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A C O R R I D A D E R AT O S D E B . F. S K I N N E R
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Abrindo a Caixa de Skinner
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é o que diz o título do artigo e, debaixo dele, existe de fato uma foto
de um bebê numa caixa, uma Deborah de aparência querubínea ar-
reganhando os dentes, as mãos cobertas em laterais de Plexiglas.
Mas, leia adiante. Na verdade, a caixa do bebê, fica-se sabendo,
nada mais era que um cercadinho aperfeiçoado no qual a jovem
Deborah passava poucas horas por dia. Com um ambiente contro-
lado termostaticamente, ele prevenia assaduras de fralda e mantinha
as vias nasais sem obstruções. Já que a temperatura tinha um ótimo
ajuste fino, não havia necessidade de cobertores e, portanto, o peri-
go de sufocação, o pesadelo de todas as mães, foi eliminado. Skinner
equipou a caixa da sua bebê com almofadas feitas de um material
especial que absorvia os odores e a umidade, e, portanto, o tempo
que uma mulher gastava na lavagem era reduzido à metade e ela
ficava livre para usar as mãos para outros fins – isso numa era antes
das fraldas descartáveis. Tudo parece humano, se não positivamente
feminista. E, então, leia ainda mais adiante. Ao oferecer à criança
um ambiente verdadeiramente benevolente, um ambiente sem pe-
rigos de punição (se o bebê caísse, não se machucaria porque os
cantos eram almofadados para eliminar batidas duras), um ambien-
te, em outras palavras, que condicionava por oferecer recompensa
pura, Skinner esperava criar uma valentona que acreditasse que
poderia dominar seus arredores e, portanto, enfrentaria o mundo
dessa maneira.
Tudo parece, sem dúvida, bem-intencionado, até positivamente
nobre, e coloca Skinner firmemente em águas humanitárias. Mas
então (e sempre existe um mas então nesta narrativa), li o nome que
outros propuseram para a invenção dele: Condicionador de Her-
deiro. Isso é ou aterrorizante ou apenas uma simples bobagem.
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e, então, puxada por algum fio que não vejo, uma sugestão que
nunca soube que estivesse vindo, ou talvez um traço de personali-
dade totalmente livre (pois não sei a resposta para isso tudo, não sei
a resposta), levanto meu braço – ou meu braço é levantado – e
imagino o chocolate em minha boca. Seria um chocolate velho,
chocolate empoeirado, em meus dentes o gosto de algo muito es-
tranho e ligeiramente doce.
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