnocracia:
em política uns são mais sábios e competentes que outros (os cidadãos comuns), aqueles
devendo exercer o poder sobres estes.
Assinale a alternativa correta.
a) As assertivas III e IV são corretas. b) As assertivas I e III são corretas.
b) c) As assertivas I, II e IV são corretas. d) Apenas a assertiva I está correta.
c) e) As assertivas II, III e IV estão corretas.
Origem da política
Na pólis grega destacavam-se dois lugares: a acrópole e a ágora. A acrópole
constituía a parte elevada, que servia de ponto de defesa da cidade e local
privilegiado para a construção do templo. Na ágora, praça central destinada às
trocas comerciais, os cidadãos reuniam-se para debater os assuntos da cidade e
resolver problemas legais.
Surge a polis,
cidade estado
grega entre os
séc. VIII a VI a.C.
acompanhada da
escrita, moeda, e
filosofia.

Nelas, os
cidadãos dirigiam
a cidade.
• A prática constantes da política em praça pública fez com que o
raciocínio bem formulado se tornasse predominante na vida geral.
Silogismo: Todos os homens são mortais, Pedro é
homem, logo, Pedro é mortal.

• Nesse contexto surge a noção e democracia e cidadania.


• O cidadão pode e deve atuar na vida pública. São todos iguais.
Mas da população total de Atenas, a penas 10% das
pessoas eram consideradas cidadãos.
Excluie-se os escravos, mulheres e crianças, e os
estrangeiros ou metecos.
QUIZ
Sobre a pólis grega é correto afirmar:

a) Macedônia e Tebas eram as cidades mais


importantes.
b) O termo “polis” em grego significa “sociedade”.
c) Elas não possuíam autonomia e poder.
d) Suas organizações sociais eram iguais para todas.
e) Representavam as cidades-Estado da Grécia
Antiga.
QUIZ
Sobre a pólis grega é correto afirmar
a) Macedônia e Tebas eram as cidades mais
importantes.
b) O termo “polis” em grego significa “sociedade”.
c) Elas não possuíam autonomia e poder.
d) Suas organizações sociais eram iguais para
todas.
e) Representavam as cidades-Estado da Grécia
Antiga.
3. Os sofistas e a retórica
1. INTRODUÇÃO 
Quem são os sofistas? Quando surgiram na história? São
filósofos? Que ideias defendem? É um termo pejorativo?
Qual o seu significado real?  

2. SIGNIFICADO  
Sofista. Do grego sophistes, sábio. Professor itinerante da
Grécia do século V a.C. Os sofistas ofereciam instrução em
uma ampla gama de assuntos, particularmente em retórica,
em troca de pagamento. Com o tempo, o sentido pejorativo
ultrapassou o sentido real. Somente na atualidade, o sentido
antigo voltou a ser defendido por um movimento, que se
denominou “iluminismo grego”. 
QUIZ

OS sofistas, mestres da retórica, ensinam a arte


da persuasão.
Quais são as vantagens desse instrumento na
democracia e quais seus riscos?
QUIZ
Os filósofos sofistas (literalmente, “sábios”) são todos estrangeiros.
Excluídos assim da condição de cidadãos, não se interessam
diretamente pelos destinos da cidade. Assinale a alternativa
incorreta
a) São os responsáveis em formar cidadãos aptos à vida pública,
que sejam bons oradores, que saibam argumentar em público.
b) Os valores e as verdades são instáveis e relativos. A própria
linguagem não passa de uma convenção, sem poderes de expressar
a verdade, a não ser a verdade relativa de cada um.
c) Para eles, basta-lhes que seus discípulos aprendam a falar – não
importa o quê, mas bem, de modo convincente – e que os
remuneram pelo ensino.
d) Eles se preocupavam com a verdade universal, com o bem estar
dos cidadãos, o conteúdo da argumentação deve ser justo e moral.
e) Nda.
Considerações iniciais
• A democracia grega trouxe uma mudança radical na
natureza da liderança: numa assembleia, em que o
povo podia tomar decisões, a linhagem não era
suficiente. Como a aspiração máxima era a vitória, um
político tinha que se desenvolver na arte de persuadir
e de convencer as massas, mostrando que a sua era a
melhor proposta para governar a cidade, o estado. 

• Daí, a necessidade de se aprender a argumentar, ou


melhor, fazer do argumento fraco um argumento
forte. Isso era tarefa dos sofistas.
QUIZ
1.Os sofistas foram mestres da oratória, que vendiam para os cidadão suas habilidades
com o discurso, fundamental para a política. Assim, defendiam a opinião de quem lhes
pagasse bem. Acreditavam que a verdade não era absoluta, mas é fruto das construções
humanas. Os principais foram Górgias, Protágoras e Hipías. Para eles, como afirma a
frase de Protágoras, ‘o homem é a medida de todas as coisas’. Por isso não existiriam
coisas como o frio real. O frio é frio apenas para quem o sente, também não existiriam
um sentimento natural de pudor, ou a verdade que Sócrates tanto procurava.
A partir do fragmento acima e da leitura de textos, slides e capítulo 19,

a) Os sofistas buscavam a construção de uma política de ordem retórica, baseando-se normalmente nos
interesses de que defendia os vários, pontos de vista possíveis.
 b) O que importava na realidade para os sofistas políticos era a construção de uma sociedade mais
opulenta, mais rica..
 c) Para os sofistas a política nada mais é do que uma espécie de arte da legislação.
 d) De acordo com os sofistas, todos nós poderíamos chegar a uma ética universal de caráter político.
 d) Os sofistas eram amigos de Sócrates e, por isso, buscavam a verdade universal dentro de cada homem.
QUIZ
1.Os sofistas foram mestres da oratória, que vendiam para os cidadão suas habilidades
com o discurso, fundamental para a política. Assim, defendiam a opinião de quem lhes
pagasse bem. Acreditavam que a verdade não era absoluta, mas é fruto das construções
humanas. Os principais foram Górgias, Protágoras e Hipías. Para eles, como afirma a
frase de Protágoras, ‘o homem é a medida de todas as coisas’. Por isso não existiriam
coisas como o frio real. O frio é frio apenas para quem o sente, também não existiriam
um sentimento natural de pudor, ou a verdade que Sócrates tanto procurava.
A partir do fragmento acima e da leitura de textos, slides e capítulo 19,

a) Os sofistas buscavam a construção de uma política de ordem retórica, baseando-se normalmente nos
interesses de que defendia os vários, pontos de vista possíveis.
 b) O que importava na realidade para os sofistas políticos era a construção de uma sociedade mais
opulenta, mais rica..
 c) Para os sofistas a política nada mais é do que uma espécie de arte da legislação.
 d) De acordo com os sofistas, todos nós poderíamos chegar a uma ética universal de caráter político.
 d) Os sofistas eram amigos de Sócrates e, por isso, buscavam a verdade universal dentro de cada homem.
4. Teoria política de Platão

Platão(428-347 a.C.)
Prof. Gilberto Neske
Política em Platão
Seu pensamento político encontra-se nas obras: A
república e Leis.
Sempre foi fascinado pela política.
Vai à Sicília, tentar convencer Dionísio a respeito de seu
pensamento político, porém não obtêm sucesso.
Ao final do século V a.C. Atenas sai derrotada da
guerra contra Esparta e nesse período Sócrates é
condenado.
• Daí surge o descrédito de
Platão com relação a
democracia.
• Concebe então uma
“sofocracia” (poder dos sábios).

Também para Platão, a democracia é inadequada, porque a


igualdade só é possível na repartição dos bens, mas nunca
no igual direito ao poder. Para o Estado ser bem governado,
é preciso que os “filósofos se tornem reis, ou que os reis se
tornem filósofos”. [...] o pode é confiado nos mais sábios –
sofocracia.
Platão
O rei filósofo para a justiça
Explica que o indivíduo possui três almas ou princípios de
atividade.
1. Racional ou intelectual:
• busca conhecimento sob a forma de percepções e
opiniões empíricas e sob forma de ideias verdadeiras do
puro pensamento
• deve reger a vida humana, Situada na cabeça
2. IRASCÍVEL OU COLÉRICA:
• se ocupa da defesa e guerra, reage a dor
na defesa da vida
• Defendo o corpo de agressões do meio
ambiente e dos humanos
• Situada no peito
3.PASSIONAL OU CONSCUPISCENTE:
busca a satisfação dos apetites do corpo
Tanto os necessários à sobrevivência quanto os de
simples prazer
Situada no ventre
7. Sobre as virtudes da alma e a cidade ideal platônica.
Selecione o conceito das linhas que estabelece relação
entre ética e política das colunas,

1-Racional/sabedoria soldados/protetores

2-irascível/coragem produtores/artesãos

3-apetitiva/temperança governantes/filósofos
7. Sobre as virtudes da alma e a cidade ideal platônica. Selecione o conceito das
linhas que estabelece relação entre ética e política das colunas,

1-Racional/sabedoria 2 soldados/protetores

2-irascível/coragem
3 produtores/artesãos

3-apetitiva/tempença
1 governantes/filósofos
EDUCAÇÃO DAS TRÊS ALMAS
Através da educação, o indivíduo deve alcançar um
equilíbrio entre esses três princípios:(três partes da
alma, a apetitiva, a iráscível e a racional).

Equilíbrio hierárquico, pois


para o filósofo a alma
racional deve preponderar.
Platão dividiu a cidade em três classes sociais:
1. Produtores (alma de bronze, ou apetitiva):
Produtores de terra responsáveis pela produção
econômica, subsistência da cidade.
Artesãos , agricultores e comerciantes (3ºB-ADM)
Garantem a sobrevivência material da cidade

Os estudos deveriam ir até


os 20 anos.
A virtude por excelência
desse grupo é a
temperança, ela qual
deveriam controlar os
desejos de prazer
2. Guardiões (alma de bronze,ou irascível):
Classe militar dos guerreiros, continuariam os
estudos até os trinta anos.
responsáveis pela defesa da cidade.
 A virtude dos guerreiros é a coragem, exercida pelo
domínio sobre o caráter iráscível de sua alma.
(voltado a defesa da cidade)
Alma de ouro, ou racional
3. Governantes:
Classe dos magistrados, estudariam filosofia e seriam
instruídas na arte de pensar e de dialogar em dois.
garantem o governo da cidade sob as leis.
(Alma racional)
• A justiça depende dos equilíbrio entre os três
grupos sociais. Cada um cumprindo sua função.

• MAGISTRADOS – GUARDIÕES E PRODUTORES

• A esfera preponderante na cidade deve ser a dos


governantes.
A educação promovida pelo Estado seria feita
em etapas de acordo com o tipo de “alma” –
3ºAD-ADM
Platão propõe um modelo educativo que possibilita
a todos igual acesso a educação.
As crianças passariam por processos de seleção, ao
longo dos quais seriam destinadas aos três grupos
sociais.
Propõe que o Estado e não a família, assuma a
educação das crianças até os 7 anos, a fim de evitar
a cobiça e os interesses decorrentes de laços afetivos e
relações humanas inadequadas.

O estado orientaria para que não se consumassem


casamentos entre desiguais, com o objetivo de alcançar
melhores condições de reprodução e , ao mesmo
tempo criar instituições para a educação coletiva das
crianças.
“alma de ouro”
Os mais aptos continuariam seus estudos até o ponto
mais alto desse processo – a filosofia.
Se tornariam sábios para habilmente governar a
cidade.
SOFROCRACIA:O REI FILÓSOFO
Política aristocrática
Pois supõe que a grande massa de pessoas é incapaz
de dirigir a cidade.
Apenas uma pequena parcela de sábios está apta a
exercer o poder político.
Revisando:
Aristocracia (do grego aristoi = melhores, e cracia=
poder) é a forma de governo em que o poder é exercido
pelos “melhores”.
Na proposta de Platão seria uma elite (do latim eligere
= escolhido) que se distinguiria pelo saber.
Considerações finais
Utopia platônica: A República
No livro VII de A República, Platão ilustra seu pensa­mento
com a famosa alegoria da caverna: várias pes­soas
acorrentadas em uma caverna desde a infância tomam por
realidade sombras projetadas na parede. Se um dos
prisioneiros conseguir se desprender e contemplar lá fora o
mundo à luz do Sol, ao retornar terá dificuldade em
convencer os que ficaram de que o conhecimento deles é
ilusório.
Duas interpretações:
Do ponto de vista do conhecimento, aqueles que se libertam das
correntes elevam-se da opinião(doxa) à ciência(episteme),
alcançando o verdadeiro conhecimento. Tornam-se, então,
filósofos e por isso devem retornar ao meio das pessoas comuns
para orientá-las no reto caminho do saber.

É possível também uma interpretação política, que decorre da


pergunta: "Como influenciar aqueles que não veem?". Cabe ao
sábio ensinar, procedendo à educação política, pela
transformação das pessoas e da sociedade, desde que essa ação se
oriente pelo modelo ideal contemplado. Mais que isso, apenas o
filósofo deve governar.
Características do sábio

• Para ele o filosofo é aquele que saindo do mundo


das trevas ou da ilusão, busca o conhecimento e
verdade do mundo das ideias.
Filósofo em meditação

Na cena pintada por Rembrant, a luz que atravessa a janela ilumina o


ambiente, dando cor ao filósofo. Uma escada sugere algo que se busca
em um nível superior do conhecimento: seria a verdade, que, segundo
Platão, só os filósofos seriam capazes de alcançar?
QUIZ
A Alegoria da Caverna de Platão, além de ser um texto de teoria do
conhecimento, é também um texto político. No sentido político, é correto
afirmar que Platão sustentava um modelo
( ) Os mais pobres é que desempenhariam funções de governo, pois merecem
fazê-lo.
( ) Os escravos é que elegeriam os ocupantes das mais diversas funções.
( ) As pessoas com “alma de bronze” desempenhariam as funções que exigem
trabalho meramente braçal.
( ) As pessoas com “alma de ouro” seriam os administradores da cidade, ou
seja, o rei filósofo.

Na questão acima, de acordo com as funções da “cidade perfeita” de Platão,


assinale V ou F: *
F, V, V, F
V, F, F, V
F, F, V, V
F, F, F, V
FORMAS DE GOVERNOS

As forma de governo degeneradas são quatro, descritos


no Livro VIII de A República:
• A timocracia em que o culto da virtude é substituído pelo
impulso guerreiro.
• A oligarquia, na qual o exercício do poder é destinado aos
mais ricos.
• A democracia, em que o poder é atribuído aos mais pobres.
Para Platão, nessa forma de governo acaba prevalecendo a
demagogia(manipula, engana).
• A tirania que resulta geralmente dos abusos da democracia,
o que exige um guia que assuma todos os poderes. O tirano
é antítese do magistrado-filosofo.
Para Platão, as formas de governo
baseiam-se no tipo de “alma”
predominante. Daí os riscos de degeneração:
os corajosos guerreiros se tornariam
violentos; os ricos oligarcas acentuariam sua
cobiça; os pobres, desejos de liberdade e
igualdade, promoveriam a anarquia.
Portanto, o bom governante é corajoso,
moderado e sábio.
QUIZ

Em Platão, as formas de governos degenerados são


quatro, descrito no livro de A República.
Assinale a alternativa incorreta:
a) a timocracia em que o culto da virtude é substituído
pelo impulso guerreiro
b) a oligarquia na qual o exercício do poder é destinado
aos mais ricos.
c) a democracia, em que o poder é atribuído aos mais
pobres.
d) a tirania, que resulta geralmente dos absurdos dos
abusos democracia.
e) Nda
BIBLIOGRAFIA:
Livro Didático. Filosofando: Introdução à filosofia. Aranha, Maria Lúcia de
Arruda, Maria Helena Pires Martins. 6ª ed. São Paulo, Moderna, 2016.
PÁGINAS 256-258

Prof. Gilberto Neske

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