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04/01/2022 17:02 Reconciliar a esquerda e a classe média - Le Monde Diplomatique Brasil

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É PRECISO TOCAR O CHÃO DOS NOVOS TRABALHADORES BRASILEIROS

Reconciliar a esquerda e a
classe média
Edição 174 | Brasil
por Moysés Pinto Neto e Tatiana Roque
3 de janeiro de 2022

É compreensível que os ex-emergentes, agora em


decadência, vejam em Lula a saída para voltarem a aspirar a
uma vida melhor. Mas não podemos nos esquecer daqueles
que se viram espremidos entre pobres e ricos nos governos
do PT e que ainda mantêm certo ressentimento, oscilando na
preferência por Lula ou Bolsonaro

Mário mora num bairro de subúrbio do Rio de Janeiro e trabalha como


motorista de táxi (ele paga diária, não é proprietário da licença). Antes da
pandemia, tirava uns R$ 3.500 por mês para manter a família. Sua esposa,
Kátia, organiza festas infantis e o retorno depende muito da época do
ano – com a pandemia, ficou totalmente parada. Eles têm dois filhos: um
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na escola pública e a mais velha na faculdade privada, cuja mensalidade é


paga com o esforço de Mário e da própria filha, que faz alguns bicos para
manter os estudos. Podemos considerar que a renda familiar dos quatro
é de R$ 5.000 em média, o que era possível antes da pandemia. Isso deve
pagar aluguel, condomínio, contas da casa, comida para os quatro (o mais
novo, como todo adolescente, come muito), despesas de saúde
(significativas, pois Mário tem problema de coração e pressão alta), a
faculdade da mais velha etc.

Essa família está na extensa faixa denominada “classe média” no Brasil.


Para o IBGE, famílias com rendimento entre quatro e dez salários
mínimos são consideradas classe C. Em números, são domicílios que se
mantêm com uma renda total entre R$ 4.180 e R$ 10.450 por mês. Se
forem quatro pessoas, está longe de ser uma vida fácil. Ainda assim, R$

5.000 é bem acima do que grande parte dos brasileiros recebe. Em 2019,
a média salarial era de R$ 2.543 no país, como mostra a Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

Ocorre que as bordas entre as classes média e baixa são porosas e as


famílias são constantemente empurradas de uma para a outra. A família
de Mário e Kátia, que conseguia se manter como classe C antes da
pandemia, provavelmente passou a engrossar a classe D; e a filha do
casal quase certamente largou a faculdade. Essa é uma família hipotética,

porém com características típicas da maioria da população brasileira.


Sim, porque a classe C, mesmo tendo diminuído nos últimos anos, ainda
abarca a maioria de nossa população (em 2017, incluía 56,3% da
população, decrescendo para 51% em 2020 e caindo para 47% depois da
pandemia, aproximando-se do tamanho da classe baixa).
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Dentro da classe C estão a velha classe média e a chamada “nova classe


média”, beneficiada pelas políticas do PT e responsável pelo boom de
consumo que marcou o entorno de 2010. O comportamento eleitoral

dentro dessa faixa é variável e merece ser analisado em detalhes, levando


em conta diferenciações que ficam apagadas quando se fala
simplesmente em “classe média”.

Houve grande disputa em torno dos significados da emergência das


classes populares durante o lulismo. A própria nomenclatura “nova classe
média”, incensada pela mídia e alguns intelectuais, foi alvo de debates
acalorados, propondo-se em contraponto noções como “nova classe
trabalhadora”, “batalhadores”, “classes aspiracionais”, “precariado” ou

simplesmente ainda “pobres”. Esses rótulos não traduziam apenas


questões semânticas: dependendo da palavra, tratava-se de optar por
uma estratégia política a ser construída para dialogar com esses sujeitos,
que não se viam necessariamente como incluídos nos discursos e
projetos da esquerda.

Neste artigo, tentamos entender brevemente a subjetividade e as


preferências eleitorais da classe média. Essas pessoas foram o fiel da
balança para a vitória de Bolsonaro em 2018, como indicam as pesquisas
citadas adiante. Também é ela que, ao que tudo indica, garantirá a volta
de Lula à Presidência.

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(Foto: Ricardo Stuckert)

Como a classe média tem votado?


Durante o período lulista, a classe média se tornou mais complexa e
passou a se dividir em dois segmentos: a tradicional e a nova, sendo esta
última ascendente das classes baixas por meio das políticas sociais dos
governos petistas. Uma pergunta que tem mobilizado analistas é a
seguinte: por que pessoas que foram beneficiadas pelos governos do PT

resolveram votar em Bolsonaro em 2018? Rosana Pinheiro-Machado


propõe a noção de classes aspiracionais para explicar o fenômeno, no
artigo “O que Lula deu e Bolsonaro abocanhou” (El País, 21 jun. 2021).
Antes de interpretarmos a subjetividade desses eleitores, vamos
entender seu perfil sociológico, de acordo com a análise de Jairo Nicolau
(2020). Segundo ele, o voto em Bolsonaro foi um fenômeno masculino e
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urbano (principalmente de Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais).


Com base em dados, Nicolau conclui que a eleição de Bolsonaro é
parecida com a de Lula em 2002, com um voto mais urbano e
escolarizado. Além disso, dos eleitores que votaram em 2014 em Dilma,
40% votaram em Bolsonaro. Pode-se concluir então, do cruzamento
desses dados, que a maior parte do eleitor bolsonarista é pragmática, e
não ideológica. São os chamados swing voters, que oscilam à esquerda e
à direita eleitoralmente.

Analisando séries históricas, um grupo de pesquisas sobre eleições e


desigualdades liderado por Thomas Piketty tem feito análises em
diferentes países. No caso do Brasil, foram estudados comportamentos
eleitorais de 1989 para cá, combinando pesquisas do Datafolha realizadas
logo antes do segundo turno de todas as eleições presidenciais. Uma das

conclusões mais importantes é de que o PT passou por uma


metamorfose política de relevo: de um partido jovem, tido como
referência para pessoas altamente educadas e de alta renda, a um
partido dos mais pobres, cada vez mais apoiado pelos moradores do
Nordeste, ou seja, uma população distante de seu locus inicial no
Sudeste. Uma chave para entender essas mudanças é o impacto das
políticas públicas para os mais pobres, como já se tornou consenso.

Duas fases distintas foram identificadas pelo estudo mencionado: a das


eleições de 1994, 1998 e 2002, quando a renda não estava associada à
escolha eleitoral no segundo turno e as políticas macroeconômicas do
governo não eram focadas em grupos específicos; e a outra, após a
ruptura de 2006, quando a fatia dos eleitores do PT na faixa dos 10%

mais ricos caiu 15 pontos percentuais, ao passo que a fatia entre os 50%
mais pobres cresceu de modo significativo. Isso é coerente com o
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mais pobres cresceu de modo significativo. Isso é coerente com o
impacto eleitoral de programas sociais, como o Bolsa Família e o
aumento do salário mínimo. O grande apoio ao PT entre os mais pobres
continuou em 2010, 2014 e 2018. O que aconteceu, então, no ano fatídico
de 2018? O estudo sugere que houve aí uma inédita convergência entre a
classe média e os mais ricos. O comportamento da classe média é
analisado pelas preferências dos eleitores que ocupam a faixa dos 40%
no meio da distribuição de renda (ou seja, nem são os 50% mais pobres
nem os 10% mais ricos). Essa faixa intermediária, em 2018, tornou-se
mais parecida com os 10% mais ricos do que em eleições anteriores e se
voltou contra o PT – diferentemente do que havia feito em 2006, 2010 e
2014, quando votou de forma mais parecida com os 50% mais pobres.
Assim, a eleição de 2018 ficou dividida entre dois grupos: os pobres, que
votaram majoritariamente em Haddad, e o resto. Para entender esse
fenômeno, há fatores ligados à distribuição de renda. A renda média
nacional aumentou 18% no período petista. No entanto, os ganhos foram
divididos entre dois grupos distantes: a metade da população mais pobre
e os muito ricos. O crescimento não chegou aos indivíduos entre os 70%
e 90% mais ricos na distribuição de renda. Portanto, podemos localizar
aí a chamada squeezed middle class brasileira, que foi deixada para trás
no Brasil de Lula e Dilma. Acima deles, os ricos estavam mais ricos e,
abaixo deles, há um fenômeno complexo de subida e descida da “nova
classe média” emergente.

Quando a crise econômica ocorreu, a partir de 2014, e agravou-se nos


anos seguintes, tanto a classe média emergente quanto a classe média
decadente perderam renda de modo significativo. Essa dança das
cadeiras ajuda a entender o voto em Bolsonaro. Quem já estava

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espremido alimentou o ressentimento contra o PT. Quem estava em


ascensão frustrou-se e resolveu apostar em alguém novo, que prometia
dar apoio às aspirações de melhoria de vida e aos “empresários”.

(Foto: Ricardo Stuckert)

Liberalismo de ocasião
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Liberalismo de ocasião

Em parte, a adesão – que sustentamos ser circunstancial e pragmática –


dos emergentes ao bolsonarismo foi reflexo da própria incapacidade de a
esquerda conferir espaço político e simbólico a eles – que não seja a pura
e simples crítica ou condição de provisoriedade diante de uma ausente
“consciência de classe”. Há um problema performativo que consiste em

privilegiar uma narrativa totalizante sobre o fortalecimento do


neoliberalismo, a precarização das relações de trabalho e a formação da
falsa consciência do “empreendedor de si”, porém mantendo-se
impermeável à entrada desses sujeitos como protagonistas de sua luta.
Uma vez que a própria estrutura social empurra os sujeitos para essa
condição, eles não se sentem contemplados em termos de
reconhecimento pela esquerda política. Foi exatamente aí que o novo
liberalismo brasileiro surfou. Longe de seu ancestral acadêmico, típico
das elites letradas, o novo liberalismo apareceu com pautas simples,
como liberdade econômica, meritocracia, esforço individual e elogio da
riqueza – um kit pronto para o uso, reforçado por meios de comunicação
de massa e, em muitos casos, coincidente com o senso comum. O pobre
que ascendeu socialmente, em meio à batalha empreendedora do
cotidiano, pôde finalmente se olhar no espelho sem complexos: “eu sou
um vencedor, pelo meu próprio esforço, e não há nada de errado nisso”
(Solano, 2018; Rocha, 2018). Daí a pertinência das pesquisas de Pinheiro-
Machado (2019) e da noção de classes aspiracionais.

Foi esse “novo liberalismo” que, em parte, alavancou o “bolsonarismo


popular”, isto é, a adesão a Bolsonaro entre os emergentes. O modo
simplório e direto de Bolsonaro colocar as coisas, postulando uma
desregulamentação geral que combina com seu modo (miliciano) de lidar
com o Estado acabou produzindo o desejo por mais “liberdade
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com o Estado, acabou produzindo o desejo por mais liberdade

econômica”. Essa narrativa passou a fazer sentido para quem enxergava


um Estado que privilegia os ricos e protege os mais pobres, mas espreme
e desestabiliza as classes médias. A crítica à corrupção, por isso, era
também política, contra um certo establishment Estado/grandes
empresas. Por outro lado, a “liberdade econômica” mantinha tolerância
considerável com o jeitinho do empresário em driblar a burocracia e as
regulações que não lhe permitem ser rico.

Nesse contexto, cabe perguntar se o papel das chamadas “pautas morais”


ou de “costumes” não pode ser relativo, até mesmo provisório. Essas
questões simbólicas e culturais ganharam relevo quando o ressentimento
e a frustração predominaram, funcionando como uma espécie de
compensação da subjetividade. Com uma situação política e econômica

mais promissora, pode ser que tais temas – que dominaram o debate
público nos últimos quatro anos – tenham menos importância.
Obviamente, a pandemia também contribuiu para uma possível virada
pragmática do eleitor médio.

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(Foto: Ricardo Stuckert)

Como retomar a conversa?

A mensagem das pesquisas é que aparentemente “o sonho acabou”. A


família imaginária da introdução provavelmente desaprova o governo
Bolsonaro. Na faixa entre dois e cinco salários mínimos, podemos dizer
que Lula está revertendo bem a tendência de 2018. Hoje, as intenções de
voto em Bolsonaro, pela pesquisa Ipec, estão um pouco acima do total de

22% na faixa entre dois e cinco salários mínimos, pois ele tem 27% nessa
faixa. No entanto, entre os que ganham entre cinco e dez salários
mínimos ainda há muita dificuldade para as esquerdas. Aí está a classe C;
e, após a pandemia, muita gente que estava nessa faixa passou para a
classe D. Segundo o Datafolha,1 Bolsonaro vence Lula no segmento entre
cinco e dez salários mínimos por 42% a 25%.

Ainda segundo o Datafolha,2 os empresários mantêm-se como único


segmento em que Bolsonaro vence Lula com folga (de 57% a 29%).
Evidentemente, sempre se pode argumentar que essa adesão é dada pela
opção dos mais ricos pelo governo; no entanto, há que se entender
melhor a autoafirmação como “empresário”, que pode ser um rótulo

usado por sujeitos oriundos das classes mais baixas, que possuem um
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p j ,q p
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pequeno negócio ou comércio. Na metodologia do Datafolha há uma


preponderância, dentro da categoria “empresários”, de famílias com
renda acima de dez salários mínimos, mas logo em seguida vêm famílias
com renda entre cinco e dez salários mínimos, que estão longe de ser
ricas. Não podemos identificar, portanto, aqueles que se autodenominam
empresários somente com os mais ricos.

É compreensível que os ex-emergentes, agora em decadência, vejam em


Lula a saída para voltarem a aspirar a uma vida melhor. Mas não
podemos nos esquecer daqueles que se viram espremidos entre pobres e
ricos nos governos do PT e que ainda mantêm certo ressentimento,
oscilando na preferência por Lula ou Bolsonaro. Esses dois segmentos se

bolsonarizaram em 2018, mas não necessariamente estão ligados a


Bolsonaro por razões profundas. Isso significa que há espaço para a
esquerda retomar a conversa com a classe média como um todo, mas
para isso precisa falar de dinheiro, empreendedorismo, religião e
perspectivas de vida para sujeitos que não cabem no modelo tradicional
da classe trabalhadora. Eles se autodenominam “empresários”, têm
regimes de trabalho instáveis e são habitantes das grandes cidades.

A pauta do consumo tem buscado conexão com os pobres, mas também


com a classe média, nos discursos recentes de Lula. Todavia, diante dos
acontecimentos dos últimos anos, talvez essas pessoas queiram mais
estabilidade. Não adianta muito poder pagar um plano de saúde privado
quando a economia se expande (o que depende também de fatores

internacionais) e ficar sem assistência de qualidade nos períodos de


crise. Não à toa, após a pandemia, a saúde é uma das maiores
preocupações dos brasileiros. Um modo evidente, portanto, de atender a
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essa demanda é investir pesado em nosso sistema público de saúde,


tornando dispensável planos privados para a classe média. Se eles
puderem contar com educação pública de qualidade, tanto básica quanto
superior, isso também aliviará bastante as contas das famílias da
classe C, que hesitam entre escolas públicas e particulares. É gritante a
ausência desses temas no debate eleitoral da esquerda, quando tudo
indica se tratar de preocupações essenciais da população. Além disso,
uma renda básica pode servir de colchão de proteção contra novas
quedas bruscas na qualidade de vida (além de garantir o mercado local,
como ocorre no município de Maricá, assegurando também a renda dos
empreendedores). A desburocratização, com simplificação tributária e
regulatória, sem prejuízo dos direitos trabalhistas e questões
urbanístico-ambientais, poderia ser outro ponto cuja efetivação é do
interesse de todos.

O fato é que, para convencer a classe média a aderir a um novo pacto


solidário no Brasil, a esquerda terá de olhar de outra forma para sujeitos
que não se enquadram em suas perspectivas tradicionais e oferecer
alternativas específicas, sem cair em um discurso macro abstrato e
incapaz de tocar o chão dos novos trabalhadores brasileiros.

Moysés Pinto Neto é doutor em Filosofia pela PUC-RS, professor do


Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Luterana do
Brasil e editor do canal Transe no YouTube;

Tatiana Roque é professora da Pós-Graduação em Filosofia da UFRJ,


coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ e autora do livro O
dia em que voltamos de Marte: uma história da ciência e do poder com
pistas para um novo presente (Planeta, 2021).
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1 Segundo pesquisa de 13 a 15 de setembro de 2021, disponível em:


https://bit.ly/3qgHdCH. A pesquisa posterior, publicada em dezembro,
não publicizou essas informações específicas ainda e o Ipec não separa
as faixas acima de 5 SM.

2 Segundo pesquisa de dezembro.

Referências bibliográficas

GETHIN, Amory; MORGAN, Marc. Democracy and the Politicization of


Inequality in Brazil, 1989-2018 [Democracia e politização da desigualdade
no Brasil, 1989-2018]. In: GETHIN, Amory; MARTÍNEZ-TOLEDANO, Clara;
PIKETTY, Thomas. Political Cleavages and Social Inequalities: A Study of

Fifty Democracies, 1948-2020 [Divisões políticas e desigualdades sociais:


um estudo de cinquenta democracias, 1948-2020], Harvard: Harvard
University Press, 2021.

NICOLAU, Jairo. O Brasil dobrou à direita: uma radiografia da eleição de


Bolsonaro em 2018. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

PINHEIRO-MACHADO, Rosana. Amanhã vai ser maior: o que aconteceu


com o Brasil e as possíveis rotas de fuga para a crise atual. São Paulo:
Planeta do Brasil, 2019.

ROCHA, Camila. ‘Menos Marx mais Mises’: uma gênese da nova direita
brasileira (2006-2018). Tese (Doutorado em Ciência Política) – Programa
de Pós-Graduação em Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e
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Ciências Humanas, USP, 2018.

SOLANO, Esther. Crise da democracia e extremismos de direita.


Friedrich Ebert Stifung Brasil. Análise n. 42/2018, 2018.

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