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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE TIMBAÚBA

ÉDIPO, FILHO, neste ato representado por sua genitora, a senhora JOCASTRA, ENFERMEIRA,
residentes e domiciliados em TIMBAÚBA - PE, vem através de sua advogada JACKLINE MICHELLE
FERREIRA DE SOUZA, devidamente habilitada (procuração em anexo), vem à presença de V. Exa.
Propor:

AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE

Em face de HÉRCULES, MÉDICO, domiciliado em RECIFE-PE, pelos motivos de fato e de direito


que passa a expor:

I- DOS FATOS

A genitora e o réu mantiveram um relacionamento amoroso por 3 (três) anos.


Dessa relação nasceu ÉDIPO, atualmente com 1 ano de idade.
Ocorre que, há cerca de seis meses o casal se separou e desde então HÉRCULES recusa-se a
reconhecer ÉDIPO como seu filho.
O requerido nunca buscou notícias da criança e tampouco prestou qualquer tipo de assistência
ao menor e a sua genitora.
Infrutíferas as tentativas da composição amigável ao reconhecimento da paternidade, não resta
outra alternativa a autora, senão a vinda ao Judiciário.
Foi realizado exame de DNA, restando comprovado que o requerente é filho legítimo do
requerido.

III – DO DIREITO

III. DO RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE


Nos termos do artigo 1607 do Código Civil:

“Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssimo, indisponível e


imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou seus herdeiros, sem qualquer restrição,
observado o segredo de justiça. ”

No que tange à prova da paternidade, merece destaque a norma do artigo 1605 do Código Civil,
segundo o qual “na falta, ou defeito, do termo de nascimento, poderá provar-se a filiação por
qualquer modo admissível em direito: I – quando houver começo de prova por escrito,
proveniente dos pais, conjunta ou separadamente; II – quando existirem veementes presunções
resultantes de fatos já certos”.

Sendo assim, a autora tem direito ao reconhecimento do vínculo de paternidade, visto exame
de DNA acostado aos autos.

Ademais, conforme demonstrado nas provas documentais (DNA) e fotos anexados à presente,
além de provas testemunhais, oportunamente arroladas, rematam cabalmente qualquer dúvida
que porventura pudesse existir quanto à filiação da autora.

Dispõe expressamente o artigo 1616 do Código Civil que a declaração de paternidade decorrente
da sentença tem os mesmos efeitos do reconhecimento da paternidade.

Desta forma, requer que seja reconhecida a paternidade da menor e seja expedido por este
Juízo, mandado de retificação ao cartório de registro civil para fazer constar todas as
qualificações pertinentes à filiação da menor.

V – DOS PEDIDOS.

Diante de todo o exposto, requer-se:

a) a designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do


CPC/2015;
b) determinar a citação do requerido, inicialmente pelo correio e, sendo esta infrutífera,
por oficial de justiça, ou, ainda, por meio eletrônico, tudo nos termos do art. 246, incisos.
I, II e V, do CPC/2015;
c) a procedência de todos os pedidos, declarando-se, por sentença, que a autora é filha do
réu, com as consequências decorrentes previstas em leis, como a consequente
expedição do mandado de retificação ao cartório de registro civil para fazer constar
todas as qualificações pertinentes à filiação da menor, bem como condenação do
Requerido ao pagamento de pensão alimentícia, com a devida conversão em caráter
definitivo, na mesma proporção dos alimentos provisórios;
d) a condenação do requerido às custas e honorários e sucumbenciais;
e) ao final, sejam julgados procedentes, totalmente, os pedidos veiculados nesta ação.
f) Protesta-se provar o alegado por todos os meios de prova permitidos em lei,
especialmente depoimento pessoal do réu; prova testemunhal e, principalmente, prova
documental (exame DNA anexo);

Dá-se a causa o valor de R$ 1000,00 (mil reais) para efeitos meramente fiscais.
Nestes Termos,

Pede Deferimento.

TIMBAÚBA-PE, 26 de Abril de 2022.

JACKLINE MICHELLE FERREIRA DE SOUZA


OAB/PE nº0000

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