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P1 – Interpretação de Oscilogramas em Relés Digitais

Seção 3 – Análise de Eventos

Vamos supor um curto circuito bifásico no lado da baixa tensão de um transformador em


derivação, conforme figura acima. Haverá corrente em DUAS fase do lado estrela aterrado e
corrente nas três fases do lado da linha, fora do DELTA, sendo que em uma delas a corrente é o
dobro das outras duas. A compensação de Ampères-espiras (princípio de funcionamento do
transformador) explica este fato.

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Seção 3 – Análise de Eventos

Em termos de componentes simétricos, onde se separa o sistema desequilibrado em três sistemas


equilibrados, cada um deles com uma característica específica (sequência positiva, negativa e
zero), têm-se a representação do slide. No lado da Baixa Tensão há corrente nas fases B e C (curto
circuito entre estas fases) opostas entre si.

Não há componente de sequência zero, pois, o curto-circuito não envolve terra.

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Seção 3 – Análise de Eventos

Quanto às tensões de fase no PONTO DE CURTO-CIRCUITO, a análise de componentes


simétricas leva o resultado acima. As tensões VB e VC tornam-se iguais com relação ao neutro, o
que era de se esperar, pois estão em curto-circuito. E a tensão VA está em oposição de fase, com o
dobro do módulo.

Deve-se atentar para o fato de que isso ocorre apenas no ponto em curto-circuito. Quanto mais
afastado o ponto de registro oscilográfico, começam a aparecer diferenças de potencial entre as
fases B e C e variação de ângulo nas três fases.

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Seção 3 – Análise de Eventos

No lado da LT, lado de alta tensão do transformador deverá haver corrente nas três fases,
conforme já visto. Considerando que há rotação de –30 Graus para a sequência negativa e + 30
graus para a sequência positiva. Comprova-se que há corrente iguais em duas fases e o dobro
dessas na outra fase.

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