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VALIDADO PELO STF

Prazos para perícias médicas


serão uniformizados, segundo
acordo entre MPT e INSS
O acordo para uniformizar prazos para perícias médicas para concessão
de benefícios foi validado pelo STF na sexta-feira (5).
08/02/2021 11:20:01
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Prazos para perícias médicas na concessão de auxílios e benefícios serão


uniformizados. A decisão veio depois que ministros do Supremo Tribunal Federal
(STF) validaram, por unanimidade, um acordo entre o Ministério Público Federal e
o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) .
Em dezembro, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, já tinha também
homologado o acordo em decisão individual. Agora, os ministros analisaram o
tema no plenário virtual. No julgamento, que terminou nesta sexta-feira (5),
seguiram o entendimento do relator.
Segundo o acordo, o INSS fará as perícias em prazos que variam entre 30 e 90
dias, conforme o tipo de benefício solicitado.
"A homologação da presente avença visa não só a pacificar a controvérsia
instaurada nos presentes autos, mas sobretudo viabilizar a concessão dos
benefícios previdenciários em tempo razoável para segmento da população, na sua
maioria, em situação de vulnerabilidade social e econômica, porém sem causar
prejuízo para a Administração Pública", afirmou o ministro Alexandre de Moraes
em seu voto.
O entendimento foi fechado no âmbito de uma ação em análise no STF que
discutia o tema, a partir de um caso ocorrido em Santa Catarina. A disputa judicial
começou a partir de uma ação civil pública do Ministério Público Federal no
estado contra o INSS.
Os procuradores queriam garantir que quem depende de perícia médica para a
obtenção de benefícios (aposentadoria por invalidez, auxílio-doença, por
exemplo) tivesse o direito à realização do exame em 15 dias, a contar do
requerimento.
Caso o prazo de perícia não fosse atendido, o benefício deveria ser concedido
automaticamente, de maneira provisória, até a realização do procedimento.
Na primeira instância, a Justiça decidiu a favor do MP, estabelecendo o prazo
máximo de 15 dias para a perícia. Houve recurso e, na segunda instância, o
Tribunal Regional Federal da 4ª Região ampliou o período para 45 dias.
Embora diga respeito a um caso específico, antes do acordo os ministros do
Supremo já tinham reconhecido a repercussão geral da questão — ou seja, se não
houvesse a conciliação, uma decisão judicial do tribunal sobre o assunto teria
impacto em ações semelhantes nas instâncias inferiores.
Com o acordo, o processo no Supremo será encerrado. A conciliação firmada
estabelece prazos uniformes e terá abrangência nacional, reduzindo demandas
semelhantes nas instâncias inferiores.
Prazos acordados
Com a validação pelo Supremo, os prazos vão entrar em vigor em seis meses. São
os seguintes:
 Benefício assistencial à pessoa com deficiência: 90 dias
 Benefício assistencial ao idoso: 90 dias
 Aposentadorias, salvo por invalidez: 90 dias
 Aposentadoria por invalidez comum e acidentária (aposentadoria por
incapacidade permanente): 45 dias
 Salário maternidade: 30 dias
 Pensão por morte: 60 dias
 Auxílio reclusão: 60 dias
 Auxílio doença comum e por acidente do trabalho (auxílio temporário por
incapacidade): 45 dias
 Auxílio acidente: 60 dias

Na conciliação, os órgãos acertaram ainda prazos para o cumprimento de decisões


judiciais favoráveis à concessão de benefícios. Devem ser considerados a partir da
intimação do INSS:
 Benefícios por incapacidade: 25 dias
 Benefícios assistenciais: 25 dias
 Benefícios de aposentadorias, pensões e outros auxílios: 45 dias
 Ações revisionais, emissão de Certidão de Tempo de Contribuição (CTC),
averbação de tempo, emissão de boletos de indenização: 90 dias
 Juntada de documentos de instrução (processos administrativos e outras
informações, as quais o Judiciário não tenha acesso): 30 dias

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