Você está na página 1de 40

Amândia Moisés Chaluco

Avaliação e estimação de parâmetros genéticos em genótipos de abacate


(Persea americana Mill)
(Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitações em Ensino de Química)

Universidade Rovuma

Extensão Niassa

2021
Amândia Moisés Chaluco

Avaliação e estimação de parâmetros genéticos em genótipos de abacate


(Persea americana Mill)

(Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitações em Ensino de Química)

Monografia Cientifica a ser Apresentada no


departamento de Ciência, Tecnologia,
Engenharia e Matemática, Extensão Niassa,
para a obtenção do grau académico de
Licenciatura em Ensino de Biologia com
Habilitações em Ensino de Quimica.

Supervisor:

MSc. Virgílio Carménia Cossa

Universidade Rovuma

Extensão Niassa

2021
Índice
Lista de tabelas................................................................................................................v

Lista de abreviaturas.......................................................................................................vi

Lista de figuras...............................................................................................................vii

Declaração de Honra....................................................................................................viii

Dedicatória......................................................................................................................ix

Agradecimentos...............................................................................................................x

Resumo...........................................................................................................................xi

Summary........................................................................................................................xii

Capitulo I: Introdução....................................................................................................13

1. Introdução............................................................................................................13

1.1. Problematização..............................................................................................14

1.2. Justificativas.....................................................................................................14

1.3. Objectivos.........................................................................................................15

1.3.1. Geral..........................................................................................................15

1.3.2. Específicos................................................................................................15

Capitulo II: Referencial teórico......................................................................................16

2. Referencial teórico...............................................................................................16

2.1. Origem e historial na cultura do abacateiro..................................................16

2.2. Aspectos botânicos do abacateiro................................................................16

2.3. Biologia floral................................................................................................18

2.4. Parâmetros genéticos...................................................................................19

2.5. A herdabilidade.............................................................................................20

2.6. Ganho esperado com selecção....................................................................23

Capitulo III: Métodos e Material.....................................................................................25

3. Métodos e Matérias.............................................................................................25

3.1. Coleta de Amostras......................................................................................25

3.2. Analise estatística.........................................................................................26

Capitulo IV: Resultados e discussão.............................................................................27


4. Resultados e discussão.......................................................................................27

5. Conclusão...............................................................................................................33

6. Recomendações.....................................................................................................34

7. Bibliografia..............................................................................................................35

8. Apêndices...............................................................................................................37
v

Lista de tabelas
Tabela 1: origem e coordenadas geográficas dos genótipos analisados na pesquisa.

Tabela 2. Resumo da análise de variância dos descritores quantitativos, com as


respectivas amplitudes, coeficientes de variação experimental (CVe) e genotípico
(CVg), relação entre o coeficiente de variação genotípico e experimental (CVg/CVe),
variância fenotípica (σ2f), genotípica (σ2g), e herdabilidade dos caracteres avaliados no
sentido amplo (h2), em 25 genótipos de abacate.

Tabela3: média dos descritores de abacateira, relacionados aos frutos avaliados em


25 genótipos de abacateira.
vi

Lista de abreviaturas
DF Diâmetro do fruto

CF Comprimento do fruto

MF massa do fruto

DS Diâmetro da semente

CS Comprimento da semente (mm)

PS Peso da semente

EP Espessura da polpa (cm);

DCI Diâmetro da cavidade interna (cm);

CCI Comprimento da cavidade interna

MP Massa da polpa

REND Rendimento.

g gramas

mm milímetros

cm centímetros

CVe coeficientes de variação experimental

CVg Coeficientes de variação genotípico

CVg/CVe relação entre o coeficiente de variação genotípico e experimental

σ2f variância fenotípica

σ2g variância genotípica

h2 herdabilidade no sentido amplo


vii

Lista de figuras
Figura1:Ilustração de descritores estudados de 25 genótipos de abacate, Lichinga,
2021.
viii

Declaração de Honra
Eu, Amândia Moisés Chaluco, declaro que esta monografia científica é o resultado
de uma investigação pessoal e da orientação do meu supervisor, o seu conteúdo é
original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto e na
bibliografia. Declaro ainda que, este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra
instituição para obtenção de qualquer grau académico.

Lichinga, Julho de 2021

Amândia Moisés Chaluco


( )
ix

Dedicatória
Aos meus pais, Moises Chaluco e Hortencia Cossa pelo suporte moral, material,
financeiro apesar de todas as dificuldades enfrentadas.
x

Agradecimentos
À Deus pela vida, aos meus pais pelo apoio, ao meu supervisor MCs. Virgílio Cossa
pelo empenho e dedicação na orientação deste trabalho assim como ao longo de todo
o meu percurso académico; À minha família, pelo apoio em todas as circunstâncias
da minha vida em especial ao meu noivo Jaime Mussa, a minha filha Chamy por não
ter atrapalhado os meus estudos; meus irmãos Jamil, Junaido, Zurina, Aura pela força
que me deram ao longo da minha trajectória. Aos meus docentes no curso de Biologia
e Química pela formação de um homem novo que hoje me tornei e a todos os
docentes da Universidade Rovuma. Aos meus colegas do curso: Ismat, Desna, e
Belmira pelo carinho e paciência que tiveram por mim, durante o percurso académico.
A minha amiga: Miroslavia, pelo encorajamento durante o percurso académico; e à
todos aqueles que directo ou indirectamente contribuíram para a concretização deste
trabalho.
xi

Resumo
O objectivo básico deste trabalho foi avaliar e estimar parâmetros genéticos entre 25
genótipos de abacateira, com base em 11 descritores quantitativos de frutos com o
intuito de verificar suas potencialidades para fins de melhoramento genético. Após
avaliação dos descritores, os genótipos mostravam ampla variabilidade quanto aos
descritores avaliados. A maior parte da variação fenotípica ocorreu em razão da
variância fenotípica. A herdabilidade variou de 0 a 91.57% e 72,27% dos casos, foi
superior a 77.39%. Há diferenças agronómicas suficientes para uso dos genótipos
como parentais em programas de melhoramento, em razão de agregarem variação
genética, qualidade de frutos e tipo agronómico.
Palavras-chaves: parâmetros, genótipos, abacate, melhoramento genético, variação
genica.
xii

Summary
The basic objective of this work was to evaluate and estimate genetic parameters
among 25 avocado genotypes, based on 11 quantitative fruit descriptors, in order to
verify their potential for genetic improvement purposes. After evaluating the
descriptors, the genotypes showed wide variability as to the descriptors evaluated.
Most of the phenotypic variation was due to phenotypic variance. Heritability ranged
from 0 to 91.57% and 72.27% of cases was higher than 77.39%. There are enough
agronomic differences for the use of genotypes as parents in breeding programs, as
they add genetic variation, fruit quality and agronomic type.
Keywords: parameters, genotypes, avocado, breeding, genetic variation.
13

Capitulo I: Introdução
1. Introdução
O abacateiro (Persea americana Mill.), cujo fruto é designado como abacate, é
originário do México e América Central, pertence à família Lauraceae, gênero Perseal
e compreende dois subgêneros: Persea e Eriodaphne (Koller, 1992). A planta é
cultivada em vários territórios no mundo, principalmente em regiões tropicais e
subtropicais do México, África do Sul, Havaí, Israel,Taiti, Austrália e Estados Unidos
(Teixeira, 1991).

O abacate possui relevante qualidade nutricional, dispondo em sua composição, de


notável conteúdo de proteínas, fibras, vitaminas, minerais, sendo o potássio o de
maior destaque, além do alto teor de lipídios, ressaltando o ácido oléico, um ácido
graxo monoinsaturado, que atribui destaque ao fruto pois auxilia na prevenção de
doenças cardiovasculares e outras patologias como, diabetes e dislipidemias. Além
disso, contém níveis elevados de compostos fitoquímicos bioativos, como a vitamina
E e C, agindo como antioxidantes, carotenoides, esteróis e compostos fenólicos (Lee.,
Koo. & Min, 2004).

O desenvolvimento de variedades de abacateira com boas características


agronómicas, alta qualidade de frutos e, ainda, com resistência a doenças, é um
grande desafio para os melhoristas da cultura, pois essas características não têm sido
encontradas em um único genótipo. O conhecimento da variabilidade genética,
disponível no germoplasma da espécie, é um pré-requisito para a indicação de
potenciais genitores, para se combinarem alelos relacionados a características de
importância econômica, no direcionamento dos cruzamentos em programas de
melhoramento.

Estimativas de parâmetros genéticos, relacionados a variáveis morfo `


14

agronômicas e de qualidade de frutos, também mostram o alto potencial de


sucesso com a selecção em populações segregantes, em razão da ampla
variabilidade genotípica e dos altos valores de herdabilidade (Silva et al., 2008).
Estudos desta natureza, no entanto, ainda são escassos, apesar de sua importância
para subsidiar acções dos programas de melhoramento e do sistema de registro e
protecção de cultivares.

1.1. Problematização
Lichinga é um dos distritos da província de Niassa com muita variedade de
abacateira, esta frutífera é encontrada em todos os bairros da cidade de licianga. A
maioria dos produtores desta cultura na cidade usam os frutos como fonte de
rendimento sendo comercializados nos bairros e nos mercados e estes frutos
apresentam carateristicas diferentes, com base nesta diversidade este trabalho busca
avaliar e estimar os parâmetros génicos desta cultura Apartir dos descritores
quantitativos destes genótipos.

1.2. Justificativas
Apesar de existirem vários produtores de abacateira na cidade de Lichinga, nota-se
que alguns frutos apresentam características diferentes. Considerando que poucos
são estudos voltados para avaliação e estimação de parâmetros genéticos em
genótipos desta cultura que favorecem a parâmetros génicos favoráveis para sua
incorporação em futuros programas de melhoramento genético da cultura, buscando a
obtenção de novas variedades que agregam características desejáveis.

O melhoramento genético de abacateira em moçambique pode contribuir para


aumentar a disponibilidade de variedades com maior produtividade e melhoria na
qualidade, e permitir a redução dos custos de produção para garantia de maior
competitividade, o que evitaria o carácter itinerante que caracteriza a cultura. A
obtenção de linhagens melhoradas, a partir da autofecundação de populações
segregantes ou de germoplasma com expressiva variabilidade, é uma técnica viável.
15

Em relação a relevância social do presente estudo pensa se que os produtores da


cultura em referência daquela cidade poderão ter a acesso aos melhores genótipos
de abacateira que garantem uma boa produção. O que de certo modo poderá
contribuir para o retorno económico ao produtor e na melhoria das condições de vida,
a partir da venda dos abacates produzidos localmente.

No que diz respeito a relevância académica do presente estudo, pensa se que vai
contribuir em mais uma obra de consulta em matéria de avaliação e estimação de
parâmetro genético.

1.3. Objectivos

1.3.1. Geral
 Avaliar e estimar parâmetros genéticos entre 25 genótipos de abacateira, com
base em 11 descritores quantitativos de frutos com o intuito de verificar suas
potencialidades para fins de melhoramento genético.

1.3.2. Específicos
 Estimar os parâmetros genéticos que mostram alta herdabilidade em genótipos
de abacate a partir de descritores quantitativos;
 A Cessar a amplitude de variação de descritores qualitativos de genótipos de
abacateira.
16

Capitulo II: Referencial teórico

2. Referencial teórico

2.1. Origem e historial na cultura do abacateiro


Há relatos de que os navegadores conheceram o abacate já nos primórdios do
descobrimento da América. Sabe-se que em 1519 e 1526, ele era conhecido na
Colômbia, e depois no México, em 1532 e 1550. Seu nome, derivado da corrutela de
um nome indígena, mostra que o fruto há muito era utilizado pelos nativos. Desde o
início do seu conhecimento, viu-se que o abacate se distinguia por seus tipos
diferentes, atualmente conhecidos como raças, das quais a americana e a
guatemalense ou guatemalteca podem ser associadas a seus centros de origem,
enquanto a antilhana não é originária das Antilhas, já que se desenvolveu e evoluiu
nas terras baixas do México e na América Central, (Bailay, et aI. 1987).
Como espécie nativa da América, o abacate difundiu-se por todo o continente
americano, inicialmente no século XVII, sendo citada a sua presença na Jamaica em
1657 e 1696,comonome de avocado, que é o de uso corrente nos países de língua
inglesa. Nos de língua espanhola, sempre foi conhecido como aguacate, embora em
alguns deles - Argentina, Chile, Peru, Equador -, seja chamado de palta (Bailay, et aI .
1987).
17

2.2. Aspectos botânicos do abacateiro


o abacateiro pertence à família Lauraceae, que compreende cerca de 50 gêneros,
sendo Persea o sub gênero do abacate, com várias espécies se aproximando do
abacateiro comercial, este pertencente a três espécies e variedades hortícolas que
caracterizam as três raças; a) Mexicana – Persea americana varo drymifolia; b)
Antilliana - P. Americana varo americana, e c) Guatemalense ou guatemalteca - P.
nubigena varo guatemalensis. Esta nova classificação feita recentemente por
Williams, é hoje tida como a mais correta, embora também se possa referir ao
abacateiro como P. americana Mill (Nuncio,1980).
Outras espécies de Persea são aparentadas com o abacateiro, mas infelizmente não
podem ser usadas como porta-enxertos, uma vez que são incompatíveis ou
intolerantes em relação à gomose. Espécies de outro subgênero, denominado
Eriodaphne, são resistentes à gomose, mas incompatíveis com Persea. As
variedades comerciais de abacate são, em geral, híbridas das espécies ou raças
mexicana, antilhana ou guatemalense (Nuncio,1980).
Como foi dito antes, dada a possibilidade de intercruzamento das três raças, as
características gerais assinaladas têm importância relativa na diferenciação das
variedades comerciais, servindo mais para uma caracterização geral. Sabe-se, por
exemplo, que as variedades mais importantes no momento, a Fuerte e a Hass,
possivelmente derivam do cruzamento natural de variedades das raças guatemalense
e mexicana, sendo a primeira mais característica da raça mexicana, enquanto a
segunda é mais característica da guatemalense.
A possibilidade da hibridação tanto das raças como de seus híbridos dá ao abacateiro
condições de adaptação às mais variadas situações de clima e solo que superam as
de qualquer outra frutífera. Sob este aspecto, vale destacar a grande resistência ao
frio que tem a raça mexicana, enquanto a antilhana é considerada de boa adaptação
à região tropical, e a guatemalense é tida como intermediária. Quanto ao solo,
destaca-se a maior adaptação da raça antilhana aos solos salinos, o que tem
possibilitado o seu plantio comercial em áreas com essa característica, mediante o
uso de porta-enxertos da raça ou de seus híbridos (Carvalho, S.L.C., Vieira, C.S. &
Neves, P.M.OJ.1983).
o sistema radicular do abacateiro é considerado como superficial, sem pêlos
radiculares, e proporcional ao volume da parte aérea. À semelhança de outras plantas
perenes, o abacateiro sofre a influência do solo, clima, porta-enxerto e enxerto, bem
como dos tratos culturais, principalmente a irrigação. Na sua parte aérea, o abacateiro
18

possui uma copa aberta, com ramos bifurcados, principalmente no caso de planta
enxertada. Sua altura pode atingir até 20m, com diâmetro do tronco aos 30 anos de
até 1m, porém com menos da metade desta medida na cultura comercial. A casca
~os ramos e tronco é suberosa, recortada, grossa, com espessura de até 3cm e cor
variável entre cinza-claro e escuro. O limbo é de cor creme-claro, quebradiço e com
vasos grandes. Os ramos novos possuem pêlos e podem variar de cor, dependendo
da raça (Carvalho, et al, 1983).
O desenvolvimento de gemas apicais. Estas se alongam, dando os primórdios foliares
que formam os novos ramos, em vários ciclos vegetativos por ano, considerando-se a
temperatura diurna de 25 DC e noturna de 18 DC como ideais para o crescimento.
Temperaturas muito abaixo ou acima das citadas podem causar queimaduras nas
folhas novas. Por isso, as plantas novas devem ser protegidas, dependendo das
condições do plantio.

Os ciclos vegetativos ocortem normalmente na primavera e no fim do verão e início do


outono, sendo o inverno um período de repouso, com queda das folhas, seguindo-se
a floração, esta maior quando há um repouso bem definido, causado por baixas
temperaturas ou umidade.
O fruto é uma drupa que possui uma casca (pericarpo) delgada, grossa ou
quebradiça, um mesocarpo carnoso (parte comestível contendo entre 5 e 30% de
óleo) e uma semente coberta pelo endocarpo, envoltório coriáceo que recobre os
cotilédones da semente. O pedúnculo do abacate, de tamanho · médio a longo, é
inserido no centro ou lateralmente no fruto por uma parte mais grossa chamada
pedicelo. Grandes variações de cor, formato, tamanho, casca, polpa e semente
podem ocorrer nos frutos do abacateiro, dependendo das raças e variedades. Seu
peso, por exemplo, pode ir de 50g a 2,5kg.

2.3. Biologia floral


As flores unissexuadas do abacateiro têm um comportamento típico da funcionalidade
dos órgãos feminino e masculino, caracterizando uma dicogamia protogínica, isto é, o
órgão feminino está sempre pronto para funcionar antes dos órgãos masculinos.
Dependendo do período desse comportamento, convencionou-se classificar as
variedades de abacateiro nos tipos A ou B. uma variedade do tipo A irá sempre
comportar-se durante o florescimento como se segue: a primeira abertura matinal, na
fase feminina, segue-se o fechamento das flores à tarde e ànoite, com a segunda
abertura ocorrendo no dia seguinte à tarde, na fase masculina(Bergh,1976).
19

Uma variedade do tipo B terá o seguinte comportamento: a primeira abertura


(feminina) se dá à tarde, seguindo-se o fechamento à noite e a abertura no dia
seguinte da manhã (masculina), com um intervalo entre as aberturas, neste caso, de
apenas doze horas. Como regra geral, as flores de cada variedade dos tipos A ou B
comportam-se sempre tal como descrito, a não ser que condições ambientais
modifiquem essa conduta, encurtando ou aumentando os intervalos entre as duas
aberturas. Nas condições de temperatura acima de 26 °C de dia e 15 °C à noite, o
comportamento floral não é muito afetado. Entretanto, se houver queda desses
limites, o processo de abertura descrito pode alterar-se, retardando e modificando os
dois períodos ou fases feminina e masculina (Bergh,1976).

O florescimento também pode variar conforme as raças, sabendo-se que as


variedades guatemalenses em geral florescem depois das outras. O período total de
floração de cada variedade é de um a dois meses, o que quase sempre permite um
período de coincidência entre duas variedades, mesmo que estas não floresçam
simultaneamente e sejam de raças diferentes. O ideal, entretanto, é interplantar
variedades que tenham a mesma época de floração (Correa, 1982)..
O inicio da produção (florescimento) pode ocorrer desde os três anos de idade, nas
plantas enxertadas, até os oito anos, nas de pé-de-franco. A polinização e a
fecundação são necessárias à produção de frutos pelo abacateiro. Pelo
comportamento floral citado, é fácil entender que a participação de insetos é
essencial; dentre estes, as abelhas são os mais importantes. Os grãos de pólen, após
a abertura das válvulas das anteras, tanto podem cair como ser levados pelos insetos
para outras flores. Foi constatado que a fertilidade do pólen do abacateiro é baixa,
com grande número de grãos anormais que não germinam bem. O número de grãos
de pólen por flor varia de 4 a 10 mil, de acordo com a variedade. Para sua genninação
no estigma, é necessário um ambiente com umidade acima de 50%, requisito que
pode afetar a produção em zonas áridas como as de Israel. O pólen mantém-se viável
por cinco a seis dias à temperatura entre 20 e 32°C e com umidade acima de 55%.
Pode ser conservado a 4 °C e 23 % de umidade relativa, no caso de coleta para
trabalhos de cruzamento entre variedades (Correa, 1982).
20

2.4. Parâmetros genéticos


Segundo Arpaya, M.L. (1987) para estimação dos referidos parâmetros, a partir da
análise de variância se observa a interação significativa entre os três fatores: tempo
de exposição à luz e intensidade com o tempo de aclimatação ao escuro para, ambos
os materiais, 'Duke 7' e 'Toro canyon na indução de fluorescência (razão Fv/Fm);
exceto para o primeiro, em que a interação da intensidade com o tempo de exposição
à luz não foi significativa.
Observa-se claramente a variação da eficiência quântica do fotossistema II em função
da intensidade da luz, independente do tempo de exposição, e por sua vez sem
diferença entre o lado direito e o esquerdo da folha, em ambos os materiais, em
média de 0,737 (CV = 4,13%).

Em relação ao parâmetro de aclimatação para a medição direta da fluorescência, o


tempo de aclimatação no escuro do aparelho fotossintético, de acordo com Arpaya,
M.L. (1987) permite a redução do centro da reação do fotossistema II (FS II) para
estimar a resposta depois da saturação, entre 10 e 30 minutos de exposição da
lamina foliar com 3000 μmol.m2s-1 por 1 a 10 segundos. Assim, no presente trabalho,
foi observado para ambos os materiais, independentemente do tempo e da
intensidade da luz de saturação, que entre 25 e 30 minutos de pré-aclimatação houve
maior Fm.
Por sua vez, de acordo com Darvas, J.M.&Kotze, J.M. (1987) no estado de
aclimatação ao escuro ou FSII "fechado", a duração das fases da fluorescência está
associada com as condições de iluminação do local, pois folhas crescendo na sombra
precisam de alta irradiância para saturar todo o dossel em comparação com as que
crescem sob plena exposição.
Para ambos os materiais foi o nível de exposição de 100% por 7-9 segundos depois
da aclimatação no escuro entre 25 e 30 minutos, que resultou nos valores máximos
de Fv/Fm, o que, de acordo com Ashraf e Harris (2013) é típico em folhas sadias,
sendo na maioria das espécies entorno de 0,800, sendo valores inferiores podem ser
associados com a fotoinibição causada por algum tipo de estresse (Gustafson, C.D.,
Marsh, A.W.,Branson, R.L. & Da vis, S, 1979).
Finalmente, com abacateiro, utilizando plântulas de duas cultivares, avaliaram
transpiração, condutância estomática e assimilação de CO2, no estresse causado por
21

P. cinnamomi e alagamento, medidos na quinta folha expandida, pré-aclimatada no


escuro por 30 minutos, porém não se estabeleceram parâmetros específicos.
Também em pomares comerciais, para determinação da fluorescência da clorofila
como indicativo do estresse por temperatura, não houve descrição dos parâmetros
para medição (Montenegro, H. W.S, 1978).

2.5. A herdabilidade
A herdabilidade é também conhecida como heritabilidade, hereditabilidade ou
coeficiente de herança. O conhecimento da herdabilidade é de fundamental
importância para a definição dos métodos de melhoramento genético mais
adequados. A herdabilidade no sentido restrito (h²) representa a fracção das
diferenças fenotípicas que é transmitida aos filhos. Portanto, a herdabilidade
corresponde à proporção da variação total que é de natureza genética. Pode variar de
0,0 a 1,0 ou 0 a 100%.(Pereira, 2008).

Em geral, quando a herdabilidade varia de 0,0 a 0,1 é considerada baixa; de 0,1 a 0,3
média e acima de 0,3 são altas. Quando a herdabilidade é baixa significa que grande
parte da variação da característica é devida às diferenças ambientes entre os
indivíduos; quando alta, significa que diferenças genéticas entre os indivíduos são
responsáveis, em grande parte, pela variação na característica. Quando é alta
significa, também, que é alta a correlação entre o genótipo e fenótipo do indivíduo, e,
portanto, a observação do fenótipo constitui indicação segura do valor genético do
indivíduo. Quando é baixa, significa que a correlação entre o genótipo e o fenótipo é
pequena. Neste caso, deve-se lançar mão de outros recursos capazes de identificar
os melhores genótipos (Pereira, 2008).

O conceito de herdabilidade, introduzido para separar as diferenças genéticas e não-


genéticas entre indivíduos, é de fundamental importância para a estimação dos
ganhos genéticos e para a escolha dos métodos de selecção a serem aplicados
(Reis, 2000). Jacquard (1983) apresentou três princípios para definição de
herdabilidade: (1) como medida de semelhança entre pai e filho, (2) porção genética
no sentido amplo e (3) porção genética no sentido restrito, e ainda ressaltou que a
herdabilidade não caracteriza o carácter, mas sim a estrutura da população estudada.

A herdabilidade reflecte a proporção da variação fenotípica que pode ser herdada, ou


seja, quantifica a confiabilidade do valor fenotípico como guia para o valor genético.
Apenas o valor fenotípico de um indivíduo pode ser mensurado, porém, é o valor
22

genético que influenciará a próxima geração. Sendo assim, é importante o


conhecimento de quanto da variação fenotípica é atribuída à variação genotípica e
este é medido pela herdabilidade (Falconer & Mackay, 1996). Quando a herdabilidade
é alta, a selecção nas gerações iniciais de autofecundação é eficaz. Por outro lado,
sendo o seu valor baixo, a selecção deve ser praticada apenas nas gerações mais
avançadas, uma vez que o aumento da homozigose, consequência da
autofecundação, propicia um incremento na herdabilidade no sentido restrito
( Robinson, 1963; Falconer & Mackay, 1996; Fehr, 1987).

Pela sua importância, a herdabilidade deve ser conhecida para a condução de um


programa de melhoramento, e muitas decisões práticas são tomadas em função de
sua magnitude. A predição do ganho com selecção antes da sua realização, servindo
de subsídio para a definição da estratégia de selecção, é uma utilidade directas do
valor da rendabilidade no sentido restrito (Fehr, 1987; Ramalho et al., 1993).

O coeficiente de rendabilidade, tanto no sentido restrito como no sentido amplo, pode


variar de zero a um. No caso de h2=1, as diferenças fenotípicas entre os indivíduos
são causadas unicamente por diferenças genéticas entre os mesmos. Quando h 2=0,
significa que a variabilidade do carácter não tem origem genética. Neste caso não
existe correlação alguma entre valor genético e valor fenotípico da unidade de
selecção (Allard, 1971).

A herdabilidade no sentido restrito é mais útil, uma vez que ela quantifica a
importância relativa da proporção aditiva da variância genética, que pode ser
transmitida para a próxima geração (Borém, 1998). A herdabilidade no sentido amplo
assume maior importância em plantas de propagação vegetativa, nas quais o
genótipo é herdado integralmente pelos descendentes. A herdabilidade no sentido
amplo pode ser considerada o limite superior da herdabilidade no sentido restrito,
sendo esta última utilizada para estimar o ganho efectivo do processo de selecção.
Assim, em gerações avançadas de endogamia, devido à homozigose resultante das
sucessivas autofecundações, espera-se que a herdabilidade do sentido amplo e a
herdabilidade no sentido restrito sejam praticamente iguais (Hanson, 1963).

Segundo Falconer & Mackay (1996), uma função importante da herdabilidade no


sentido restrito é seu papel na predição de ganho devido à selecção, expressando-se
a confiança do valor fenotípico como estimador do valor genético. No entanto, deve-
se atentar para a avaliação desses coeficientes, pois maiores respostas à selecção
23

não estão, necessariamente, associadas à caracteres de maior herdabilidade, uma


vez que altos valores de herdabilidade podem ocorrer em caracteres de pequena
variância genética aditiva, desde que a influência do ambiente no caracter seja
pequena. O importante na avaliação da herdabilidade, como indicativo da predição, é
saber quanto do diferencial de selecção se espera ganhar, em virtude da selecção, na
geração seguinte. Assim, para os caracteres que apresentam alto coeficiente de
herdabilidade restrita associado a um diferencial de selecção elevado, espera-se
maior ganho com selecção.

Normalmente a herdabilidade é estimada a partir de uma análise de variância. É


normal a ocorrência de erros associados às estimativas de herdabilidade e de outros
componentes da variância genética. Sendo assim, as estimativas devem ser
avaliadas com cuidado. Existe grande faixa de variação nas estimativas da
herdabilidade de um mesmo caráter e que pode ser parcialmente atribuída à
amostragem, às diferenças populacionais e às diferenças ambientais (Vencovsky,
1970; Pesek & Baker, 1971; Ramalho et al., 1993).

Estimativas de herdabilidade obtidas por diferentes pesquisadores e condições


experimentais não devem ser comparadas, devido ao fato de fatores como tamanho
de parcela, densidade populacional e número de repetições terem influência direta em
sua estimativa. Comparações podem ser feitas, desde que as condições
experimentais sejam devidamente controladas (Robinson, 1963). As estimativas dos
componentes de variância e da herdabilidade somente se aplicam à população que
lhes deu origem e às condições ambientais que influenciaram a população. Qualquer
generalização pode resultar em erro. Assim, experimentos com a finalidade de
obtenção de estimativas de herdabilidade devem ser conduzidos em um ambiente
semelhante ao qual as estimativas serão aplicadas. Neste caso, as estimativas da
variância genética não serão inflacionados pelos componentes da variância da
interação entre genótipo e ambiente, componentes que estarão incluídos na variância
fenotípica (Borém, 1998).

2.6. Ganho esperado com selecção

A possibilidade de predição dos ganhos obtidos por uma determinada estratégia de


selecção constitui-se em uma das principais contribuições da Genética Quantitativa
para o melhoramento. Com base nestas informações é possível orientar de maneira
mais efectiva o programa de melhoramento, predizer o sucesso do esquema de
24

selecção adoptado e determinar, de forma científica, quais as técnicas que podem ser
mais eficazes (Cruz & Regazzi, 1994).

Fica evidente frente aos resultados apresentados nessa revisão a importância do


conhecimento da magnitude relativa do componente da interacção sobre as
estimativas de parâmetros genéticos e fenotípicos e as implicações dessa com a
selecção de genótipos.

Em geral, os diversos caracteres de importância económica estão correlacionados


entre si, em magnitude e sentidos variados. Tal fato implica que a selecção em um
caracter pode proporcionar alterações em outros, podendo ser ou não de interesse
para o melhoramento. Assim, a quantificação dos efeitos indirectos da selecção de
um carácter sobre outros é fundamental para que se possa orientar programas de
melhoramento no sentido de se obter um material genético que reúna,
simultaneamente, um conjunto de atributos favoráveis. Com estes conhecimentos é
possível a obtenção de progresso em um carácter por selecção em outro, podendo
até mesmo ser mais eficiente do que a selecção directas (Cruz & Regazzi, 1994).

A selecção baseada em uma, ou em poucas características, tem se mostrado


inadequada por conduzir a um material genético superior em relação aos caracteres
seleccionados, mas com desempenho menos favorável em relação aos outros
caracteres não considerados no momento da selecção. Assim, uma maneira de se
melhorar a eficiência de um programa de melhoramento é a selecção simultânea de
um conjunto de caracteres de importância agronómica. A utilização de um índice de
selecção neste caso parece ser adequada, pois permite combinar as informações
obtidas nas parcelas experimentais, de modo a possibilitar a selecção com base em
um conjunto de variáveis que reúnam os atributos de interesse (Cruz & Regazzi,
1994).

O índice de selecção constitui-se num carácter adicional, estabelecido pela


combinação óptima de vários caracteres, que permite efectuar, com eficiência, a
selecção simultânea de múltiplos caracteres. Comparações com a selecção directa
permitem concluir que a utilização de índices como critério de selecção proporciona
resultados relativamente superiores. De maneira geral, o ganho sobre o carácter é
reduzido, entretanto esta redução é compensada por uma melhor distribuição de
ganhos favoráveis nos demais caracteres. Diferentes índices representam diferentes
alternativas de selecção e, consequentemente, de ganhos. Eles identificam, de
maneira rápida e eficiente, materiais genotípicos que podem ser mais adequados para
25

os propósitos do melhorista (Cruz & Regazzi, 1994).

Capitulo III: Métodos e Material

3. Métodos e Matérias

3.1. Coleta de Amostras


Os vinte e cinco genótipos de abacateira foram colectados aleatoriamente nos
quintais de bairros da cidade de Lichinga . A localização dos pontos de colecta foi
feita através de coordenadas geográficas (latitude, longitude e altitude) a partir do
Sistema Global de Posicionamento (GPS) (Tabela 1), visando à realização de estudos
futuros. Em todas as propriedades foram colectados três frutos por genótipo. Todos
frutos colectados foram armazenados em sacos plásticos devidamente identificados,
apos o estagia completo de amadurecimento eram transportados para o laboratório
de Biologia da Universidade Rovuma – extensão de Niassa. As análises das frutas
foram feitas no período de Abril à Maio de 2021, no laboratório de Biologia e no
laboratório de Instituto Agrário de Lichinga-Niassa.

No laboratório foram a cessados os seguintes descritores: massa da fruto,


comprimento do fruto, diâmetro do fruto, comprimento da cavidade interna da fruta,
diâmetro da cavidade interna da fruta, espessura da polpa, massa da polpa,
comprimento da semente, diâmetro da semente e peso da semente. Para a cessar
esses descritores foram usados os seguintes materiais: Balança analítica, paquímetro
e régua de medição. As análises das frutas foram feitas no período de Abril à Maio de
26

2021, no laboratório de Biologia da e no laboratório de Instituto Agrário de Lichinga-


Niassa.

Tabela 1: origem e coordenadas geográficas dos genótipos analisados na pesquisa.

Genótipos Origem Altitude (m) Latitude (S) Longitude (E)


1 Chiuaula 1352 13o18.335’ 35o16.068’
2 Chiuaula 1348 13o18.279’ 35o15.948’
2 Chiuaula 1351 13o18.279’ 35o15.844’
4 Matola 1345 13o18.323’ 35o15641’
5 Matola 1349 13o18.271’ 35o15.641’
6 Cerâmica 1343 13o18.159’ 35o15.543’
7 Cerâmica 1336 13o18.09’ 35o15.509’
8 Sanjala 1338 13o18.116’ 35o15.444’
9 Popular 1340 13o18.148’ 35o15.427’
10 Popular 1343 13o18.253’ 35o15.329’
11 Namacula 1341 13o18.357’ 35o15.287’
12 Namacula 1340 13o18.431’ 35o15.191’
13 Maomé 1339 13o18.645’ 35o15.160’
14 Maomé 1351 13o18.692’ 35o15.085’
15 Maomé 1353 13o18.729’ 35o15.102’
16 Muchenga 1339 13o18.570’ 35o15.450’
17 Muchenga 1357 13o18.512’ 35o15.506’
18 Sanjala 1352 13o13.420’ 35o15.598’
19 Estacão 1366 13o18.356’ 35o15.708’
20 Estação 1378 13o18.389’ 35o15.800’
21 Nzinge 1315 1301096’ 3515251’
22 Nzinge 1378 13018960’ 3514672’
23 Quarteirão 18 1345 13017814’ 3514819’
24 Quarteirão 18 1358 13019208’ 3514678’
25 Quarteirão 18 1364 13019148’ 3514878’

3.2. Analise estatística


Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, de acordo com o modelo:
Yij = m + ti + Bj + εj, em que: Yij é o valor da característica para a i-ésima testemunha,
no j-ésimo bloco; m é a média geral do experimento; ti é o efeito do i-ésimo
27

tratamento, que pode ser decomposto em Ti = efeito da i-ésima testemunha, com i =


1, 2,....t e Gj i = efeito do i-ésimo genótipo, com i = 1, 2,....gj ; Bj é o efeito do j -ésimo
bloco; εij é o erro aleatório. Em seguida, foram estimados os parâmetros genéticos:
coeficiente de variação experimental (CVe) e genotípico (CVg), relação entre o
coeficiente de variação genotípico e experimental (CVg/CVe), variância fenotípica (s2
f ), genotípica (s2 g ), e herdabilidade dos caracteres avaliados no sentido amplo
(h2 ). As médias de genótipos foram comparadas pelo teste de Scott-Knott, a 5% de
probabilidade. Todas as análises estatísticas foram realizadas com auxílio do
programa Genes (Cruz, 2006).

Capitulo IV: Resultados e discussão

4. Resultados e discussão
Com base na análise de variância, não observou-se diferença significativa a 5% de
probabilidade, pelo teste F. em dois descritores respectivamente diâmetro da
cavidade interna do fruto (DCI) e espessura da polpa (EP). Portanto nos restantes
descritores observou-se que houve diferença Significativa a 5% de probabilidade, pelo
teste F. (Tabela 2). De acordo com Gomes (1985). O coeficiente de variação
experimental (CVe) variou de 4.29 a 44.07 %. Os descritores DF, CF, e DCI foram
considerados baixos; os descritores MF, MP, EP, CCI, PS e REND foram
considerados médios e apenas o DS e que foi considerado muito alto.

Além disso, para 80% dos descritores, os CVe ficaram abaixo de 20%, o que indica
boa precisão experimental (Tabela 2). Resultados semelhantes foram observados na
análise de características relacionadas à qualidade fisiológica das sementes (Cardoso
et al., 2009), bem como em características morfo agronômicas do mamoeiro (Silva et
al., 2007, 2008b), em que os autores observaram CVe de baixos a muito altos.

O coeficiente de variação genética (CVg), calculado como a razão entre o


desvio-padrão genético e a média dos genótipos, em percentagem, foi elevado para
os descritores peso da semente (PS) e massa da polpa (MP). O CVg é um indicador
importante da grandeza relativa das mudanças possíveis que podem ser obtidas em
28

cada descritor por meio da selecção, (CVg), apresentaram valores que variaram de de
0, e 29,7%, para as características diâmetro da semente (DS) e peso da semente
(PS). Os elevados (CVg) permitem inferir que a população avaliada apresenta alta
variabilidade genética em relação a essas características, e que há possibilidade de
se obter ganhos expressivos por selecção. As baixas estimativas de CVG
apresentadas pelos descritores DS, DF, DCI e REND, são oriundas dos baixos
valores de variância genética obtidos na população, em relação às estimativas de
suas médias tabela(2). (Oliveira et al., 2010), respectivamente, e de 5,39% para
diâmetro do caule aos 260 dias após plantio, e 124,21% para o número de frutos
pentândricos (Silva et al., 2007). No entanto este trabalho O CVg variou de 0
a22,09%.

Tabela 2. Resumo da análise de variância dos descritores quantitativos, com as


respectivas amplitudes, coeficientes de variação experimental (CVe) e genotípico
(CVg), relação entre o coeficiente de variação genotipico e experimental (CVg/CVe),
variância fenotípica (σ2f), genotípica (σ2g), e herdabilidade dos caracteres avaliados no
sentido amplo (h2), em 25 genótipos de abacate.

Descritor QMGen Media σ2f σ2g h2 Cve (%) Cvg (%) CVg/Cve

DF 51.7** 79.63 17.23 13.34 77.39 4.29 4.59 1.07

CF 938.81** 118.13 312.94 285.56 91.25 7.67 14.31 1.86

MF 13082.47** 369.79 4360.82 3828.85 87.8 10.8 16.73 1.55

DS 519.79** 54.3 176.26 0 0 44.07 0 0

CS 371.61** 57.37 123.87 113.43 91.57 9.75 18.56 1.90

PS 2281.23** 87.78 760.41 679.73 89.39 17.72 29.7 1.68

DCI 0.69ns 5.31 0.23 0.18 77.74 7.33 7.90 1.08

CCI 3.05** 6.43 1.02 0.86 84.7 10.63 14.44 1.36

EP 0.17ns 1.22 0.06 0.04 70.09 18.42 16.28 0.88

MP 9522.64** 239.34 3174.21 2795.42 88.07 14.08 22.09 1.57


29

REND 181.11** 64.71 60.37 30.24 50.09 14.69 8.5 0.58


DF,Diâmetro do fruto (mm);CF, Comprimento do fruto (mm);PS, Peso do fruto (g), DS, Diâmetro da
semente (mm); CS, Comprimento da semente (mm);Pseso da semente (g); EP, Espessura da polpa
(cm); DC, Diâmetro da cavidade interna (cm);CCI, Comprimento da cavidade interna (cm);MP, Massa
da polpa (g); REND Rendimento. QMGen, quadrado médio de genótipos **Significativo a 5% de
probabilidade, pelo teste F.

a relação entre CVg/CVe foi menor para as características diâmetro da semente


(DS),espessura da polpa (EP) e rendimento (REND). A herdabilidade variou de 0 a
91.57% e 72,27% dos casos, foi superior a 77.39%. as características que
apresentam maiores valores de herdabilidade e a razão cvg/cve maior que 1
respondem mais facilmente à selecção, entretanto, a variáveis (DS), (EP) e (REND),
apesar de apresentar um baixo valor de herdabilidade, são variáveis muito
importantes, pois o rendimento (REND) é um dado importante de produção, assim
como, espessura da polpa (PE) está ligada à fragilidade do fruto, e qualquer ganho
nela deve ser considerado. As razões CVg/CVe de três variáveis foram inferiores a 1
indicando uma situação não muito favorável à selecção.

Os altos valores de herdabilidade indicam que, havendo interesse dos programas de


melhoramento, há possibilidade de ganhos expressivos no processo de selecção
quanto à maioria dos descritores (Tabela 2). Estes resultados são consistentes com
as estimativas de herdabilidade no sentido restrito, em populações segregantes
(Singh & Kumar, 2010), cujos valores variaram de 50,44%, quanto ao número de
frutos por planta, e 96%, quanto ao peso de frutos, o que é indício de alta viabilidade
para o emprego de métodos simples de selecção em populações segregantes.
Entretanto, na Venezuela e em Guadalupe, Granada e Trinidad e Tobago, no Caribe,
a selecção realizada em germoplasma local indicou alta herdabilidade quanto à
resistência a doenças, porém a alta heterogeneidade destes materiais não permitiu
produção uniforme e com boas características organolépticas de frutos, tendo sido
necessário o desenvolvimento de um programa de melhoramento genético que
combinasse resistência à bacteriose com boa qualidade de frutos (Ocampo et al.,
2006).

Silva et al. (2008b) também obtiveram estimativas de herdabilidade acima de 80%


para diversas características morfoagronômicas do mamoeiro como altura de plantas,
diâmetro de caule, altura de inserção dos primeiros frutos, número de flores (totais,
carpeloides, pentândricas), número de frutos (normais, carpeloides, pentândricos),
30

massa, comprimento e diâmetro de frutos, produtividade, e firmeza interna e externa


dos frutos.

Entre os componentes de variância, observou-se maior participação da variância


genotípica em todas as características estudadas (Tabela 2). Segundo Cruz &
Carneiro (2003), a utilização de parâmetros genéticos no melhoramento de plantas
permite a identificação da variabilidade genética e análise da eficiência de estratégias
de melhoramento utilizadas para maximizar os ganhos e, ao mesmo tempo, permite
manter a base genética da população.

Na (tabela 3) Médias seguidas de letras iguais não diferem pelo teste Scott-Knott, a
5% de probabilidade.

As dimensões dos frutos também foram bastante variáveis, tanto para comprimento –
de 91.33 mm (17) a166.87 cm (9) –, quanto para o diâmetro da frutos – de 70.99 mm
(15) a cm 86.98 (21) (tabela 3). Apesar disso, os resultados do agrupamento de
médias indicam consistência no uso dos descritores MF, MP e EP para a classificação
dos genótipos de mamoeiro em tipo Solo ou Formosa.

A massa de frutos indicou que existe potencial para a selecção de plantas quanto à
produção de frutos com padrão que atenda tanto o mercado nacional, que exige frutos
com massa entre 262.02 a 523.74 kg, quanto o mercado externo, que exige massa
em torno de 0,50 kg (tabela 3). Ao analisar acessos de germoplasma oriundos da
Venezuela, Ocampo et al. (2006) também observaram alto polimorfismo para esta
característica, com massas entre 0,12 e 3,74 kg.

Com relação à massa das sementes, a amplitude dos genótipos foi de 41.74 a 151.88
kg, e os genótipos 6 e 7 foram os que apresentaram maiores valores quanto a estes
descritores. 16, e 7 apresentaram as maiores dimensões de sementes, com diâmetro
entre 111.11 a 60.68 mm, e comprimento de 41.74 a 78.42 mm (Tabela 3).

Os valores para cavidade interna dos frutos variaram de 4.23 a 6,13 cm (Tabela 3).
Os genótipos com menor diâmetro da cavidade interna foram 9, 10, 13, 16, 20 e 25,
com variação entre 4,23 e 4,83 cm (tabela 3).. Este descritor está relacionado à
qualidade dos frutos, pois aqueles com menor diâmetro da cavidade interna,
geralmente, apresentam maior quantidade de polpa. Oliveira et al. (2010) observaram
correlação significativa e positiva, embora de baixa magnitude (r = 0,42*), entre
espessura da polpa e firmeza de fruto.
31

A espessura da da polpa dos frutos apresentou menor amplitude de valores (Tabela


3), com formação de apenas dois agrupamentos: os genótipos 10 e 9 apresentaram
os maiores valores (1.77 a 1.67cm), e o restante dos genótipos foram classificados
conjuntamente, com diferença significativa entre eles (variação de 0.80 a 1.53 cm).

Os genótipos 10,21,9 e 20 apresentaram a maior massa da polpa (acima de 303.km)


(Tabela 3). Os genótipos que apresentam maior massa da polpa são de grande
interesse comercial, são de grande interesse agronómico e em programas de
melhoramento genético para a cultura em estudo tabela (3).
32

Genotipo DF CF MF DS CS PS DCI CCI MPEP REND


G1 83.55a 111.03c 396.84b 57.78a 51.06c 98.28b 5.53a 6.43b 1.23b
272.05b 68.68a
G2 82.11a 125.07b 342.30c 45.69a 58.05c 64.11d 5.13b 7.90a 1.07b
231.50c 67.02a
G3 78.10b 133.30b 414.14b 39.10a 77.29a 100.85b 5.03b 8.03a 1.20b
246.95b 59.93a
G4 82.86a 115.37c 408.27b 54.54a 56.90c 113.47b 5.47a 5.50c 1.43a
251.19b 62.12a
G5 82.55a 110.40c 367.27b 52.23a 47.65d 87.54b 5.57a 6.20b 1.17b
248.97b 67.94a
G6 75.68b 118.08c 347.26c 59.89a 78.42a 146.99a 5.60a 7.90a 0.93b
155.27d 44.71a
G7 81.08a 122.91b 381.95c 60.68a 81.56a 151.87a 5.60a 7.43a 1.0b
202.96d 53.33a
G8 80.22a 115.97c 364.43c 56.61a 65.50b 108.20b 6.0a 7.07a 1.07b
229.92c 63.05a
G9 76.43b 166.87a 451.81a 41.18a 69.10b 60.76d 4.23b 7.07a 1.77a
334.81a 74.11a
G10 83.49a 155.22a 523.74a 51.21a 67.19b 87.87c 4.67b 7.17a 1.67a
364.71a 73.39a
G11 84.52a 109.91c 351.38c 55.55a 49.16d 87.95c 5.60a 5.93b 1.10b
224.36c 63.83a
G12 75.46b 105.98c 296.82d 48.11a 59.33c 69.75d 5.17b 5.33c 1.03b
196.13d 63.57a
G13 72.03b 108.84c 296.09d 49.49a 45.70d 54.33d 4.73b 5.27c 1.23b
215.23c 72.65a
G14 77.87b 92.77d 314.59d 54.46a 50.83c 91.28c 5.67a 5.43c 0.97b
189.94d 60.24a
G15 70.99b 124.97b 305.86d 52.60a 64.97b 84.46c 5.07b 7.43a 0.80b
187.11d 61.20a
G16 74.32b 100.26d 262.02d 111.11a 41.74d 39.54d 4.67b 4.53c 1.43a
193.24d 73.78a
G17 80.85a 91.33d 326.85c 59.36a 47.42d 95.92b 5.83a 5.13c 1.03b
176.44d 53.99a
G18 81.41a 119.24c 351.28c 46.11a 50.85c 61.86d 5.17b 6.33b 1.47a
254.90c 72.64a
G19 80.34a 117.70c 341.39c 52.05a 52.63c 82.81c 5.63a 6.0b 1.13b
228.15c 66.92a
G20 80.69a 131.71b 399.45b 46.21a 53.92c 56.63d 4.83b 6.67a 1.43a
303.18b 75.80a
G21 86.98a 113.82c 504.87a 59.38a 57.29c 113.40b 5.83a 6.37b 1.53a
352.20a 69.74a
G22 86.26a 126.87b 470.26a 56.15a 55.93c 120.07b 6.13a 6.50b 1.23b
293.61b 62.52a
G23 76.86b 96.02d 301.30d 51.32a 46.71d 73.03c 5.43a 5.77b 1.03b
191.72d 63.85a
G24 79.81a 103.46d 332.71c 50.77a 45.01d 68.01d 5.30a 5.33c 1.27b
172.89d 51.91a
G25 76.39b 136.06b 391.90b 45.85a 67.11b 75.43c 4.73b 7.93a 1.20b
266.07b 67.84a
Tabela3: média dos descritores de abacateira, relacionados aos frutos avaliados em 25 genótipos de abacateira .

DF,Diâmetro do fruto (mm);CF, Comprimento do fruto (mm);MF, massa da fruto (g), DS, Diâmetro da semente (mm); CS, Comprimento da semente
(mm);Pseso da semente (g); EP, Espessura da polpa (cm); DC, Diâmetro da cavidade interna (cm);CCI, Comprimento da cavidade interna (cm);MP, Massa
da polpa (g); REND Rendimento. Médias seguidas de letras iguais não diferem pelo teste Scott-Knott, a 5% de probabilidade.
33

Com relação ao rendimento, verificou-se entre os genótipos com maior rendimento,


acima de 70,(9,10, 13, 16, 18 e20), e os com menor rendimento (7,17,24 e 3), com
variação de 53,33 a 59,93. Apesar desta variação dos valores, estes genotipos não
mostraram diferenças significativas pelo teste Scott-Knott, a 5% de probabilidade
tabela(3). Fraife Filho et al. (2001) e Silva et al. (2007) indicam que a selecção de
genótipos com maior rendimento pode resultar em plantas mais produtivas, em virtude
da alta correlação genética entre essas características. Portanto, este descritor deve
ser utilizado para compor índices de selecção em programas de melhoramento.
34

5. Conclusão
As estimativas dos parâmetros genéticos mostram alta rendabilidade valores
expressivos para diâmetro da semente, comprimento do fruto, massa da fruta,
comprimento da semente, peso da semente, diâmetro da cavidade interna,
comprimento da cavidade interna do fruto e massa da polpa, indicando que essas
variáveis foram as mais favoráveis para a selecção.

Há ampla variação em amplitude dos descritores relacionados a genótipos da


abacateira que podem ser incorporados em programas de melhoramento, em razão de
agregarem variação genética, qualidade de frutos e tipo de genótipo.
35

6. Recomendações
Recomendasse

Os melhoristas a usarem os descritores de alta hereditariedade em programas génicos


para o melhoramento da cultura de abacateira;

Que se faça mas estudos como este, relacionados a esta cultura ou outra em outros
distritos da província de Niassa ou em outros lugares do país.

A população do local em estudo a tem em conta as variáveis com alta hereditariedade


encontrados neste trabalho para o processo de segregação entre os genótipos para
obtenção de genótipos desejados nível do mercado comercial.
36

7. Bibliografia
1. Allard, R.W.( 1971).Princípios de melhoramento genético das plantas. São
Paulo: Edgar Blucer, 381p.
2. Arpaya, M.L. (1987).United States avocado production. In: SAAGA Yearbook.
3. Avilan Rovira, L., Alvarez, C.R. & Pinto, F.L. (1986) EI cultivo dei aguacatero
Fusagri. Venezuela.
4. Bailay, I.B. (1987). Development of an IPM program For Califomia avocados. In:
SAAGA Yearbook.
5. Bergh, B.O. (1976). Avocado breeding and selection. Proc. First Int. Tropical
Fruit Short Course; The Avocado. Florida.
6. Borém, A. Melhoramento de Plantas. (1998). 2.ed. Viçosa: Editora UFV, 453p.
7. Carvalho, S.L.C., Vieira, C.S. & Neves, P.M.OJ. (1983). Margarida e Dourado:
novos cultivares de abacate – algumas características físicas e químicas dos
frutos. Pesq. Agrop. Bras.
8. Correa, L.S. (1982). Distribuição do sistema radicular de cultivares de abacateiro
(Persea spp.) num soloPodzólico VermelhoAmarelo. Tese de doutorado.
Piracicaba.
9. Cruz, C.D.; Regazzi, A.J.( 1994) Modelos biométricos aplicados ao
melhoramento genético. Ganhos por selecção. Viçosa: UFV, Imprensa
Universitária.Cap.4, pp.103-129.
10. Darvas, J.M., Kotze, J.M. (1987). Avocado fruit diseases and their control in
South Africa. In: SAAGA Yearbook.
11. Falconer, D.S.; Mackay, T.F.C.(1996).Introduction to quantitative genetics.(4.ed).
New York: Longman, 464p.
12. Fehr, W.R. Principles of cultivar development.(1987.) New York: Macmillan
Publishing Company, 536p.
13. Gustafson, C.D., Marsh, A.W.,Branson, R.L. & Da vis, S. (1979). DripiI Tigation
on avocados - six years summary of project. California Avocado Society.
Yearbook.
14. Hanson, W.D. Heritability. In: Hanson, W.D.; Robinson, H.F.( 1963).Statistical
genetics and plant breeding. Washington: NAS-NCR, pp.125-139.
15. Jacquard, A. Heritability (1983)one word, three concepts. Biometrics, v.39, n.2,
pp.465-477.
16. Koller, O. C. Abacaticultura. Porto Alegre: UFRGS, 1992. 38 p.
37

17. Lee, J., Koo, N., Min, D.( , 2004).Reactive oxygen species, aging, and
antioxidative nutraceuticals. Comprehensive Reviews in Food Science and Food
Safety, Chicago, v.3, n.1, pp. 21-33.
18. Montenegro, H. W.S. (1978). Situação da abacaticultura brasileira. In: Anais do I
Simpósio sobreAbacaticultura Jaboticabal.
19. Nuncio, E.A. (1980) Estudo de novas cultivares de abacate (Perseaamericana
Mill). Trabalho de graduação. Jaboticabal.
20. Pereira, J. C. C. (2008). Melhoramento genético aplicado à produção de plantas.
(5.ed). Belo Horizonte: FEPMVZ Editora, 618p.
21. Pesek, J.; Baker, R.J. (1971) Comparison of predict and observed responses to
selection for yield in wheat. Canadian Journal of Plant Sciences, v.51, n.3,
pp.187-192.
22. Ramalho, M.A.P., Santos, J.B. &Zimmermann, M.J.O. (1993). Genética
quantitativa em plantas autógamas: aplicações ao melhoramento do feijoeiro.
Goiânia: Editora da UFG, 271p
23. Robinson, P. Heritability: a second look. In: Hanson, W.D.; RObinson, H.F.
( 1963). Statistical genetics and plant breeding. Washington: NAS-NCR,p p.609-
614.
24. Silva, F.F., Pereira, M.G.; Ramos, H.C.C.,Damasceno Junior, P.C.;
Pereira,T.N.S.; Gabriel, A.P.C., Viana, A.P.,Daher, R.F.& Ferreguetti., G.A.
(2008).Estimation of genetic parameters related to morpho-agronomic and fruit
quality traits of papaya. Crop Breeding and Applied Biotechnology, v.8, pp.65-73.
25. Teixeira, C.G. et al. (1991).Abacate: cultura, matéria-prima, processamento e
aspectos económicos. Campinas: ITAL, v. 2, 1028p.
26. Vencovsky, R. (1970). Alguns aspectos teóricos e aplicados a cruzamentos
dialélicos de variedades. Piracicaba, 112p. Tese (Livre Docente) - Escola
Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo.
38

8. Apêndices
39

Figura1:Ilustração de descritores estudados de 25 genótipos de abacate, Lichinga,


2021.

v
40

Fonte: Autora (2021)

Você também pode gostar