Costuma-se dizer que a democracia nasceu na Grécia, mais
propriamente Atenas.
Por terem sido os gregos os primeiros a filosofar, também
foram eles os primeiros a refletir criticamente sobre política; eles elaboraram teorias sobre a capacidade humana de refletir sobre a organização da vida coletiva. 2 Democracia grega
A passagem do mundo rural e aristocrático da Grécia
para a formação das primeiras aglomerações urbanas no período arcaico (a apartir do século VIII a. C.) determinou mudanças na estrutura social, política e econômica. Na pólis destacavam-se dois lugares: a acrópole e a ágora. A acrópole constituía a parte elevada, que servia de ponto de defesa da cidade e local privilegiado para a construção do templo. Na ágora, praça central destinada às trocas comerciais, os cidadãos reuniam-se para debater assuntos da cidade e resolver problemas legais. Atenas no período clássico
A sequência de legisladores atenienses – Drácon, Sólon e
Clístenes – foi responsável por destacar o caráter humano das leis e não mais o divino. Aos poucos eles promoveram a ideia de cidadania, possibilitando a todos os cidadãos atenienses a participação na assembleia do povo, na qual eram eleitos os funcionários do Estado.
O apogeu da democracia em Atenas ocorreu no século V a.C.,
quando Péricles era governante. 3 Os sofistas e a retórica
No novo modelo de democracia, a justiça tornou-se
política e mais objetiva, pois o critério do justo e do injusto sustentava-se na lei escrita, válida para todo cidadão. Coube aos sofistas, no século V a.C., elaborar teoricamente o ideal democrático da nova classe em ascensão, a dos comerciantes enriquecidos, os quais, desde que não fossem estrangeiros, seriam considerados cidadão da pólis, com direito ao exercício do poder. No entanto Sócrates e seus discípulos acusavam os sofistas de superficialidade e de pronunciar discursos vazios, ao enfatizarem a persuasão, então a verdade da argumentação. De acordo com o historiador da filosofia Werner Jaeger, os sofistas exerceram influência muito forte ao ensinarem retórica, que é a arte de bem falar, de utilizar a linguagem em um discurso persuasivo. BIBLIOGRAFIA:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda, MARTINS, Maria
Helena Pires. Filosofando. Introdução à Filosofia. – 5. Ed.- São Paulo: Moderna, 2015.