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O CONTEXTO ATUAL
DE ALIMENTAÇÃO
O CONTEXTO ATUAL DE ALIMENTAÇÃO
↑Açúcares
↑Gorduras saturadas ↑Farinhas refinadas
↑Ultraprocessados ↓Frutas e vegetais
Sabe-se que indivíduos que consomem grandes quantidades desses
tipos de alimentos estão mais propensos a desenvolverem a obesidade do
que pessoas que consomem relativamente pouco, e a disponibilidade de
alimentos ultraprocessados está positivamente associada à prevalência de
obesidade. Isso ocorre porque, além de serem alimentos de alta
densidade calórica, na maioria dos casos, são alimentos altamente
palatáveis, induzindo um consumo desenfreado por parte dos indivíduos,
propiciando um ambiente favorável para a obtenção de um balanço
energético positivo ou superávit calórico.
1 2 3 4
Controle normal/fisiológico Pequeno defeito na barreira Aumento da Influxo de antígeno
da permeabilidade influxo de AG dietético/microbiano permeabilidade microbiano
Inflamação - alergia
- Quebra de tolerância
Defeito regulatório
- Danos teciduais
Anergia Ciclo
Supercrescimento
bacteriano
Disbiose
Carboidratos refinados intestinal
Aumento da relação
LPS
firmicutes/bacteriodetes ↓SCFA
Inflamação
CD14
Obesidade
Cascata inflamatória
Disfunção Resistência a
tecidual insulina
Infiltração de
macrófagos
Adipogênese
A inflamação de cunho sistêmica, que é observada em um ambiente
obesogênico associado ao quadro de disbiose, proporciona também uma
neuroinflamação no sistema nervoso central (SNC). O LPS também pode
impactar o ambiente cerebral, induzindo uma redução de serotonina e
dopamina, levado a desordens do humor, como a ansiedade e depressão.
Disbiose intestinal
Manutenção da obesidade
Além do que já foi falado, outro fator intrínseco à sociedade dos dias
de hoje relacionado aos hábitos alimentares dos indivíduos e que pode
estimular o desenvolvimento da obesidade é o estresse. Diante de uma
sociedade na qual as pessoas trabalham cada vez mais e descansam cada
vez menos, há um ambiente propício para o estresse e para questões
psicológicas como a ansiedade.
RESISTÊNCIA À INSULINA
E SEUS IMPACTOS
RESISTÊNCIA À INSULINA
Glicose
Aminoácidos
Ácidos graxos
Acetilcolina,
CCK, ATP, AG
Glicose
CÉLULA BETA
Aminoácidos PANCREÁTICA
G-6-P
Piruvato
Gq
Acil-CoA ATP
Acetil-CoA
CAT
CTE
↑Ca²+ K+
K+ X
Gi Ca²+
Ca²+
Adrenalina (α2)
Somatostatina GLP-1, GIP, VIP, PYY,
Adrenalina (β2)
FUNÇÕES FISIOLÓGICAS
Cérebro
↑ Consumo alimentar
Resistência ação
da insulina
Obesidade
↑
Fígado ↑Glicose
Produção de glicose plasmática
Pâncreas
↑Secreção de insulina
↓
Músculo
Eficiência e captação
↑Glicose
de glicose plasmática
A PANDEMIA DA
OBESIDADE
A PANDEMIA DA OBESIDADE
Adipocina Função
Leptina Regulação da saciedade, balanço energético,
fertilidade e sobrevivência das células B.
Adiponectina Melhora sensibilidade à insulina, efeito anti-
inflamatório, suprime glineogênese, ativa AMPK
no músculo, fígado e otros órgãos; regula a
termogênese e homeostase energética
Adipocina Função
Resistina Induz resistência à insulina pela regulação
negativa de adiponectina e do fator de
crescimento de fibroblastos. Promove a
produção de citocinas inflamatórias (TNFα e
IL6), moléculas de adesão e quimiocinas .
Visfatina Importante para a função das células b
pancreáticas
Vaspina Inibidor de serina protease; diminui a ingestão
de alimentos; melhora a hiperglicemia
FGF21 Estimula a captação de glicose nos adipócitos;
aumenta termogênese, gasto de energia e
utilização de gordura;
Nesfatina Efeito insulinotrópico direto dependente de
glicose nas células b
RBP4 Relacionado à resistência à insulina,
distribuição de gordura visceral e dislipidemia
Catepsina Regula o metabolismo da glicose e a massa do
tecido adiposo
Lipocaína Relacionado à resistência à insulina e
inflamação
BMP7 Estimula a adipogênese marrom; reduz a
ingestão de alimentos; aumenta o gasto de
energia
BMP4 Regula a diferenciação das células precursoras
adipogênicas
Atividade
a bo lis mo e física
Met e rgia
e en
Ingestão gasto d
r
alimenta
Causas
Alto consumo Baixo gET Inatividade física
Sócio cultural Envelhecimento Sócio cultural
Falta de conhecimento Sexo Desafios físicos
Comer descontrolado Genética e epigenética Fadiga crônica
Fome Fatores neuroendócrinos Dor muscular
Comer emocional Efeito térmico do alimento Barreiras emocionais
Beslicar Tecido adiposo marrom Local de trabalho
Sono irregular Sarcopenia Medicamentos
Medicamentos Microbiota
Medicamentos
Cognição Cognição
Estresse - Função executiva - Função executiva
- Autorregulação - Autorregulação
Comportamento Bioquímica
- Alimentação - Leptina
- Atividade física - Grelina
Sono - Neuropeptídeo Y
Obesidade
Um ponto a destacar é que, para muitos indivíduos com obesidade, o
estigma dessa condição por si só, é capaz de elevar o estresse, de forma a
agravar a situação como uma forma de feedback, condicionando uma
forma de ciclo vicioso.
↑Cortisol
↑ Ganho de peso
↑ Depressão
↑ Consumo de
alimentos calóricos
↑ Depressão
↑ Tecido adiposo
↑ 11-beta-HSD
↑ IL-1, IL-6, TNF-alfa Possível feedback?
↑ Leptina
Privação de Sono e Obesidade
Uma boa qualidade do sono é essencial para que se mantenham
funcionais diversas funções do organismo. A privação do sono de forma
crônica pode levar a comprometimentos que estão intimamente
relacionados aos fatores de desenvolvimento da obesidade, como o
desequilíbrio de alguns hormônios, prejuízos nos mecanismos de fome e
saciedade, além de outros malefícios.
- Aumento da fome
- Seleção de alimentos
Cansaço - Redução do gasto energético
Diminuição da
atividade
RISCOS ASSOCIADOS
Cérebro
A obesidade pode levar a diversos traumas e cargas psicológicas,
envolvendo a estigmação, discriminação social, depressão, baixa auto
estima e transtornos alimentares
Sistema gastrointestinal
Prejuízos relacionados ao TGI acarretando em doença do refluxo
gastroesofágico, azia, câncer de colo
Sistema circulatório
Pode levar ao comprometimento da função cardíaca e da artéria
coronária, além de infarto agudo do miocárdio e níveis anormais
relacionados ao perfil lipídico, hipertensão, trombose e acidente vascular
encefálico.
Sistema respiratório
A obesidade está associada ao desenvolvimento de asma, apneia do
sono, restrições respiratórias em condição de exercício físico e doença
pulmonar devido ao comprometimento da função relacionada ao esforço
adicional para movimentação da parede torácica.
Sistema urinário
Câncer de bexiga ou renal, cálculos renais e problemas para controlar
a bexiga (incontinência)
Sistema endócrino
Resistência progressiva à insulina, Diabetes Mellitus tipo 2,
irregularidades menstruais.
Ossos
A condição de obesidade se associa, a nível ósseo, com uma
degeneração de cartilagens e ossos nas articulações (osteoartrite) e gota.
Morte do
adipócito
Inflamação
Hipóxia
ANGIOGÊNESE FIBROSE
Esse ambiente induz um forte estresse ao tecido adiposo, levando a a
secreção de citocinas pró-inflamatórias (IL-1, TNF-alfa, e outras), além de
ativar a autofagia e apoptose celular.
TLR2
RhoA-
Macrófago Rock
Ácidos
graxos livres NLR
NF-kB
NLRP3 GOTÍCULA
MORTE DO DAMPs LIPÍDICA
ADIPÓCITO
GOTÍCULA
LIPÍDICA Expressão de Expressão de
quimiocinas (ex: quimiocinas pró-
MCP1) inflamatórias (TNF)
Consumo Gasto
Y1r Mc4r
ueado
NEURÔNIOS
↑alimentar
Consumo
arq
le o
úc
Ghsr
N
Agrp/
Npy
Pomc/
↓alimentar
Consumo
Cart
Terc
Lepr
Mc3r
ei
o
ve
r
GLP-1
Secretado no intestino através do estímulo da ingestão de alimentos, o
GLP-1 possui ações relacionadas à diminuição do apetite, assim como os
dois anteriores.
Grelina
Secretada pelas células gástricas, a grelina possui ações opostas à
insulina e leptina, aumentando o apetite e a ingestão de alimentos através
do estímulo de neurônios orexígenos.
Colecistocinina (CCK)
Secretado pelo trato gastrointestinal em resposta à presença de
nutrientes (especialmente gorduras), reduz os efeitos da grelina, induzindo
saciedade.
Peptídeo YY (PYY)
Secretado no intestino no período pós-prandial, atua na redução do
apetite de duas formas: efeito direto pelo hipotálamo e inibição da
secreção de grelina.
Glicose
Única fonte de energia dos neurônios, é capaz de reduzir a fome e a
busca por alimentos. A diminuição de suas concentrações induz a fome,
comportamento alimentar e promove aumento de peso.
Além disso, outro fator neuronal que tem sido relacionado ao controle
da ingestão alimentar é o BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro).
Os níveis de BDNF estão intimamente ligados à dieta, de modo que
quando a ingestão de alimentos é muito alta e, principalmente, se é rica
em gordura saturada e açúcares refinados, resultando em alta produção
de ERO. O estresse oxidativo regula negativamente o BDNF e, portanto,
afeta negativamente a plasticidade sináptica. No hipotálamo, o fator
neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) está envolvido com o controle do
balanço energético e saciedade, logo, níveis reduzidos de BDNF estão
relacionados a um aumento da ingestão calórica.
Respostas
Balanço Memórias Emoções
Comportamentais
energético
Autonômicas Hábitos Regras sociais
Endócrinas
Córtex
sistema límbico
CRH MCH
TRH Orexinas
NPV HL
Agrp/ Pomc/
Npy Cart
Arqueado
Tronco
Leptina encefálico
Insulina Grelina
Adiponectina
Amilina CCK
Nutrientes Resistina Nervo
Glucagon PYY vago
IL-6
PP GLP-1
LCFA
Incretinas