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SUMÁRIO
DESTAQUES DO PERÍODO ...............................................................................................................................4
DESTAQUES FINANCEIROS – AES BRASIL ..................................................................................................................4
EVENTOS SUBSEQUENTES ..............................................................................................................................5
A AES BRASIL..................................................................................................................................................5
PERFIL CORPORATIVO ..............................................................................................................................................5
ESTRATÉGIA .............................................................................................................................................................5
COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA .......................................................................................................................................6
PORTFÓLIO ...............................................................................................................................................................6
DESEMPENHO OPERACIONAL .........................................................................................................................9
GERAÇÃO CONSOLIDADA.........................................................................................................................................9
GERAÇÃO HÍDRICA ...................................................................................................................................................9
GERAÇÃO EÓLICA .................................................................................................................................................. 11
GERAÇÃO SOLAR ................................................................................................................................................... 12
DESEMPENHO COMERCIAL ........................................................................................................................... 12
MERCADO DE ENERGIA ......................................................................................................................................... 12
GESTÃO COMERCIAL DO PORTFÓLIO DE ENERGIA................................................................................................ 14
GESTÃO DO BALANÇO ENERGÉTICO ..................................................................................................................... 15
DESEMPENHO FINANCEIRO .......................................................................................................................... 16
RECEITA E MARGEM LÍQUIDA ............................................................................................................................... 16
CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS..................................................................................................................... 17
EBITDA................................................................................................................................................................... 18
RESULTADO FINANCEIRO ...................................................................................................................................... 18
IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – IR/CSLL ..................................................................................... 20
LUCRO LÍQUIDO .................................................................................................................................................... 20
ENDIVIDAMENTO .................................................................................................................................................. 21
INVESTIMENTOS ................................................................................................................................................... 24
FLUXO DE CAIXA GERENCIAL ................................................................................................................................. 24
MERCADO DE CAPITAIS ......................................................................................................................................... 26
PERFORMANCE ESG ..................................................................................................................................... 26
DIRETRIZES E COMPROMISSOS ............................................................................................................................. 26
ANEXOS ....................................................................................................................................................... 28
INDICADORES OPERACIONAIS DO PERÍODO ......................................................................................................... 28
AES BRASIL ENERGIA – BALANÇO E DRE ................................................................................................................ 29
RESULTADOS POR FONTE - DRE............................................................................................................................. 30
DESEMPENHO DA GERAÇÃO POR FONTE.............................................................................................................. 31
ENDIVIDAMENTO .................................................................................................................................................. 33
INDICADORES ESG ................................................................................................................................................. 34
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DESTAQUES DO PERÍODO
• Assinatura de 50 MW médios em dois novos PPAs nas hídricas com início a partir de 2025 e suprimento
de 10 anos de energia convencional Sudeste;
• A AES GF1 Holding, subsidiária integral da Companhia, foi vencedora do processo competitivo da Unidade
Produtiva Isolada Cordilheira dos Ventos, pelo valor de R$ 42 milhões, no âmbito da Recuperação Judicial
da Renova. A UPI é constituída por parte dos projetos Facheiro II, Facheiro III e Labocó, localizados no
Estado do Rio Grande do Norte, próximo ao Complexo Cajuína e com capacidade de desenvolvimento
eólico de até 305 MW.
• A AES Operações, subsidiária da AES Brasil, celebrou a continuidade do acordo de investimento na
Guaimbê Holding em janeiro de 2022, com o aporte pelo Itaú de mais R$ 360 milhões em equity. Com a
subscrição das novas ações preferenciais, o Itaú passa a deter 23,72% do capital social; e
• Em março, a AES Brasil realizou a 1ª Emissão de Debêntures, totalizando R$ 1,1 bilhão a um custo de
CDI+2,30% a.a. e vencimento em março de 2025. O montante captado será direcionado ao
desenvolvimento das fases 1 e 2 de construção do Complexo Eólico Cajuína.
Em função da criação e listagem da AES Brasil Energia S.A. em 29 de março de 2021, as informações apresentadas
ao longo deste documento contemplam os resultados da AES Brasil referentes ao primeiro trimestre de 2022
(1T22) e da AES Operações (antiga AES Tietê) no mesmo período de 2021 (1T21).
Adicionalmente, com o intuito de auxiliar investidores e analistas no processo de modelagem, a Companhia
disponibiliza um arquivo Excel com o histórico dos dados financeiros e operacionais. Para acessá-lo, clique aqui.
Para a tabela com os demais indicadores operacionais do período, acesse aqui.
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EVENTOS SUBSEQUENTES
• Em 14 de abril, a Companhia assinou o termo aditivo ao Contrato de Concessão nº 092/1999, de modo a
formalizar o prazo de extensão da outorga das Usinas Hidrelétricas Água Vermelha, Barra Bonita, Bariri,
Ibitinga, Promissão, Nova Avanhandava, Caconde, Euclides da Cunha, Limoeiro e Pequena Central
Hidrelétrica Mogi-Guaçu. A publicação foi por feita por meio da Resolução Autorizativa nº 11.132/2022.
Adicionalmente, o processo de extensão do prazo de vigência das outorgas de autorização das Pequenas
Centrais Hidrelétricas São Joaquim e São José foi igualmente aprovado, conforme Resolução Autorizativa
nº 11.344/2022, sendo que este processo não enseja nenhum aditivo contratual.
A AES BRASIL
PERFIL CORPORATIVO
AES Brasil (Companhia) investe há mais de 20 anos no Brasil e é uma geradora de energia elétrica 100% renovável
do país, única Companhia na América Latina com classificação ESG nível “AAA” no MSCI1, um dos principais
rankings de avaliação a resiliência de uma empresa a riscos ESG.
Atualmente, possui portfólio diversificado (fontes hidráulica, eólico e solar) com capacidade instalada de 3,7 GW
em operação e 1,0 GW em construção, totalizando 4,7 GW de capacidade instalada exclusivamente renovável, e
plantas localizadas nos Estados de São Paulo, Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará.
Sua posição estratégica se destaca das demais geradoras por constituir um veículo de crescimento em energia
renovável, com investimento contínuo na expansão de seu parque gerador, bem como no desenvolvimento de
novas tecnologias e produtos inovadores, complementares ao seu posicionamento no mercado de energia. Da
comercialização da energia gerada por suas usinas ao desenvolvimento de soluções de energia renovável de
pequeno e grande porte, a AES Brasil se apresenta como viabilizadora da integração da sustentabilidade aos
negócios de seus clientes.
ESTRATÉGIA
A AES Brasil se diferencia pelo portfólio 100% renovável, foco no cliente e por sua excelência como gestora de
ativos. A meta da Companhia é aumentar sua capacidade de geração, diversificando seu portfólio com fontes não
hídricas e contratos de longo prazo. Pilar central desta meta é a diligência na avaliação das oportunidades de
crescimento, sempre prezando pela geração de valor aos seus acionistas.
Nossa Estratégia é ser a melhor escolha do cliente no mercado livre, oferecendo soluções resilientes,
competitivas e responsáveis.
Para saber mais sobre o portfólio de soluções e produtos da AES Brasil, acesse aesbrasil.com.br.
1 Em 2021, a AES Brasil recebeu a classificação ESG nível AAA pelo MSCI.
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COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA
A AES Brasil realizou, durante o 4T21, oferta pública de distribuição de ações, resultando no aumento do capital
social em R$ 1,1 bilhão mediante a emissão de 93 milhões de novas ações ordinárias. Abaixo destacamos a
composição acionária atual da Companhia:
AES Brasil
Projetos
AES Operações
Greenfield²
¹ Participação indireta da The AES Corp por meio da AES Holdings Brasil S.A. e AES Holdings Brasil II S.A.
² Atualmente os projetos greenfield estão nas subsidiárias da AES Operações. A Companhia trabalha na estratégia de alteração da
estrutura societária para torná-los subsidiárias da AES Brasil em 2022.
PORTFÓLIO
A Companhia tem suas atividades regulamentadas e fiscalizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL),
vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME). Atualmente, a AES Brasil conta com um portfólio de ativos
renováveis com uma capacidade instalada total de 4,7 GW, sendo 3,7 GW operacionais e 1,0 GW em construção.
No total, a Companhia possui 2,7 GW de capacidade hídrica instalada, 1,7 GW de capacidade eólica (dos quais 1,0
GW estão em construção) e 295,1 MW de capacidade solar operacional.
Além disso, a Companhia possui um pipeline eólico e solar, ainda em negociação, que poderá adicionar até 1,3
GW de capacidade instalada. Após a finalização dos projetos em desenvolvimento e pertencentes ao pipeline, o
portfólio da Companhia contará com até 6,0 GW de capacidade instalada.
BREAKDOWN DO PORTFÓLIO
Capacidade Instalada Capacidade Instalada Capacidade Instalada Estimada
Operacional Contratada por Fonte Considerando Pipeline
8% 6% 11%
+1,0 GW em +1,3 GW
20% construção pipeline
44%
3,7 GW 37% 4,7 GW 6,0 GW
57%
44%
72%
Atualmente, 28% da capacidade instalada operacional da Companhia está contratada no mercado regulado - ACR
(todas as eólicas e solares). Os projetos em construção estão 100% contratados no ambiente livre (eólicos),
atrelados à PPAs de longo prazo.
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FONTE EÓLICA
A Companhia possui mais de 1,7 GW de capacidade instalada eólica em seu portfólio, sendo 731,6 MW
operacionais adquiridos via M&A e 1.006,4 MW de projetos em construção, vinculados à PPAs de longo prazo.
Além disso, a Companhia possui cerca de 914 MW de pipeline de projetos eólicos prontos para contratação.
Cap. Garantia
% MWm Fim do Preço PPA5
Complexos Eólicos Local Entrada em operação Instalada Física MME Início do PPA Fim da Autoriz.
AES Brasil Contratado PPA (R$/MWm)
(MW) (MWm)
OPERAÇÃO
LER 2010 BA 100% 2014 167,7 76,2 83,2 set/13 ago/33 229,04 2046
LEN 2011 BA 100% 2015 218,0 103,6 101,2 jan/16 dez/35 185,06 2047
LER 2009 RN 100% 2014 187,0 58,3 65,8 jul/12 mai/34 291,82 2045
Mandacaru - LER 2009/ LEN 2011¹ CE 100% 2014 108,1 49,4 46,6 nov/143 out/343 211,33 2047
Salinas - LER 2009² RN 100% 2014 50,4 19,0 20,1 mar/14 fev/34 269,37 2045
CONSTRUÇÃO
PPA Unipar I (autoprodução) BA 50% 2S22e 155,0 71,4 60,0 jan/23 dez/42 - 2055
PPA Anglo BA 100% 2S22e 167,4 75,5 70,0 jan/22 dez/46 - 2055
PPA Minasligas RN 100% 1S23e 45,6 22,9 21,0 jan/23 dez/42 - 2055
PPA Ferbasa RN 100% 1S23e 165,3 83,7 80,0 jan/24 dez/43 - 2055
PPA Copel RN 100% 1S23e 11,4 6,1 4,0 jan/23 dez/35 - 2055
PPA BRF (autoprodução) RN 76% 1S23e 165,3 84,5 80,0 jan/24 dez/38 - 2055
PPA Unipar III (autoprodução) RN 90% 1S23e 91,2 44,2 44,0 jan/24 dez/43 - 2055
PIPELINE
FONTE SOLAR
Atualmente, a Companhia possui 295,1 MW de capacidade instalada solar em operação, além de um pipeline de
378,0 MW de capacidade instalada pronta para contratação (Projeto Solar Arinos), a ser desenvolvido em um
momento em que as condições de mercado se mostrem favoráveis.
Garantia Física
% Participação AES Entrada em Cap. Instalada MWm Início do Fim do Preço PPA¹ Fim da
Complexos Solares Local MME
Brasil Operação (MW) Contratado PPA PPA (R$/MWm) autoriz.
(MWm)
OPERAÇÃO
Complexo Guaimbê – LER 2014 SP 100% 2018 150,0 29,5 29,5 out/17 set/37 324,52 2050
Boa Hora – LER 2015 SP 100% 2019 69,1 15,9 15,9 nov/18 out/38 394,47 2051
Água Vermelha – LEN 2017 SP 100% 2019 76,0 19,8 19,8 jan/21 dez/40 181,69 2053
PIPELINE
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FONTE HÍDRICA
Localização Capacidade Instalada Garantia Física
Usinas Hidrelétricas Bacia Hidrográfica Vencimento da Concessão
(Estado) (MW) (MWm)
Água Vermelha SP Rio Grande 1.396,2 731,0 ago/2032
PROJETOS EM CONSTRUÇÃO
A Companhia está na fase final de construção de 322,4 MW de capacidade instalada no Complexo Eólico Tucano,
na Bahia, com início da entrada em operação comercial estimada para o segundo semestre de 2022, e
desenvolvendo outros 684,0 MW de capacidade instalada no Complexo Cajuína, no Rio Grande do Norte, cuja
entrada em operação é estimada para 2023.
No Complexo Eólico Tucano, a evolução geral do projeto já ultrapassa 69%. Durante o 4T21, as obras da
subestação e linha de transmissão de 50 km ligadas ao parque foram concluídas, com a energização ocorrida em
novembro, e as obras civis encontravam-se em fase de finalização. Atualmente, a montagem de 14 dos 52
aerogeradores que constituem o projeto foi concluída. A estimativa é que a operação em testes seja iniciada em
junho de 2022.
O Complexo Eólico Cajuína - Fase 1 está em fase de construção Civil e da Subestação, com mais de 400 pessoas
trabalhando no local. Atualmente, mais de 3% do projeto foi executado, sendo 13% de todo o trabalho civil e 5%
dos trabalhos na Subestação de Caju e na conexão da Subestação de Açu III. A expectativa é que a montagem dos
aerogeradores seja iniciada no segundo semestre de 2022.
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Complexo Eólico Complexo Eólico Complexo Eólico Complexo Eólico Complexo Eólico
Complexo
Tucano Cajuína – Fase 1 Cajuína – Fase 2 Tucano Cajuína
Solar Arinos (pipeline)
(em construção) (em construção) (em construção) (pipeline) (pipeline)
Características Gerais
Localização BA RN RN BA RN MG
Fator de Capacidade Estimado (P50) 49% 55% 54% 50% 58% 32%
Nº de PPAs Supridos6 2 4 4 - - -
Duração Média dos PPAs 17,4 anos 18,3 anos 18,7 anos - - -
Construção
Aerogeradores em Teste 0 0 0 - - -
Outorga ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓
Parecer de Acesso² ✓ ✓ ✓4 ✓ ✓ ✓
Benefício TUST/TUSD ✓ ✓ ✓ ✓ ✓ ✓
Características Financeiras
≅80% do capex total
Financiamento Em estruturação Em estruturação - - -
(Debêntures + BNB)
Capex 2022-20265 (R$ mi) 615,0 979,1 1.716,7 - - -
DESEMPENHO OPERACIONAL
GERAÇÃO CONSOLIDADA
O total de energia gerada pelos ativos da Companhia foi de 3.237,6 GWh no 1T22, desempenho 12,6% superior
ao mesmo período do ano anterior (2.876,6 GWh). O desempenho operacional por fonte será detalhado em
seguida.
GERAÇÃO HÍDRICA
Estrutura do Sistema
A receita decorrente da geração hídrica está relacionada à estratégia de alocação de energia adotada pela
Companhia, e não diretamente ao seu volume de geração, uma vez que as hidrelétricas fazem parte do
Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), mecanismo financeiro de compartilhamento do risco hidrológico.
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As usinas da AES Brasil representam 2,2% de toda a garantia física hídrica que compõe este sistema de
compartilhamento de risco hidrológico. Neste contexto, os resultados decorrentes da geração hidrelétrica não
estão relacionados puramente ao volume de geração da Companhia, mas sim ao desempenho de todo o conjunto
de usinas pertencentes a este mecanismo, de forma proporcional à representatividade de cada agente neste
sistema.
O despacho das usinas hidrelétricas pertencentes ao MRE é determinado pelo Operador Nacional do Sistema
(ONS) e foi maior no 1T22, em decorrência das melhores afluências no período quando comparado ao cenário
hídrico adverso registrado ao longo de 2021. Até o último trimestre de 2021, a política de gestão adotada pelo
governo priorizou a preservação e recuperação dos níveis de reservatórios em detrimento do despacho das usinas
hídricas, colaborando para o aumento da segurança energética do sistema.
+14% +5%
2.676 97,2
2.339 92,8
Para tabela com maiores detalhes da geração hidrelétrica por usina nos períodos referenciados, clique aqui.
Para retornar ao Índice do documento, clique aqui.
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GERAÇÃO EÓLICA
A geração eólica bruta foi de 408,0 GWh no 1T22, aumento de 1,1% quando comparada ao mesmo período do
ano anterior (403,7 GWh2 no 1T21). Abaixo destacamos as principais variações entre os períodos:
• Alto Sertão II: redução de 11,4% nos níveis de geração eólica bruta (267,3 GWh no 1T22 vs 301,6 GWh no
1T21), decorrente principalmente da incidência do processo de curtailment no 1T22 que impossibilitou a
geração de 18,8 GWh no período. O curtailment é uma restrição involuntária de geração das usinas
requisitada pelo ONS, sobretudo pela capacidade insuficiente de escoamento da energia eólica gerada na
região. Há discussões em andamento junto à ANEEL para definição das regras de ressarcimento aos
geradores afetados por tal restrição.
A velocidade dos ventos manteve-se estável entre os períodos (7,5 m/s no 1T22 e 1T21) e a disponibilidade
média do parque no 1T22 foi de 96,0% (vs. 95,7% no 1T21).
• Ventus: a geração no complexo totalizou 73,5 GWh no 1T22, redução de 28,0% em relação ao 1T21 (102,1
GWh), reflexo da menor velocidade dos ventos entre períodos (6,6 m/s no 1T22 vs. 7,1 m/s no 1T21),
parcialmente mitigado pelo aumento da disponibilidade do parque (81,1% no 1T22 vs. 78,8% no 1T21).
• Mandacaru e Salinas: os complexos foram adicionados ao portfólio da Companhia durante o 2T21. A energia
gerada no 1T22 totalizou 67,1 GWh. A disponibilidade média dos ativos atingiu 78,6% no período.
A estratégia da AES Brasil consiste em efetuar o turnaround operacional e financeiro dos ativos eólicos adquiridos
(Complexos Ventus, Mandacaru e Salinas) para geração de valor adicional, assim como realizado em Alto Sertão
II.
6,5
1T21 1T22
1T21 1T22 1T21 1T22 Alto Sertão II Ventus Mandacaru e Salinas
Para tabela com maiores detalhes da geração eólica por complexo nos períodos referenciados, clique aqui.
Para retornar ao Índice do documento, clique aqui.
2A geração eólica bruta do 1S21 foi recontabilizada pela CCEE durante o 4T21 e os valores foram alterados
3Para fins de comparação, não considera disponibilidade dos complexos Mandacaru e Salinas, adicionados ao portfólio da Companhia no 2T21.
Disponibilidade média ponderada pela capacidade instalada de cada ativo
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GERAÇÃO SOLAR
No 1T22, os complexos solares registraram geração bruta de 153,7 GWh, aumento de 14,7% em comparação ao
1T21 (134,0 GWh), decorrente da maior disponibilidade média nas usinas da Companhia, reflexo da retomada da
operação comercial de 100% dos equipamentos em Guaimbê e Água Vermelha – parte indisponível em função de
falhas ocorridas entre o 4T20 e o 1T21, cuja manutenção e troca foi coberta pela garantia do fornecedor.
• Complexo Solar Guaimbê: a geração solar bruta totalizou 72,6 GWh, aumento de 6,8% se comparado ao
mesmo período de 2021 (68,0 GWh), reflexo, principalmente, da maior disponibilidade da usina (99,7%
no 1T22 vs. 95,6% no 1T21), parcialmente compensado pela menor irradiância no trimestre (248,0 W/m²
no 1T22 vs. 251,2 W/m² no 1T21).
• Complexo Ouroeste: a geração solar bruta totalizou 81,1 GWh, aumento de 22,7% em relação ao mesmo
período de 2021 (66,1 GWh), sendo 39,5 GWh em Boa Hora e 41,5 GWh em Água Vermelha (+1,4% e
+53,4% vs. 1T21, respectivamente). O desempenho das usinas reflete a maior irradiância observada no
período, combinada com a maior disponibilidade em Água Vermelha, de 97,2% no 1T22 vs. 70,1% no 1T21.
+15% +10%
154 98,9
90,1
134
Para tabela com maiores detalhes da geração solar por complexo nos períodos referenciados, clique aqui.
Para retornar ao Índice do documento, clique aqui.
DESEMPENHO COMERCIAL
MERCADO DE ENERGIA
O primeiro trimestre de 2022 foi marcado pela melhora significativa da situação adversa da hidrologia
apresentada durante todo o ano de 2021. A melhora nas afluências levou o aumento dos principais reservatórios
do SIN, refletindo de maneira positiva o cenário hídrico do país.
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
0
jan 20 fev 20 abr 20 jun 20 ago 20 out 20 dez 20 fev 21 abr 21 jun 21 ago 21 set 21 nov 21 jan 22 mar 22
[%MLT)
74 106 102 87 80 77 80 85 68 53 58 63 69 72 75 63 63 66 61 60 56 94 93 88 107 108 76
Em função das explicações apresentadas, o GSF médio observado no 1T22 foi de 95,5%, vs. 86,0% registrado no
1T21, e o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) médio para o submercado SE/CO foi R$ 58,18/MWh no 1T22,
66,3% inferior ao valor registrado no 1T21 (R$ 172,79/MWh).
GSF1 (%)
95,5 97,0
86,0
71,9
63,0
51,2
1T 2T 3T 4T Ano
2021 2022
¹ GSF contabilizado pela CCEE no MRE nas liquidações financeiras efetuadas ao longo de 2022 e 2021.
337
243 249
219
166
109 133
63 88 67
56
56
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2021 2022
Fonte: CCEE
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GESTÃO COMERCIAL DO PORTFÓLIO DE ENERGIA
Como parte da estratégia de gestão de risco do portfólio, a Companhia realizou, de maneira conservadora,
operações de compra de energia antecipada ao longo de 2021 com o objetivo de mitigar a ameaça de exposição
ao risco hidrológico em 2021 e 2022. Desta forma, o nível de contratação hídrica do portfólio é de 74% para 2022.
Além da gestão ativa no curto prazo, focada principalmente na otimização do balanço energético e nível de
contratação em 2022 e 2023, o time comercial está focado em elevar o nível de contratação para os anos de 2024
em diante.
Por meio de sua inteligência de mercado, a AES Brasil combina a estratégia de contratação de PPAs de longo prazo
em novos projetos eólicos e curto e médio prazo no portfólio hídrico, dada a maior atratividade dos preços de
contratação.
Preço Médio (compra-venda)1 Hídrico (Bilateral) (R$/MWh) 167 178 166 157 153
Preço Médio de Venda¹ Eólico e Solar2 (R$/MWh) 237 227 210 210 210
1 - Preço antes dos impostos, data base: mar/22; 2 - Considera Complexo Eólico Tucano a partir do 2S22 e Complexo Eólico Cajuína a partir de 2023.
Nota: parcela descontratada considera energia disponível para venda + hedge GSF
5 Valores reais com base em março de 2022. Exclui perdas e consumo interno (garantia física líquida)
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GESTÃO DO BALANÇO ENERGÉTICO
Em 2022, a Companhia adotou a estratégia de seguir à alocação do MRE6, mecanismo financeiro que visa o
compartilhamento do risco hidrológico.
Alocação da garantia física: a alocação da garantia física é parte da estratégia de sazonalização de energia, ou
seja, o quanto da capacidade de geração hídrica, em MW médios, a Companhia irá alocar mês a mês do ano
vigente para atender seus contratos de venda de energia e aproveitar de oportunidades de mercado.
Comercialização de energia: a mesa comercializadora tem o objetivo de adequar o balanço energético da
Companhia, por meio do melhor entendimento da volatilidade dos preços, visão clara sobre a liquidez de mercado
e suas oportunidades.
A gestão integrada entre as áreas comerciais e de inteligência permite que a AES Brasil antecipe os efeitos da
hidrologia nos preços de mercado e adeque seu balanço energético de forma a mitigar os riscos de exposição ao
mercado de curto prazo.
Balanço Energético
Diante da estratégia integrada de gestão do balanço energético da Companhia, o volume de garantia física alocado
no primeiro trimestre de 2022, após perdas e MRA (Mecanismo de Redução da Energia Assegurada), foi 3,7%
menor quando comparado ao volume alocado no 1T21, principalmente em função da alocação dos agentes do
sistema e do maior nível dos reservatórios, reflexo do aumento significativo das chuvas desde o começo de 2022.
Em função do cenário hídrico adverso durante o ano de 2021 e buscando mitigar os efeitos e recompor o lastro
para 2022, a Companhia realizou as compras antecipadas para equalização do balanço energético desse ano.
Para o 1T22, foi comprado 876.824 MWh a um preço médio de R$ 223,6/ MWh vs. 519.872 MWh no 1T21 a um
preço médio de R$ 176,7/ MWh .
A maior venda de energia no período (3.289.140 MWh no 1T22 vs. 2.842.442 MWh no 1T21) reflete a gestão
comercial ativa da Companhia na busca por oportunidades que possam complementar o portfólio e maximizar o
resultado.
Comercialização Varejista
A Companhia destaca sua atuação no mercado varejista, no qual ocupa posição de destaque dentre os agentes.
Desde sua criação em 2019, o braço varejista da AES Brasil fechou contratos com 45 clientes, totalizando
38,3 MWm comercializados. Apenas no 1T22, o volume negociado já supera todo o volume contratado ao longo
de 2021 inteiro.
Com o intuito de permanecer em uma posição vantajosa neste mercado, a AES Brasil viabiliza colaborações com
parceiros selecionados, proporcionando maior proximidade com o cliente final, além da simplificação e
desburocratização do acesso ao mercado livre e a facilidade de acesso à energia com preços competitivos para
seu perfil de consumo.
DESEMPENHO FINANCEIRO
Em função da criação e listagem da AES Brasil Energia S.A. em 29 de março de 2021, as informações apresentadas
ao longo deste documento contemplam os resultados da AES Brasil Energia S.A. referentes ao primeiro trimestre
de 2022 e resultados da AES Operações (antiga Tietê Energia) para o mesmo período de 2021.
Para mais detalhes, estão disponíveis, no item “Dados Consolidados”, o balanço social e as demonstrações
financeiras tanto da AES Brasil Energia quanto da AES Brasil Operações.
7 Receita líquida menos compra de energia para revenda, taxas e encargos setoriais.
16
• Solar: aumento de R$ 8,4 milhões na margem solar, principalmente, pela maior receita dos complexos
Guaimbê e Boa Hora em função da melhora da disponibilidade e irradiância dos ativos no 1T22 e pelo
maior ressarcimento da CCEE no Complexo AGV, decorrente da melhor geração no período; e
• Eólica: aumento de R$ 9,8 milhões na margem eólica em função da contribuição dos Complexos
Mandacaru e Salinas que entraram para o portfólio da Companhia no 2T21, parcialmente compensado,
pelo curtailment no 1T22 que impossibilitou a geração de 18,8 GWh em Alto Sertão II.
Margem Líquida (R$ milhões)
4,8%
447,8
9,8 431,6
8,4
411,9 2,5 -1,0
-35,9
17
Custos e Despesas Operacionais Trimestrais (R$ milhões)
+13,6% 131,0
1,7
118,3 11,0
3,6 0,8
104,2 9,8
98,8 5,4
1T21 Não 1T21 Ajustado Inflação Opex Novos Outros 1T22 Ajustado Manutenção Não 1T22
Recorrentes Ativos Recorrentes Bi-anual das Recorrentes
1T21 eclusas 1T22
EBITDA
A AES Brasil registrou um Ebitda ajustado de R$ 313,3 milhões no 1T22, valor 1,8% superior quando comparado
ao Ebitda Ajustado do 1T21 (R$ 307,7 milhões). A variação pode ser explicada, principalmente:
• Solar: incremento de R$ 3,8 milhões decorrente, principalmente, da melhor disponibilidade dos
complexos de AGV e Guaimbê na comparação entre os períodos;
• Eólico: incremento de R$ 3,9 milhões, em função da entrada em operação dos complexos eólicos
Mandacaru e Salinas a partir do 2T21;
• Custos e Despesas AES Brasil: despesas gerais e administrativas da AES Brasil Energia S.A. no montante
de R$ 5,5 milhões, explicado, principalmente, pelas despesas de pessoal no valor de R$ 3,6 milhões e
serviços de terceiros no valor de R$ 1,1 milhão.
EBITDA (R$ milhões)
349,0 +1,8%
3,8 3,9 3,4 313,3
307,7 0,1 300,6
-35,9 -5,4 -5,5
-12,7
1T21 Ressarcimento Opex Não- 1T21 Hídrica Solar Eólica Outros Custos e 1T22 Opex Não- 1T22
GSF Recorrente Ajustado Despesas AES Ajustado Recorrente
1T21 Brasil Energia 1T22
RESULTADO FINANCEIRO
No 1T22, a Companhia registrou uma melhora de R$ 8,9 milhões no resultado financeiro líquido em comparação
com o 1T21. A variação pode ser explicada, principalmente, pela melhora nas receitas financeiras, parcialmente
compensada pelo aumento nos encargos de dívida no período. Abaixo destacamos a abertura na comparação
entre os trimestres:
18
Resultado Financeiro
1T21 1T22 Var.
(R$ milhões)
Receitas Financeiras 8,3 81,9 866,7%
Renda de aplicações financeiras 4,1 50,6 1.134,1%
Renda de cauções e depósitos judiciais 0,7 5,5 685,7%
Outras 3,5 1,4 -60,0%
Variações Cambiais - 24,4 n.a.
Despesas Financeiras (112,2) (176,9) 57,7%
Encargos de Dívida (57,9) (145,3) 150,9%
Atualização Monetária Debênture/Empréstimos (43,6) (57,1) 31,0%
Atualização Monetária de obrigações de aquisições (0,3) (6,7) 2.133,3%
Atualização Monetária de processos judiciais (3,2) (3,2) 0,0%
Atualização Monetária de ressarcimento 0,0 (12,8) n.a.
Imposto sobre Operações Financeiras - IOF 0,0 (5,5) n.a.
Juros Capitalizados transf. p/ o imobilizado/intangível em curso 3,0 65,9 2.096,7%
Outras (7,9) (6,9) -12,7%
Variações Cambiais (2,3) (5,3) 130,4%
Resultado Financeiro (103,9) (95,0) -8,6%
Receitas Financeiras
As receitas financeiras somaram R$ 81,9 milhões no 1T22, R$ 73,6 milhões a mais em comparação ao registrada
no 1T21 (R$ 8,3 milhões). Essa variação é explicada, principalmente, pela:
• Renda de aplicações financeiras: variação de R$ 45,6 milhões decorrente: (i) da melhor estratégia de
alocação dos recursos disponíveis para aplicação; (ii) maior saldo médio de caixa na comparação entre os
períodos; e (iii) maior taxa média de rentabilidade no período (CDI 1T22: 11,65% vs. 1T21: 2,02%);
• Variação Cambial: ganho de R$ 24,4 milhões decorrente: (i) das operações de SWAP relacionadas a
contratação de equipamentos em moedas estrangeiras para os projetos de crescimento; e (ii)
empréstimos atrelados à moeda estrangeira.
Despesas Financeiras
As despesas financeiras somaram R$ 176,9 milhões no 1T22, montante 57,7% maior comparado ao mesmo
período de 2021. A variação é explicada, sobretudo:
• Encargos de Dívida e Atualização Monetária de Debêntures, Empréstimos e financiamentos: variação
de R$ 100,9 milhões, em função: (i) do maior saldo de dívida registrado na comparação entres os
períodos; (ii) maior IPCA9 acumulado dos últimos 12 meses (2022: 11,30% vs. 2021: 6,10%); e (iii) maior
19
custo atrelado ao CDI dos últimos 12 meses, pelo aumento da taxa ao longo do período (2022: 6,19% vs.
1,94% em 2021)8; e
• Juros Capitalizados: aumento nos juros transferidos para o imobilizado e intangível em curso, decorrente
dos financiamentos tomados a nível da AES Brasil Operações para a construção do Complexos Eólicos
Tucano e Cajuína no valor de R$ 62,9 milhões.
No 1T22, a AES Brasil reconheceu IR/CSLL corrente a pagar no montante de R$ 22,0 milhões, uma redução de
44,6% comparado ao imposto 1T21 de R$ 39,7 devido a menor base tributável na comparação entre os períodos.
O imposto diferido do 1T22 foi de R$ 14,7 milhões comparado a um diferido negativo de R$ 2,2 milhões no 1T21,
em função, principalmente, de variações nas diferenças temporárias, em especial do ajuste no valor acordo do
GSF ocorrido no 1T21.
LUCRO LÍQUIDO
Em função dos fatores mencionados acima, o lucro líquido consolidado do 1T22 foi de R$ 70,9 milhões, aumento
de 3% em comparação ao lucro líquido ajustado pelo efeito líquido de impostos do ressarcimento do GSF
registrado no 1T21.
21
Para fins de cálculo dos covenants da AES Brasil Operações, de acordo as definições dos instrumentos financeiros,
deve ser considerado a razão entre dívida líquida - composta pelo somatório de empréstimos, financiamentos,
debêntures, e instrumentos de derivativos para eliminação do risco cambial das dívidas offshore, menos o saldo
de caixa e equivalente de caixa, investimentos de curto prazo e contas reservas vinculadas às dívidas.
O EBTIDA Ajustado adiciona o EBITDA proforma dos ativos adquiridos relativo aos últimos 12 meses ao racional
de cálculo, anteriores à data de liquidação da respectiva aquisição.
AES Brasil Operações (R$ milhões) 1T21 1T22 Var.
Dívida Bruta 6.167,2 5.358,3 -13,1%
Variação Monetária 4131 (69,3) 192,5 177,8%
Disponibilidades 1.632,7 1.940,0 18,8%
Caixa Adicional - 247,9 n.a
Dívida Líquida 4.465,3 3.363,0 -24,7%
EBITDA (Últimos 12 Meses) 2.113,3 863,4 -59,1%
EBITDA Ajustado¹ (Últimos 12 Meses) 2.153,0 870,0 -59,6%
Covenant – Dívida Líquida/EBITDA 2,07 3,87 1,8 p.p
¹ Considera últimos 12 meses dos projetos adquiridos
Custo Médio Dívida (%) Prazo Médio Dívida (anos) Custo Médio Dívida (%) Prazo Médio Dívida (anos)
O aumento do custo médio das dívidas reflete, principalmente, o maior IPCA (04/2020-03/2021: 6,1% vs. 04/2021-
03/2022: 11,30%) e CDI (04/2020-03/2021: 1,94% vs. 04/2021-03/2022: 6,19%) observado na comparação entre
os períodos
Ratings
A Companhia possui os seguintes ratings em escala Nacional:
15 Customédio da dívida calculado com CDI de fechamento e IPCA acumulado (últimos 12 meses) na data de fechamento do trimestre. Tanto custo quanto
prazo referem-se ao principal da dívida.
23
INVESTIMENTOS
Em função do crescimento da Companhia e consequente avanço na construção dos Complexos Eólicos Tucano e
Cajuína, os investimentos da AES Brasil totalizaram R$ 300,4 milhões no 1T22, montante 490,6% superior ao
investido no 1T21.
Investimentos
1T21 1T22 Var
(R$ milhões)
Modernização e Manutenção 19,9 26,0 30,2%
Expansão 30,9 274,4 787,8%
Geração Distribuída 4,7 - -
Complexo Tucano 26,2 109,2 316,7%
Complexo Cajuína - 165,2 -
Total Investimentos 50,9 300,4 490,6%
Juros e Mão de Obra Capitalizados 0,1 0,1 55,2%
Total Investimentos + Juros de Capitalização 50,9 300,5 490,1%
24
Ao analisarmos a performance do caixa sob a perspectiva dos últimos 12 meses, a AES Brasil captou um total de
R$ 1,4 bilhão, sendo R$ 300 milhões em debêntures direcionadas para a construção do Complexo Eólico Tucano
e R$ 1,1 bilhão em debênture para fazer frente ao crescimento da Companhia e honrar os compromissos
financeiros firmados para o período. Ainda, houve a liquidação da oferta pública de distribuição de ações da AES
Brasil Energia S.A., em 01 de outubro de 2021, com a captação bruta de R$ 1.116,0 milhões, além da conclusão
de uma nova fase do acordo de investimento com o Itaú Unibanco S.A. para emissão de ações preferenciais na
Guaimbê Holding S.A., no montante de R$ 360,0 milhões, reforçando os pilares que sustentam a estratégia de
crescimento da Companhia.
Vale mencionar que o primeiro trimestre de 2021 foi marcado pelo desembolso, de forma proativa pela
Companhia, de R$ 1,3 bilhão, referente ao passivo do GSF, para evitar o risco gerado pela correção monetária do
IGP-M sobre o saldo devedor.
Mesmo com o cenário hidrológico desafiador ao longo de 2021 e o panorama sanitário adverso dos últimos dois
anos, a Companhia mantém o seu compromisso em providenciar o melhor portfólio de endividamento e
disponibilidade para investimentos, com níveis confortáveis de liquidez, além de contratos bilaterais robustos que
permitem a continuidade da sua estratégia de crescimento e diversificação de portfólio por meio de aquisições e
desenvolvimento de projetos eólicos e solares.
Fluxo de Caixa Gerencial16 (R$ milhões)
1T21 1T22 VAR
Geração de Caixa
249,4 208,1 -41,3
Operacional
Captações e
792,9 431,0 -361,9
Amortizações
Despesa
Financeira
60,7 174,9 -114,2
16 Fluxo de caixa consolidado da AES Brasil Energia (1T22) e AES Tietê Energia S.A. (1T21)
25
MERCADO DE CAPITAIS
As ações ordinárias da AES Brasil são negociadas no Novo Mercado, segmento de listagem reconhecido pelo mais
alto nível de Governança Corporativa da B3, sob o código AESB3. A AES Brasil integra o Índice de Energia Elétrica
(IEE) e o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3.
A AESB3 apresentou uma desvalorização de 30,8% nos últimos doze meses findos em 31 de março, encerrando o
1T22 cotadas a R$ 12,04/ação. O valor de mercado em 31 de março de 2022 era de R$ 5,9 bilhões.
PERFORMANCE ESG
DIRETRIZES E COMPROMISSOS
A AES Brasil acredita que seu modelo de negócios contribui diretamente de forma positiva para os principais
desafios socioambientais da sociedade. Nesse sentido, a Companhia estabeleceu um conjunto de compromissos
e metas para a gestão ESG – sigla em inglês que significa o gerenciamento de aspectos, riscos e oportunidades
ambientais (Environmental), sociais (Social) e de governança corporativa (Governance).
Os Compromissos ESG 2030 tem como ponto de partida os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da
Agenda 2030, proposta pela Organização das Nações Unidas (ONU). Conscientes do desafio compartilhado que
essas metas representam para toda a sociedade, a AES Brasil reconhece o papel fundamental da energia renovável
para a nova economia e a necessidade de desenvolver outros temas transversais ao negócio para contribuir de
forma efetiva com a Agenda 2030. Dessa maneira, foram priorizados seis ODS:
Desde 2007, a AES Brasil integra o Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3, que avalia o desempenho das
companhias listadas quanto às respectivas práticas de sustentabilidade. A Companhia é signatária do Pacto Global
da ONU desde 2006, apoiando a promoção dos direitos humanos e práticas de trabalho relativas ao meio
ambiente e ao combate à corrupção. A Companhia faz parte da cobertura dos principais ratings ESG , como
Sustainalytics e MSCI, sendo que neste último é a única companhia na América Latina e de todos os setores a
obter uma nota AAA 17 , demonstrando o compromisso com a transparência e as melhores práticas ESG do
mercado.
Como destaques do trimestre, na frente de preservação e proteção Ambiental, em linha com a meta anual de
reflorestamento de Mata Atlântica e Cerrado, foi concluído o plantio de aproximadamente 57 hectares de plantas
nativas. Além disso, a Companhia manteve ações de preservação de três espécies ameaçadas de extinção, parte
da lista da IUCN – União Internacional para a Conservação da Natureza e selecionadas em conjunto com o órgão
ambiental para o monitoramento. Na frente de combate às mudanças climáticas, a AES Brasil segue com o
17 Em 2021, a AES Brasil recebeu a classificação ESG nível AAA pelo MSCI.
26
compromisso de contribuir para a transição energética com o aumento de fontes renováveis na matriz elétrica
brasileira, tendo alcançado avanços importantes na construção dos complexos eólicos Tucano e Cajuína,
contribuindo, por meio da geração renovável, para que nossos clientes evitem a emissão de gases de efeito estufa.
Nos pilares Social e de Governança, como parte do compromisso de aumentar a força feminina na AES Brasil, foi
finalizada a contratação de 100% da equipe própria formada exclusivamente por mulheres para operação e
manutenção do Complexo Eólico Tucano. A presença feminina na companhia foi ampliada de 24% no 1T21 para
28% no 1T22.
No Conselho de Administração da AES Brasil Energia S.A., foram alcançados 36% desta representatividade com a
eleição de mais uma mulher como membro efetivo. No início do 1T22, houve um treinamento para todos os
colaboradores sobre o Sistema de Gestão Social, um conjunto de processos que estabelecem as diretrizes para
toda a companhia sobre a gestão do relacionamento com as comunidades vizinhas aos empreendimentos. Nas
frentes de atuação relacionadas ao Complexo Eólico Cajuína, foi implementado um canal de Ouvidoria com
atendimentos por WhatsApp, e-mail e presencial em um ponto físico em Lajes (RN) para receber demandas das
comunidades locais. Foram realizados treinamentos sobre Direitos Humanos e respeito às comunidades locais
para todos os trabalhadores da obra, cujo objetivo é garantir boa conduta e promover bom relacionamento entre
a equipe em campo e os moradores locais. Ainda nas ações de Relacionamento com Comunidades, outro
importante destaque foi a construção de um reservatório para armazenamento de 50 mil litros de água, com a
finalidade de promover melhoria no acesso a esse recurso para 50 famílias de uma região localizada em Pindaí
(BA), onde está situado o Complexo Eólico Alto Sertão II.
A tabela com a evolução dos principais indicadores do período pode ser acessada aqui.
Para informações detalhadas das iniciativas desenvolvidas na Companhia, consulte o Relatório de Performance
ESG, atualizado trimestralmente, e o Relatório Integrado de Sustentabilidade 2021.
Para retornar ao Índice do documento, clique aqui.
27
ANEXOS
Com o intuito de auxiliar investidores e analistas no processo de modelagem, a Companhia disponibiliza um
arquivo excel com o histórico dos dados financeiros e operacionais. Para acessá-lo, clique aqui.
28
AES BRASIL ENERGIA – BALANÇO E DRE
Balanço Patrimonial (R$ milhões) 31/12/2021 31/03/2022 Balanço Patrimonial (R$ milhões) 31/12/2021 31/03/2022
29
RESULTADOS POR FONTE - DRE
Demonstração dos Resultados - Hídrico
1T21 1T22 Var
(R$ milhões)
Receita Operacional Líquida 454,7 543,6 19,5%
Margem Liquida 351,1 317,7 -9,5%
Custo de produção e operação de energia (201,9) (343,9) 70,3%
Lucro Bruto 252,8 199,7 -21,0%
Gerais e Administrativas (44,0) (41,1) -6,7%
Outras Receitas (despesas) operacionais 1,5 (25,5) -1846,2%
Resultado de equivalência patrimonial 18,3 44,0 140,0%
EBITDA 274,3 197,1 -28,2%
Resultado Financeiro (98,2) (141,7) 44,2%
Resultado Antes dos Tributos 130,3 35,4 -72,8%
Impostos (37,4) 7,5 -120,2%
Lucro (Prejuízo) Líquido 93,0 42,9 -53,8%
30
DESEMPENHO DA GERAÇÃO POR FONTE
FONTE HÍDRICA
Geração - Usinas Hidráulicas
1T21 1T22 Var
(GWh)
Energia Gerada Bruta 2.338,8 2.676,0 14,4%
Água Vermelha 1.140,8 1.210,9 6,1%
Bariri 166,6 177,8 6,7%
Barra Bonita 114,6 128,9 12,5%
Caconde 55,0 95,2 73,3%
Euclides da Cunha 87,5 130,6 49,3%
Ibitinga 202,5 199,5 -1,5%
Limoeiro 25,7 38,9 51,3%
Nova Avanhandava 315,5 391,5 24,1%
Promissão 219,9 290,3 32,1%
Mogi / S. Joaquim / S. José 11,0 12,4 12,9%
Energia Gerada Líquida 2.315,2 2.650,1 14,5%
FONTE EÓLICA
Geração - Parques
1T21 1T22 Var
Eólicos (GWh)
Energia Gerada Bruta 403,7 408,0 1,1%
Alto Sertão II 301,6 267,3 -11,4%
Alto Sertão II - LER 2010 127,7 114,0 -10,7%
Alto Sertão II - LEN 2011 173,9 153,3 -11,9%
Ventus 102,1 73,5 -28,0%
Mandacaru¹ - 37,8 -
Salinas¹ - 29,3 -
¹ Para o 1T21, não considera a geração bruta realizada, dada a conclusão da aquisição em 30 de abril de 2021.
31
FONTE SOLAR
Geração - Parques
1T21 1T22 Var
Solares (GWh)
Energia Gerada Bruta 134,0 153,7 14,7%
Guaimbê 68,0 72,6 6,8%
Ouroeste 66,1 81,1 22,7%
Boa Hora 39,0 39,5 1,4%
Água Vermelha 27,1 41,5 53,4%
32
ENDIVIDAMENTO
Dívidas (R$ milhões) Montante¹ Vencimento Custo Nominal
AES Brasil Energia - Consolidado 6.459,2
AES Brasil Energia 1.100,9
1ª Emissão de Debêntures 1.100,9 mar/25 CDI + 2,30% a.a.
AES Brasil Operações - Consolidado 5.358,3
AES Brasil Operações² 4.629,9
5ª Emissão de Debêntures 235,9 dez/23 IPCA + 6,54% a.a.
6ª Emissão de Debêntures - 2ª série 417,4 abr/24 IPCA + 6,78% a.a.
8ª Emissão de Debêntures 219,4 mai/30 IPCA + 6,02% a.a.
9ª Emissão de Debêntures - 1ª série 1.385,6 mar/27 CDI + 1,00% a.a.
9ª Emissão de Debêntures - 2ª série 752,6 mar/29 IPCA + 4,71% a.a.
9ª Emissão de Debêntures - 3ª série 210,0 mar/29 IPCA + 4,71% a.a.
Empréstimo 4131 (captação em 2020)⁴ 551,2 dez/25 USD + 1,63% a.a.
Empréstimo 4131 (captação em 2021)⁴ 656,3 mar/26 USD + 1,78% a.a.
Brasventos Eolo (BNDES) 65,9 out/29 TJLP + 2,51% a.a.
Brasventos Miassaba (BNDES) 66,2 out/29 TJLP + 2,71% a.a.
Rio dos Ventos 3 (BNDES) 69,5 out/29 TJLP + 2,51% a.a.
AES Tietê Eólica 111,1
1ª Emissão de Debêntures - 1ª série 48,8 dez/25 IPCA + 7,61% a.a.
1ª Emissão de Debêntures - 2ª série 62,3 dez/25 IPCA + 7,87% a.a.
Complexo Santos (BNDES) 117,7
São Jorge 43,8 dez/30 TJLP + 2,45% a.a.
São Cristóvão 48,6 dez/30 TJLP + 2,45% a.a.
Santo Antonio de Pádua 25,2 dez/30 TJLP + 2,45% a.a.
Complexo MS (BNDES) 47,7
Mar e Terra 10,8 nov/29 TJLP + 1,88% a.a.
Embuaca 11,9 mai/30 TJLP + 1,76% a.a.
Icaraí 11,8 out/29 TJLP + 1,66% a.a.
Bela Vista 13,2 nov/29 TJLP + 1,66% a.a.
Complexo MS (BNB) ³ 140,6
Mar e Terra 39,6 mai/33 2,5% a.a.
Embuaca 37,5 mai/30 2,5% a.a.
Icaraí 25,5 mai/31 2,5% a.a.
Bela Vista 37,9 mai/30 2,5% a.a.
Complexo Tucano (Debênture) 311,0
1ª emissão de Debêntures – Holding II 311,0 set/41 IPCA + 6,06% a.a.
¹ Saldo contábil atualizado, considerando principal, juros e custos da transação
² Não considera arrendamento financeiro
³ Custos das operações offshore estão representadas após operações de derivativos, que protege 100% do fluxo de caixa
4
Taxa pré
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33
INDICADORES ESG
Pilar Indicadores 1T21 1T22 Var
Captação de água (m3)1 7.850,0 9.307,00 18,6%
Consumo total de água (m3)1 1.570,0 1.861,40 18,6%
Intensidade hídrica (m³/GWh) 2,73 2,87 5,1%
Resíduos destinados (toneladas)2 16,2 22,63 39,7%
Emissões GEE geradas (tCO2e)3 130,0 490,12 277,0%
Intensidade de emissões (tCO2e/GWh)3 0,04 0,14 235,1%
Ambiental Emissões GEE evitadas (tCO2e)4 33.176,75 70.989,89 115,9%
Consumo total de energia elétrica (MW) 950,76 1.059,76 11,5%
Sites certificados pelo Sistema Gestão Ambiental ISO 14001 (%)5 100,0 85,0 -
Total de hectares de Mata Atlântica e Cerrado restaurados (ha)6 82,30 56,68 -31,1%
Total de mudas de árvores produzidas6 500.000 347.326 -30,5%
Total de espécies ameaçadas de extinção conservadas 2 3 50,0%
Investimento em projetos de biodiversidade (R$) 3.824.579 3.757.689 -1,7%
Número total de empregados 482 543 12,7%
Mulheres 117 153 30,8%
Homens 365 390 6,8%
Alta liderança (gerências e acima) 41 47 14,6%
Mulheres 9 10 11,1%
Homens 32 37 15,6%
Taxa de rotatividade total (%) 4,85 4,05 -16,5%
Taxa de rotatividade voluntária (%) 4,55 3,50 -23,1%
Nº acidentes fatais - colaboradores próprios 0 0 -
Social
Nº acidentes fatais - terceiros 0 0 -
LTI Rate - colaboradores próprios 0 0 -
LTI Rate - terceiros 0 0 -
Recordable Rate - colaboradores próprios 0 0 -
Recordable Rate – terceiros7 0,50 0,61 22%
Acidentes em comunidades 0 0 -
Sites certificados ISO 45001 (%)5 100,0% 85,0% -
Colaboradores próprios treinados em saúde e segurança (%) 96,0 95,0 -1,0 p.p.
Colaboradores terceiros treinados em saúde e segurança (%) 100,0 100,0 -
Membros no Conselho de Administração 11 11 -
Mulheres 3 4 33,3%
Homens 8 7 -12,5%
Governança Independentes 4 4 -
Conselheiros Internos 1 1 -
Total de parceiros avaliados em critérios de ética e compliance 46 38 -17,4%
Manifestações recebidas no AES Helpline8 1 14 1.300,0%
1 Aumento devido à inclusão dos ativos eólicos Ventus, Mandacaru e Salinas.
2 Somatória de resíduos perigosos e não perigosos. Aumento devido à inclusão dos ativos eólicos Ventus, Mandacaru e Salinas.
3 Somatória dos escopos 1, 2 e 3 considerando o acumulado do início do ano até o período reportado. A grande variação é reflexo da incorporação dos ativos Mandacaru, Salinas e
Ventus, sendo que neste último foi identificado vazamento de hexafluoreto de enxofre (SF6) e para solucionar o problema estão sendo substituídos os cubículos alimentadores de
energia nessa unidade.
4 Dados de 2021 reapresentados devido à recontabilização da energia gerada junto à CCEE. Somatória de emissões evitadas a partir da geração de energia por meio de fontes
eólicas e solares (MWh bruto gerado x fator do grid de 0,0617 para 2020 e 0,1264 para 2021.
5 A partir deste ano, a Companhia definiu que os ativos em operação, incorporados em sua base por meio de M&A, passarão pelo processo de implementação do sistema de
gestão no primeiro ano da aquisição, no segundo ano pela maturidade e consolidação e no terceiro ano pelo processo de certificação externa devido a necessidade de diagnósticos
de adequação e melhoria dos processos, alinhados ao padrão adotado pela empresa para todos os negócios.
6Eventos climáticos interferiram na produtividade do trimestre, entretanto sem comprometimento da meta anual.
7 Houve o registro de dois incidentes Recordable no 1T22, sendo 1 na construção do Complexo Eólico Cajuína em que o prestador de serviços sofreu uma fratura no dedo mínimo e
utilização. O retorno das atividades presenciais também ocasionou aumento de preocupações e, consequentemente, dos relatos.
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