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Resultados 1T22

Código: AES Brasil


TELECONFERÊNCIA DE Conexão:
RESULTADOS Brasil: +55 11 4090-1621 | +55 11 3181-8565
EUA: +1 412 717-9627 | +1 844 204-8942
06.05.2022
14:00h (BRT) / 13:00h (EST) Slides da apresentação e áudio estarão
disponíveis em: ri.aesbrasil.com.br
São Paulo, 05 de maio de 2022 – AES Brasil Energia S.A. (AES Brasil Energia e Companhia) (B3: AESB3) anunciou hoje os resultados referentes ao 1º trimestre de 2022 (1T22)
em comparação aos resultados do 1º trimestre de 2021 (1T21). As informações operacionais e financeiras da Companhia, exceto quando indicadas de outra forma, são
apresentadas em números consolidados e em milhões de reais, de acordo com a legislação societária. Por razões comparativas, dada a criação e listagem da AES Brasil Energia
S.A. em 29 de março de 2021, as informações apresentadas ao longo deste documento contemplam os resultados financeiros da AES Brasil Energia referentes ao 1T22 e o
resultado financeiro da AES Brasil Operações (antiga AES Tietê) no mesmo período de 2021.

TRILHANDO UMA HISTÓRIA DE SUCESSO


“Com muita satisfação, compartilho os resultados alcançados nessa primeira etapa de 2022. Seguimos empenhados em continuar
nossa história de sucesso, fundamentada em uma trajetória de crescimento 100% renovável, sustentável e com retornos consistentes.
Buscamos ser a melhor escolha do cliente no mercado livre, oferecendo soluções resilientes, competitivas e responsáveis. Para isso,
nos posicionamos no mercado de forma a buscar as melhores oportunidades no presente e a consolidar nossa marca para nos
beneficiarmos das tendências futuras do setor elétrico brasileiro.
Já ocupamos posição de destaque na comercialização varejista, segmento que apresenta grande potencial de crescimento com a
abertura do mercado livre, esperada para ocorrer gradualmente ao longo dos próximos anos. Além disso, possuímos frentes de atuação
e pesquisa relacionadas às possibilidades trazidas pela modernização do mercado: usinas híbridas e usinas eólicas offshore,
armazenamento de energia e hidrogênio verde.
Seguimos em ritmo acelerado em nossa agenda de crescimento, comprometidos em analisar as oportunidades via desenvolvimento de
projetos greenfield ou M&As oportunísticos, que nos permitam criar valor adicional por meio do turnaround operacional e financeiro
dos ativos.
No contexto de crescimento via greenfield, a estratégia da Companhia é atrelar os projetos em construção à PPAs de longo prazo,
garantindo a previsibilidade dos resultados futuros, melhores condições de financiamento e, consequentemente, retornos consistentes
para os projetos. Buscamos equacionar a nossa estratégia comercial de forma a otimizar a criação de valor, combinando a segurança
dos contratos de longo prazo nos ativos renováveis com a maior rentabilidade dos contratos de curto prazo nas usinas hídricas, cujos
preços tendem a ser maiores.
A construção de nossos novos complexos eólicos, Tucano e Cajuína, é uma de nossas prioridades continua evoluindo de acordo com
o planejamento. A entrada em operação do Complexo Tucano é estimada para o segundo semestre deste ano. Mais de 69% do projeto
já foi concluído e, atualmente, estamos em fase de comissionamento dos aerogeradores.
Visando garantir a sustentabilidade financeira de nossa estratégia de crescimento acelerado, anunciamos, em janeiro, a segunda fase
do acordo de investimentos em ativos maduros da companhia, com o aporte de +R$ 360 milhões em equity. Além disso, destacamos
a captação, no primeiro trimestre, da bridge de R$ 1,1 bilhão para o financiamento de longo prazo do Complexo Eólico Cajuína.
A estratégia da AES Brasil é orientada pela inovação e digitalização. Nos posicionamos de forma a assegurar que tendências futuras
de mercado sejam endereçadas no presente, garantindo vantagem competitiva para nos beneficiar da transformação em curso no
setor de energia brasileiro.
Somos uma empresa comprometida com o crescimento acelerado e responsável. Acreditamos que este seja o caminho para
continuarmos a construir nossa história de forma sustentável e rentável.”
Clarissa Sadock – CEO

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SUMÁRIO
DESTAQUES DO PERÍODO ...............................................................................................................................4
DESTAQUES FINANCEIROS – AES BRASIL ..................................................................................................................4
EVENTOS SUBSEQUENTES ..............................................................................................................................5
A AES BRASIL..................................................................................................................................................5
PERFIL CORPORATIVO ..............................................................................................................................................5
ESTRATÉGIA .............................................................................................................................................................5
COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA .......................................................................................................................................6
PORTFÓLIO ...............................................................................................................................................................6
DESEMPENHO OPERACIONAL .........................................................................................................................9
GERAÇÃO CONSOLIDADA.........................................................................................................................................9
GERAÇÃO HÍDRICA ...................................................................................................................................................9
GERAÇÃO EÓLICA .................................................................................................................................................. 11
GERAÇÃO SOLAR ................................................................................................................................................... 12
DESEMPENHO COMERCIAL ........................................................................................................................... 12
MERCADO DE ENERGIA ......................................................................................................................................... 12
GESTÃO COMERCIAL DO PORTFÓLIO DE ENERGIA................................................................................................ 14
GESTÃO DO BALANÇO ENERGÉTICO ..................................................................................................................... 15
DESEMPENHO FINANCEIRO .......................................................................................................................... 16
RECEITA E MARGEM LÍQUIDA ............................................................................................................................... 16
CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS..................................................................................................................... 17
EBITDA................................................................................................................................................................... 18
RESULTADO FINANCEIRO ...................................................................................................................................... 18
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – IR/CSLL ..................................................................................... 20
LUCRO LÍQUIDO .................................................................................................................................................... 20
ENDIVIDAMENTO .................................................................................................................................................. 21
INVESTIMENTOS ................................................................................................................................................... 24
FLUXO DE CAIXA GERENCIAL ................................................................................................................................. 24
MERCADO DE CAPITAIS ......................................................................................................................................... 26
PERFORMANCE ESG ..................................................................................................................................... 26
DIRETRIZES E COMPROMISSOS ............................................................................................................................. 26
ANEXOS ....................................................................................................................................................... 28
INDICADORES OPERACIONAIS DO PERÍODO ......................................................................................................... 28
AES BRASIL ENERGIA – BALANÇO E DRE ................................................................................................................ 29
RESULTADOS POR FONTE - DRE............................................................................................................................. 30
DESEMPENHO DA GERAÇÃO POR FONTE.............................................................................................................. 31
ENDIVIDAMENTO .................................................................................................................................................. 33
INDICADORES ESG ................................................................................................................................................. 34

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DESTAQUES DO PERÍODO
• Assinatura de 50 MW médios em dois novos PPAs nas hídricas com início a partir de 2025 e suprimento
de 10 anos de energia convencional Sudeste;
• A AES GF1 Holding, subsidiária integral da Companhia, foi vencedora do processo competitivo da Unidade
Produtiva Isolada Cordilheira dos Ventos, pelo valor de R$ 42 milhões, no âmbito da Recuperação Judicial
da Renova. A UPI é constituída por parte dos projetos Facheiro II, Facheiro III e Labocó, localizados no
Estado do Rio Grande do Norte, próximo ao Complexo Cajuína e com capacidade de desenvolvimento
eólico de até 305 MW.
• A AES Operações, subsidiária da AES Brasil, celebrou a continuidade do acordo de investimento na
Guaimbê Holding em janeiro de 2022, com o aporte pelo Itaú de mais R$ 360 milhões em equity. Com a
subscrição das novas ações preferenciais, o Itaú passa a deter 23,72% do capital social; e
• Em março, a AES Brasil realizou a 1ª Emissão de Debêntures, totalizando R$ 1,1 bilhão a um custo de
CDI+2,30% a.a. e vencimento em março de 2025. O montante captado será direcionado ao
desenvolvimento das fases 1 e 2 de construção do Complexo Eólico Cajuína.

DESTAQUES FINANCEIROS – AES BRASIL


Indicadores Financeiros (R$ mil) 1T21 1T22 Var
Receita Líquida 556,7 676,8 21,6%
Compra de Energia¹ (108,9) (245,2) 125,2%
Custo de Operação e Despesas Operacionais² (98,7) (131,0) 32,3%
EBITDA 349,0 300,6 -13,9%
EBITDA Ajustado³ 307,7 313,3 1,8%
Margem EBITDA Ajustado³ (%) 55,3% 46,3% -9,0 p.p.
Lucro Líquido Ajustado4 69,2 70,9 2,5%
Margem Líquida Ajustada4 (%) 12,4% 10,5% -1.9 p.p.
¹Inclui encargos setoriais e de transmissão e exclui ressarcimento do GSF no 1T21 / ²Exclui depreciação e
amortização/ ³Exclui ressarcimento do GSF no 1T21 e Opex não recorrente em ambos os períodos/4 Exclui o impacto
do ressarcimento do GSF, líquido de imposto de renda

Em função da criação e listagem da AES Brasil Energia S.A. em 29 de março de 2021, as informações apresentadas
ao longo deste documento contemplam os resultados da AES Brasil referentes ao primeiro trimestre de 2022
(1T22) e da AES Operações (antiga AES Tietê) no mesmo período de 2021 (1T21).
Adicionalmente, com o intuito de auxiliar investidores e analistas no processo de modelagem, a Companhia
disponibiliza um arquivo Excel com o histórico dos dados financeiros e operacionais. Para acessá-lo, clique aqui.
Para a tabela com os demais indicadores operacionais do período, acesse aqui.

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EVENTOS SUBSEQUENTES
• Em 14 de abril, a Companhia assinou o termo aditivo ao Contrato de Concessão nº 092/1999, de modo a
formalizar o prazo de extensão da outorga das Usinas Hidrelétricas Água Vermelha, Barra Bonita, Bariri,
Ibitinga, Promissão, Nova Avanhandava, Caconde, Euclides da Cunha, Limoeiro e Pequena Central
Hidrelétrica Mogi-Guaçu. A publicação foi por feita por meio da Resolução Autorizativa nº 11.132/2022.
Adicionalmente, o processo de extensão do prazo de vigência das outorgas de autorização das Pequenas
Centrais Hidrelétricas São Joaquim e São José foi igualmente aprovado, conforme Resolução Autorizativa
nº 11.344/2022, sendo que este processo não enseja nenhum aditivo contratual.

A AES BRASIL
PERFIL CORPORATIVO
AES Brasil (Companhia) investe há mais de 20 anos no Brasil e é uma geradora de energia elétrica 100% renovável
do país, única Companhia na América Latina com classificação ESG nível “AAA” no MSCI1, um dos principais
rankings de avaliação a resiliência de uma empresa a riscos ESG.
Atualmente, possui portfólio diversificado (fontes hidráulica, eólico e solar) com capacidade instalada de 3,7 GW
em operação e 1,0 GW em construção, totalizando 4,7 GW de capacidade instalada exclusivamente renovável, e
plantas localizadas nos Estados de São Paulo, Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará.
Sua posição estratégica se destaca das demais geradoras por constituir um veículo de crescimento em energia
renovável, com investimento contínuo na expansão de seu parque gerador, bem como no desenvolvimento de
novas tecnologias e produtos inovadores, complementares ao seu posicionamento no mercado de energia. Da
comercialização da energia gerada por suas usinas ao desenvolvimento de soluções de energia renovável de
pequeno e grande porte, a AES Brasil se apresenta como viabilizadora da integração da sustentabilidade aos
negócios de seus clientes.

ESTRATÉGIA
A AES Brasil se diferencia pelo portfólio 100% renovável, foco no cliente e por sua excelência como gestora de
ativos. A meta da Companhia é aumentar sua capacidade de geração, diversificando seu portfólio com fontes não
hídricas e contratos de longo prazo. Pilar central desta meta é a diligência na avaliação das oportunidades de
crescimento, sempre prezando pela geração de valor aos seus acionistas.
Nossa Estratégia é ser a melhor escolha do cliente no mercado livre, oferecendo soluções resilientes,
competitivas e responsáveis.
Para saber mais sobre o portfólio de soluções e produtos da AES Brasil, acesse aesbrasil.com.br.

1 Em 2021, a AES Brasil recebeu a classificação ESG nível AAA pelo MSCI.
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COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA
A AES Brasil realizou, durante o 4T21, oferta pública de distribuição de ações, resultando no aumento do capital
social em R$ 1,1 bilhão mediante a emissão de 93 milhões de novas ações ordinárias. Abaixo destacamos a
composição acionária atual da Companhia:

Controlador¹ BNDESPar Eletrobras Outros


46,71% 8,04% 6,13% 39,12%

AES Brasil

Projetos
AES Operações
Greenfield²

¹ Participação indireta da The AES Corp por meio da AES Holdings Brasil S.A. e AES Holdings Brasil II S.A.
² Atualmente os projetos greenfield estão nas subsidiárias da AES Operações. A Companhia trabalha na estratégia de alteração da
estrutura societária para torná-los subsidiárias da AES Brasil em 2022.

PORTFÓLIO
A Companhia tem suas atividades regulamentadas e fiscalizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL),
vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME). Atualmente, a AES Brasil conta com um portfólio de ativos
renováveis com uma capacidade instalada total de 4,7 GW, sendo 3,7 GW operacionais e 1,0 GW em construção.
No total, a Companhia possui 2,7 GW de capacidade hídrica instalada, 1,7 GW de capacidade eólica (dos quais 1,0
GW estão em construção) e 295,1 MW de capacidade solar operacional.
Além disso, a Companhia possui um pipeline eólico e solar, ainda em negociação, que poderá adicionar até 1,3
GW de capacidade instalada. Após a finalização dos projetos em desenvolvimento e pertencentes ao pipeline, o
portfólio da Companhia contará com até 6,0 GW de capacidade instalada.

BREAKDOWN DO PORTFÓLIO
Capacidade Instalada Capacidade Instalada Capacidade Instalada Estimada
Operacional Contratada por Fonte Considerando Pipeline
8% 6% 11%
+1,0 GW em +1,3 GW
20% construção pipeline
44%
3,7 GW 37% 4,7 GW 6,0 GW
57%
44%
72%

Hídrica Eólica Solar Hídrica Eólica Solar Hídrica Eólica Solar

Atualmente, 28% da capacidade instalada operacional da Companhia está contratada no mercado regulado - ACR
(todas as eólicas e solares). Os projetos em construção estão 100% contratados no ambiente livre (eólicos),
atrelados à PPAs de longo prazo.

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FONTE EÓLICA
A Companhia possui mais de 1,7 GW de capacidade instalada eólica em seu portfólio, sendo 731,6 MW
operacionais adquiridos via M&A e 1.006,4 MW de projetos em construção, vinculados à PPAs de longo prazo.
Além disso, a Companhia possui cerca de 914 MW de pipeline de projetos eólicos prontos para contratação.
Cap. Garantia
% MWm Fim do Preço PPA5
Complexos Eólicos Local Entrada em operação Instalada Física MME Início do PPA Fim da Autoriz.
AES Brasil Contratado PPA (R$/MWm)
(MW) (MWm)
OPERAÇÃO

Complexo Alto Sertão II 386,1 179,8 184,4 - - - -

LER 2010 BA 100% 2014 167,7 76,2 83,2 set/13 ago/33 229,04 2046

LEN 2011 BA 100% 2015 218,0 103,6 101,2 jan/16 dez/35 185,06 2047

Complexo Ventus 187,0 58,3 65,8 - - - -

LER 2009 RN 100% 2014 187,0 58,3 65,8 jul/12 mai/34 291,82 2045

Complexos Mandacaru e Salinas 158,5 68,4 66,7 - - - -

Mandacaru - LER 2009/ LEN 2011¹ CE 100% 2014 108,1 49,4 46,6 nov/143 out/343 211,33 2047

Salinas - LER 2009² RN 100% 2014 50,4 19,0 20,1 mar/14 fev/34 269,37 2045

CONSTRUÇÃO

Complexo Tucano - - - 322,4 146,9 130,0 - - - -

PPA Unipar I (autoprodução) BA 50% 2S22e 155,0 71,4 60,0 jan/23 dez/42 - 2055

PPA Anglo BA 100% 2S22e 167,4 75,5 70,0 jan/22 dez/46 - 2055

Complexo Cajuína - - - 684,0 263,7 282,0 - - - -

PPA Minasligas RN 100% 1S23e 45,6 22,9 21,0 jan/23 dez/42 - 2055

PPA Ferbasa RN 100% 1S23e 165,3 83,7 80,0 jan/24 dez/43 - 2055

PPA Copel RN 100% 1S23e 11,4 6,1 4,0 jan/23 dez/35 - 2055

PPA BRF (autoprodução) RN 76% 1S23e 165,3 84,5 80,0 jan/24 dez/38 - 2055

PPA Unipar III (autoprodução) RN 90% 1S23e 91,2 44,2 44,0 jan/24 dez/43 - 2055

Novos PPAs4 (autoprodução) RN - - 114,0 - 53,0 - - - -

PIPELINE

Complexo Tucano BA - - 260,4 - - - - - -

Complexo Cajuína RN - - 653,7 - - - - -


¹ Parques Santo Antônio de Pádua, São Cristóvão e São Jorge (64,0 MW de capacidade instalada): LEN 2011 / Parques Embuaca e Icaraí (44,1 MW de capacidade instalada): LER
2009; 2 Parques Bela Vista (Areia Branca) e Mar e Terra (50,4 MW de capacidade instalada): LER 2009; 3 Para os parques Santo Antônio de Pádua, São Cristóvão e São Jorge. Icaraí
teve sua entrada em operação em julho de 2013 e Embuaca iniciou suas operações em abril de 2014; 4 Efetividade dos PPAs condicionados à assinatura dos Acordos de
Investimento; 5 Data base: março/22

FONTE SOLAR
Atualmente, a Companhia possui 295,1 MW de capacidade instalada solar em operação, além de um pipeline de
378,0 MW de capacidade instalada pronta para contratação (Projeto Solar Arinos), a ser desenvolvido em um
momento em que as condições de mercado se mostrem favoráveis.
Garantia Física
% Participação AES Entrada em Cap. Instalada MWm Início do Fim do Preço PPA¹ Fim da
Complexos Solares Local MME
Brasil Operação (MW) Contratado PPA PPA (R$/MWm) autoriz.
(MWm)
OPERAÇÃO

Complexo Guaimbê – LER 2014 SP 100% 2018 150,0 29,5 29,5 out/17 set/37 324,52 2050

Complexo Ouroeste - - - 145,1 35,7 35,7 - - - -

Boa Hora – LER 2015 SP 100% 2019 69,1 15,9 15,9 nov/18 out/38 394,47 2051

Água Vermelha – LEN 2017 SP 100% 2019 76,0 19,8 19,8 jan/21 dez/40 181,69 2053

PIPELINE

Solar Arinos MG - - 378,0 - - - - - -

¹ Data base: março/22

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FONTE HÍDRICA
Localização Capacidade Instalada Garantia Física
Usinas Hidrelétricas Bacia Hidrográfica Vencimento da Concessão
(Estado) (MW) (MWm)
Água Vermelha SP Rio Grande 1.396,2 731,0 ago/2032

Bariri SP Tietê 143,1 62,7 jul/2032

Barra Bonita SP Tietê 140,8 47,8 mai/2032

Caconde SP Rio Grande 80,4 33,2 mai/2032

Euclides da Cunha SP Rio Grande 108,8 49,2 jun/2032

Ibitinga SP Tietê 131,5 70,3 ago/2032

Limoeiro SP Rio Grande 32,0 14,8 jul/2032

Nova Avanhandava SP Tietê 347,4 132,1 mai/2032

Promissão SP Tietê 264,0 98,8 set/2032

PCH Mogi SP Mogi Guaçu 7,2 4,0 jul/2032

PCH S. Joaquim SP Mogi Guaçu 3,0 1,3 jun/2036

PCH S. José SP Mogi Guaçu 4,0 1,6 jun/2036

Total Portfólio Hídrico 2.658,4 1.246,8

PROJETOS EM CONSTRUÇÃO
A Companhia está na fase final de construção de 322,4 MW de capacidade instalada no Complexo Eólico Tucano,
na Bahia, com início da entrada em operação comercial estimada para o segundo semestre de 2022, e
desenvolvendo outros 684,0 MW de capacidade instalada no Complexo Cajuína, no Rio Grande do Norte, cuja
entrada em operação é estimada para 2023.
No Complexo Eólico Tucano, a evolução geral do projeto já ultrapassa 69%. Durante o 4T21, as obras da
subestação e linha de transmissão de 50 km ligadas ao parque foram concluídas, com a energização ocorrida em
novembro, e as obras civis encontravam-se em fase de finalização. Atualmente, a montagem de 14 dos 52
aerogeradores que constituem o projeto foi concluída. A estimativa é que a operação em testes seja iniciada em
junho de 2022.
O Complexo Eólico Cajuína - Fase 1 está em fase de construção Civil e da Subestação, com mais de 400 pessoas
trabalhando no local. Atualmente, mais de 3% do projeto foi executado, sendo 13% de todo o trabalho civil e 5%
dos trabalhos na Subestação de Caju e na conexão da Subestação de Açu III. A expectativa é que a montagem dos
aerogeradores seja iniciada no segundo semestre de 2022.

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Complexo Eólico Complexo Eólico Complexo Eólico Complexo Eólico Complexo Eólico
Complexo
Tucano Cajuína – Fase 1 Cajuína – Fase 2 Tucano Cajuína
Solar Arinos (pipeline)
(em construção) (em construção) (em construção) (pipeline) (pipeline)
Características Gerais

Capacidade Instalada¹ (MW) 322,4 313,5 370,5 260,4 653,7 378,0

Localização BA RN RN BA RN MG

Quantidade de Aerogeradores (WTGs) 52 55 65 - - -

Fator de Capacidade Estimado (P50) 49% 55% 54% 50% 58% 32%

Energia Vendida (MWm) 130 282 282 - - -

Nº de PPAs Supridos6 2 4 4 - - -

Duração Média dos PPAs 17,4 anos 18,3 anos 18,7 anos - - -

Fim da Autorização 2055 2055 2055 2055 2055 2055

Construção

Início da Construção Fev/21 Dez/21 Mai/22 - - -

Entrada em Operação (e) 2S22 2023 2023 - - -

Aerogeradores em Teste 0 0 0 - - -

Outorga ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓

Parecer de Acesso² ✓ ✓ ✓4 ✓ ✓ ✓

Benefício TUST/TUSD ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓

Características Financeiras
≅80% do capex total
Financiamento Em estruturação Em estruturação - - -
(Debêntures + BNB)
Capex 2022-20265 (R$ mi) 615,0 979,1 1.716,7 - - -

Capex (R$ mi/MW)5 4,6 5,2 5,7 - - -


¹ Passível de alteração em caso de mudança no layout no projeto; ² Documento que formaliza a conexão do ativo à rede de transmissão; ³ Contrato de Uso do
Sistema de Transmissão (CUST) e o Contrato de Conexão à Transmissão (CCT); 4 Parecer de acesso em processo de alteração para 13 dos 65 aerogeradores, resultado
da alteração de layout do projeto; 5 Valores reais em fev/22, proporcional à participação da AES Brasil nos projetos com constituição de joint ventures; 6 Contrato
com BRF suprido por ambas as fases

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DESEMPENHO OPERACIONAL
GERAÇÃO CONSOLIDADA
O total de energia gerada pelos ativos da Companhia foi de 3.237,6 GWh no 1T22, desempenho 12,6% superior
ao mesmo período do ano anterior (2.876,6 GWh). O desempenho operacional por fonte será detalhado em
seguida.

GERAÇÃO HÍDRICA
Estrutura do Sistema
A receita decorrente da geração hídrica está relacionada à estratégia de alocação de energia adotada pela
Companhia, e não diretamente ao seu volume de geração, uma vez que as hidrelétricas fazem parte do
Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), mecanismo financeiro de compartilhamento do risco hidrológico.

9
As usinas da AES Brasil representam 2,2% de toda a garantia física hídrica que compõe este sistema de
compartilhamento de risco hidrológico. Neste contexto, os resultados decorrentes da geração hidrelétrica não
estão relacionados puramente ao volume de geração da Companhia, mas sim ao desempenho de todo o conjunto
de usinas pertencentes a este mecanismo, de forma proporcional à representatividade de cada agente neste
sistema.
O despacho das usinas hidrelétricas pertencentes ao MRE é determinado pelo Operador Nacional do Sistema
(ONS) e foi maior no 1T22, em decorrência das melhores afluências no período quando comparado ao cenário
hídrico adverso registrado ao longo de 2021. Até o último trimestre de 2021, a política de gestão adotada pelo
governo priorizou a preservação e recuperação dos níveis de reservatórios em detrimento do despacho das usinas
hídricas, colaborando para o aumento da segurança energética do sistema.

Desempenho AES Brasil


Com a melhora significativa no cenário hídrico, houve um gradual aumento no despacho das usinas hídricas e
redução do despacho das usinas térmicas fora da ordem de mérito (8,5 GWm no 1T22 vs. 11,2 GWm no 1T21). A
decisão do ONS é pautada na avaliação constante do cenário hídrico, níveis de reservatório e expectativa de
afluência, para que possa garantir a segurança do sistema.
Assim, o volume total de energia bruta gerada pelas usinas hidrelétricas da AES Brasil atingiu 2.676,0 GWh no
1T22, 14,4% acima do montante averiguado no mesmo período de 2021 (2.338,8 GWh), reflexo da maior afluência
(110,5% da Média de Longo Termo - MLT no SIN no 1T22 vs. 74,7% da MLT no SIN no 1T21) e recuperação dos
níveis de reservatórios do sistema (nível dos reservatórios no SIN: 33,2% no início e 69,9% ao final do 1T22 vs.
24,7% no início e 45,2% ao final do 1T21).
Ao longo do trimestre, houve uma recuperação dos níveis de afluência nas bacias do Rio Grande e Rio Tietê (97,0%
e 82,7% da MLT no 1T22 vs. 59,0% e 62,9% da MLT no 1T21, respectivamente), o que colaborou para a recuperação
dos níveis dos reservatórios equivalentes da AES Brasil (81,1% ao final do 1T22 vs. 51,0% ao final do 1T21).
As usinas localizadas nas Bacias do Rio Tietê registraram aumento de 16,6% na geração no 1T22, enquanto as
usinas localizadas na Bacia do Rio Grande apresentaram aumento de 12,7% no 1T22 quando comparadas ao
mesmo período de 2021.
No caso das usinas participantes do MRE, o principal balizador do desempenho operacional é o índice de
disponibilidade.
No período, as usinas hidrelétricas da AES Brasil apresentaram disponibilidade média de 97,2%, 4,4 p.p. acima
do valor registrado no 1T21, reforçando a excelência da Companhia na operação e manutenção de seus ativos.
Geração Hídrica (GWh) Disponibilidade (%)

+14% +5%
2.676 97,2
2.339 92,8

1T21 1T22 1T21 1T22

Para tabela com maiores detalhes da geração hidrelétrica por usina nos períodos referenciados, clique aqui.
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10
GERAÇÃO EÓLICA
A geração eólica bruta foi de 408,0 GWh no 1T22, aumento de 1,1% quando comparada ao mesmo período do
ano anterior (403,7 GWh2 no 1T21). Abaixo destacamos as principais variações entre os períodos:
• Alto Sertão II: redução de 11,4% nos níveis de geração eólica bruta (267,3 GWh no 1T22 vs 301,6 GWh no
1T21), decorrente principalmente da incidência do processo de curtailment no 1T22 que impossibilitou a
geração de 18,8 GWh no período. O curtailment é uma restrição involuntária de geração das usinas
requisitada pelo ONS, sobretudo pela capacidade insuficiente de escoamento da energia eólica gerada na
região. Há discussões em andamento junto à ANEEL para definição das regras de ressarcimento aos
geradores afetados por tal restrição.
A velocidade dos ventos manteve-se estável entre os períodos (7,5 m/s no 1T22 e 1T21) e a disponibilidade
média do parque no 1T22 foi de 96,0% (vs. 95,7% no 1T21).
• Ventus: a geração no complexo totalizou 73,5 GWh no 1T22, redução de 28,0% em relação ao 1T21 (102,1
GWh), reflexo da menor velocidade dos ventos entre períodos (6,6 m/s no 1T22 vs. 7,1 m/s no 1T21),
parcialmente mitigado pelo aumento da disponibilidade do parque (81,1% no 1T22 vs. 78,8% no 1T21).
• Mandacaru e Salinas: os complexos foram adicionados ao portfólio da Companhia durante o 2T21. A energia
gerada no 1T22 totalizou 67,1 GWh. A disponibilidade média dos ativos atingiu 78,6% no período.
A estratégia da AES Brasil consiste em efetuar o turnaround operacional e financeiro dos ativos eólicos adquiridos
(Complexos Ventus, Mandacaru e Salinas) para geração de valor adicional, assim como realizado em Alto Sertão
II.

Geração Eólica (GWh) Disponibilidade Média Média dos Ventos (m/s)


Consolidada (%)3
+1% +1% 7,6 7,5
408 90,2 91,1
7,5
404
7,1 6,6

6,5

1T21 1T22
1T21 1T22 1T21 1T22 Alto Sertão II Ventus Mandacaru e Salinas

Para tabela com maiores detalhes da geração eólica por complexo nos períodos referenciados, clique aqui.
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2A geração eólica bruta do 1S21 foi recontabilizada pela CCEE durante o 4T21 e os valores foram alterados
3Para fins de comparação, não considera disponibilidade dos complexos Mandacaru e Salinas, adicionados ao portfólio da Companhia no 2T21.
Disponibilidade média ponderada pela capacidade instalada de cada ativo
11
GERAÇÃO SOLAR
No 1T22, os complexos solares registraram geração bruta de 153,7 GWh, aumento de 14,7% em comparação ao
1T21 (134,0 GWh), decorrente da maior disponibilidade média nas usinas da Companhia, reflexo da retomada da
operação comercial de 100% dos equipamentos em Guaimbê e Água Vermelha – parte indisponível em função de
falhas ocorridas entre o 4T20 e o 1T21, cuja manutenção e troca foi coberta pela garantia do fornecedor.
• Complexo Solar Guaimbê: a geração solar bruta totalizou 72,6 GWh, aumento de 6,8% se comparado ao
mesmo período de 2021 (68,0 GWh), reflexo, principalmente, da maior disponibilidade da usina (99,7%
no 1T22 vs. 95,6% no 1T21), parcialmente compensado pela menor irradiância no trimestre (248,0 W/m²
no 1T22 vs. 251,2 W/m² no 1T21).
• Complexo Ouroeste: a geração solar bruta totalizou 81,1 GWh, aumento de 22,7% em relação ao mesmo
período de 2021 (66,1 GWh), sendo 39,5 GWh em Boa Hora e 41,5 GWh em Água Vermelha (+1,4% e
+53,4% vs. 1T21, respectivamente). O desempenho das usinas reflete a maior irradiância observada no
período, combinada com a maior disponibilidade em Água Vermelha, de 97,2% no 1T22 vs. 70,1% no 1T21.

Geração Solar (GWh) Disponibilidade Média


Consolidada (%)4 Irradiância Média (W/m²)

+15% +10%
154 98,9
90,1

134

1T21 1T22 1T21 1T22

Para tabela com maiores detalhes da geração solar por complexo nos períodos referenciados, clique aqui.
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DESEMPENHO COMERCIAL
MERCADO DE ENERGIA
O primeiro trimestre de 2022 foi marcado pela melhora significativa da situação adversa da hidrologia
apresentada durante todo o ano de 2021. A melhora nas afluências levou o aumento dos principais reservatórios
do SIN, refletindo de maneira positiva o cenário hídrico do país.

4 Disponibilidade média ponderada pela capacidade instalada de cada ativo


12
Os reservatórios do Brasil registraram níveis de volume útil de 69,9% ao final do 1T22, aumento de 24,7 p.p em
relação ao mesmo período de 2021 (45,2%). A evolução apresentada pode ser explicada pela maior afluência no
SIN na comparação dos períodos (110,5% da MLT no 1T22 vs. 74,7% da MLT no 1T21)
Em 2021, a política de gestão adotada pelo Operador Nacional do Sistema foi a de priorizar a segurança energética
por meio da preservação e recuperação dos níveis de reservatórios, o que culminou em um menor despacho
hídrico e um maior volume de despacho proveniente das usinas térmicas no período, colaborando para o registro
de níveis acentuados de rebaixamento ao longo de todos os trimestres de 2021.
No 1T22, observa-se uma redução do despacho térmico no sistema (despacho médio de 8,5 GWm ao longo do
1T22 vs. despacho médio de 11,2 GWm ao longo do 1T21 e 13,3 GWm ao longo do ano de 2021).
Hidrologia Mensal Observada – SE/CO (% MLT e MWm)
120.000 Afluência Diária (MWm) MLT (MWm)

100.000

80.000

60.000

40.000

20.000

0
jan 20 fev 20 abr 20 jun 20 ago 20 out 20 dez 20 fev 21 abr 21 jun 21 ago 21 set 21 nov 21 jan 22 mar 22

[%MLT)
74 106 102 87 80 77 80 85 68 53 58 63 69 72 75 63 63 66 61 60 56 94 93 88 107 108 76

Em função das explicações apresentadas, o GSF médio observado no 1T22 foi de 95,5%, vs. 86,0% registrado no
1T21, e o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) médio para o submercado SE/CO foi R$ 58,18/MWh no 1T22,
66,3% inferior ao valor registrado no 1T21 (R$ 172,79/MWh).
GSF1 (%)

95,5 97,0
86,0
71,9
63,0
51,2

1T 2T 3T 4T Ano

2021 2022
¹ GSF contabilizado pela CCEE no MRE nas liquidações financeiras efetuadas ao longo de 2022 e 2021.

Histórico PLD SE/CO (R$/MWh)


584 584 577

337
243 249
219
166
109 133
63 88 67
56
56

jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2021 2022
Fonte: CCEE

13
GESTÃO COMERCIAL DO PORTFÓLIO DE ENERGIA
Como parte da estratégia de gestão de risco do portfólio, a Companhia realizou, de maneira conservadora,
operações de compra de energia antecipada ao longo de 2021 com o objetivo de mitigar a ameaça de exposição
ao risco hidrológico em 2021 e 2022. Desta forma, o nível de contratação hídrica do portfólio é de 74% para 2022.
Além da gestão ativa no curto prazo, focada principalmente na otimização do balanço energético e nível de
contratação em 2022 e 2023, o time comercial está focado em elevar o nível de contratação para os anos de 2024
em diante.
Por meio de sua inteligência de mercado, a AES Brasil combina a estratégia de contratação de PPAs de longo prazo
em novos projetos eólicos e curto e médio prazo no portfólio hídrico, dada a maior atratividade dos preços de
contratação.

Evolução do portfólio5 - MWm

Nível de Contratação Hídrica 74% 77% 71% 50% 30%

Preço Médio (compra-venda)1 Hídrico (Bilateral) (R$/MWh) 167 178 166 157 153

Preço Médio de Venda¹ Eólico e Solar2 (R$/MWh) 237 227 210 210 210

Nível de Contratação Total 80% 74% 80% 67% 54%

1.912 1.916 1.916 1.916


1.647 286 277
112 494
316 203 723
20 140
857 152
931 612
901 371

492 670 670 670


410
2022 2023 2024 2025 2026
Energia Descontratada Convencional Energia Descontratada Incentivada Energia Hídrica Contratada Energia Eólica e Solar Contratadas

1 - Preço antes dos impostos, data base: mar/22; 2 - Considera Complexo Eólico Tucano a partir do 2S22 e Complexo Eólico Cajuína a partir de 2023.
Nota: parcela descontratada considera energia disponível para venda + hedge GSF

5 Valores reais com base em março de 2022. Exclui perdas e consumo interno (garantia física líquida)
14
GESTÃO DO BALANÇO ENERGÉTICO
Em 2022, a Companhia adotou a estratégia de seguir à alocação do MRE6, mecanismo financeiro que visa o
compartilhamento do risco hidrológico.
Alocação da garantia física: a alocação da garantia física é parte da estratégia de sazonalização de energia, ou
seja, o quanto da capacidade de geração hídrica, em MW médios, a Companhia irá alocar mês a mês do ano
vigente para atender seus contratos de venda de energia e aproveitar de oportunidades de mercado.
Comercialização de energia: a mesa comercializadora tem o objetivo de adequar o balanço energético da
Companhia, por meio do melhor entendimento da volatilidade dos preços, visão clara sobre a liquidez de mercado
e suas oportunidades.
A gestão integrada entre as áreas comerciais e de inteligência permite que a AES Brasil antecipe os efeitos da
hidrologia nos preços de mercado e adeque seu balanço energético de forma a mitigar os riscos de exposição ao
mercado de curto prazo.

Balanço Energético
Diante da estratégia integrada de gestão do balanço energético da Companhia, o volume de garantia física alocado
no primeiro trimestre de 2022, após perdas e MRA (Mecanismo de Redução da Energia Assegurada), foi 3,7%
menor quando comparado ao volume alocado no 1T21, principalmente em função da alocação dos agentes do
sistema e do maior nível dos reservatórios, reflexo do aumento significativo das chuvas desde o começo de 2022.
Em função do cenário hídrico adverso durante o ano de 2021 e buscando mitigar os efeitos e recompor o lastro
para 2022, a Companhia realizou as compras antecipadas para equalização do balanço energético desse ano.
Para o 1T22, foi comprado 876.824 MWh a um preço médio de R$ 223,6/ MWh vs. 519.872 MWh no 1T21 a um
preço médio de R$ 176,7/ MWh .
A maior venda de energia no período (3.289.140 MWh no 1T22 vs. 2.842.442 MWh no 1T21) reflete a gestão
comercial ativa da Companhia na busca por oportunidades que possam complementar o portfólio e maximizar o
resultado.

Comercialização Varejista
A Companhia destaca sua atuação no mercado varejista, no qual ocupa posição de destaque dentre os agentes.
Desde sua criação em 2019, o braço varejista da AES Brasil fechou contratos com 45 clientes, totalizando
38,3 MWm comercializados. Apenas no 1T22, o volume negociado já supera todo o volume contratado ao longo
de 2021 inteiro.
Com o intuito de permanecer em uma posição vantajosa neste mercado, a AES Brasil viabiliza colaborações com
parceiros selecionados, proporcionando maior proximidade com o cliente final, além da simplificação e
desburocratização do acesso ao mercado livre e a facilidade de acesso à energia com preços competitivos para
seu perfil de consumo.

6 Mecanismo de Realocação de Energia


15
Com uma base de clientes com perfis de consumo diversificados, a Companhia reduz os riscos de crédito, uma vez
que, dentro de um portifólio mais amplo, cada cliente individual possui menor peso e capacidade de influência, e
simplifica a gestão da energia, dadas as diferentes configurações de demanda.
Evolução do portfólio Varejista (MWm, acumulado entre períodos)

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DESEMPENHO FINANCEIRO
Em função da criação e listagem da AES Brasil Energia S.A. em 29 de março de 2021, as informações apresentadas
ao longo deste documento contemplam os resultados da AES Brasil Energia S.A. referentes ao primeiro trimestre
de 2022 e resultados da AES Operações (antiga Tietê Energia) para o mesmo período de 2021.
Para mais detalhes, estão disponíveis, no item “Dados Consolidados”, o balanço social e as demonstrações
financeiras tanto da AES Brasil Energia quanto da AES Brasil Operações.

RECEITA E MARGEM LÍQUIDA


A receita operacional líquida totalizou R$ 676,8 milhões no 1T22, representando um aumento de 21,6% ou
R$ 120,1 milhões em comparação com o 1T21 (R$ 556,7 milhões).
A margem operacional líquida7 da AES Brasil totalizou R$ 431,6 milhões no 1T22, representando um amento de
4,8% ou R$ 19,7 milhões em comparação com a margem operacional ajustada pelo ressarcimento do GSF (R$ 35,9
milhões) do 1T21. A variação pode ser explicada, principalmente, pela:
• Hídrica: ganho de R$ 2,5 milhões na margem hídrica, reflexo do maior volume de energia vendida no
período (1T22: 3.289.140 MWh a um preço médio de R$ 181,2/MWh vs. 1T21: 2.842.442 MWh a um
preço médio de R$ 173,4/MWh), parcialmente compensada pelo maior volume de compra de energia no
período (1T22: 876.824 MWh a um preço médio de R$ 223,6/MWh vs. 1T21: 519.872 MWh a um preço
médio de R$ 176,7/MWh);

7 Receita líquida menos compra de energia para revenda, taxas e encargos setoriais.
16
• Solar: aumento de R$ 8,4 milhões na margem solar, principalmente, pela maior receita dos complexos
Guaimbê e Boa Hora em função da melhora da disponibilidade e irradiância dos ativos no 1T22 e pelo
maior ressarcimento da CCEE no Complexo AGV, decorrente da melhor geração no período; e
• Eólica: aumento de R$ 9,8 milhões na margem eólica em função da contribuição dos Complexos
Mandacaru e Salinas que entraram para o portfólio da Companhia no 2T21, parcialmente compensado,
pelo curtailment no 1T22 que impossibilitou a geração de 18,8 GWh em Alto Sertão II.
Margem Líquida (R$ milhões)
4,8%
447,8
9,8 431,6
8,4
411,9 2,5 -1,0
-35,9

1T21 Ressarcimento 1T21 Ajustado Hídrica Solar Eólica Outros 1T22


GSF (1T21)

A coluna de “Outros” considera as subsidiárias integrais

CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS


Os custos operacionais e despesas gerais e administrativas (excluindo depreciação e amortização) totalizaram
R$ 131,0 milhões no 1T22. Excluindo os efeitos não recorrentes do trimestre, os custos operacionais e despesas
gerais e administrativas atingiram R$ 118,3 milhões, aumento de 13,6% em comparação com o resultado ajustado
por não recorrentes no 1T21 (R$ 104,2 milhões). Abaixo, os principais destaques:
• Não recorrentes 1T21: referem se, principalmente, ao: (i) recebimento de R$ 2,7 milhões relativos a rateio
oriundo do processo de falência do Banco Santos; (ii) à apuração de ganho de sinistro no Complexo Eólico
Ventus, no montante de R$ 2,0 milhões; e (iii) a reclassificação de ativos para Capex, realizada no 1T21,
no valor de R$ 1,2 milhão, os quais melhoraram o resultado daquele período;
• Inflação: correção pela inflação em todos dos custos e despesas do período, totalizando uma variação de
R$9,8 milhões;
• Opex novos ativos: gastos relacionados aos contratos de operação e manutenção dos Complexos
Mandacaru e Salinas que começaram a fazer parte do portfólio da Companhia no 2T21;
• Manutenção eclusas: gasto de R$ 11,0 milhões referente a manutenção bianual de eclusas das usinas
hídricas da Companhia; e
• Não recorrentes 1T22: aumento de R$ 1,7 milhão relacionado ao fechamento do preço de compra do
Complexo Solar Guaimbê Holding pela Companhia.

17
Custos e Despesas Operacionais Trimestrais (R$ milhões)
+13,6% 131,0
1,7
118,3 11,0
3,6 0,8
104,2 9,8
98,8 5,4

1T21 Não 1T21 Ajustado Inflação Opex Novos Outros 1T22 Ajustado Manutenção Não 1T22
Recorrentes Ativos Recorrentes Bi-anual das Recorrentes
1T21 eclusas 1T22

EBITDA
A AES Brasil registrou um Ebitda ajustado de R$ 313,3 milhões no 1T22, valor 1,8% superior quando comparado
ao Ebitda Ajustado do 1T21 (R$ 307,7 milhões). A variação pode ser explicada, principalmente:
• Solar: incremento de R$ 3,8 milhões decorrente, principalmente, da melhor disponibilidade dos
complexos de AGV e Guaimbê na comparação entre os períodos;
• Eólico: incremento de R$ 3,9 milhões, em função da entrada em operação dos complexos eólicos
Mandacaru e Salinas a partir do 2T21;
• Custos e Despesas AES Brasil: despesas gerais e administrativas da AES Brasil Energia S.A. no montante
de R$ 5,5 milhões, explicado, principalmente, pelas despesas de pessoal no valor de R$ 3,6 milhões e
serviços de terceiros no valor de R$ 1,1 milhão.
EBITDA (R$ milhões)
349,0 +1,8%
3,8 3,9 3,4 313,3
307,7 0,1 300,6
-35,9 -5,4 -5,5
-12,7

1T21 Ressarcimento Opex Não- 1T21 Hídrica Solar Eólica Outros Custos e 1T22 Opex Não- 1T22
GSF Recorrente Ajustado Despesas AES Ajustado Recorrente
1T21 Brasil Energia 1T22

A coluna de “Outros” considera as subsidiárias integrais

RESULTADO FINANCEIRO
No 1T22, a Companhia registrou uma melhora de R$ 8,9 milhões no resultado financeiro líquido em comparação
com o 1T21. A variação pode ser explicada, principalmente, pela melhora nas receitas financeiras, parcialmente
compensada pelo aumento nos encargos de dívida no período. Abaixo destacamos a abertura na comparação
entre os trimestres:

18
Resultado Financeiro
1T21 1T22 Var.
(R$ milhões)
Receitas Financeiras 8,3 81,9 866,7%
Renda de aplicações financeiras 4,1 50,6 1.134,1%
Renda de cauções e depósitos judiciais 0,7 5,5 685,7%
Outras 3,5 1,4 -60,0%
Variações Cambiais - 24,4 n.a.
Despesas Financeiras (112,2) (176,9) 57,7%
Encargos de Dívida (57,9) (145,3) 150,9%
Atualização Monetária Debênture/Empréstimos (43,6) (57,1) 31,0%
Atualização Monetária de obrigações de aquisições (0,3) (6,7) 2.133,3%
Atualização Monetária de processos judiciais (3,2) (3,2) 0,0%
Atualização Monetária de ressarcimento 0,0 (12,8) n.a.
Imposto sobre Operações Financeiras - IOF 0,0 (5,5) n.a.
Juros Capitalizados transf. p/ o imobilizado/intangível em curso 3,0 65,9 2.096,7%
Outras (7,9) (6,9) -12,7%
Variações Cambiais (2,3) (5,3) 130,4%
Resultado Financeiro (103,9) (95,0) -8,6%

Receitas Financeiras
As receitas financeiras somaram R$ 81,9 milhões no 1T22, R$ 73,6 milhões a mais em comparação ao registrada
no 1T21 (R$ 8,3 milhões). Essa variação é explicada, principalmente, pela:
• Renda de aplicações financeiras: variação de R$ 45,6 milhões decorrente: (i) da melhor estratégia de
alocação dos recursos disponíveis para aplicação; (ii) maior saldo médio de caixa na comparação entre os
períodos; e (iii) maior taxa média de rentabilidade no período (CDI 1T22: 11,65% vs. 1T21: 2,02%);
• Variação Cambial: ganho de R$ 24,4 milhões decorrente: (i) das operações de SWAP relacionadas a
contratação de equipamentos em moedas estrangeiras para os projetos de crescimento; e (ii)
empréstimos atrelados à moeda estrangeira.

Despesas Financeiras
As despesas financeiras somaram R$ 176,9 milhões no 1T22, montante 57,7% maior comparado ao mesmo
período de 2021. A variação é explicada, sobretudo:
• Encargos de Dívida e Atualização Monetária de Debêntures, Empréstimos e financiamentos: variação
de R$ 100,9 milhões, em função: (i) do maior saldo de dívida registrado na comparação entres os
períodos; (ii) maior IPCA9 acumulado dos últimos 12 meses (2022: 11,30% vs. 2021: 6,10%); e (iii) maior

19
custo atrelado ao CDI dos últimos 12 meses, pelo aumento da taxa ao longo do período (2022: 6,19% vs.
1,94% em 2021)8; e
• Juros Capitalizados: aumento nos juros transferidos para o imobilizado e intangível em curso, decorrente
dos financiamentos tomados a nível da AES Brasil Operações para a construção do Complexos Eólicos
Tucano e Cajuína no valor de R$ 62,9 milhões.

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – IR/CSLL


Durante o 3T21, a Companhia realizou uma reorganização societária com a incorporação uma SPE com prejuízo
fiscal. Com isso, a AES Brasil reconheceu o imposto de renda diferido ativo no montante de R$ 532,6 milhões de
acordo com probabilidade de realização de lucros futuros. A transação teve sua conclusão em 30 de novembro de
2021 e a compensação ocorrerá dentro do prazo de concessão das Usinas Hídricas que findam em 2032.

No 1T22, a AES Brasil reconheceu IR/CSLL corrente a pagar no montante de R$ 22,0 milhões, uma redução de
44,6% comparado ao imposto 1T21 de R$ 39,7 devido a menor base tributável na comparação entre os períodos.
O imposto diferido do 1T22 foi de R$ 14,7 milhões comparado a um diferido negativo de R$ 2,2 milhões no 1T21,
em função, principalmente, de variações nas diferenças temporárias, em especial do ajuste no valor acordo do
GSF ocorrido no 1T21.

LUCRO LÍQUIDO
Em função dos fatores mencionados acima, o lucro líquido consolidado do 1T22 foi de R$ 70,9 milhões, aumento
de 3% em comparação ao lucro líquido ajustado pelo efeito líquido de impostos do ressarcimento do GSF
registrado no 1T21.

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8 Indexadores referentes ao período de abril de 2021 a março de 2022


20
ENDIVIDAMENTO
Dívida Bruta e Líquida
A dívida bruta consolidada da AES Brasil encerrou 31 de março de 2022 em R$ 6.459,2 milhões e sua controlada,
AES Brasil Operações, encerrou o 1T22 com dívida bruta9 consolidada de R$ 5.358,3 milhões, 13,1% inferior à
posição de dívida bruta do mesmo período de 2021 (R$ 6.167,2 milhões).
A variação da dívida bruta da AES Brasil Operações entre os períodos é explicada, principalmente, pelo: (i)
vencimento das 4ª, 5ª e 6ª emissões de notas promissórias no montante de R$ 500 milhões; (ii) conclusão da
aquisição dos Complexos Mandacaru e Salinas, em maio de 2021, com assunção da dívida do projeto com saldo
atual de R$ 306 milhões; (iii) pré pagamento da 7ª emissão de debêntures, no montante de R$ 767 milhões, em
novembro de 2021; (iv) captação da 1ª debênture de Tucano Holding II, de R$ 300 milhões, desembolsada no
4T21; e (v) juros e atualizações monetárias incorridos entre os períodos.
Adicionalmente, em março, a AES Brasil realizou a 1ª Emissão de Debêntures, totalizando R$ 1,1 bilhão a um custo
de CDI+2,30% a.a. e vencimento em março de 2025. O montante captado será direcionado ao desenvolvimento
das fases 1 e 2 de construção do Complexo Eólico Cajuína.
Em 31 de março de 2022, o caixa10 consolidado da AES Brasil somava R$ 2.225,4 milhões, e a AES Brasil Operações
finalizou o primeiro trimestre de 2022 com um caixa11 de R$ 1.940,0 milhões, 18,8% superior ao caixa do mesmo
período de 2021, de R$ 1.632,7 milhões. Desta forma, a dívida líquida consolidada da AES Brasil e da AES
Operações é apresentada conforme abaixo:
AES Brasil Operações AES Brasil Var.
Endividamento AES Brasil
1T21 Operações AES Brasil Operações
(R$ milhões) 1T22
1T22
Dívida Bruta 6.459,2 6.167,3 5.358,3 -13,1%
Disponibilidades 2.225,4 1.632,7 1.940,0 18,8%
Dívida Líquida 4.233,8 4.534,6 3.418,3 -24,6%
Alavancagem (x)
não se aplica 2,07x 3,87x 1,8 p.p.
(Dívida Líquida/EBITDA Ajustado)

Covenants - AES Brasil Operações


Após renegociação com os credores da 5ª e 6ª emissões de debêntures da AES Brasil Operações, em setembro
de 2021, e com o pré-pagamento da 7ª emissão de debêntures no 4T21, o limite mais restritivo estabelecido pelas
dívidas da Companhia, que era de 3,85x, passou a ser de 4,5x para a razão entre a Dívida Líquida e o Ebitda
Ajustado12. Adicionalmente, o índice de cobertura de juros, o qual não poderia ser inferior a 1,50x, passou a ser
1,25x.
O índice de alavancagem (Dívida Líquida/ Ebitda Ajustado) encerrou o primeiro trimestre de 2022 em 3,87x. Já o
índice de cobertura de juros (Ebitda Ajustado / Despesas Financeiras) fechou o 1T22 em 2,65x.

9 Considera Empréstimos, financiamentos e debêntures do passivo circulante e não circulante


10 Considera caixa, equivalente de caixa e garantias de financiamento
11 Considera caixa, equivalente de caixa e garantias de financiamento
12
Ebitda ajustado para incluir os 12 meses dos ativos adquiridos, inclusive o período anterior ao mesmo fazer parte da estrutura da Companhia.

21
Para fins de cálculo dos covenants da AES Brasil Operações, de acordo as definições dos instrumentos financeiros,
deve ser considerado a razão entre dívida líquida - composta pelo somatório de empréstimos, financiamentos,
debêntures, e instrumentos de derivativos para eliminação do risco cambial das dívidas offshore, menos o saldo
de caixa e equivalente de caixa, investimentos de curto prazo e contas reservas vinculadas às dívidas.
O EBTIDA Ajustado adiciona o EBITDA proforma dos ativos adquiridos relativo aos últimos 12 meses ao racional
de cálculo, anteriores à data de liquidação da respectiva aquisição.
AES Brasil Operações (R$ milhões) 1T21 1T22 Var.
Dívida Bruta 6.167,2 5.358,3 -13,1%
Variação Monetária 4131 (69,3) 192,5 177,8%
Disponibilidades 1.632,7 1.940,0 18,8%
Caixa Adicional - 247,9 n.a
Dívida Líquida 4.465,3 3.363,0 -24,7%
EBITDA (Últimos 12 Meses) 2.113,3 863,4 -59,1%
EBITDA Ajustado¹ (Últimos 12 Meses) 2.153,0 870,0 -59,6%
Covenant – Dívida Líquida/EBITDA 2,07 3,87 1,8 p.p
¹ Considera últimos 12 meses dos projetos adquiridos

Cronograma de amortização da dívida13 (R$ milhões)

Dívida Bruta por Indexador14

13 Fluxo composto por amortização de principal, líquido de operações de derivativos relacionadas


14 Valores relativos ao principal. Não considera arrendamento financeiro.
22
Custo15 (%) e Prazo Médio (anos)
AES Brasil Operações 14,5
AES Brasil Energia 14,4 12,4
12,3 10,2
10,2 8,3
8,3 6,1 6,0 6,7
5,8
6,1 6,0 6,7 4,3 4,3 4,4 4,3
5,8 4,1 4,2 4,0 4,0
4,3 4,1 4,2 4,0 4,3 4,0 3,9 4,0

2T20 3T20 4T20 1T21 2T21 3T21 4T21 1T22


2T20 3T20 4T20 1T21 2T21 3T21 4T21 1T22

Custo Médio Dívida (%) Prazo Médio Dívida (anos) Custo Médio Dívida (%) Prazo Médio Dívida (anos)

O aumento do custo médio das dívidas reflete, principalmente, o maior IPCA (04/2020-03/2021: 6,1% vs. 04/2021-
03/2022: 11,30%) e CDI (04/2020-03/2021: 1,94% vs. 04/2021-03/2022: 6,19%) observado na comparação entre
os períodos

Ratings
A Companhia possui os seguintes ratings em escala Nacional:

Empresa Agência Classificação - perspectiva Atualização


AES Brasil Operações Moody’s¹ AA+.br – perspectiva negativa set/21
AES Brasil Operações Fitch AA(bra) – perspectiva positiva abr/22
Alto Sertão II Fitch AAA(bra) – perspectiva estável mar/21
Tucano Holding II Fitch AA(bra) – perspectiva estável abr/22
¹ Rating considera AES Tietê Energia S.A., extinta em novembro de 2021, ocasião de sua incorporação pela AES Brasil Operações S.A.

Para tabela com a abertura das dívidas da Companhia, clique aqui.

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15 Customédio da dívida calculado com CDI de fechamento e IPCA acumulado (últimos 12 meses) na data de fechamento do trimestre. Tanto custo quanto
prazo referem-se ao principal da dívida.
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INVESTIMENTOS
Em função do crescimento da Companhia e consequente avanço na construção dos Complexos Eólicos Tucano e
Cajuína, os investimentos da AES Brasil totalizaram R$ 300,4 milhões no 1T22, montante 490,6% superior ao
investido no 1T21.
Investimentos
1T21 1T22 Var
(R$ milhões)
Modernização e Manutenção 19,9 26,0 30,2%
Expansão 30,9 274,4 787,8%
Geração Distribuída 4,7 - -
Complexo Tucano 26,2 109,2 316,7%
Complexo Cajuína - 165,2 -
Total Investimentos 50,9 300,4 490,6%
Juros e Mão de Obra Capitalizados 0,1 0,1 55,2%
Total Investimentos + Juros de Capitalização 50,9 300,5 490,1%

Plano de Investimento de 2022 até 2026 - CAPEX


A Companhia prevê investir aproximadamente R$ 3,8 bilhões no período de 2022 até 2026, destinados à expansão
dos projetos já contratados e com plano de construção definido, com destaque para a construção dos Complexos
Eólicos Tucano e Cajuína, e à modernização e manutenção de seus ativos em operação, conforme apresentado na
tabela a seguir.

Investimentos - R$ milhões¹ 2022E 2023E 2024E 2025E 2026E Total


Modernização e Manutenção 135,1 92,5 86,8 96,7 61,6 472,8
Expansão 2.647,9 638,5 24,3 - - 3.310,7
Complexo Eólico Tucano 615,0 - - - - 615,0
Complexo Eólico Cajuína 2.032,9 638,5 24,3 - - 2.695,7
Total Investimentos 2.783,0 731,0 111,2 96,7 61,6 3.783,5
Juros de Capitalização² 4,5 6,7 6,1 7,4 4,6 29,2
Total Investimentos + Juros 2.787,4 737,6 117,3 104,1 66,3 3.812,7
¹ Valores reais em fevereiro de 2022, de acordo com a participação da AES Brasil nos casos de constituição de joint ventures
2 Não considera juros de capitalização sobre os novos projetos

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FLUXO DE CAIXA GERENCIAL


No 1T22, a AES Brasil apurou uma geração de caixa operacional de R$ 208,1 milhões, R$ 41,3 milhões abaixo do
montante observado no 1T21 (R$ 249,4 milhões) decorrente, principalmente, do menor recebimento de recursos
via dividendos pela geração de caixa nos projetos eólicos e solares, combinado com a maior necessidade de
compra de energia para atender a garantia física frente ao cenário hídrico adverso de 2021.

24
Ao analisarmos a performance do caixa sob a perspectiva dos últimos 12 meses, a AES Brasil captou um total de
R$ 1,4 bilhão, sendo R$ 300 milhões em debêntures direcionadas para a construção do Complexo Eólico Tucano
e R$ 1,1 bilhão em debênture para fazer frente ao crescimento da Companhia e honrar os compromissos
financeiros firmados para o período. Ainda, houve a liquidação da oferta pública de distribuição de ações da AES
Brasil Energia S.A., em 01 de outubro de 2021, com a captação bruta de R$ 1.116,0 milhões, além da conclusão
de uma nova fase do acordo de investimento com o Itaú Unibanco S.A. para emissão de ações preferenciais na
Guaimbê Holding S.A., no montante de R$ 360,0 milhões, reforçando os pilares que sustentam a estratégia de
crescimento da Companhia.
Vale mencionar que o primeiro trimestre de 2021 foi marcado pelo desembolso, de forma proativa pela
Companhia, de R$ 1,3 bilhão, referente ao passivo do GSF, para evitar o risco gerado pela correção monetária do
IGP-M sobre o saldo devedor.
Mesmo com o cenário hidrológico desafiador ao longo de 2021 e o panorama sanitário adverso dos últimos dois
anos, a Companhia mantém o seu compromisso em providenciar o melhor portfólio de endividamento e
disponibilidade para investimentos, com níveis confortáveis de liquidez, além de contratos bilaterais robustos que
permitem a continuidade da sua estratégia de crescimento e diversificação de portfólio por meio de aquisições e
desenvolvimento de projetos eólicos e solares.
Fluxo de Caixa Gerencial16 (R$ milhões)
1T21 1T22 VAR

dez-20 1.525,8 1.712,2 186,4

Geração de Caixa
249,4 208,1 -41,3
Operacional
Captações e
792,9 431,0 -361,9
Amortizações

FONTES Outras Fontes 360,0 360,0

Desembolso GSF 1.308,7 -1.308,7


USOS
Investimentos 68,4 226,7 -158,3

Despesa
Financeira
60,7 174,9 -114,2

Impostos 17,5 84,3 -66,8

Dividendos 4,6 0,0 4,6

mar-21 1.108,2 2.225,3 1.117,1

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16 Fluxo de caixa consolidado da AES Brasil Energia (1T22) e AES Tietê Energia S.A. (1T21)
25
MERCADO DE CAPITAIS
As ações ordinárias da AES Brasil são negociadas no Novo Mercado, segmento de listagem reconhecido pelo mais
alto nível de Governança Corporativa da B3, sob o código AESB3. A AES Brasil integra o Índice de Energia Elétrica
(IEE) e o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3.
A AESB3 apresentou uma desvalorização de 30,8% nos últimos doze meses findos em 31 de março, encerrando o
1T22 cotadas a R$ 12,04/ação. O valor de mercado em 31 de março de 2022 era de R$ 5,9 bilhões.

PERFORMANCE ESG
DIRETRIZES E COMPROMISSOS
A AES Brasil acredita que seu modelo de negócios contribui diretamente de forma positiva para os principais
desafios socioambientais da sociedade. Nesse sentido, a Companhia estabeleceu um conjunto de compromissos
e metas para a gestão ESG – sigla em inglês que significa o gerenciamento de aspectos, riscos e oportunidades
ambientais (Environmental), sociais (Social) e de governança corporativa (Governance).
Os Compromissos ESG 2030 tem como ponto de partida os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da
Agenda 2030, proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU). Conscientes do desafio compartilhado que
essas metas representam para toda a sociedade, a AES Brasil reconhece o papel fundamental da energia renovável
para a nova economia e a necessidade de desenvolver outros temas transversais ao negócio para contribuir de
forma efetiva com a Agenda 2030. Dessa maneira, foram priorizados seis ODS:

Desde 2007, a AES Brasil integra o Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3, que avalia o desempenho das
companhias listadas quanto às respectivas práticas de sustentabilidade. A Companhia é signatária do Pacto Global
da ONU desde 2006, apoiando a promoção dos direitos humanos e práticas de trabalho relativas ao meio
ambiente e ao combate à corrupção. A Companhia faz parte da cobertura dos principais ratings ESG , como
Sustainalytics e MSCI, sendo que neste último é a única companhia na América Latina e de todos os setores a
obter uma nota AAA 17 , demonstrando o compromisso com a transparência e as melhores práticas ESG do
mercado.
Como destaques do trimestre, na frente de preservação e proteção Ambiental, em linha com a meta anual de
reflorestamento de Mata Atlântica e Cerrado, foi concluído o plantio de aproximadamente 57 hectares de plantas
nativas. Além disso, a Companhia manteve ações de preservação de três espécies ameaçadas de extinção, parte
da lista da IUCN – União Internacional para a Conservação da Natureza e selecionadas em conjunto com o órgão
ambiental para o monitoramento. Na frente de combate às mudanças climáticas, a AES Brasil segue com o

17 Em 2021, a AES Brasil recebeu a classificação ESG nível AAA pelo MSCI.
26
compromisso de contribuir para a transição energética com o aumento de fontes renováveis na matriz elétrica
brasileira, tendo alcançado avanços importantes na construção dos complexos eólicos Tucano e Cajuína,
contribuindo, por meio da geração renovável, para que nossos clientes evitem a emissão de gases de efeito estufa.
Nos pilares Social e de Governança, como parte do compromisso de aumentar a força feminina na AES Brasil, foi
finalizada a contratação de 100% da equipe própria formada exclusivamente por mulheres para operação e
manutenção do Complexo Eólico Tucano. A presença feminina na companhia foi ampliada de 24% no 1T21 para
28% no 1T22.
No Conselho de Administração da AES Brasil Energia S.A., foram alcançados 36% desta representatividade com a
eleição de mais uma mulher como membro efetivo. No início do 1T22, houve um treinamento para todos os
colaboradores sobre o Sistema de Gestão Social, um conjunto de processos que estabelecem as diretrizes para
toda a companhia sobre a gestão do relacionamento com as comunidades vizinhas aos empreendimentos. Nas
frentes de atuação relacionadas ao Complexo Eólico Cajuína, foi implementado um canal de Ouvidoria com
atendimentos por WhatsApp, e-mail e presencial em um ponto físico em Lajes (RN) para receber demandas das
comunidades locais. Foram realizados treinamentos sobre Direitos Humanos e respeito às comunidades locais
para todos os trabalhadores da obra, cujo objetivo é garantir boa conduta e promover bom relacionamento entre
a equipe em campo e os moradores locais. Ainda nas ações de Relacionamento com Comunidades, outro
importante destaque foi a construção de um reservatório para armazenamento de 50 mil litros de água, com a
finalidade de promover melhoria no acesso a esse recurso para 50 famílias de uma região localizada em Pindaí
(BA), onde está situado o Complexo Eólico Alto Sertão II.
A tabela com a evolução dos principais indicadores do período pode ser acessada aqui.
Para informações detalhadas das iniciativas desenvolvidas na Companhia, consulte o Relatório de Performance
ESG, atualizado trimestralmente, e o Relatório Integrado de Sustentabilidade 2021.
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ANEXOS
Com o intuito de auxiliar investidores e analistas no processo de modelagem, a Companhia disponibiliza um
arquivo excel com o histórico dos dados financeiros e operacionais. Para acessá-lo, clique aqui.

INDICADORES OPERACIONAIS DO PERÍODO


Indicadores 1T21 1T22 Var
RECURSOS NATURAIS
Afluência - SIN (% MLT) 74,7 110,5 35,8 p.p.
Afluência - SE/CO (% MLT) 71,8 96,8 25,0 p.p.
Nível Reservatórios - SIN (%, final do período) 45,2 69,9 24,7 p.p.
Nível Reservatórios - SE/CO (%, final do período) 35,3 63,6 28,0 p.p.
GSF (%) 86,0 95,5 9,5 p.p.
Afluência Bacia Rio Grande (% MLT) 59,0 97,0 38,0 p.p.
Afluência Bacia Rio Tietê (% MLT) 62,9 82,7 19,8 p.p.
Ventos médios em Alto Serão II (m/s) 7,5 7,5 0,2%
Ventos médios em Ventus (m/s) 7,1 6,6 -6,4%
Ventos médios em Mandacaru (m/s) - 6,4 -
Ventos médios em Salinas (m/s) - 6,9 -
GERAÇÃO (GWh)
Fonte Hídrica 2.338,8 2.676,0 14,4%
Fonte Eólica 403,7 408,0 1,1%
Alto Sertão II 301,6 267,3 -11,4%
Ventus 102,1 73,5 -28,0%
Mandacaru - 37,8 -
Salinas 29,3
Fonte Solar 134,0 153,7 14,7%
Guaimbê 68,0 72,6 6,8%
Ouroeste 66,1 81,1 22,7%
MERCADO DE CAPITAIS
Preço por Ação (R$) 17,40 12,04 -30,8%
Market Cap (R$ mi) 6.944,4 5.925,0 -30,8%

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28
AES BRASIL ENERGIA – BALANÇO E DRE
Balanço Patrimonial (R$ milhões) 31/12/2021 31/03/2022 Balanço Patrimonial (R$ milhões) 31/12/2021 31/03/2022

Passivo Total e Patrimônio Líquido 11.846,1 12.666,3


Ativo Total 11.846,1 12.666,3
Passivo Circulante 1.813,6 975,3
Ativo Circulante 2.339,9 2.842,9
Fornecedores 361,3 209,4
Caixa e equivalentes de caixa 657,0 305,3
Empréstimos e financiamentos e debêntures 936,4 263,9
Investimentos de curto prazo 1.055,3 1.920,1 Imposto de renda e contribuição social a pagar 48,6 23,0
Contas a receber de clientes 364,5 299,2 Outros tributos a pagar 41,0 28,2
Imposto de renda e contribuição social a recuperar 73,1 84,5 Dividendos e juros sobre capital próprio a pagar 1,2 1,2
Outros tributos a recuperar 1,4 1,6 Provisões para processos judiciais e outros 22,2 22,0
Instrumentos financeiros derivativos 3,5 - Instrumentos financeiros derivativos 13,5 0,0
Cauções e depósitos vinculados 60,3 61,0 Encargos setoriais 14,4 20,1
Conta de ressarcimento 21,1 22,3 Obrigações de aquisições 112,3 116,0
Conta de ressarcimento 218,8 249,1
Outros ativos 103,7 148,9
Outras obrigações 43,9 42,5
Ativo Não Circulante 9.506,2 9.823,4
Passivo Não Circulante 5.998,2 7.178,5
Tributos diferidos 112,4 121,4
Empréstimos e financiamentos e debêntures 5.280,1 6.195,4
Cauções e depósitos vinculados 187,5 226,1 Passivo de arrendamento 102,2 111,2
Conta de ressarcimento 11,7 11,6 Tributos diferidos 8,6 4,8
Outros ativos 26,3 30,2 Obrigações com benefícios pós-emprego 133,8 136,9
Investimentos em controladas e joint ventures 87,5 85,6 Provisões para processos judiciais e outros 67,1 70,3
Imobilizado, líquido 7.343,2 7.635,6 Encargos setoriais 6,1 5,4
Intangível, líquido 1.737,5 1.713,0 Instrumentos financeiros derivativos 35,9 262,4
Obrigações de aquisições 165,9 169,1
Conta de ressarcimento 69,4 102,6
Demonstração dos Resultados (R$ milhões) 1T21 1T22 Var Outras obrigações 129,0 120,5
Patrimônio Líquido 4.034,2 4.512,5
Receita operacional líquida 556,7 676,8 21,6%
Capital social subscrito e Integralizado 2.116,0 2.116,0
Custo de produção e operação de energia (271,1) (449,7) 65,9%
Reserva de capital 321,5 321,7
Margem Líquida1 447,8 431,6 -3,6%
Reserva de lucros 939,2 939,2
Lucro Bruto 285,7 227,1 -20,5%
Outros resultados abrangentes (153,6) (163,8)
Gerais e administrativas (47,5) (50,9) 7,1%
Lucros acumulados 0,0 50,8
Outras Receitas (despesas) operacionais 0,7 (1,2) -262,7%
Participação de acionista não controlador 811,2 1.248,5
Total das Receitas e Despesas Operacionais (46,8) (52,1) 11,3%
Resultado antes do Resultado Financeiro e dos Tributos 238,9 175,0 -26,7%
EBITDA 349,0 300,6 -13,9%
Receita (Despesa) Financeira (103,9) (95,0) -8,6%
Receitas financeiras 8,3 81,9 889,5%
Despesas financeiras (112,2) (176,9) 57,7%
Resultado de equivalência patrimonial (0,1) (1,9) 2373,7%
Resultado Antes dos Tributos 134,9 78,2 -42,0%
Imposto de Renda e Contribuição Social (39,7) (22,0) -44,6%
Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos (2,2) 14,7 -764,6%
Lucro (Prejuízo) Líquido 93,0 70,9 -23,7%

Atribuído a quotistas da empresa controladora 0,0 37,1 -


Atribuído a acionistas não controladores 0,0 33,8 -
1 - Margem líquida é a soma da receita líquida e custo com compra de energia

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29
RESULTADOS POR FONTE - DRE
Demonstração dos Resultados - Hídrico
1T21 1T22 Var
(R$ milhões)
Receita Operacional Líquida 454,7 543,6 19,5%
Margem Liquida 351,1 317,7 -9,5%
Custo de produção e operação de energia (201,9) (343,9) 70,3%
Lucro Bruto 252,8 199,7 -21,0%
Gerais e Administrativas (44,0) (41,1) -6,7%
Outras Receitas (despesas) operacionais 1,5 (25,5) -1846,2%
Resultado de equivalência patrimonial 18,3 44,0 140,0%
EBITDA 274,3 197,1 -28,2%
Resultado Financeiro (98,2) (141,7) 44,2%
Resultado Antes dos Tributos 130,3 35,4 -72,8%
Impostos (37,4) 7,5 -120,2%
Lucro (Prejuízo) Líquido 93,0 42,9 -53,8%

Demonstração dos Resultados - Eólico


1T21 1T22 Var
(R$ milhões)
Receita Operacional Líquida 85,6 99,6 16,4%
Margem Líquida 62,3 72,1 15,7%
Custo de produção e operação de energia (70,9) (88,3) 24,5%
Lucro Bruto 14,7 11,3 -23,0%
Gerais e Administrativas 0,0 0,0 0,0%
Outras Receitas (despesas) operacionais 1,7 (0,2) -114,5%
EBITDA 44,4 48,2 8,7%
Resultado Financeiro (7,9) (16,3) 104,9%
Resultado Antes dos Tributos 8,4 (5,2) -161,8%
Impostos (2,8) (5,9) 110,8%
Lucro (Prejuízo) Líquido 5,6 (11,1) -297,9%

Demonstração dos Resultados - Solar


1T21 1T22 Var
(R$ milhões)
Receita Operacional Líquida 37,0 45,7 23,7%
Margem Líquida 35,1 43,4 23,8%
Custo de produção e operação de energia (17,4) (6,0) -65,7%
Lucro Bruto 19,6 39,8 103,3%
Gerais e Administrativas 0,0 0,0 0,0%
Outras Receitas (despesas) operacionais 3,3 10,0 206,2%
EBITDA 33,4 63,1 89,1%
Resultado Financeiro (2,1) 7,8 -480,3%
Resultado Antes dos Tributos 20,8 57,6 177,2%
Impostos (2,3) (0,5) -77,8%
Lucro (Prejuízo) Líquido 18,5 57,1 208,5%

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30
DESEMPENHO DA GERAÇÃO POR FONTE
FONTE HÍDRICA
Geração - Usinas Hidráulicas
1T21 1T22 Var
(GWh)
Energia Gerada Bruta 2.338,8 2.676,0 14,4%
Água Vermelha 1.140,8 1.210,9 6,1%
Bariri 166,6 177,8 6,7%
Barra Bonita 114,6 128,9 12,5%
Caconde 55,0 95,2 73,3%
Euclides da Cunha 87,5 130,6 49,3%
Ibitinga 202,5 199,5 -1,5%
Limoeiro 25,7 38,9 51,3%
Nova Avanhandava 315,5 391,5 24,1%
Promissão 219,9 290,3 32,1%
Mogi / S. Joaquim / S. José 11,0 12,4 12,9%
Energia Gerada Líquida 2.315,2 2.650,1 14,5%

Para retornar à explicação sobre o desempenho da geração hídrica, clique aqui.


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FONTE EÓLICA
Geração - Parques
1T21 1T22 Var
Eólicos (GWh)
Energia Gerada Bruta 403,7 408,0 1,1%
Alto Sertão II 301,6 267,3 -11,4%
Alto Sertão II - LER 2010 127,7 114,0 -10,7%
Alto Sertão II - LEN 2011 173,9 153,3 -11,9%
Ventus 102,1 73,5 -28,0%
Mandacaru¹ - 37,8 -
Salinas¹ - 29,3 -
¹ Para o 1T21, não considera a geração bruta realizada, dada a conclusão da aquisição em 30 de abril de 2021.

Para retornar à explicação sobre o desempenho da geração eólica, clique aqui.


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FONTE SOLAR
Geração - Parques
1T21 1T22 Var
Solares (GWh)
Energia Gerada Bruta 134,0 153,7 14,7%
Guaimbê 68,0 72,6 6,8%
Ouroeste 66,1 81,1 22,7%
Boa Hora 39,0 39,5 1,4%
Água Vermelha 27,1 41,5 53,4%

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ENDIVIDAMENTO
Dívidas (R$ milhões) Montante¹ Vencimento Custo Nominal
AES Brasil Energia - Consolidado 6.459,2
AES Brasil Energia 1.100,9
1ª Emissão de Debêntures 1.100,9 mar/25 CDI + 2,30% a.a.
AES Brasil Operações - Consolidado 5.358,3
AES Brasil Operações² 4.629,9
5ª Emissão de Debêntures 235,9 dez/23 IPCA + 6,54% a.a.
6ª Emissão de Debêntures - 2ª série 417,4 abr/24 IPCA + 6,78% a.a.
8ª Emissão de Debêntures 219,4 mai/30 IPCA + 6,02% a.a.
9ª Emissão de Debêntures - 1ª série 1.385,6 mar/27 CDI + 1,00% a.a.
9ª Emissão de Debêntures - 2ª série 752,6 mar/29 IPCA + 4,71% a.a.
9ª Emissão de Debêntures - 3ª série 210,0 mar/29 IPCA + 4,71% a.a.
Empréstimo 4131 (captação em 2020)⁴ 551,2 dez/25 USD + 1,63% a.a.
Empréstimo 4131 (captação em 2021)⁴ 656,3 mar/26 USD + 1,78% a.a.
Brasventos Eolo (BNDES) 65,9 out/29 TJLP + 2,51% a.a.
Brasventos Miassaba (BNDES) 66,2 out/29 TJLP + 2,71% a.a.
Rio dos Ventos 3 (BNDES) 69,5 out/29 TJLP + 2,51% a.a.
AES Tietê Eólica 111,1
1ª Emissão de Debêntures - 1ª série 48,8 dez/25 IPCA + 7,61% a.a.
1ª Emissão de Debêntures - 2ª série 62,3 dez/25 IPCA + 7,87% a.a.
Complexo Santos (BNDES) 117,7
São Jorge 43,8 dez/30 TJLP + 2,45% a.a.
São Cristóvão 48,6 dez/30 TJLP + 2,45% a.a.
Santo Antonio de Pádua 25,2 dez/30 TJLP + 2,45% a.a.
Complexo MS (BNDES) 47,7
Mar e Terra 10,8 nov/29 TJLP + 1,88% a.a.
Embuaca 11,9 mai/30 TJLP + 1,76% a.a.
Icaraí 11,8 out/29 TJLP + 1,66% a.a.
Bela Vista 13,2 nov/29 TJLP + 1,66% a.a.
Complexo MS (BNB) ³ 140,6
Mar e Terra 39,6 mai/33 2,5% a.a.
Embuaca 37,5 mai/30 2,5% a.a.
Icaraí 25,5 mai/31 2,5% a.a.
Bela Vista 37,9 mai/30 2,5% a.a.
Complexo Tucano (Debênture) 311,0
1ª emissão de Debêntures – Holding II 311,0 set/41 IPCA + 6,06% a.a.
¹ Saldo contábil atualizado, considerando principal, juros e custos da transação
² Não considera arrendamento financeiro
³ Custos das operações offshore estão representadas após operações de derivativos, que protege 100% do fluxo de caixa
4
Taxa pré
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INDICADORES ESG
Pilar Indicadores 1T21 1T22 Var
Captação de água (m3)1 7.850,0 9.307,00 18,6%
Consumo total de água (m3)1 1.570,0 1.861,40 18,6%
Intensidade hídrica (m³/GWh) 2,73 2,87 5,1%
Resíduos destinados (toneladas)2 16,2 22,63 39,7%
Emissões GEE geradas (tCO2e)3 130,0 490,12 277,0%
Intensidade de emissões (tCO2e/GWh)3 0,04 0,14 235,1%
Ambiental Emissões GEE evitadas (tCO2e)4 33.176,75 70.989,89 115,9%
Consumo total de energia elétrica (MW) 950,76 1.059,76 11,5%
Sites certificados pelo Sistema Gestão Ambiental ISO 14001 (%)5 100,0 85,0 -
Total de hectares de Mata Atlântica e Cerrado restaurados (ha)6 82,30 56,68 -31,1%
Total de mudas de árvores produzidas6 500.000 347.326 -30,5%
Total de espécies ameaçadas de extinção conservadas 2 3 50,0%
Investimento em projetos de biodiversidade (R$) 3.824.579 3.757.689 -1,7%
Número total de empregados 482 543 12,7%
Mulheres 117 153 30,8%
Homens 365 390 6,8%
Alta liderança (gerências e acima) 41 47 14,6%
Mulheres 9 10 11,1%
Homens 32 37 15,6%
Taxa de rotatividade total (%) 4,85 4,05 -16,5%
Taxa de rotatividade voluntária (%) 4,55 3,50 -23,1%
Nº acidentes fatais - colaboradores próprios 0 0 -
Social
Nº acidentes fatais - terceiros 0 0 -
LTI Rate - colaboradores próprios 0 0 -
LTI Rate - terceiros 0 0 -
Recordable Rate - colaboradores próprios 0 0 -
Recordable Rate – terceiros7 0,50 0,61 22%
Acidentes em comunidades 0 0 -
Sites certificados ISO 45001 (%)5 100,0% 85,0% -
Colaboradores próprios treinados em saúde e segurança (%) 96,0 95,0 -1,0 p.p.
Colaboradores terceiros treinados em saúde e segurança (%) 100,0 100,0 -
Membros no Conselho de Administração 11 11 -
Mulheres 3 4 33,3%
Homens 8 7 -12,5%
Governança Independentes 4 4 -
Conselheiros Internos 1 1 -
Total de parceiros avaliados em critérios de ética e compliance 46 38 -17,4%
Manifestações recebidas no AES Helpline8 1 14 1.300,0%
1 Aumento devido à inclusão dos ativos eólicos Ventus, Mandacaru e Salinas.
2 Somatória de resíduos perigosos e não perigosos. Aumento devido à inclusão dos ativos eólicos Ventus, Mandacaru e Salinas.
3 Somatória dos escopos 1, 2 e 3 considerando o acumulado do início do ano até o período reportado. A grande variação é reflexo da incorporação dos ativos Mandacaru, Salinas e

Ventus, sendo que neste último foi identificado vazamento de hexafluoreto de enxofre (SF6) e para solucionar o problema estão sendo substituídos os cubículos alimentadores de
energia nessa unidade.
4 Dados de 2021 reapresentados devido à recontabilização da energia gerada junto à CCEE. Somatória de emissões evitadas a partir da geração de energia por meio de fontes

eólicas e solares (MWh bruto gerado x fator do grid de 0,0617 para 2020 e 0,1264 para 2021.
5 A partir deste ano, a Companhia definiu que os ativos em operação, incorporados em sua base por meio de M&A, passarão pelo processo de implementação do sistema de

gestão no primeiro ano da aquisição, no segundo ano pela maturidade e consolidação e no terceiro ano pelo processo de certificação externa devido a necessidade de diagnósticos
de adequação e melhoria dos processos, alinhados ao padrão adotado pela empresa para todos os negócios.
6Eventos climáticos interferiram na produtividade do trimestre, entretanto sem comprometimento da meta anual.
7 Houve o registro de dois incidentes Recordable no 1T22, sendo 1 na construção do Complexo Eólico Cajuína em que o prestador de serviços sofreu uma fratura no dedo mínimo e

o outro na UHE Água Vermelha em que o prestador de serviços torceu o tornozelo.


8 O aumento expressivo se refere à intensificação da comunicação e treinamentos internos, o que traz maior confiança dos colaboradores no canal AES Helpline ampliando a sua

utilização. O retorno das atividades presenciais também ocasionou aumento de preocupações e, consequentemente, dos relatos.

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