Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
GOIÂNIA
ii
2021
iii
iv
Área de Concentração:
Produção Animal
Linha de Pesquisa:
Melhoramento e reprodução animal
Orientador:
Profa. Dra. Adriana Santana do Carmo
Comitê de orientação:
Prof. Dr. Claudio Ulhoa Magnabosco
Prof. Dr. Fernando Sebastian Baldi Rey
GOIÂNIA
2021
v
vi
vii
AGRADECIMENTOS
Início esta parte do trabalho dizendo que até o presente momento o mestrado foi
a fase mais complexas de minha carreira como zootecnista. Uma fase com muitos
acontecimentos construtivos em minha vida pessoal e profissional, desde o nascimento do
meu primeiro filho Samuel, o inicio da gestação da minha filha Suzana, o cuidado redobrado
com a pandemia de COVID19, muito aprendizado técnico, muito trabalho e sei que ainda
tenho muito mais a aprender sobre a vida e sobre o melhoramento genético animal.
Se eu cheguei até aqui foi graças a contribuição de muitas pessoas importantes
que entraram em minha vida e somaram de alguma forma, seja através dos conselhos, da
amizade, do abraço, da compreensão, do sorriso e dos pensamentos positivos.
Agradeço primeiramente com todo meu amor e respeito a Deus, minha mãe
Dalva Fernandes de Castro Santos, meu pai Manoel Barbosa dos Santos, meus filhos Samuel
Fagundes Fernandes e Suzana Fagundes Fernandes e meu irmão Murilo Fernandes dos
Santos. À minha esposa Julianne Ester Souza Fagundes agradeço por todo apoio e incentivo,
obrigado por estar sempre ao meu lado nos momentos de desafios e superações.
Agradecimento especial a minha sogra e meu sogro que me apoiaram e me apoiam até hoje
Edizir e Nubiney.
Obrigado aos amigos que fiz entre a graduação e o mestrado, vocês fizeram a
diferença em meu crescimento profissional e sempre me apoiaram nessa caminhada
acadêmica Profª. Drª. Adriana Santana do Carmo, Prof. Dr. Claudio Ulhoa Magnabosco,
Prof. Dr. Rodrigo Zaiden Taveira, Profª. Drª. Maria Ivete de Moura, Prof. Dr. Marlos
Castanheira, Profa Dra. Maria Clorinda Soares Fioravanti, Prof. Dr. Arthur dos Santos
Mascioli, Prof. Dr. Fernando Sebastián Baldi Rey, Dr. Ludmilla Costa Brunes e muitos
outros que me acompanharam durante essa trajetória.
Obrigado pela importante contribuição em minha pesquisa Rede Pro Centro
Oeste de Pós Graduação, Pesquisa e Inovação e Universidade Federal de Goiás, sem a
parceria de vocês eu não concluiria essa fase da minha vida.
Para finalizar deixo meus cincerros agradecimentos a todos os amigos que fiz
durante a Graduação e Pós Graduação, vocês são especiais como pessoas e como
profissionais.
viii
SUMÁRIO
As corridas de homozigose (ROHs - runs of homozygosity) podem ser utilizadas para estimar
parâmetros populacionais mais precisos e regiões genômicas sob seleção em diferentes
espécies e raças. Sendo assim, essa abordagem pode ser usada em raças localmente
adaptadas para identificar genes de interesse econômico e estimar autozigosidade
possibilitando a otimização das estratégias de seleção e acasalamento e mitigando o seu risco
de extinção. O objetivo do presente trabalho é identificar e caracterizar as ROHs presentes
nas raças localmente adaptadas Curraleiro Pé-Duro (CPD) e Pantaneiro (PANT) com o
intuito de identificar genes sob seleção e estimar seu coeficiente de endogamia (FROH). As
ROHs foram identificadas em 126 e 35 animais das raças CPD e PANT, respectivamente,
com dados de 54.000 marcadores SNP. Para a identificação das ROHs foram utilizados os
seguintes critérios: a) janela deslizante de 50 SNPs, b) número mínimo de 100 SNPs
consecutivos em cada ROH, c) comprimento mínimo de 1 Mb, c) intervalo máximo entre
SNPs homozigotos consecutivos de 0,5 Mb, d) máximo de cinco SNPs com genótipos
ausentes, Foram encontradas 1083 e 140 ROHs nas raças CPD e PANT, respectivamente,
e que o padrão predominante de ROHs nas raças estudadas são as de tamanho médio a longo
o que demonstra eventos recentes de autozigosidade. Foram identificadas seis ilhas de
homozigose em ambas as raças nos cromossomos autossômicos 6, 8, 10, 13, 14 e 17. Genes
e QTLs previamente relacionados com características de interesse estão localizados nos
segmentos encontrados, podendo destacar QTLs associados à caracteristicas de produção e
qualidade de leite (57%), como os envolvidos no teor de proteínas como as caseínas e genes
associados ao sistema imune, como os genes da família de beta defensinas. O coeficente de
endogamia estimado demonstrou que ambas as raças apresentam baixa autozigosidade (2-
4%), o que difere do esperado para populações de base genética reduzida como as estudadas.
O presente trabalho identificou seis ilhas de homozigose em comum nas raças Curraleiro Pé-
Duro e Pantaneiro, localizadas em regiões genômicas previamente relatadas como
associadas a características de interesse econômico, como resistência a doenças e teor de
proteína no leite e que podem ser consideradas regiões candidatas à seleção. O coeficiente
de endogamia estimado com base nas ROHs, demonstrou que a endogamia é baixa (2 a 4%)
nas populações estudadas, divergindo do esperado em pequenas populações.
ABSTRACT
The runs of homozygosity (ROHs) can be used to estimate more accurate population
parameters and genomic regions under selection in different species and breeds. Therefore,
this approach can be used in locally adapted breeds to identify genes of economic interest
and estimate autozygosity, enabling the optimization of selection and mating strategies and
mitigating their extinction risk. The objective of this work is to identify and characterize the
ROHs present in locally adapted breeds Curraleiro Pé-Duro (CPD) and Pantaneiro (PANT)
in order to identify genes under selection and estimate their inbreeding coefficient (FROH).
The ROHs were identified in 126 and 35 animals of the CPD and PANT breeds, respectively,
with data from 54,000 SNP markers. For the identification of ROHs, the following criteria
were used: a) sliding window of 50 SNPs, b) minimum number of 100 consecutive SNPs in
each ROH, c) minimum length of 1 Mb, c) maximum interval between homozygous
consecutive SNPs of 0, 5 Mb, d) maximum of five SNPs with absent genotypes, 1083 and
140 ROHs were found in the CPD and PANT breeds, respectively, and that the predominant
pattern of ROHs in the studied breeds are those of medium to long size, which demonstrates
recent events of autozygosity. Six islands of homozygosity were identified in both breeds on
autosomal chromosomes 6, 8, 10, 13, 14 and 17. Genes and QTLs previously related to traits
of interest are located in the segments found, highlighting QTLs associated with production
and quality traits of milk (57%), as those involved in the content of proteins such as caseins
and genes associated with the immune system, such as the genes of the beta defensin family.
The estimated inbreeding coefficient showed that both breeds have low autozygosity (2-4%),
which differs from what is expected for populations with a reduced genetic base such as
those studied. The present work identified six homozygous islands in common in the
Curraleiro Pé-Duro and Pantaneiro breeds, located in genomic regions previously reported
to be associated with characteristics of economic interest, such as disease resistance and milk
protein content, which can be considered candidate regions the selection. The inbreeding
coefficient estimated based on the ROHs showed that inbreeding is low (2 to 4%) in the
studied populations, diverging from what was expected in small populations.
1. INTRODUÇÃO
nos sistemas de produção, o que aumenta o interesse de produtores pelo uso da raça devido
à expressão de características de interesse econômico e possibilita seu uso em sistemas de
cruzamento devido à sua complementariedade com as demais raças comerciais criadas no
Brasil, mitigando o seu risco de extinção7,8.
Uma das abordagens moleculares existentes para verificar a estrutura de uma
população e genes de interesse é a identificação de corridas de homozigose (ROHs). As
ROHs podem ser definidas como longos trechos ininterruptos do genoma que apresentam
genótipos em homozigose, e sua identificação possibilita determinar e monitorar a taxa de
endogamia e identificar alelos deletérios recessivos e regiões genômicas sob seleção9.
Estudos em raças localmente adaptadas com consequente caracterização do seu
padrão de ROHs possibilitam apontar suas possíveis vantagens e desvantagens evolutivas.
Sendo assim, este trabalho tem o intuito de identificar corridas de homozigose nas raças CPD
e Pantaneiro com o intuito de estimar a endogamia (FROH) e revelar regiões genômicas e
genes potencialmente associados às características de adaptação e produção nessas raças.
16
2. REVISÃO DA LITERATURA
dóceis13. Por um longo tempo esses animais eram utilizados principalmente em atividades
de tração, mas atualmente suas características produtivas também são exploradas, como
produção de carne e leite para comercialização e não apenas consumo, sendo comercializada
em diversos locais no Brasil15.
No período da colonização dos portugueses os bovinos eram oriundos de raças
européias da subespécie Bos primigenius taurus que ao chegarem ao Brasil tiveram que se
adaptar ao clima tropical. Devido à pressão de seleção exercida pelo ambiente e pela seleção
fenotípica, o genoma desses animais sofreu uma serie de mutações pontuais, dando origem
às raças que denominamos atualmente de Caracu, Crioulo Lageano, Curraleiro Pé-Duro e
Pantaneiro. Apesar dessas raças pertencerem à subespécie taurina, são adaptadas aos
trópicos, sendo normalmente encontradas em ambientes altamente desafiadores. Sendo
assim, são denominadas de raças localmente adaptadas, isto é, raças que devido à seleção ou
deriva genética, passaram por transformações durante os anos, se tornando capazes de viver,
reproduzir e produzir em locais com características edafoclimáticas diferentes de sua
origem15.
Devido a sua rusticidade é uma raça recomendada para cruzamentos com raças
comerciais para explorações em regiões de clima quente e pastagens naturais nos trópicos,
resultando em mestiços com maior adaptabilidade, propiciando um ganho de peso em
condições mais extremas. Animais mestiços provenientes do cruzamento entre animais da
raça CPD com a Nelore, denominado de Culore, demonstraram que esses animais apesar de
apresentarem menor peso vivo do nascimento ao abate, demonstram maior rendimento de
carcaça, maior área de olho-de-lombo, maior produção de carne na carcaça e maior
percentagem de carne de boa qualidade em 100 kg de carne produzida em relação ao Nelore,
detacado-se em maior marmoreio e maciez20.
A grande variação observada nos resultados obtidos em diferentes estudos,
principalmente nas características de desenvolvimento ponderal, indica ausência de seleção
e melhoramento no rebanho, esta variação pode ser devido a avaliação de animais em regiões
diferentes13. Estratégias de melhoramento genético da raça como o programa de
melhoramento genético para raça Curraleiro Pé-Duro já vem sendo aplicadas pelo Instituto
Nacional do Semiárido e pela Associação de Criadores de Bovinos Curraleiro Pé-Duro
(ABCPD)15.
20
2.3 Pantaneiro
Assim como os animais CPD, os bovinos que originaram a raça Pantaneira
também foram introduzidos no Brasil no período da colonização. Nesse caso, a raça se
originou de animais de raças espanholas que atravessaram a planície Pantaneira (caminhos
do Rio da Prata e Rio Paraguai) com as expedições em busca das minas de metais preciosos
do Peru. Ao sofrerem ataque dos indígenas locais, os colonizadores abandonaram grande
parte dos animais, restando apenas aqueles bovinos que encontraram condições de
sobrevivência nessa região. Dessa forma, esses animais tiveram que se adaptar às condições
desfavoráveis do clima quente e das alternâncias de cheias e secas prolongadas que
limitavam a oferta de alimento no Pantanal7,8.
Nesse período não havia muitos povoados na planície pantaneira, além de
militares e missões jesuítas, sendo assim a atividade pecuária era incipiente, apenas para
garantir a subsistência. Com a construção do caminho que ligava as províncias de Goiás ao
Mato Grosso e com o término da exploração do ouro em Cuiabá, iniciou-se a atividade
pecuária na região, com consequente introdução de novos animais, descendentes de raças
portuguesas. Deste modo, os bovinos Pantaneiros também conhecidos popularmente por
Tucura, Cuiabano ou Taquati são oriundos da miscigenação de bovinos europeus trazidos
para a região do Pantanal durante a colonização da América do Sul pelos Espanhóis e
Portugueses7.
Após anos da raça adaptada no Brasil avaliações do federal informam que, em
1914, o gado criado no Pantanal totalizava três milhões de cabeças21. Após este período sua
população sofreu uma redução, impulsionada por algumas características da raça que não
eram favoráveis para o cenário da época. Visto que os principais meios de transporte eram
o trem e a marcha (comitivas de gado). A raça foi utilizada em cruzamentos, principalmente
com o Nelore, mas o gado Pantaneiro era preterido, já que os seus chifres prejudicavam a
acomodação nos trens (principal transporte de longas distâncias da época) e suas pernas
curtas retardavam as comitivas, o que levou a raça ao seu quase extermínio21.
O bovino Pantaneiro é uma raça originada do cruzamento de 11 raças de bovinos
europeus, sendo seis portuguesas (Alentejana, Algarvia, Barrosa, Mertolenga, Minhota,
Mirandesa) e cinco espanholas (Arouquesa, Berrenda Negra/Vermelha, Negra Andaluza,
Retinta, Rubia Gallega). A identificação das raças que originaram o Pantaneiro foi realizada
com auxílio de ferramentas genômica7.
21
É importante ressaltar que a cor da pelagem do animal também varia com a época
do ano e com o tipo de forragem que está comendo, assim, num determinado momento ele
pode estar com a cor brasina, com listras negras pelo corpo e no outro voltar com a cor baia
(amarelo claro). Possuem pelo fino e sedoso e a pele é pigmentada, geralmente negra (Figura
2). O leite é saboroso, com alto teor de gordura e de cor amarela, e a carne é macia, suculenta
e apresenta bom marmoreio. Dessa forma temos um bovino europeu localmente adaptado as
nossas condições e com genética resistente as condições extremas do Pantanal23.
O tamanho dos ROHs, também podem ser influenciados por fatores como a
deriva genética, seleção natural ou artificial, efeito fundador e número efetivo da população.
Pressões de seleção positiva intensa e deriva resultam na formação de ROHs longas que a
cada geração sofrem efeitos de recombinação e mutação, diminuindo o seu tamanho30,32.
A estimativa genômica de endogamia baseada em ROHs é realizada por meio do
índice FROH, que pode ser explicado como a proporção do genoma autossômico que contém
ROHs de um comprimento mínimo em relação ao comprimento total do genoma33. Esse
parâmetro é comumente interpretado subdividindo as ROHs encontradas no genoma dos
indivíduos em categorias de acordo com o tamanho dos segmentos34. Consequentemente, a
capacidade das ROHs de medir a endogamia de um ancestral comum recente (ROHs longas)
ou ancestral comum mais distante (ROHs curtas) é uma das principais vantagens em
comparação com outros coeficientes de endogamia. Diversos autores afirmam que a
endogamia estimada com diferentes informações como genealogia e marcadores
moleculares apresenta correlação aproximada de 0,70 com a FROH, entretanto esta última é
mais precisa do que as demais33,34.
O monitoramento da endogamia é particularmente importante em rebanhos
pequenos, como os das raças CPD e Pantaneiro, já que nesses casos a autozigose tende a
incrementar mais rápido devido ao menor número de reprodutores disponíveis, o que por sua
vez pode aumentar a expressão de alelos homozigóticos recessivos, podendo resultar na
redução do desempenho individual devido à depressão endogâmica. O aumento da
endogamia possui como consequência direta a redução da heterozigosidade e,
consequentemente, o aumento na homozigosidade e na frequência de alelos recessivos
deletérios que podem reduzir o desempenho fenotípico, a viabilidade dos indivíduos e a
variabilidade genética 35, 36.
Estudo realizado por Peripolli et al. (2021)37 para estimar FROH com dados de
sequenciamento completo em raças localmente adaptadas, incluindo a Pantaneiro,
demonstrou que apesar do rebanho ser pequeno e proveniente de uma base genética reduzida,
o FROH foi baixo, diferente do esperado. Da mesma forma, menores níveis de endogamia e
alta variabilidade genética para essa raça foram previamente descritos em um estudo que
utilizou microssatélites para estimar a endogamia38. De acordo com os autores, esse
resultado é provavelmente resultado da aplicação de uma baixa pressão de seleção e do
manejo reprodutivo, o que mantém a diversidade genética do rebanho37, 39.
27
3. REFERÊNCIAS
1. Azevedo DMRR, Alves AA, Feitosa FS. Adaptabilidade de bovinos da raça PéDuro às
condições climáticas do semiárido do Estado do Piauí. Arch Zootec, 57: 5-11, 2008.
[Acesso em: 11 de setembro de 2021]. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-
de-publicacoes/-/publicacao/70364/adaptabilidade-de-bovinos-da-raca-pe-duro-as-
condicoes-climaticas-do-semi-arido-do-estado-do-piaui.
8. Filho G, Queiroz HP. Coleção 500 perguntas e 500 respostas Gado de Corte. Embrapa
3Informação Tecnológica. Brasília, DF. 2011.
https://pt.slideshare.net/razasbovinasdecolombia/coleo-500-perguntas-500-respostas-
gado-de-corte-brazil.
10. Consortium TBH. Genome-Wide Survey of SNP Variation Uncovers the Genetic
Structure of Cattle Breeds. 2009;324(5926):528–32. [Acesso em: 20 de março de 2021].
Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19390050/.
29
11. Fioravanti MCS, Sereno JRB, Neiva ACGR, Abud LJ, Lobo JR, Andrade DF,
Cardoso WS, Machado JRL. Reintrodução do gado Curraleiro na comunidade
quilombola Kalunga de Cavalcante, Goiás, Brasil: resultados parciais. In: Simpósio
Internacional de Savanas Tropicais, 2 e Simpósio Nacional do Cerrado, 9. Brasília.
Anais Brasília: EMBRAPA; 2008b. v. único. p. cd.
12. Fioravanti MCS, Juliano RS, Costa GL, Abud LJ, Cardoso WS. Características dos
criatórios de bovinos da raça Curraleiro nos Estados de Goiás e Tocantins. In:
Simpósio Internacional de Savanas Tropicais, 2 e Simpósio Nacional do Cerrado 9.
Brasília: Anais Brasília: EMBRAPA; 2008a. v. único. p. CD.
13. Félix G, Piovezan U, Juliano R, Silva M, Fioravanti M. Potencial de uso de raças bovinas
locais brasileiras: Curraleiro Pé-Duro e Pantaneiro. Enciclopédia Biosfera, Goiânia, v. 9,
n. 16, 2013.
14. Carvalho GMC, Fé SLR, Almeida MJO, Lima Neto AF, Beffa LM. Avaliações
fenotípicas da raça bovina Curraleiro Pé duro do semiárido do Brasil. Archivos de
Zootecnia, Córdoba; 2013;62(237):9-20.
15. Silva MC, Boaventura VM, Fioravanti MCS. Dossiê Pecuària: História do
povoamento bovino no Brasil central. Revista UFG/dezembro 2012; Ano XIII n° 13.
16. José HC. Associação Brasileira de Criadores de Bovinos Curraleiro Pé-Duro. [Acesso
em: 25 de junho de 2021]. Disponível em: https://www.abcpd.com.br/a-raca/.
17. Carvalho GMC, Fé SLR, Almeida MJO, Lima Neto AF, Beffa LM. Avaliações
fenotípicas da raça bovina Curraleiro Pé duro do semiárido do Brasil. Archivos de
Zootecnia, Córdoba; 2013;62(237):9-20
19. Primo AT. El ganado bovino Ibérico en las Americas: 500 años después. Archivos
de Zootecnia, Córdoba, v. 41, p. 421-432, 1992.
20. Geraldo Magela Cortes Carvalho2* , Anisio Ferreira Lima Neto1, 3, 7 , Marcilio Nilton
Lopes Da Frota1, 3, 7 , Viviany Rodrigues de Sousa4 , Maria Socorro de Souza
Carneiro5 , Glayde Maria Carvalho Véras6 , Raimundo Nonato Moraes Costa6 , Danielle
Maria Machado Ribeiro Azevedo2. O uso de bovinos Curraleiro Pé-Duro em
cruzamentos para produção de carne de boa qualidade no trópico quente – Fase 1
Congresso Nordestino de Produção Animal. 2015. [Acesso em: 22 de outubro de 2021].
Disponível em:
https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/140147/1/Artigocnpa2.pdf.
22. Ribeiro LAL. “Ciclo das águas no pantanal e sua relação com paradoxos de ação
coletivaentrepecuaristas de Poconé-MT”, Clima e Sustentabilidade, organizado por João
Vicente R.B da Costa Lima,Maceió, Ufal, 2014. [Acesso em: 22 de junho de 2021].
Disponível em: http://cppantanal.org.br/wp-content/uploads/2017/04/Relatorio-de-
Atividades-Exercicio-2014.pdf.
24. Neiva A C, Sereno JR, Fioravanti MC. Indicação Geográfica na Conservação e Agregação
de Valor ao Gado. 2011. [Acesso em: 23 de junho de 2021]. Disponível em:
https://www.redalyc.org/pdf/495/49520788010.pdf.
27. Food and Agriculture Organization of the United Nations - FAO. The state of the world’s
animal genetic resources for foodand agriculture. Roma, Italy. 2007.512p.
28. Gabriela G. Carne do gado curraleiro é 20% mais cara. Jornal Diário da Manhã 2011.
[Acesso em: 23 de junho de 2021]. Disponível em: https://secom.ufg.br/n/13703-ufg-
carne-do-gado-curraleiro-e-20-mais-cara-diario-da-manha-25-05-11.
29. Lakshmi K. Matukumalli CT. Lawley,Robert D. Schnabel JF. Taylor MF. Allan MP.
Heaton JCSS, Moore TPL, Smith TS. Sonstegard CP. Van T. Desenvolvimento e
caracterização de um ensaio de genotipagem SNP de alta densidade para gado. 2009.
[Acesso em: 25 de outubro de 2021]. Disponível em:
https://doi.org/10.1371/journal.pone.0005350.
31. Broman KW, Weber JL. Long homozygous chromosomal segments in reference families
from the Centre d’Étude du Polymorphisme Humain. American Journal of Human
Genetics, v.65, p.1493-500, 1999. DOI: 10.1086/302661. [Acesso em: 25 de outubro de
2021]. Disponível
em:https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/123816/000830516.pdf;jsession
id=6DB65C330CEAD5708EA138BB7C7887B8?sequence=1.
31
33. Ruth MQ, Anne LL, Rehab AR, Christopher S. Franklin MP, Lovorka BL, Nina SN,
Branka J, Ozren P, Albert T, Andrew K, MacLeod SM. Farrington PR, Caroline H,
Veronique V, Igor R, Sarah HW, Malcolm G, Dunlop AF. Wright HC, James FW. Runs
of Homozygosity in European Populations, The American Journal of Human Genetics,
Volume 83, Issue 3, 2008, Pages 359-372, ISSN 0002-9297, [Acesso em: 19 de outubro
de 2021]. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ajhg.2008.08.007.
35. Upperman, LR., Kinghorn BP, MacNeil MD. et al. Management of lethal recessive alleles
in beef cattle through the use of mate selection software. Genet Sel Evol 51, 36 (2019).
[Acesso em: 18 de outubro de 2021]. Disponível em:https://doi.org/10.1186/s12711-019-
0477-3.
36. Albuquerque, Lucia G de. Identification of candidate lethal haplotypes and recombination
events in Nellore cattle. 2020-07-30. Dissertação de mestrado. [Acesso em: 18 de outubro
de 2021]. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/193374.
37. Peripolli E, Ferreira BO, Loise FBF, Vinícius MA. Avaliação dos coeficientes de
endogamia em bovinos da raça Gir (Bos primigenius indicus). XII Simpósio Brasileiro
de Melhoramento Animal Ribeirão Preto, SP – 12 e 13 de junho de 2017. [Acesso em:
20 de outubro de 2021]. Disponível em: embrapa.br/busca-de-publicacoes/-
/publicacao/1072487/avaliacao-dos-coeficientes-de-endogamia-em-bovinos-da-raca-
gir-bos-primigenius-indicus.
38. Egito A, Paiva S. Albuquerque MS, Mariante A, Almeida L, Castro S, et al. Microsatellite
based genetic diversity and relationships among ten Creole and commercial cattle breeds
raised in Brazil BMC Genet. 2007;8:83.
RESUMO
SUMMARY
In Brazil, locally adapted breeds, such as Curraleiro Pé-Duro (CPD) and Pantaneiro (PANT)
from indiscriminate crosses between Taurean animals of European origin, were imported at
the beginning of the colonization of Brazil and were decisive for the beginning of livestock
activity in the country. However, with the importation of exotic breeds of Indian origin,
considered more productive, these breeds were deprecated, causing a significant reduction
of their herd. However, CPD and PANT breeds represent an essential genetic resource for
the sustainability of production systems located in regions where climatic conditions are
adverse, with high temperatures and low forage quality, since they present important
adaptation characteristics such as greater resistance to thermal stress, tolerance to toxic
plants and greater resilience to systems of low nutritional availability. The adaptability
characteristics of locally adapted breeds are especially interesting if we consider that climate
change and global warming are among the main challenges currently faced by agriculture
and livestock. To facilitate the identification of the best animals among locally adapted
breeds, genomic tools are used, such as the development of microarray of single nucleotide
polymorphisms, which are essential to more accurately estimate population parameters, such
as the inbreeding coefficient, and to identify genomic regions under selection and their
relationship with characteristics of interest. Although so far there are no publications that
characterize ROHs in the CPD and PANT breeds with data from SNP microarray, the total
number of ROHs found in the study were lower than in other taurine and zebu breeds. The
CPD and PANT breeds were not contemplated in the development of the Bovine SNP50
Genotyping BeadChip microarray, which may cause an increase in intermarker distance in
autosomal chromosomes, causing a bias in the identification of ROHs. In both breeds, it was
possible to observe a higher proportion of medium and long segments, that is, greater than 8
Mb, which indicates that the inbred matings in the studied population occurred recently. The
shorter homozygosis race found in the two breeds overlaps in 2534540 pb in BTA6, which
reinforces that this region is under selection. When analyzing the consensus region between
the islands belonging to the two races, we identified 177 QTLs previously described as
associated with production characteristics and 464 genes. Homozygosis islands were
identified simultaneously in CPD and PANT breeds. In general, it is expected that the
inbreeding coefficient of herds with reduced sizes, such as those of the breeds studied in this
study, is higher concerning populations with a higher effective number of individuals since
in small herds the occurrence of mating among relatives is more frequent. However, the
result of the present study showed that the estimated inbreeding coefficient with FROH in
both breeds was low and may have occurred due to the size of the populations. And in the
case of PANT, the most diverse population was presented, with the highest average allelic
richness, when compared to CPD breeds
1. INTRODUÇÃO
No Brasil, as raças localmente adaptadas, como a CPD e PANT são oriundas dos
cruzamentos indiscriminados entre animais taurinos de origem europeia, importados no
início da colonização do Brasil e foram decisivas para o início da atividade pecuária no país.
Todavia, com a importação das raças exóticas de origem indiana, consideradas mais
produtivas, essas raças foram preteridas, ocasionando a redução significativa do seu
rebanho1.
No entanto, as raças Curraleiro Pé-Duro e Pantaneiro representam um recurso
genético essencial para a sustentabilidade de sistemas de produção localizados em regiões
em que as condições climáticas são adversas, com altas temperaturas e baixa qualidade de
forragem, já que apresentam importantes características de adaptação como maior resistência
ao estresse térmico, tolerância a plantas tóxicas e a maior resiliência à sistemas de baixo
disponibilidade nutricional1,2. As características de adaptabilidade das raças localmente
adaptadas são especialmente interessantes se considerarmos que as mudanças climáticas e o
aquecimento global, estão entre os principais desafios enfrentados atualmente pela
agricultura e pecuária3.
E para facilitar a identificação dos melhores animais entre as raças localmente
adaptadas é utilizado ferramentas genômicas, como os microarranjos de polimorfismos de
nucleotídeo único (SNP), que são imprescindíveis para estimar com maior precisão
parâmetros populacionais, como o coeficiente de endogamia, e identificar regiões genômicas
sob seleção e sua relação com características de interesse4. Dentre as abordagens comumente
utilizadas para esse fim, podemos citar a identificação de corridas de homozigose (ROHs)5.
As corridas de homozigose são definidas como longos trechos genômicos em
homozigose, que podem fornecer informações preciosas como o coeficiente de endogamia,
genes que estão sendo selecionados e avaliar se houve vantagens evolutivas nessas
populações e quando aplicados às raças localmente adaptadas poderiam contribuir com a
identificação de genes subjacentes às características de adaptabilidade aos trópicos5.
Ademais, as ROHs possibilitam a estimação mais acurada do coeficiente de
endogamia, possibilitando apontar se o evento que ocasionou a autozigose é antigo (ROHs
curtas) ou recente (ROHs longas)6. O monitoramento da endogamia de rebanhos localmente
adaptados é imprescindível para mitigar seu risco de extinção, já que essas raças apresentam
um pequeno número de reprodutores, o que aumenta a probabilidade de acasalamentos
35
2. MATERIAL E MÉTODOS
composta por um número pré-definido de SNPs para escanear o genoma dos indivíduos,
detectando segmentos homozigotos.
As análises de ROH foram realizadas e programadas usando a função --
homozyg-window-snp com os seguintes critérios:
a) janela deslizante de 50 SNPs (função: --homozyg-window-snp 50); b) número
mínimo de 100 SNPs consecutivos em cada ROH (função: --homozyg-snp 100); c)
comprimento mínimo da ROH de 1 Mb (função: --homozyg-kb 1000); d) intervalo máximo
entre SNPs homozigotos consecutivos de 0,5 Mb (função: --homozyg-gap 500); e) máximo
de cinco SNPs com genótipos faltantes por ROH (função: --homozyg-window-missing 5); f)
máximo de heterozigotos permitidos por ROH igual a 1 (função: --homozyg-window-het 1);
g) proporção mínima de janelas sobrepostas que devem ser definidas como homozigotas
para determinar se o SNP pertence ao segmento de 5% (função: --homozyg-window-treshold
0.05). Os critérios utilizados no presente trabalho são os mais comumente utilizados em
bovinos de diferentes raças10.
Para obter as ROHs que apresentaram sobreposição entre indivíduos, foi
utilizada a função –homozyg-group. Foram consideradas ilhas de homozigose as regiões
genômicas que continham ROHs presentes em pelo mesmo 10% dos indivíduos.
A identificação dos genes e QTLs (Quantitative trait loci) contidos nas ilhas de
homozigose foi realizada com a ferramenta Biomart do Ensembl (Ensembl genes 104)
utilizando como referência a montagem ARS-UCD1.2 do genoma bovino e o banco de dados
Cattle QTLdb12, respectivamente. A análise de enriquecimento funcional dos genes
presentes nas ilhas de homozigose foi realizada com o auxílio do software DAVID12. Foram
considerados enriquecidos significativamente os termos que apresentaram p-valor <0,05,
após a realização do ajuste para comparações múltiplas com o teste de Bonferroni.
39
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Apesar de até o momento não existirem publicações que caracterizem ROHs nas
raças CPD e PANT com dados provenientes de microarranjos de SNP, o número total de
ROHs encontradas no estudo foram menores do que em outras raças taurinas e zebuínas13,14.
Dentre os fatores que podem ocasionar a discrepância entre os perfis de ROHs encontrados
em diferentes populações, podemos citar a densidade do microarranjo de SNP utilizado. As
raças CPD e PANT não foram contempladas no desenvolvimento do microarranjo Bovine
SNP50 Genotyping BeadChip (Illumina, San Diego, EUA), o que pode ocasionar aumento
da distância inter-marcador nos cromossomos autossômicos, ocasionando um viés na
40
identificação das ROHs denominado de viés de averiguação. Peripolli et al. (2018)15, Dixist
et al. (2020)16 e Porto et al. (2013)17 ,comparou as estimativas obtidas com os dois
microarranjos de SNP mais frequentemente usados em bovinos: o Illumina BovineSNP50
Genotyping BeadChip com 54 001 SNPs (50K) e o Illumina BovineHD Genotyping
BeadChip com 777 972 SNPs (HD). Os autores concluíram que o chip de 50K é apropriado
apenas para identificar ROH com mais de 4 Mb e que as análises baseadas em chips de
densidade mais baixa podem falhar em detectar genótipos SNP heterozigotos que estão
presentes nas ROHs, ocasionando falsos positivos. Apesar da ocorrência do viés relatado,
no presente estudo não foram encontradas muitas ROHs de tamanho pequeno.
Até o momento, o único estudo publicado com informações sobre ROHs
presentes na raça Pantaneiro foi realizado com dados provenientes de sequenciamento, o que
possibilita identificar um número maior de ROHs devido a maior cobertura do genoma por
marcadores em casos de populações pequenas como é o caso da PANT18.
As diferenças entre as ferramentas moleculares e os critérios de controle de
qualidade de genótipos utilizados nos diversos estudos dificulta a comparação dos resultados
e a obtenção de um consenso sobre quais seriam os melhores parâmetros para a realização
da identificação das ROHs. Em um estudo realizado por Meyermans et al. (2020)19, com o
objetivo de prover diretrizes para uma análise de ROH robusta e uniforme com o programa
PLINK, em 8 populações de diferentes espécies, demonstrou que a definição dos parâmetros,
primeiro avaliar o efeito da poda MAF e LD na análise de ROH, em segundo lugar,
investigamos os efeitos da densidade mínima ( --homozyg-densidade ), o intervalo máximo
entre dois SNPs em um ROH ( --homozyg-gap ), tamanho da janela de varredura ( --
homozyg-window-snp ) e acerto da janela de varredura taxa ( --homozyg-window-
threshold) terceiro, introduzimos o parâmetro de cobertura do genoma para avaliar a
validade da análise de ROH e para estimar a endogamia com base em ROH com mais
precisão. Lembrando que sempre deve-se levar em consideração as particularidades de cada
população estudada para definir os critérios de controle de qualidade mais adequados. Os
critérios de qualidade utilizado para a identificação de ROHs no presente trabalho foram os
mais frequentemente utilizados em bovinos. Em ambas as raças foi possível observar uma
maior proporção de segmentos médios e longos, isto é, maiores do que 8 Mb, o que indica
que os acasalamentos endogâmicos na população estudada aconteceram recentemente4.
O uso de microarranjos de SNP de densidade intermediária, de modo geral
favorecem a detecção de ROHs mais longas. Trabalho realizado por Peripolli et al. (2020)
41
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29
Identificação dos cromossoms autossômicos
ARS-BFGL-NGS-
13 26 BTA-90299-no-rs 12463857 51638650 39174,8
27596
N = número de animais que apresentam a ROH; BTA = Cromossomo autossômico bovino;
SNP1 = SNP inicial; SNP2 = SNP final; BP1 = posição do SNP inicial (pb); BP2= posição
do SNP final (pb); Kb = tamanho da ilha em Kb.
Tabela 6 - Termos funcionais significativos na análise dos genes contidos nas ilhas de
homozigose consenso nas raças Curraleiro Pé-Duro e Pantaneiro.
Termo P-valor*
Glicoproteína sérica de ligação a lipídeos, N-terminal 1,80 x 10-12
Proteína de aumento da permeabilidade bactericida, domínio alfa / beta 1,80 x 10-12
Glicoproteína sérica de ligação a lipídeos, C-terminal 1,90 x 10-5
BPI2 2,30 x 10-4
Beta-defensina 6,10 x 10-4
Ligação de lipídios 2,90 x10-3
Núcleo de 4-dissulfeto de proteína ácida de soro de leite 2,10 x10-3
47
4. CONCLUSÃO
5. REFERÊNCIAS
1. Azevedo DMRR, Alves AA, Feitosa FS. Adaptabilidade de bovinos da raça Pé-Duro às
condições climáticas do semiárido do Estado do Piauí. Arch Zootec, 57: 5-11, 2008.
[Acesso em: 11 de setembro de 2021]. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-
de-publicacoes/-/publicacao/70364/adaptabilidade-de-bovinos-da-raca-pe-duro-as-
condicoes-climaticas-do-semi-arido-do-estado-do-piaui.
4. Zavarez LB, Utsunomiya YT, Carmo AS, Neves HHR, Carvalheiro R, Ferencakovic M,
et al. Assessment of autozygosity in Nellore cows (Bos indicus) through highdensity SNP
genotypes. Front. Genet. 2015;6:1–8. [Acesso em: 19 de setembro de 2021]. Disponível
em: https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fgene.2015.00005/full.
5. Bosse M, Megens HJ, Madsen O, Crooijmans RPMA, Ryder OA, Austerlitz F, ET al.
Using genome-wide measures of coancestry to maintain diversity and fitness in
endangered and domestic pig populations. Genome Res. 2015;25:970–81. [Acesso em:
18 de setembro de 2021]. Disponível em:
https://genome.cshlp.org/content/early/2015/06/10/gr.187039.114.
8. Keller MC, Visscher PM, Goddard ME: Quantificação de endogamia devido a ancestrais
distantes e sua detecção usando dados SNP densos. Genética. 2011.
9. Chang C, Chow C, Vattikuti S, Tellier L, Lee J, Lab P. 2014. PLINK 1.9. [Acesso em: 19
de outubro de 2021]. Disponível em: https://www.cog-genomics.org/plink/
13. Peripolli E. Identification of structural variants and selection signatures in cattle. 2018
[Acesso em: 15 de setembro de 2021]. Disponível em:
https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/202711/peripolli_e_dr_jabo.pdf?seq
uence=3&isAllowed=y.
14. Marie C, Ian NW, Mason L, Wolf R, Sarah LD, Michael SN, Cristina R. Mice deficient
in APOBEC2 and APOBEC3. 25 de agosto de 2005. [Acesso em: 20 de setembro de
2021]. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16055735/.
16. Dixit SP, Sanjeev G, Bhatia I, Kumar A, Anurodh S, Kumar N, Dang A, Kumar A J.
Genome-Wide Runs of Homozygosity Revealed Selection Signatures in Bos indicus.
Frontiers in Genetics. 2020. [Acesso em: 20 de outubro de 2021]. Disponível
em: URL={https://www.frontiersin.org/article/10.3389/fgene.2020.00092.
17. Porto LR, Sonstegard TS, Liu GE, Bickhart DM, Da Silva MVB, Machado MA. Genomic
divergence of zebu and taurine cattle identified through high-density SNP genotyping.
BMC Genomics. 2013;14:876.
18. Purfield D C, Berry DP, McParland S, Bradley DG: Runs of homozygosity and
population history in cattle. BMC Genet. 2012, 13: 70-10.1186/1471-2156-13-70.
19. Meyermans R, Gorssen W, Buys, N. et al. How to study runs of homozygosity using
PLINK? A guide for analyzing medium density SNP data in livestock and pet
species. BMC Genomics 21, 94 (2020). [Acesso em: 20 de outubro de 2021]. Disponível
em: https://doi.org/10.1186/s12864-020-6463-x.
22. Mészáros G, Boison AS, Pérez O’Brien AM, Ferenčaković M, Curik I, da Silva MV, et
al. Genomic analysis for managing small and endangered populations: a case study in
Tyrol Grey cattle. Front Genet. 2015; 6:1–12.
23. Jeremy K, Ruiqi H, Vaughn V. S. The longest ROH was found on BTA8 with 108.97 Mb
in length and similar results on BTA8 were reported by Kim et al. In a contemporary
Holstein cow (87.13 Mb) and Mastrangelo et al. in Cinisara cattle breed (112.65 Mb).
Diversity in the Cow Ultralong CDR H3 Antibody Repertoire. 04 de junho de 2018.
[Acesso em: 20 de setembro de 2021]. Disponível em:
https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fimmu.2018.01262/full.
24. Tsou Y, Tung M, Alexander K, Chang W, Tsai M, Chen H, Chen C. The Role of BPIFA1
in Upper Airway Microbial Infections and Correlated Diseases. 2018. [Acesso em: 20 de
setembro de 2021]. Disponível em:
https://www.hindawi.com/journals/bmri/2018/2021890/
26. Dorin J R, Barratt C L R. Importance of β-defensins in sperm function. Mol Hum Reprod.
2014;20:821–6.